Eu não possuo Naruto.


PRÓLOGO


Uma pessoa encapuzada com uma pequena cesta nos braços está caminhando por uma densa floresta. É noite e somente o luar ilumina o lugar. De repente, ela se abaixa e pega o embrulho. É um bebê. Com carinho, a pessoa nina a criança.

-Minha pequena... – diz uma voz feminina. - ... promete se comportar quando chegarmos?

A criança mexe um pouco com as mãos. A pessoa segura com firmeza o bebê no seu colo.

-Já estamos quase lá... – diz com a voz trêmula. -... por favor não faça nenhum barulho. – suave.

O bebê se aconchega no colo da pessoa e fica quieto.

-Dormir foi uma boa escolha. – diz rindo. Logo depois, planta um carinhoso beijo na testa do bebê. - ... Eu e seu pai vamos sentir sua falta. Mas, para onde vamos você não pode... – pausa. -... Não queremos a nossa vida para você...

Um som de galho se quebrando ecoa por ali. A pessoa com a criança fica assustada e começa a correr pela mata. Ela olha para trás e vê dois ANBU seguindo-a.

'Droga...', pensa antes de mudar de direção.

-Identifique-se intruso. – grita o ANBU com máscara de gato.

-Sou só uma viajante.

-Que emana Chakra? – pausa. – Tente outra desculpa.

-Se não parar, teremos que matá-la. – diz o ANBU embainhando a espada.

A pessoa olha para o bebê nos seus braços.

'Não posso deixar que eles a machuquem... minha pequena flor...'

Seus olhos se levantam. O outro ANBU está bloqueando sua passagem.

-Fim da linha. – pausa.

A pessoa olha para a outra direção. Este é bloqueado pelo ANBU com máscara de gato.

-Não podemos deixar que você avance sem se identificar. – diz o outro ANBU.

-Não vou dizer o meu nome. – e segura mais firmemente o bebê contra o seu corpo.

-Você está segurando um pacote suspeito. – diz o ANBU com máscara de gato ao ficar numa posição de ataque.

A pessoa olha protetoramente para o embrulho.

'O que eu faço?...'

Ela olha para os ANBU.

'...Não posso deixar que eles te machuquem...'

-Eu sou só uma viajante.

-E o que faz por aqui? – pausa. – Sozinha e no meio de uma floresta à noite.

'Droga... se eu estivesse sozinha... mas com você aqui eu não posso me dar o luxo de lutar com esses dois... Bem que ele me avisou...'

-Por favor não nos ataquem. – pausa. – Eu já disse. Sou uma viajante.

-O que faz aqui? – pergunta o ANBU com máscara de gato. – O que é esse embrulho?

A pessoa fica calada.

-Se não falar, vamos confiscá-lo.

A pessoa segura ainda com mais firmeza o embrulha contra o colo. Nesse momento mais dois ANBU aparecem na clareira.

-Recebi o chamado de que uma mulher suspeita estava andando pelas redondezas. – diz o ANBU com máscara de pássaro.

-Ela se recusa a cooperar.

'Droga... o que eu faço?' E olha para o bebê. 'Minha criança... eu vou ter que...'

Nisso ela suspira.

-Não precisamos chegar a tanto. – começa. – Sou só uma viajante e preciso chegar na cidade mais próxima.

-O que você carrega nesse embrulho, mulher? – pergunta outro ANBU.

A mulher olha para os lados e vê que todos os caminhos estão bloqueados. Ela então abaixa os braços e segura o bebê horizontalmente.

-Preciso chegar até a próxima cidade porque vou deixá-la no orfanato. Não posso cuidar dela.

Os ANBU olham para o pequeno embrulho adormecido sob as mantas.

-Não podemos deixar que você entre na próxima cidade. – diz o ANBU com máscara de gato. – Mas o bebê pode.

-Vamos levar seu filho até o orfanato da próxima cidade. – diz o outro.

A Pessoa olha para o ANBU.

'Não outra opção... lutar com eles tendo ela nos meus braços não é uma boa opção...mas...'

-Por favor não a machuquem. – diz antes de entregar o bebê para o ANBU com máscara de gato. – Ela já tem um ano e seis meses. Seu aniversário é 28 de março.

O ANBU segura a criança nos braços antes de desaparecer da clareira. Os outros ANBU a escoltam para longe da floresta.

Na direção oposta, o ANBU de máscara de gato está pulando de galho em galho com o bebê no colo. Quando este passa por uma clareira, seu cabelo é iluminado, revelando a sua tonalidade: cinza.