Ofegos. Senti minhas pernas falharem e meu coração martelar contra o meu peito.
Suas mãos percorriam meu corpo, embolando meus cabelos e subindo minha blusa.
As palavras sibiladas em meu ouvido, os lábios macios beijando e mordendo meu pescoço.
Meus olhos castanhos, mergulhados naquele mar azulado.
Em nenhum momento deixando de me tocar, em nenhum momento afastando o corpo do meu. A respiração quente, encontrando meu abdômen.
Inspirei fundo. Aquele cheiro amadeirado e levemente alcoólico pelo whiskey, deixando minha visão embaçada.
Beijos, mordidas e chupões, marcando a pele pálida da minha virilha. Lambendo, mordendo, assoprando. Tudo era bom
demais, intenso demais.
-Você consegue fazer melhor. A frase saiu cortada por gemidos, meus gemidos. O desafiei, e vi os olhos meio cinzas, meio azuis brilharem, não só pela excitação óbvia, mas pelo desafio.
O mundo girou, num vórtice absurdo, quando ele atingiu aquele ponto. O grito ecoou pelo quarto, escapando pelas janelas, acordando os vizinhos.
Meu grito. E eu não me importava.
Ele escorregou para o meu lado na cama. Respirações rápidas e sorrisos satisfeitos.
Ele me puxou, até que eu ficasse sobre seu corpo. Instantaneamente, nossas pernas se juntaram e eu podia sentir seu coração batendo de encontro ao meu.
-Assim está bom para você, Remus?
Sorri. Juntei meus lábios aos dele, e repeti, entre os beijos.
-Você consegue fazer melhor.
