Olá! Escrevi essa Fic de Death Note porque uma idéia me ocorreu e não pude me controlar, decidi postar porque acho que não está tão horrível assim, mas me perdoem se estiver um lixo -k

-"Bla bla bla" – pensamento

- Bla bla bla – fala normal

Avisos: Death Note e seus personagens não me pertencem [ainda :9]. Essa Fic foi escrita de fã para fã, sem fins lucrativos.

Aviso 2: Essa Fic possui conteúdo Yaoi, se não gosta não leia!

Aviso 3: O enredo se passa após o enredo original de DN, a historia ficará mais clara no decorrer dos episódios.

Boa Leitura! :D


Capitulo 1 - Acontecimentos

Ano de 2031, Japão.

Com o passar dos anos, a tecnologia se desenvolveu, computadores com capacidade de armazenamento absurda, porteiros eletrônicos, gps's cada vez mais eficientes, celulares que podiam fazer de tudo. Mas nem toda essa tecnologia foi suficiente para quebrar a tradicionalidade de um dos países mais disciplinados do mundo, o Japão.


Yagami Raito é um jovem de 18 anos que vive num bairro de classe média com a mãe e o padrasto. Inteligente, egocêntrico e extremamente competitivo, Raito odeia perder e isso o levou a ter uma rivalidade intensa com L. Lawliet, um garoto 2 anos mais velho que ele. Lawliet, apelidado de Ryuuzaki, era extremamente inteligente e também odiava perder, ele e Raito mantinham disputas desde que eram crianças o que deixava Raito muito irritado, pois nunca conseguira vencer de fato. A vida dos dois era feita de empates, os dois ganhavam, os dois perdiam, nenhum deles se sentia satisfeito.

Os dois garotos se conheceram há 12 anos. O pequenino Raito de 6 anos fora ao evento de campeonato de xadrez, assistir. Lawliet, de 8 anos estava participando da categoria mirim e logo chamou a atenção do mais novo, pois vencia seus oponentes tão rapidamente e de forma tão incontestável que fez Raito sentir uma pontada de inveja – e admiração, mesmo sem admitir – após isso o pequeno garoto decidiu que se fosse dedicar-se em algo em sua vida, seria em ser melhor do que o tal Lawliet, e assim foi.

Os anos se passaram, os dois estudaram na mesma escola, onde disputavam para ver quem tirava notas mais altas, nenhum dos dois saía vitorioso, as notas eram sempre máximas. No ginásio, disputavam partidas de tênis incríveis que juntavam sempre uma multidão de jovens admirados pela habilidade dos dois. Não demorou até que Raito tivesse um fã clube – formado principalmente por garotas – e até Lawliet ganhou um grupo de admiradores, que o chamavam de L.

Terminaram o colégio e foram pra faculdade – a mesma faculdade, coincidência? – onde continuaram com suas disputas. Não importava se eram coisas bobas ou grandiosas, topavam qualquer jogo em que pudessem derrotar o outro, tênis, ping-pong, xadrez, dama, baralho, qualquer jogo.

Raito não queria admitir, mas a rivalidade com Ryuuzaki havia transformado seu "ódio" em simpatia, não que gostasse do outro, mas tinha que admitir que os momentos mais divertidos que viveu foram ao lado do rival. Certa vez dissera até dissera a Ryuuzaki algo como "Se eu não te odiasse tanto, poderíamos até sermos amigos" dando um sorriso sarcástico em seguida, como resposta recebeu um desconcertante sorriso de Ryuuzaki – que ficou pensando no que o outro dissera por pelo menos uma semana – Raito sorriu ao lembrar-se da cena, tinha que admitir, se divertia muito com tudo aquilo. Teve seus pensamentos interrompidos por uma voz familiar.

- Não devia andar nessa chuva, Raito-kun – virou-se automaticamente.

E lá estava o garoto estranho, os cabelos negros bagunçados, as olheiras profundas, as mãos nos bolsos, Ryuuzaki estava tão molhado quanto ele mesmo. Sorriu de canto, lhe repreendia sobre estar na chuva quando ele mesmo também estava.

