Memórias está situada na época em que os Marotos / Marauders eram adolescentes e estavam em Hogwarts.

Essa é uma fanfic slash, logo em alguns capítulos terá lemon.

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Memórias

Escrito por Nevilla F.

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Capítulo I – Memórias feitas

Remus patrulhava as masmorras com pouca atenção. Patrulhar o colégio era uma de suas obrigações como monitor chefe. O castelo estava quente por causa da primavera, era o fim de mais um ano letivo em Hogwarts. O último ano para os Marotos.

Lupin estava levemente amargurado com o fim, mas o futuro parecia mais excitante do que o presente. Ele se dedicara ao máximo aos estudos para conseguir todos os NIEM's nas matérias que estava cursando. Foi um ano trabalhoso, mas o final compensaria. Com suas notas excelentes, ele certamente conseguiria um bom emprego.

Com esse pensamento feliz e muita desatenção, ele não pode perceber que na curva do corredor por onde ele caminhava alguém o observava.

Por estar um clima fresco, o jovem lobisomem usava calças pretas, blusa branca, gravata dourada e vermelho e suéter cinza com o distintivo de monitor chefe. Todas suas roupas estavam impecavelmente limpas, mas também estavam gastas pelos anos de uso. O bruxo levava a varinha acesa na mão direita. Quando contornou a curva do corredor ele tropeçou em uma elevação no chão. Ele deu uma derrapada, mas parecia que não ia cair. Então uma mão empurrou suas costas e, dessa vez, Remus foi direto para o chão.

"O que...? Ai!", gemeu. Alguém havia pisado na mão que ele segurava a varinha. Quando Remus a largou, um pé chutou sua varinha para longe. O pânico começou a crescer dentro de Lupin. Ele estava desarmado e sendo atacado.

"Levante-se devagar, Lupin", ordenou uma voz familiar.

Uma onde de pavor percorreu Remus. Essa voz! Essa voz pertencia a Severus Snape. O medo o paralisava.

"Você ouviu o que eu disse ou a queda afetou ainda mais o seu cérebro incapaz? Levante-se devagar. Agora!", mandou. O perigo estava evidente no timbre de Snape.

"Ok, Severus", falou ao mesmo tempo que se levantava. Ele deu uma olhada rápida para ver onde sua varinha jazia no chão. Estava a pelo menos dez passos de distância dele.

"Não pense em nada idiota, Lupin. Entre na porta a sua frente."

"Posso saber o que está acontecendo?"

"Você pode escolher entrar na porta com suas próprias pernas ou ser arrastado para dentro dela, o que prefere?"

Lupin abriu a porta e entrou em silêncio.

"Sábia escolha", comentou Severus em tom ácido.

Assim que Remus entrou, ele foi para o lado da porta para dar espaço para Snape entrar. Quando Severus estava entrando pelo batente, Remus pulou em cima dele.

"Droga!", murmurou Snape. Os dois caíram e rolaram pelo chão em uma confusão de socos e pontapés. Mas Severus não precisava brigar fisicamente já que sua varinha estava bem segura em sua mão.

"Levicorpus!", enfeitiçou no escuro, mas o ganido de Lupin lhe confirmou que havia acertado o feitiço em cheio.

Enquanto Remus se debatia, em vão, no ar, Severus se levantou e fechou a porta. Depois jogou um feitiço selante na porta e ascendeu a luz verde de um lustre pequeno. A luminosidade não era muito intensa, então era somente possível ver o que tinha na sala, mas não em detalhes. Aparentemente era um depósito. Alguns quadros negros apoiados nas paredes, cadeiras empilhadas e algumas caixas de papelão pelo chão.

"Sabe, Lupin, você bate como uma mulherzinha. Acredita que não conseguiu me acertar um único golpe? Você é péssimo mesmo!"

Lupin ignorou as provocações. Todo aquele sangue se concentrando em sua cabeça estava fazendo-o se sentir mal.

"Severus qual a sua intenção? O que quer com tudo isso? Ser expulso do colégio?"

