(Nota: Esta é uma história sobre um universo paralelo de Resident Evil onde não há vírus, Raccoon City, Umbrella, B.O.W.s ...
Basicamente, é um modo que criei de como seria algumas coisas caso não houvesse nada acima. Mas como eu disse: é um universo paralelo. Ou seja, em alguns pontos da história, poderá ter muitas semelhanças à história real. Em outros casos, não.)
"Umbrella" só para dias chuvosos
(Perdoe-me, é que só pensei no título da história em inglês, onde há um trocadilho com a palavra Umbrella.)
Cap. 1 – Primeiro dia de trabalho
Leon Kennedy era um cidadão de uma famosa cidade grande americana. Recém formado, dia 29 de setembro de 1998 era o seu primeiro dia como policial da cidade de Nova York.
Chegando na delegacia, ele conheceu seu parceiro de trabalho, Kevin Ryman. Kevin aparentava Tom Cruise no filme "Top Gun". Tinha os cabelos castanhos, alguns fios caiam nos olhos pequenos.
Na policia, havia uma equipe especial para resgates e ataques mais perigosos. Esse grupo era chamado de "S.T.A.R.S." (Esquadrão de Táticas Especiais e Resgate). Kevin sempre tentava entrar para os S.T.A.R.S., mas nunca conseguia.
Leon foi apresentado para quase todos os policias daquela delegacia, menos para os membros dos S.T.A.R.S. porque nenhum deles se encontravam no momento. Mas se sentiu especial por ter recebido tanta atenção.
Na hora do almoço, Leon estava numa sala bem próxima a entrada da delegacia. Ele estava comendo seu almoço sozinho num prato descartável até ouvir a voz de uma garota vindo do saguão principal. Ele abandonou o seu almoço que estava quase no fim e foi atender a tal garota que estava querendo algum tipo de atenção dos policiais. Ele avistou uma garota branca, com cabelos castanhos preso, com uma roupa que aparentava ser de motoqueira; ela estava com uma blusa preta e uma jaqueta vermelha-rosa que possuía um desenho bem peculiar nas costas: era um mulher com asas (talvez um anjo) segurando uma bomba atômica, aparentemente, e logo abaixo havia várias bombas-atômicas alinhadas e tinha uma coisa escrita... Estava escrito "made in heaven". A blusa e a jaqueta complementavam o short preto com uma camada de jeans vermelho por cima do pano maior preto.
- Posso ajudar? – Leon disse.
- Sim, eu estou procurando pelo meu irmão. Ele trabalha aqui, acho que você conhece... Chris Redfield dos S.T.A.R.S.
- Me desculpe, mas eu não o conheço – Leon deu um sorriso meio envergonhado – Não cheguei a conhecê-lo...
- Não? Mas todo mundo conhece ele!
- Eu sou novo aqui. É meu primeiro dia de trabalho.
- Oh... Que legal! Qual é seu nome?
- Meu nome é Leon... Leon Kennedy. E qual é o seu?
- Claire Redfield. – ela fez uma pausa e voltou a falar – Queria muito falar com o Chris. Era um assunto importante de família. Mas nada grave...
Os dois conversaram um pouco até que Claire foi embora. Leon pode observar que ela sentou numa motocicleta estacionada em frente a delegacia. Ele andou até a sala onde havia deixado o restante do almoço e se deparou com um policial loiro, mas com alguns cabelos grisalhos.
- Ela está sempre vindo aqui, a menina motoqueira. Ela sempre vem procurar pelo irmão, Chris. Já estamos acostumados com ela. O problema é que às vezes parece que ela não quer deixar o Chris trabalhar.
- Ela deve ter os motivos dela – Leon disse.
Dentro da sala, Leon encarou o prato de comida, pegou-o e voltou a comer. A comida estava fria, mas comeu assim mesmo.
Após meia-hora, Kevin procurou por Leon e quando achou Leon, limpando a arma, disse:
- Kennedy, temos um trabalho pra fazer. Houve uma batida, um acidente de carro... ou melhor dizer, de um caminhão! Preciso que venha comigo e ... – Kevin fez uma pausa – sinta como vai ser seu trabalho daqui em diante.
