O dia corrido de Sakura
- AI MEU DEUS! EU TÔ ATRASADA!
Os gritos da pequena mulher ecoavam pela casa vazia. Mais uma vez ela acordava atrasada. Sakura Kinomoto era o nome dela. Tinha 23 anos, e já era bem madura para sua idade, a única coisa que nunca mudava era essa mania de acordar atrasada. Há cinco anos ela havia mudado para uma casa perto da faculdade de medicina. Ela pretendia ser pediatra já que adorava crianças, porém preferia não se especializar em nada. Sakura era uma das melhores alunas da classe, mas para isso havia se esforçado muito.
A rotina dela era basicamente essa: Ela tinha que acordar às 6 horas mais sempre acordava atrasada, saia de casa correndo e ia pra faculdade de medicina, depois que saia de lá, e se desse tempo almoçava. Ia para uma loja de grife (Wild Fashion) trabalhar como vendedora, saia da loja e se dirigia para o restaurante de cinco estrelas "Wolve", onde fazia diversos serviços, desde atendente, até ajudante do chef, chegava em casa por volta de meia noite, estudava ia dormir lá pras 3 da manhã, talvez esse seja o motivo dela acordar atrasada praticamente todo dia.
Ela tomou um banho rápido e saiu de casa sem tomar café da manhã. Tinha que se atrasar justo hoje que tinha prova de anatomia. Pegou a moto que seu pai havia lhe dado de aniversario, montou e saiu em disparada para faculdade.
Depois de quatro faróis vermelhos, três quase-atropelamentos, e cinco esbarrões com pessoas que estavam no corredor (inclusive o diretor da escola), ela chega à classe e para sua sorte; o professor estava mais atrasado que ela. A garota sentou em sua carteira, recuperando-se dos sustos. Pegou o livro para revisar a matéria da prova, assim que abriu a primeira pagina do livro, o professor chegou.
- Eu não tenho sorte mesmo...
- Disse alguma coisa senhorita Sakura?
- Não senhor.
- Que bom. Retomando, bom dia classe!
- Bom dia professor!
- Espero que todos tenham estudado para prova.
O professor entregou a prova, e o silêncio dominou a classe, o único barulho ouvido era o do professor andando pela classe. Em uma hora Sakura terminou a prova e pediu licença ao professor para sair da sala, já que faltava uma hora para os outros terem que entregá-la. A menina se dirigiu ao campo onde havia várias árvores, sentou-se em baixo de uma cerejeira florida, colocou o MP4 no ouvido e pegou o livro para estudar para a matéria do dia seguinte. Sakura, apesar d ser muito gentil e simpática não tinha muitos amigos na faculdade. Sua única verdadeira amiga era sua prima Tomoyo.
Uma hora se passou e o campo encheu, mas ela nem percebeu, estava muito concentrada nos estudos e na música que estava ouvindo. A música mudou e Sakura ao perceber que música que era, parou de prestar atenção nos estudos, soltou o livro e fechou os olhos. Aquela música não lhe trazia boas lembranças.
Sem ela perceber, uma lágrima fria e solitária escorreu pelo seu rosto, aquele era a música que ele cantava pra ela quando ainda estavam namorando. Não gostava de lembrar dos momentos que passou com ele, pois sempre lhe vinha à memória aquela cena. Mais lágrimas escorreram pelo seu rosto. Todos a haviam avisado, mas ela não quis ouvir. Achava que sabia o que era melhor para si mesma, mas estava completamente enganada. Porém, mesmo depois de tudo que ele havia lhe feito não conseguia odiá-lo, com certeza se ele pedisse para voltar para ela, ela voltaria sem pensar duas vezes. Mas e se estivesse errada? E se nunca tivesse amado ele? E se ainda não tivesse amado ninguém? E se não soubesse como era o amor? Eram tantas perguntas sem respostas...
Sakura foi despertada de seus pensamentos com o som do sinal da escola o que indicava o fim do intervalo. Estava tão perdida em pensamentos que havia esquecido de comprar o lanche. Seu estomago pedia por um pouco de comida, mas não podia chegar atrasada na aula...
- Eu como no almoço! Assim da até pra eu comer mais! - pensou ela correndo para classe.
