Disclameir: Naruto não me pertence

Disclameir: Naruto não me pertence. Se me pertencesse, Sasuke já estaria morto e o Suigetsu já teria declarado todo o seu amor eterno pela Karin.

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Melancias

Além de picles, torradas e um grande amor; Karin só queria alguém que gostasse tanto de melancias quanto ela.

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Capítulo I – Deixe os picles comandarem sua mente.
One day, the pickles will take over your mind... Bwahaha.

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Os corpos de ambos estavam suados. Sasuke soltava gemidos baixos e contidos à medida que dava estocadas no corpo frágil à sua frente; mas Karin gemia intensamente, exageradamente. Apesar do exagero, Sasuke gostava de ouvir aquela boca nada recatada pronunciar seu nome em sussurros, gemidos e gritos. Num último momento, ela soltou um grito mais alto do que os demais, e ele soltou um gemido baixo, mas longo.

Sasuke saiu de dentro de Karin e deitou-se ao lado dela na cama. Ela sorria, os cabelos negros grudando na face. O corpo ainda trêmulo pelo orgasmo violento que acabara de ter. Karin deitou sua cabeça no peito de Sasuke e ambos ficaram em silêncio, simplesmente tentando recuperar o fôlego.

Karin suspirou. "Eu amo você, Sasuke-kun.", falou. Não houve resposta.

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Karin acordou sozinha. Os raios do sol batiam em seu rosto e ela resmungou, jogando o travesseiro sobre seu rosto. O cheiro de Sasuke estava impregnado nos lençóis e em todo o quarto, fazendo-a sorrir. Karin simplesmente adorava poder dizer para as amigas—principalmente para Tenten, a eterna encalhada—que tivera uma noite de sexo tórrido com um cara que tinha um traseiro simplesmente delicioso.

A morena resolveu que levantaria e tomaria um bom banho. Ela não gostava de ter que tirar o cheiro de Sasuke de seu corpo, mas não poderia sair suada para a rua. Andava nua pela casa, despreocupadamente. Sabia que Sasuke não tinha a chave—apesar de que ela já havia insistido muito para ele ficar com uma cópia. E não tinha mais ninguém morando lá.

Sasuke não era o que Karin poderia chamar de "namorado". Ela realmente gostaria de poder dar tal denominação para a ele, mas sabia que não estava correto. Enquanto passava o xampu nos cabelos, divagava como seria bom poder ouvir um "eu te amo", de vez em quando.

Na verdade, Sasuke era meramente o cara com quem eu transo de vez em quando, Karin pensou. Tal pensamento fez suas pernas fraquejarem: era simplesmente essa a base da relação deles? Sexo, sexo, sexo e mais sexo?

Karin sabia que não deveria, mas gostava de Sasuke além do que era cabível. Mesmo assim, afastou aqueles pensamentos. Sasuke a amava, tentou se concentrar nisso. Só era muito frio para verbalizar aquilo—e mostrava as coisas de um jeito não-verbal que deixava Karin em êxtase. A morena deu um sorrisinho malicioso ao pensar nas inúmeras noites de sexo que tivera com Sasuke.

Sexo sem sentido, falou uma voz no fundo de sua mente, que ela prontamente ignorou. Karin saiu enrolada em uma toalha, não estava com saco de procurar uma roupa limpa para vestir—na verdade, estava com uma fome louca. Andou até a cozinha, procurando qualquer coisa para comer.

Sorriu. Lá estava, um pote de picles. Apesar de ser deveras estranho, a garota tinha uma paixão incontrolável por picles. Gosto que ninguém entendia, mas ela não ligava. Pegou o pote, tirou alguns, e depois de colocá-los no prato, foi à sala. Ligou a televisão, e sentou-se no sofá, aproveitando seus picles. Um dia, convenceria a todos de que picles eram realmente um dos melhores alimentos existentes.

Um filme passava, mas ela não prestava muita atenção. Sua cabeça estava longe. Concentrada em Sasuke. Ele sempre saía antes de ela acordar, o que será que ia fazer? Karin notou que nunca havia perguntado aquilo para ele. Deveria ser porque, sempre que ele chegava, já ia beijando-a e ela mal tinha tempo de perguntá-lo coisas como "e aí, teve um bom dia?" e coisas assim.

Às vezes, Karin só queria uma relação sólida. Que se baseasse em sentimentos, e não em esperma. Era frustrante saber que talvez nunca pudesse assistir a um filme da HBO, comendo picles no sofá junto dele. Mesmo assim, ainda era bom ter alguém que... Que transasse com ela?

É, ela tinha uma vida vazia. Tão vazia quanto o prato à sua frente.

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Karin resolveu que aquele seria um daqueles dias de puro ócio. Suas amigas estavam ocupadas e ela realmente não estava querendo servir de incômodo para ninguém—diferentemente de Suigetsu, que havia telefonado para sua casa duas vezes. Obviamente, ele fizera comentários maldosos sobre ela, sobre Sasuke e sobre ela e Sasuke.

Suigetsu era um maldito, mas, por mais que Karin odiasse admitir, estava mais presente na sua vida do que Sasuke. Talvez porque Sasuke fosse deveras ocupado com suas... suas coisas e Suigetsu fosse um eterno vagabundo.

