Bem, como todos já sabem, Saint Seiya pertence a Kurumada e TOEI...sendo que a fanfic é puramente para entretenimento, sem fins lucrativos.

E olha eu aqui de novo...tentando voltar para as fics.

Eu sei que tenho que completar algumas fics...mas está está atazanando minha cabeça. Então...

Está fanfic é a continuação da fic "Impera samie Negro".Sendo que não é necessário ler a primeira para compreender esta fic.

Aqui estamos imediatamente após a Saga de Poseidon...antes da Saga de Hades.

Espero que gostem.

Reviews são sempre bem vindos^^

Boa leitura.


Mal conseguia acreditar no que seus olhos viram.

De costas para a porta que batera com violência, sentava no chão frio do corredor. Tentava a muito custo controlar a respiração e os movimentos nervosos de sua mão, enquanto esforçava-se para ignorar o choro estridente que vinha do outro lado da porta.

- Athena! - a voz de Miro surgiu disparada do fundo do corredor, enquanto esse encurtava a distancia rapidamente. Abaixara-se diante a deusa com semblante muito preocupado, enquanto agarrava-a gentilmente pelos ombros.

Acto impensado quanto a posição que ambos ocupavam, mas que naquele momento não dera conta.

- O que é isso? - Disse espantado, ouvindo o choro.

- Miro - A voz de Athena saiu tremula - Eu preciso de um grande favor - Completou mirando nos olhos dele, recebendo apenas um aceno como confirmação para proceguir - Tudo que você vir atrás daquela porta, ficará entre nós.

- O que tem ali...?

- Eu preciso que você me traga a criança que está chorando - Saori continuou, colocando sua mão no peitoral da armadura do Cavaleiro - Não se assuste...

- Athena...

Num ponto isolado, não muito longe das principais casas zodiacais, uma brisa gélida levantava, anunciando que o verão estava próximo do fim. Vinha de mansinho, contrariar a paisagem ainda colorida da estação, em céu azul sem nuvens, daquela manhã, brincando com as grandes melenas roxas e o vestido branco comprido.

O corpo imóvel, deixara-se estremecer pela sensação, sem que isso abalasse sua postura.

Diante de uma simploria lápide, Athena, na forma de Saori Kido, lia e relia o único nome gravado na pedra fria.

Se não fosse seu perdão, aqueles que pereceram durante a batalha das doze casas, não poderiam estar em seu descanso eterno, mas sim, encontrariam a voz e punho punitivo no mundo inferior.

Era este facto que aquietava o coração da jovem que suspirou ao ouvir passos leves atrás de si.

- Senhora! - Uma voz doce, feminina, cheia de cerimonia a chamara. - ele está quase despertando - reverenciando a mulher.

Um fino sorriso ornou os lábios bem feitos, enquanto deixava escapar um fraco "obrigada".

A moça a sua frente, voltou a reverencia-la respeitosamente, virando as costas e se retirando.

Na verdade, não estava cogitando em sair daquele local tão cedo. Ainda queria prestar sua homenagem a Camus, como a mesma dedicação que fizera com os outros.

Desde que havia tomado o lugar que era seu por direito, ainda não tivera oportunidade para isso.

Dois anos haviam se passado, e a ultima das batalhas levou a que seus cavaleiros tivessem que se recuperarem com cuidados especiais.

Assim como aquele que primeiro sentiu fortes dores no peito, que lhe chamaram a vida novamente. Primeiro a dor...depois a consciência...e as lembranças remontavam aos poucos os últimos acontecimentos, em que defendera a Deusa da Sabedoria com seu próprio corpo, recebendo em cheio o tridente do Deus dos Mares.

Sabia que estava vivo, mas não compreendia como. Aos poucos despertava para a realidade em que estava deitado em local confortável e quente...e uma luz intensa vinha de sua direita, provavelmente, de uma grande janela.

Abrira os olhos aos poucos, tentando habituar-se com toda aquela claridade. Suspirou, enchendo os pulmões o máximo que pode. Não se importou com a dor forte que sentiu por isso, apesar de não poder evitar um fraco gemido.

Por fim, sua atenção era chamada para algo que faziam um pouco de pressão nas cobertas a sua esquerda, na altura de suas pernas.

Estranhou.

Grandes olhos azuis lhe tragavam, enquanto a pequena face arredondada e rosada se iluminava. Um grande sorriso se formou nos pequenos lábios da bela pintura delicada de traços emoldurados por cabelos de grande cachos bagunçados até os ombros, em castanho claro.

- Ariadne! - uma voz atraiu os dois presentes para a porta. Uma bela moça de pele muito morena e olhos e cabelos negros entrara rapidamente, tirando a pequena criatura da cama - Me perdoe senhor - Disse um tanto assustada perante aquele homem que lhe olhava estranhamente - Ela foge... - Explicou se dirigindo para a porta - Vou avisar que despertou...

Mais uma vez suspirou vendo a entrada na frente da cama, vazia.

Mas afinal o que foi aquilo? Onde estava?

Tentou se erguer, mas mais uma dor aguda o fez desistir.

- Não se levante - um voz estranhamente conhecida chamou sua atenção, o surpreendendo. Na porta Athena lhe sorria docemente.

- Athena...

- Teremos tempo para conversar - Disse se aproximando - Você está confuso, não é!?

- ...

Ela sorriu.

- Tenha calma Kanon - Disse já do lado do leito, onde uma cadeira estava encostada nesta, provavelmente empurrada pela pequena criatura de a pouco - Descanse...eu explicarei...

Continua...