"Hogwarts... E seu diretor amante dos trouxas, pelo visto amante dos lobisomens também. Esse colégio é pequeno e insignificante. O mundo lá fora é maior do que isso. Bem maior! Eu já não preciso mais dessa educação, ela é insuficiente. Eu vou conseguir um emprego vitalício. Terei poder, glória e conhecimentos inimagináveis!", disse. O discurso de Snape era apaixonado e meio deslumbrado com a expectativa de um "novo mundo".

"Merlin! Você vai se alistar no exército de Voldemort? Perdeu totalmente o bom senso?"

"Cale a boca! Minha vida e minhas escolhas não lhe dizem respeito, lobisomem. Acho melhor você se preocupar consigo mesmo", falou e a última frase soou bastante maldosa. Em seguida, Severus retirou o feitiço do colega.

Remus caiu no chão pela segunda vez na mesma noite.

"Levanta!", ordenou Snape.

Ainda no chão Remus passava a mão no queixo, que bateu diretamente no chão de pedra por causa da queda. Estava dolorido.

"O que acontece caso eu não queira obedecer?", questionou tentando soar indiferente.

"Você realmente acha que tem escolha? Está desarmado e trancado comigo aqui."

"Você quer vingança. Entendo. Quer me machucar, certo? Como?"

"Levante-se e receba o que merece como homem, quer dizer, como lobisomem", falou irônico.

Lupin se levantou. Encarava Snape com asco e coragem.

"Não tenho medo de você, Severus. É só um garotinho bobo que não consegue superar o passado."

"Crucio!", enfeitiçou completamente fora de si. Não era sua intenção usar um Imperdoável no lobisomem, ele 'somente' ia abusar sexualmente dele, apagar sua memória e terminar a escola como todos os outros estudantes. Mas Lupin o tirou do serio. Severus não era um garotinho.

E pela terceira vez, Lupin caiu no chão de pedras. A maldição doía. Doía muito. Doía mais que a transformação. Parecia que todo seu corpo estava sendo esfaqueado com facas de fogo. A dor era tanta que o deixava incapacitado. Ele não conseguia gritar, nem se mover e nem pensar. Seu único pensamento era quanto tempo a dor iria permanecer.

"Pronto", disse Snape retirando o feitiço.

A dor parou e Lupin sentia-se muito grato por isso. Ele ofegava, o tempo em que estava sob o feitiço ele ficou sem respirar. Só não sabia dizer quanto tempo ficou enfeitiçado. Ele perdeu essa noção durante o feitiço.

"Por que?" Foi o que Lupin conseguiu perguntar ao outro.

"Você me desrespeitou. Não admito isso. Não mais. Vai cooperar ou quer sentir Cruciatus novamente?"

Uma explosão de pânico assolou Remus. Ele começou a tremer involuntariamente. Aquela sensação? De novo?

"Prefiro que me mate. Você deve conhecer o feitiço. Eu imploro pela morte, mas Cruciatus de novo não." Então Lupin se arrastou até onde Snape estava. "De novo, não. Por favor, por favor... Eu te imploro, Severus..." Os olhos de Remus estavam começando a ficar úmidos.

"Devo entender que vai cooperar?", questionou. Snape estava excitado. Todo esse jogo de poder o excitava. Primeiro caçar, depois ver a presa no chão, completamente rendida. A sensação de poder era tão forte que fazia sua ereção aumentar.

Humilhado e desanimado, Remus respondeu:

"Faço o que você quiser. O que deseja?"

Outro jato de prazer assolou o corpo do moreno, deixando seu membro mais rijo. Ainda assim, isso não era suficiente, ele queria rebaixar mais um pouco o integrante do grupo que causara tantas humilhações a ele no passado.

"Patético."

Lupin continuava no não, agora sentado e olhando para Severus.

"Você é realmente patético e incrivelmente fácil de se submeter. A presa indefesa perfeita."

É um jogo de poder?, pensou Remus.

"Posso me levantar?"

"Levante e vá para uma parede que esteja livre, e fique olhando para ela."