- Nesse caso devo lhe dizer o mesmo, Ryuuzaki.

O moreno andou até Raito, que esperou para andarem juntos. Suas casas não eram nem um pouco próximas, mas os dois faziam o mesmo caminho, embora raramente fossem juntos. Ryuuzaki se lembrou de quando Raito descobriu que a maior casa do bairro – que ocupava toda uma esquina – pertencia-lhe. Não que fosse convencido, mas ver a cara chocada de Raito ao descobrir que ele era podre de rico foi realmente engraçado.

- O que é tão engraçado? – Raito perguntou ao ver o moreno rindo discretamente.

- Me lembrei de quando você descobriu onde eu morava

Raito bufou irritado.

- "Convencido. Só porque tem todo esse dinheiro." Tenho dó de seus vizinhos, acho que ninguém gostaria de morar perto de você.

- E eu acho que só você pensa assim, Raito-kun. Nenhum vizinho nunca reclamou – Raito riu debochado.

- Isso porque todos acham que você é um drogado perigoso – Ryuuzaki faiscou os olhos pro ruivo. 1x0 pra Raito. Droga, não é que ele me pegou dessa vez. Sorriu suavemente, nunca mudariam não é?

A chuva aumentou, fazendo com que os dois apertassem o passo. O tempo estava bem ruim ultimamente, o que não importava muito para Ryuuzaki que vivia sempre dentro de casa – explicação plausível para a cor de sua pele. Ou pela falta dela – saía raramente para festas ou baladas já que não gostava muito de multidões.

Raito correu para a varanda de sua casa assim que a avistou, dizendo um "Até mais, baka" para Ryuuzaki, que continuou andando, já que sua casa ficava muitas quadras à frente. A chuva aumentou ainda mais, e ele se arrependeu de decidir andar um pouco hoje, ao invés de ficar confortável e seco dentro de algum carro de luxo importado.

Ao chegar em casa notou todas as luzes apagadas e um silencio mortal. Abriu a porta cuidadosamente, checando a sala vazia antes de adentrar totalmente.

- "Estranho. Watari não disse que iria sair" – pensou enquanto tirava os sapatos encharcados.

Lawliet perdera os pais muito cedo, tinha apenas 5 anos quando sofreram um acidente de carro, resultando na morte de ambos. Desde então fora criado pelo mordomo da família, um senhor dedicado, com uma incrível adoração pelo garoto. Ryuuzaki não sabia por que, mas o apelidara de "Watari" quando era criança.

Tinha acabado de colocar as roupas molhadas na área de serviço e estava apenas com uma toalha enrolada na cintura quando a campainha tocou.

Andou calmamente até a grande porta de entrada e olhou pelo pequeno visor do porteiro eletrônico, arregalando os olhos ao ver a imagem de um garoto ruivo todo molhado olhando para a câmera como quem diz "Eu sei que você está ai, então abra logo". Ryuuzaki riu, aquilo sim era algo inesperado. Abriu a grande porta e se deparou com Yagami Raito, encharcado e parecendo nem um pouco feliz.

- Pois não, Raito-kun?

- Er... – Raito olhou pra Ryuuzaki e corou – Precisa realmente atender à porta vestido assim?

-Hm? – Ryuuzaki olhou confuso o mais novo e então olhou pra baixo, se lembrando que estava só de toalha – Ah, isso. Desculpe-me.

- Ahn, tudo bem... Eu acho – coçou a cabeça, estava sem jeito.

- No que posso ajudá-lo? – Ryuuzaki, perguntou educadamente.

– É que... Bom... Perdi minhas chaves, e não tem ninguém na minha casa, fiquei trancado pra fora. E bem... Queria saber se posso ficar aqui até a chuva passar – pedir favores a Ryuuzaki não era algo que agradava o orgulhoso Raito, agora mesmo se sentia humilhado, mas não tinha outra escolha já que não conhecia mais ninguém pelos arredores. Não estava esperando muita cordialidade do rival, então se surpreendeu.