Kevin e Leon entraram numa viatura policial e seguiram em direção ao local da batida. Kevin dirigia atentamente e com pressa para chegar. Leon estava um pouco nervoso. Achou que no seu primeiro dia de trabalho não aconteceria praticamente nada. Ele iria para a delegacia, faria algumas coisas no escritório, ou algo assim, e voltaria pra casa depois de um longo dia de tédio.
Chegando no local, havia um caminhão, uma moto caída no chão, um cara bêbado caído no chão. Kevin estacionou o carro rapidamente e saiu. Porém, Leon ainda estava um pouco atordoado com a cena: a moto que estava no chão era de Claire Redfield! "Aquela garota que falou comigo hoje... Essa moto é dela!" ele pensou. Leon saiu da viatura e ficou apreensivo. Olhou ao redor e viu Claire encostada na parede de um prédio, com hematomas no braço esquerdo e olhando ferozmente para o homem bêbado caído no chão.
- Claire! Você está bem? O que aconteceu?
- Leon! – Os olhos de Claire passaram a olhar para Leon. Estava com tanto ódio do motorista do caminhão que havia esquecido o que estava acontecendo ao redor. – Eu estou bem. Aquele idiota bateu na minha moto e eu acabei machucando meu braço quando caí. A sorte é que o caminhão dele e nem minha moto não estavam em grande movimento. Acho que teria morrido se fosse pior... – ela olhou para baixo. – Mas não se preocupe. As pessoas ao redor chamaram a ambulância e eles devem estar chegando.
Do outro lado da rua, Kevin tentava conversar com o homem gordo e bêbado no chão, mas estava quase impossível. Kevin chamou Leon para se aproximar e poder ajudá-lo a levantar aquele homem para ser preso. Leon se aproximou e Kevin algemou o homem ainda no chão. Leon e Kevin puxaram o homem pelos dois braços e o tentaram fazer andar até a viatura. Colocaram ele no carro e fecharam a porta. O homem caiu pelo banco de trás e começou reclamar coisas incompreensíveis.
A ambulância que Claire havia falado havia chegado e eles atenderam Claire ali mesmo na rua. Eram apenas ferimentos leves, não havia necessidade de levá-la a um hospital. Mas Claire não estava preocupada com seu braço, mas sim com sua moto. Era sua primeira e única moto que havia ganhado dos pais. Um retrovisor da moto havia quebrado totalmente e parte da frente da moto estava arranhada.
Kevin e Leon voltaram para a delegacia com o motorista bêbado, que agora estava falando insistentemente que era inocente. Kevin estava sendo como um exemplo ambulante. Ele esperava que tudo o que ele estava fazendo poderia ser copiado por Leon nos próximos dias de trabalho, mesmo que prender um bêbado na rua poderia parecer algo bobo.
Leon tirou o bêbado e o colocou sentado num banco que havia num corredor. Um policial negro, chamado Marvin, se aproximou e perguntou:
- Esse é o motorista do caminhão que bateu na moto?
- Sim, senhor – disse Leon.
- Leve ele para minha sala. E, Kevin – ele olhou totalmente para Kevin - prepare o relatório.
Kevin foi para um caminho contrário do policial negro. Leon então puxou o motorista bêbado e levou para a sala do policial Marvin. Ele conversou um pouco com Marvin e os outros policiais ao redor e saiu.
Do lado de fora, ele avistou Claire mais uma vez. Ela estava distraída e com uma mão segurando um pano que estava preso no braço que havia machucado. A aparência de Claire havia mudado em pouquíssimo tempo. Aquela garota que estava procurando pelo irmão parecia diferente da garota agora. Antes, seu cabelo estava preso de um jeito muito calculado, sua expressão estava pacífica. Agora, o cabelo de Claire estava uma bagunça só. Os fios pareciam que estavam em guerra, e as afeições de Claire estavam rígidas de raiva. Sua sobrancelha estava franzida num tom de inconformação.