Lupin se levantou e seguiu as instruções de Snape. Enquanto encarava a parede de pedras questionou:

"Posso saber o que pretende fazer?" O lobisomem sentia um pouco de medo da resposta, mas estava muito aliviado com a ausência da dor.

Severus caminhou até Remus. Ele parou e estava atrás dele, segurando a vontade de avançar para cima do outro.

"Quer saber, Lupin? Tire as calças."

Remus esboçou um sorriso. Era só isso? Sexo? Se Severus tivesse pedido Lupin estaria de joelhos para ele, mas Snape não era normal. Ele transformava sexo casual entre adolescentes em uma caçada. Então seu único objetivo era se sentir superior, o verdadeiro macho dominante. Ele realmente deve ter problemas com autoestima e masculinidade, pensou Remus.

"Tire as calças. Agora!", ordenou.

"Sim", disse e desabotoou o único botão da calça e desceu o zíper. "A cueca também?"

"Também", falou. Sua voz era firme e... Embaraçada?

"É sua primeira vez?", questionou Lupin e tentou tirar o humor da sua pergunta.

"Cale a boca e tire a roupa."

Remus sorriu com a ausência de resposta, isso significava um genuíno sim. Primeiro Lupin tirou os sapatos, depois as calças junto com a cueca. Ele estava nu da cintura para baixo, o que o deixava um pouco envergonhado.

"Estou pronto, se você estiver", desafiou.

Severus colou o corpo no de Remus, passando ambas as mãos no abdômen do outro. Então o moreno sussurrou bem próximo da cabeça de Lupin:

"Eu estou sempre pronto."

O lobisomem entendeu o que o outro quis dizer já que podia sentir o membro firme dele roçando na sua bunda. As mãos de Snape, grandes e macias, vasculhavam o tórax de Lupin por de baixo da camisa e suéter. O Gryffindor arfou de prazer com os movimentos sensuais que o outro fazia em seu corpo. O toque de Severus era forte, firme e possessivo. Por onde suas mãos passavam certamente a pela ficava vermelha por causa do excesso de pressão exercida. Era bom, pensou Remus. Ele estava completamente dominado pelo "inimigo". Era uma sensação nova e gostosa. Ele arfou de novo e Severus apertou os mamilos dele com ambas as mãos.

"Está gostando disso, é?", provocou Snape. "Sempre soube que era viado."

"Sim, eu sou. Assim como você", Remus devolveu a provocação. Ele pensou que viria fúria, mas não veio. Snape continuou passeando as mãos pelo tórax, enquanto sua boca mordiscava a nuca de Lupin. Alternava entre mordidas fortes e mais leves, mas em nenhum momento beijou Remus.

"Agora a melhor parte", disse. Ambas as mãos de Severus desceram até o quadril do outro, então ele puxou um pouco a bunda de Lupin para trás e em seguida penetrou o lobisomem com um único movimento.

Remus gritou. Um grito de dor e diversão. Snape parecia seguro, mas agora o Gryffindor tinha certeza que era sua primeira vez. Seus movimentos eram levemente inseguros, mas fortes. Lupin reparou que tudo que o outro fazia era com força... Suas carícias, suas mordidas e até suas estocadas. O lobisomem segurava a parede e grunhia de prazer. Estava bom. Mesmo sem experiência Severus metia muito bem.

Por outro lado, Snape não dava sinais que estava gostando, apenas continuava penetrando o outro com vontade e bem fundo. As mãos seguravam firmemente as nádegas do outro. Depois de algum tempo de prazer mútuo, Severus abraçou Remus, colando seus corpos.

Então o lobisomem pode sentir o líquido quente do outro o preenchendo.

"Ahh..." Foi a primeira vez que Snape gemeu. Havia sido muito bom, pensou. Em seguida, ele saiu de dentro do outro e sentou-se no chão. Respirava forte tentando recuperar o fôlego.

Remus olhou para trás. Severus estava de olhos fechados e com a boca aberta para capturar mais ar. Ele era lindo!, pensou o lobisomem. Então olhou para a varinha que jazia esquecida ao lado de Snape. Lupin sorriu com malícia. Acabou de ter uma ideia.

Continua?

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