- Tudo bem, pode entrar – o moreno disse indiferente. Em seguida se virou e fez sinal para que o outro o seguisse, subindo as escadas para o segundo andar logo em seguida.

Raito sentiu-se aliviado ao perceber que Ryuuzaki era mesmo uma pessoa educada, apesar das provocações.

Sentindo-se muito constrangido entrou na casa, fechando a porta atrás de si. Seguiu Ryuuzaki pelas escadas, não deixando de reparar na casa toda. O lugar era grande e espaçoso, decorado de uma forma simples, mas luxuosa, rica em detalhes. Ao chegar ao quarto do mais velho, sentiu-se surpreendido: O lugar estava perfeitamente arrumado, brilhando até – sem preconceitos, mas Ryuuzaki parecia ser um cara desleixado – o mais velho fez sinal para que ele se sentasse no pequeno sofá de couro preto.

O quarto de Ryuuzaki era grande, mas simples e impecável, as janelas enormes ocupavam quase toda a parede que dava para os fundos da casa. Na parede oposta à janela, se encontrava uma cama grande de casal com um criado mudo de cada lado. A porta do banheiro ficava na parede ao lado da cama, assim como outra porta que imaginou ser o closet, já que não havia guarda-roupas no quarto. E na parede oposta ao banheiro se encontrava uma estante grandiosa repleta de livros, uma pequena escrivaninha e o sofá preto de couro em que ele estava sentado.

- Estava indo pro banho assim que você chegou – o moreno rompeu o silencio – Espero que não se importe de ficar aqui sozinho alguns minutos.

- Não me importo – respondeu rapidamente. Ficaram alguns segundos se encarando nos olhos, até que Ryuuzaki entrou no banheiro de sua suíte murmurando um "Tudo bem então".

Raito suspirou, não estava acostumado a "não ser rival de Ryuuzaki" e essa situação toda era muito estranha. Estar ali na casa do outro num dia chuvoso, como se fossem amigos, era algo que jamais imaginaria. Decidiu dar um pouco de atenção à grande estante de livros para se livrar do tédio. Fez uma careta ao se levantar e ver uma pequena poça de água no lugar onde estava sentado, mas decidiu ignorar isso. Ficou vários minutos olhando admirado a grande coleção de livros, reconhecendo alguns títulos até que o som da porta se abrindo chamou sua atenção.

Virou-se e viu Ryuuzaki, que vestia uma calça de moletom larga, assim como sua habitual camisa de mangas compridas branca. Ele passava a toalha descuidadosamente no cabelo, os pés descalços. Ryuuzaki não parecia nem um pouco incomodado por tê-lo ali em sua casa, parecia estar bastante à vontade.

- Acho que você devia tomar um banho também, você está todo molhado – o mais velho disse encarando Raito – Eu te empresto alguma roupa.

- Preocupado com a minha saúde, Ryuuzaki? – o outro provocou de forma divertida.

- Na verdade não – respondeu simplesmente, colocando o polegar nos lábios – Mas não gostaria que você ficasse molhando minha casa inteira – e sorriu enquanto apontava com a cabeça a pequena poça de água no sofá, que se estendeu pelo chão em frente à estante.

Os olhos de Raito faiscaram. 1x1, estavam empatados de novo.

- Tudo bem então.

- Vou deixar a roupa em cima da cama. Assim que terminar pode me encontrar lá embaixo.

Raito acenou com a cabeça e entrou no banheiro. Tirou rapidamente as roupas molhadas, percebendo que seu celular estava encharcado – mas ainda funcionando – secou o aparelho com a toalha e entrou no box de vidro fumê. Sentiu um alivio quando a água quente do chuveiro escorreu pelo seu corpo, relaxando seus músculos.