As últimas aulas foram praticamente uma tortura para ela. O estomago estava a distraindo tanto que ela esqueceu de copiar a matéria da lousa, conseqüentemente, ela teve que ficar até mais tarde na aula.
- Ai que fome! - dizia ela com as mãos na barriga
A garota estava indo para a lanchonete para comer o tão esperado almoço. Então o seu celular toca...
- Alô... - disse ela calmamente.
- Sakura, onde você ta? A Saory ta quase te demitindo! Eu aconselho você a vir pra cá o mais rápido possível! – disse uma voz nervosa ao telefone
- AI MEU DEUS! EU ESQUECI DAWILD FASHION!
Se recusando a ouvir a sua barriga, ela sai correndo para a loja. Estava com tanto medo de perder o emprego, que saiu correndo sem se quer lembrar que estava de moto. Quando lembrou já estava na rua da loja.
- Senhorita Sakura Kinomoto... A senhorita pode me dizer o motivo da senhorita estar atrasada? – disse uma mulher elegantemente vestida, que estava virada de costas para Sakura.
- Des-des-desculpe, mas eu tive que ficar até mais tarde na escola para copiar a matéria e... – ela tentou se explicar e recuperar o fôlego ao mesmo tempo.
- EU NÃO QUERO MAIS SABER DAS SUAS DESCULPAS ESFARRAPADAS KINOMOTO! OU VOCÊ CHEGA NO HORÁRIO OU VOCÊ JÁ PODE SE CONCIDERAR DEMITIDA! – gritou a mulher
- Sim senhora. – disse a garota de cabaça baixa
- Agora vá trabalhar! – disse a mulher se virando novamente para Sakura
Ela estava morrendo de fome. Não sabia se agüentaria trabalhar. Estava com tanta fome que estava até pálida.
- Saki, aqui está o seu uniforme e a maquiagem... Quer ajuda?
- Eu quero sim Mel, por favor.
Então as duas colegas de trabalho foram ao toalete dos funcionários. Sakura colocou o "uniforme" (que estava mais para uma roupa de festa) e Mel a ajudou a passar a maquiagem e arrumar os cabelos. Sakura não gostava do uniforme e nem de ser obrigada a passar maquiagem para trabalhar. Sentia-se falsa, aquela não era ela. Olhou-se no espelho. Lá estava vendo outra pessoa. Uma mulher com uma saia preta curta, uma blusa regata de glitter preto, sapato de salto alto, e maquiagem pesada. Não gostava daquele look, preferia roupas mais coloridas e delicadas. Mas se quisesse trabalhar naquela loja tinha que seguir as normas.
Naquela tarde Sakura teve que enfrentar três filhinhas de papai que vieram comprar roupas para uma festa, uma senhora muito fresca, um homem querendo comprar um presente para esposa e paquerando ela ao mesmo tempo. Foi uma tarde difícil, mas pelo menos a comissão do dia foi boa.
Ela sentia que ia desmaiar se não comesse alguma coisa, infelizmente, sua "querida" chefe Saory, não deixava ninguém sair no meio do expediente, ou seja, não podia comer nada teria que esperar até as seis para o expediente acabar e ela poder comer alguma coisa.
Faltavam cinco minutos para as seis e Sakura já estava branca de fome. Já estava indo tirar o uniforme quando Saory a chama no escritório.
- Kinomoto, para você compensar o seu atraso você irá atender uma cliente que vem aqui todo dia depois do horário. Normalmente sou eu que atendo ela, mas hoje estou cansada e você irá atendê-la para mim.
- Mas senhora Saory eu ainda não comi nada o dia inteiro e estou morrendo de fome...
- Então sai para comer Kinomoto, e perdera o emprego.
- Então eu fico.
- Melhor... Agora vá indo porque ela provavelmente chegara daqui a 5 minutos.
- Sim senhora.
Então Sakura teve que ficar ali atendendo a cliente VIP da Wild Fashion. Esperado ela experimentar todas as novidades do dia, para no fim não levar nada.
Sakura olhou no relógio de pulso para ver o horário e se assustou. Já eram sete horas. Se fosse comer alguma coisa ia se atrasar para ir ao Wolve. Não podia se atrasar, então nem tirou a maquiagem apenas o batom vermelho sangue e o uniforme. E saiu rapidamente da loja.