- Claire...
- Oi, Leon! Estou aqui de volta, mas dessa vez é pra dar meu depoimento.
- Eu fico feliz que não tenha se machucado muito! Quando vi sua moto, pensei que tinha morrido!
Claire suspirou de alívio e sorriu.
- Hey, se souber do Chris, mande ele vir falar comigo, ok?
- Ok – disse Leon.
Ele não sabia o que conversar com Claire. É claro que ele percebia que havia uma facilidade de ter uma conversa com Claire, como se eles fossem grandes conhecidos ou algo do tipo. Porém, Leon não tinha palavras para conversar com Claire. Parte do cérebro dele estava pensando no fato de Claire ter quase morrido pouquíssimos minutos depois que ela havia conversado com ele.
- Sabe, às vezes acho a vida tão estranha... – Claire franziu a sobrancelha – eu cheguei aqui e você foi o único que me atendeu. Chris não estava, por isso fui embora mais cedo. Eu fui acertada por um caminhão e um dos policiais que foram no local era você... Talvez, se o Chris estivesse aqui naquela hora, não haveria acontecido isso comigo... E também, que coincidência eu ter encontrado você duas vezes, ou melhor, três vezes agora, em pouquíssimo tempo e você é o novato!
- Bom, sobre a ausência do Chris e seu acidente, eu não sei dizer... Você diz que se o Chris estivesse, talvez você não teria sofrido esse acidente, já eu acho que poderia ser pior, sei lá... Algumas coisas são inevitáveis, só o que muda é a intensidade delas. – Leon fez uma pausa – Mas não fique pensando nisso, Claire. Você está bem agora e isso é o que importa. – Leon olhou para o braço que estava com curativos. – Como está o braço?
- Arde um pouco... – Claire olhou para o braço um pouco desconsolada – Acho que daqui a 2 semanas volta tudo ao normal.
Leon ficou quieto por um instante. Mais uma vez, não havia assunto para falar com Claire. Então, ele lembrou de procurar por Chris.
- Vou procurar pelo Chris, ok?
- Obrigada, Leon. – Claire deu um sorriso de agradecimento.
Leon andou pela delegacia até a sala dos agentes S.T.A.R.S. Ele encarou a porta na esperança de encontrá-los, já que no início do dia eles não estavam. Ele rodou a maçaneta da porta e abriu um pouco a porta sem colocar nenhum dos pés para dentro. Ficou ali segurando a maçaneta e olhando para dentro. Viu seis pessoas, uma delas era uma mulher. Olhou bem para o rosto dos cinco homens e tentou identificar qual deles mais pareciam com Claire. Havia um homem de meia-idade ruivo. Havia um homem significantemente mais novo, com um colete amarelo e um cabelo com topete. Havia um homem com uma bandana vermelha na cabeça. Havia um homem com uma roupa preta e uma aparência mais européia, e tinha bigode. E havia outro cara com um cabelo de topete também, mas com um rosto mais retangular. "Nenhum deles aparentam ser irmão da Claire" Leon pensou. Todos os agentes da sala estavam olhando para Leon, esperando ele falar alguma coisa.
- Redfield? Chris Redfield? – Leon perguntou sem saber para quem olhar
- Sou eu! – disse Chris, um rapaz alto de topete e rosto retangular. Ele se aproximou de Leon e esperou que ele falasse algo.
- Sua irmã Claire veio te procurar mais cedo e não te achou e resolveu ir embora. Há poucos minutos, ela sofreu um acidente e fui no local da batida. Ela está bem e veio deixar depoimento. Ela quer ver você agora.
- Claire sofreu um acidente? Hoje?!
- Sim, mas ela está bem. Só machucou o braço.
Chris ficou atordoado e passou pela porta onde Leon estava e seguiu caminho até Claire.
Um tempo depois, havia outro desafio: acompanhar alguns policiais que tinham um mandato de prisão para um homem chamado Jeremy Brooks no Lower Manhattan. Tudo ocorreu bem e Leon surpreendeu seus novos parceiros de trabalho.