Do lado de fora do banheiro, Ryuuzaki separava uma roupa decente pra Raito, ficou feliz em encontrar uma calça escura não tão larga e uma camisa de mangas curtas branca. Embora não soubesse o porquê de querer achar uma roupa que agradasse o rival. Deixou a roupa em cima da cama, assim como uma peça intima e saiu em direção à cozinha. Precisava ingerir açúcar.

Raito saiu do banheiro se sentindo muito melhor, avistou as roupas perfeitamente passadas em cima da cama. Deu uma avaliada rápida: uma calça, camiseta e uma cueca. Sentiu o sangue esquentar em seu rosto, nunca pensou em usar uma roupa intima de alguém, muito menos de Ryuuzaki! Ignorou a quentura nas bochechas e se vestiu, notou que a calça estava um "pouco" justa demais, mas não o suficiente para deixá-lo desconfortável.

No andar de baixo Ryuuzaki comia vagarosamente um bolo de chocolate com morangos enquanto pensava em Watari, que estava demorando demais pra voltar pra casa. Estava ficando realmente preocupado, nenhum bilhete, ligação, nem nada. Estava tão imerso em seus pensamentos que não percebeu quando Raito chegou à cozinha.

- Parece realmente distraído, Lawliet.

Ryuuzaki virou a cabeça e viu o mais novo apoiado no batente da porta da cozinha. Raito estava com os braços cruzados e observava atentamente enquanto o outro cutucava o bolo antes de levá-lo à boca.

- Eu só est- foi interrompido no meio da frase. As luzes se apagaram, uma a uma.

A escuridão tomou conta da casa, a chuva continuava caindo incessante do lado de fora. Nenhum dos dois precisou dizer nada, caminharam em direção à sala onde uma fraca luz de emergência brilhava.

- Blackout? – Raito perguntou desanimado.

- Provavelmente. Não tem luz lá fora também – Ryuuzaki olhava pela janela. As ruas em total breu pareciam sinistras cobertas pela chuva.

Um raio cortou o céu, iluminando a sala de uma forma macabra. O som estrondoso fez os vidros das janelas vibrarem.

Riiing, ring. Riiing, ring. Raito deu um pulo de susto, recebendo um "shhh, é só um celular" do outro.

- Moshi, moshi? – Ryuuzaki pegou o telefone em cima da mesinha da sala e o atendeu.

Raito olhou o rosto do moreno assumir uma expressão assustada, depois aliviada, então cautelosa e por fim desanimada. Colocou o celular novamente no lugar.

- Algum problema?

- Watari teve um pequeno problema com o carro, por causa da chuva. Ficará em um hotel no centro até amanhã, quando a chuva já tiver passado e houver uma oficina aberta.

- Ele disse se sabia algo sobre o blackout?

- Parece que a chuva causou alguns danos nas usinas da companhia elétrica da região. Estão tentando reparar o problema, mas acho que vai demorar um pouco.

Ring ring. Ring, ring. Outro celular tocou. (N/A: Imaginem que os toques são diferentes. Não sou criativa com onomatopéias X.X)

- Kuso! – Raito resmungou após se assustar novamente com o toque do celular. Percebeu logo que era o seu.

- Moshi, moshi! – tirou o pequeno aparelho prateado do bolso.

Foi a vez de Ryuuzaki observar enquanto o ruivo ouvia atentamente, murmurando algumas silabas de vez em quando.

- Algum problema? – perguntou quando o outro guardou o celular no bolso.

- Meus pais – disse de forma desanimada – Estão presos na casa dos meus tios, parece que a chuva está forte por lá também.

Raito soltou um suspiro alto, sentando no sofá.

- Parece chateado, Raito-kun.

- E estou. Afinal, acho que estou preso aqui com você.

- Não vai se lamentar tanto quando o gerador começar a funcionar e minha casa for o único lugar com energia. Não é Raito-kun?

- Eu devia mesmo imaginar algo assim – Raito respondeu, sem se surpreender – "Será que esse desgraçado pensa em tudo?"