Chegando ao restaurante tomou mais uma bronca do chefe, que disse a ela que não poderia comer nada do restaurante se não estaria no olho da rua. Hoje ela trabalharia de garçonete. Deu graças a Deus que não iria trabalhar na cozinha. Foi ao toalete colocar o uniforme de garçonete. Mais uma vez não se sentia ela mesma. Dessa vez ela estava usando uma camisa branca com manga três quartos e com os três primeiros botões abertos, uma saia até o meio da coxa bem justa, um colete preto e juntamente com essa roupa um rabo de cavalo no cabelo e a maquiagem carregada que detestava. Mas regras eram regras.
Saiu para trabalhar. Aquela parte seria a parte mais torturante do dia. Ficar sem comer, estando com fome e entregando comidas de todos os tipos e todas muito apetitosas. Sakura já estava se sentindo muito mal, ela pressentia que podia desmaiar a qualquer momento. Ao ir atender um cliente que havia acabado de chegar acaba se sentindo muito tonta e para tentar melhorar fecha os olhos fortemente e depois os abre, conseguindo se recuperar. O cliente que estava na mesa a olhou preocupado. Servir todas aquelas refeições não estava sendo fácil.
Sakura voltou ao toalete e pegou na bolsa um pacotinho de sal que sempre trazia na bolsa já que tinha pressão baixa. Abriu o saquinho e colocou o conteúdo em baixo da língua pra a pressão subir, momentaneamente deu certo, já se sentia melhor.
Voltou ao trabalho e com dificuldade consegui termina-lo. Quando terminou tomou mais uma bronca de seu chefe, que disse que ela teria que ficar ajudando a limpar o restaurante já que havia chegado atrasada e seu desempenho não havia sido bom o suficiente. Mesmo ela explicando que não comeu o dia inteiro ele voltou a repetir que se comesse alguma coisa estava demitida. Ela ficou, pois não podia perder o emprego, já que tinha contas para pagar.
Quando finalmente acabou o serviço se trocou novamente. Agora estava com uma calça jeans, uma blusa cor de rosa, um bolero branco e sapatilhas também brancas. Ainda sobrou um pouco de sombra preta em seu olho já que havia esquecido o removedor em casa. Logo a seguir se dirigiu ao estacionamento, mas sua moto não estava lá.
- Droga! Eu tinha que esquecer a moto justo hoje...
Para piorar a situação de Sakura não passavam mais ônibus àquela hora da noite. Resumindo ela teria que ir a pé pra casa. Aquele realmente não era seu dia...
Estava indo para casa e a distância era consideravelmente grande quando se estava com fome. No meio do caminho parecia que a rua estava rodando. Sakura sentiu uma forte dor na cabeça e para não cair se apoiou no carro que estava do seu lado. Viu alguém se aproximando. Mas precisamente um homem. Espera ai! Esse era o homem que estava no restaurante. Que eu olhou para ela preocupado quando ela se sentiu tonta.
- A senhorita está bem? - ele lhe perguntou.
- Estou sim não é necessário se preocupar! - disse ela forçando um sorriso.
Ela se desapoiou do carro rapidamente, tentando parecer bem. Mas logo perdeu o equilíbrio e quase caiu, mas foi amparada pelos fortes braços do homem que ali estava.
- A senhorita tem certeza que está bem? – segurando ela delicadamente pela cintura
- Tenho sim, obrigada pela preocupação. – disse ela corando
Ela saiu dos braços dele timidamente e tentou seguir em frente, porém depois de dois passos ela não conseguiu seguir e desmaiou. A ultima coisa que viu, ou melhor, sentiu antes de desmaiar foi dois fortes braços a segurarem impedindo-a de colidir com o chão.
Oi gente!!
Esse é a minha 1ª fic postada aqui no FF
Estou esperando reviews com criticas (educadas se for possivel), cométarios e sugestãos para que possa melhorar como autora!Qualquer duvida por favor não hesitem em perguntar. E se vcs encontrarem alguns erros de portugues, me desculpem, nunca me dei muito bem com portugues!
Valeu!
Beijinhos Tamy