Mais uma vez, apesar do que dizia, Karin não achava Suigetsu um alguém tão horrível. Conheciam-se desde a adolescência, e Suigetsu sempre a irritara. E a divertira também, mas esse era um detalhe que ele não precisava saber.

Definitivamente, Suigetsu não precisava saber sua influência nos pensamentos de Karin. Vez ou outra ela pegava comparando Sasuke e Suigetsu. Obviamente, Sasuke sempre ganhava, apesar de que algo dizia para Karin que não era justo ele ganhar.

"Merda.", a morena resmungou. Era irritante o jeito como Suigetsu conseguia ocupar seus pensamentos naquelas horas em que o ócio falava mais alto.

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"Eu quero arranjar um emprego.", Karin falou. Sakura engoliu de uma vez o que acabar de colocar na boca e olhou para a morena à sua frente com as sobrancelhas levantadas. "Que é? Só você pode trabalhar, é, doutora Haruno?", ironizou a última frase.

"Só não entendo o motivo.", Sakura deu ombros, "Me meter nesse emprego no hospital não foi a melhor decisão da minha vida. Mas vai nessa. Arranjar algo que você possa chamar de seu é bom.", Sakura respondeu. Karin analisou bem a amiga. Os cabelos róseos que um dia já foram brilhantes, macios e arrumados estavam mal tratados, ressequidos. Os olhos verdes demonstravam um cansaço, que se acentuava graças às olheiras. Ela parecia carregar um peso nos ombros e seu jaleco branco tinha uma mancha vermelha que definitivamente não parecia tinta.

"Bem... eu não estava pensando em me meter em um hospital. Eu quero algo que... você sabe, me dê tempo para viver."

"Haha, muito engraçado.", Sakura revirou os olhos. Depois, olhou no relógio e suspirou. "Foi bom almoçar com você, Karin. Mas agora eu tenho que voltar.", passou a mão pelos cabelos, "Tem uma criança com virose à minha espera."

"Boa sorte."

"Obrigada. Até mais!", e Sakura saiu, deixando Karin sentada na praça de alimentação do shopping com a comida quase intocada—comera só os picles.

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Karin ouviu a campainha e deu um sorriso malicioso. Eram dez da noite e Sasuke sempre chegava mais ou menos nesse horário. Andou até a porta, com uma expressão que não demonstrava o quão rápido seu coração batia. Assim que abriu a porta, sentiu seus lábios sendo tomados em um violento beijo.

Era sempre assim: ele nunca a cumprimentava nem perguntava como havia sido o dia dela. Eles nunca tinham uma conversa antes do sexo. Não tinham nada que um casal normal teria. Infelizmente, eram esses os pensamentos que adentravam a cabeça de Karin, enquanto Sasuke apertava seus seios por debaixo da blusa.

A garota resolveu então, quando as mãos de Sasuke haviam sido substituídas pela boca, que deveria pensar nessas questões em outro dia de ócio. Estava muito ocupada no momento.

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Outra vez sozinha. Karin jogou o despertador para o lado. Era segunda-feira e ela havia resolvido que procuraria um emprego nesse dia, mas não estava no espírito. Iria dormir mais um pouco, mas logo se levantou com um salto.

Era o dia de sua menstruação e ela realmente não estava a fim de sujar os lençóis com sangue.

Karin franziu o cenho quando não viu nenhuma gotinha de sangue em lugar algum.

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"É, devo ter calculado errado.", ela pensou, enquanto colocava uns picles em seu prato. Vestia uma calça jeans velha e um moletom tão velho quanto. Não estava no espírito para roupas mais... sensuais.

Agora ela estava preocupada. Obviamente deveria ter sido só um atraso normal, mas ela realmente estava com uma sensação estranha. "Quer saber?", pegou o telefone, "Vou ligar para a Sakura."

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"A Dra. Haruno está ocupada, mas você po-"

"Eu não quero nem saber! Mandem chamá-la! Agora, eu estou falando sério!", Karin quase gritou. Estava se controlando para não meter umas bifas na recepcionista. Só queria falar com Sakura.

"Senhorita, terei que pedir para você se retirar, se você na-"

"Tudo bem, Misa.", Sakura apareceu, "Deixe essa louca entrar."

"Aleluia!", Karin gritou. A recepcionista—que se chamava Misa, aparentemente—fez uma cara no mínimo feia e liberou a passagem para Karin que dava um sorrisinho vitorioso. Sakura revirou os olhos. "Podemos ir à sua sala?"

"Claro. Você está se sentindo mal, é?", perguntou, quando abriram a porta.

"Na verdade, eu estou com... medo. Minha menstruação atrasou e-", mas Karin não terminou a frase—teve que correr em direção a pia, para colocar seu almoço para fora. Sakura andou até a morena e pegou seus cabelos, enquanto a outra vomitava. Suspirou.

"Pelo tanto de vezes que você transa com o Sasuke, Karin, eu só posso dizer uma coisa: sim, você está grávida."

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N/A: Essa idéia vinha me perturbando a algum tempo e finalmente resolvi passá-la para o papel—word, no caso. Suika é vida, como todo mundo sabe, logo, esse é o shipper da fic, o que fica ainda mais óbvio pelo título XD Essa é a primeira fic de uma série que eu pretendo fazer. Ela tem treze capítulos de nomes já decididos. Devo dizer que é uma delícia escrevê-la. Vai ser legal escrever esse shipper com a Karin grávida e etecétera. XD Bem, é isso. Kissus o/