Depois de quase 5 minutos de total escuridão as luzes se acenderam, avisando que o gerador começara a funcionar. Raito ficou sentado no sofá olhando pro teto enquanto Ryuuzaki sumiu de vista por alguns segundos, voltando logo em seguida com duas canecas de café.

- Arigatou.

- Não sei cozinhar, então Watari faz isso pra mim. Ficarei muito bem com os doces da geladeira, mas acho que você gostaria de comer algo mais... Salgado – disse com certo nojo da palavra.

Raito virou a cabeça na direção do moreno. Ryuuzaki estava sendo legal, e isso parecia estranhamente gracioso.

- Você é um mimado mesmo – não perdeu a oportunidade de provocar o rival – Sugere que eu faça o que então?

- Bom, pode ficar a vontade na cozinha. Watari sempre mantém a dispensa cheia. Se souber cozinhar alguma coisa, é só pegar o que precisa – concluiu antes de levar a caneca de café à boca.

Ryuuzaki acompanhou Raito até a cozinha bem equipada, sentou/agachou-se numa cadeira e ficou observando enquanto o outro cozinhava. Raito perguntava onde estavam as coisas e recebia uma cara confusa do mais velho, então procurava fuçando dentro dos grandes armários.

Embora o cheiro da comida feita por Raito estivesse realmente agradável, Ryuuzaki preferiu devorar uma torta de limão inteira, dizendo que o frango grelhado de Raito não tinha quantidade suficiente de glicose. Raito pensou em discutir e dizer que se ficasse comendo só doces acabaria diabético, mas tinha certeza que não adiantaria nada então apenas bufou e continuou comendo.

Após comerem, Ryuuzaki chamou Raito pra jogar um pouco de vídeo-game – o mais novo não era muito chegado nessas coisas – e ficaram horas competindo como se tivessem apostado suas vidas. Ryuuzaki deu uma surra no começo, mas Raito aprendia muito rápido e logo o jogo se equilibrou. Só pararam de jogar por volta da meia noite. Raito bocejou.

- Está com sono? Pode dormir se quiser.

Raito esfregou os olhos suavemente, estava cansado.

- É, não estou agüentando mais. Vou dormir a onde? – perguntou se levantando, assim como Ryuuzaki.

- No meu quarto – o outro respondeu enquanto subia as escadas, com Raito em seu encalço.

- Como?

O mais novo olhou indignado para as costas do moreno. Ryuuzaki queria o que? Que dividissem a cama de casal dele? Estava prestes a protestar quando o outro se virou e lhe olhou nos olhos, debochado.

- Não vamos dormir juntos, Raito-kun – disse, rodando os olhos.

- O que? Você tem algum tipo de "colchão para emergências" embaixo da cama?

- Também não – Ryuuzaki abriu a porta e deixou Raito passar, fechando a em seguida – Você pode ficar a vontade na cama. Não vou usá-la.

Ryuuzaki sentou/agachou-se na cadeira em frente à escrivaninha e abriu o notebook branco de ultima geração, em seguida começou a digitar suavemente com os dois indicadores. Raito ficou parado próximo a porta. Agora entendia porque Ryuuzaki tinha olheiras tão profundas: era um anti-social rico e mimado que não dormia.

- Não fique parado aí, Raito-kun. Já disse que pode ficar a vontade. Não vou te atacar nem nada do tipo.

- Não seja baka, Ryuuzaki. Só estou chocado em descobrir o porquê das suas olheiras assustadoras.

Ryuuzaki olhou tediosamente pra Raito, deixando claro que não estava disposto a responder suas provocações, em seguida voltou os olhos pro computador, iria assistir animes já que não estava com sono – como sempre.

A cama de casal enorme era macia e aconchegante, Raito não queria admitir, mas poderia levar uma vida de rei ali naquela casa, mas não admitiria nem pra si mesmo que tinha um pouco de inveja do outro. Aconchegou-se nos travesseiros macios e se cobriu com o lençol fino, pegou no sono assim que fechou os olhos, mergulhando num sono profundo e calmo.

Enquanto Raito dormia tranquilamente Ryuuzaki mexia no computador distraído, não gostava de dormir, e sempre dormia poucas horas por dia, às vezes nem dormia, sentia a estranha sensação de que quando dormia e se desligava, estava perdendo informações, perdendo tempo, por isso mantinha-se acordado. Suspirou, a internet era sempre tão chata, se tivesse algum jogo bom para se jogar pelo menos. Ryuuzaki se levantou e foi até a estante, pegando um livro aleatoriamente, sentou-se de seu habitual jeito no pequeno sofá com um volume de Shakespeare em mãos. Olhou para Raito, parecia tão tranqüilo e sereno. Como um anjo, pensou sorrindo.

- "Baka, se não me odiasse tanto, acho que realmente poderíamos ser amigos" – e com esse pensamento começou a ler o romance que tinha em mãos enquanto o outro ressonava calmamente.


"Corria desesperado, seu braço queimava e o sangue escorria sujando seu terno preto. Estava humilhado. Afinal, havia perdido. Tudo pelo que havia lutado estava perdido, todas suas vitorias não faziam sentido ali naquele cenário. Mas o que ele havia perdido? Não conseguia se lembrar, só se sentia derrotado, como se tivesse falhado em seu maior objetivo.

Entrou num galpão abandonado cambaleando, seu ombro direito ainda sangrava, se sentia fraco. Era assim que acabava então?

Jogou-se na escada de metal, deitando-se. Seus músculos pareciam querer se separar dos ossos, cada célula de seu corpo parecia doer, a dor forte latejava em seu ombro fazendo com que mais sangue saísse, sujando os degraus metálicos. Queria gritar, queria levantar e lutar. Mas pelo quê estava lutando? Pelo quê estava morrendo?

Aquilo não podia estar acontecendo, chegara tão perto, tão perto! Que erro havia cometido? Em que momento havia perdido aquela luta? Queria chorar, mas as lagrimas não saiam, estavam secas. Quando pensou que a dor não podia aumentar, sentiu um aperto no coração, como se alguém estivesse esmagando o. Queria levar a mão ao peito e arrancar o órgão incômodo dali, mas não tinha forças. A dor foi aumentando, como se fogo estivesse querendo sair de seu interior, como se seu coração estivesse bombeando lava fervente e não sangue.

Era o fim. Perdera. Morreria ali, sozinho e humilhado.

Aguardou a morte silenciosamente, e então viu algo que chamou sua atenção: Alguém estava ali, caminhando em sua direção com as mãos nos bolsos – alguém que não deveria estar ali. Mas por que não devia estar ali? – subitamente sentiu seu coração se acalmar, batendo devagar a cada passo que a pessoa dava em sua direção. Tentou sorrir, mas não conseguiu, finalmente descansaria em paz. Fechou os olhos lentamente, se entregando à escuridão que insistia em dominá-lo. A morte era calma afinal."

Ainda de olhos fechados ouviu um grito horroroso, seu coração se acelerando novamente. A era esganiçada e estridente e ao mesmo tempo grossa e assustadora, como se fossem diversas vozes gritando ao mesmo tempo.

KIRA!

...

Fim do primeiro Capitulo.


Está aí! Bom, essa é minha primeira Long Fic e não faço idéia se isso aí está bom ou ruim. Então, por favor, me mandem reviews! T_T Aceito elogios, críticas, dicas, sugestões, ameaças e etc.

Escrevi esse primeiro capitulo para introduzir um pouco a historia, o tipo de relacionamento de Raito e L, o tempo e lugar onde tudo ocorrerá, enfim, essas coisas. A ação começa logo.

Se conseguir pelo menos 2 leitores continuarei postando, caso contrário me aposento, pego minha trouxinha de roupas e fujo para as montanhas! –k

Caso alguém tenha ficado confuso com algumas coisas, tudo será esclarecido no decorrer da Fic. Prometo!

JaNe :D