Shalom!

Sou iniciante tá pessoal e esse é um velho projeto que há tempos estava tentando sair no papel e não dava em nada...e não que nos últimos anos deu XD...Pena q a falta de tempo sempre me impede de escrever e de revisar o texto, por isso tive que tirá-lo e colocá-lo novamente P..., mas tudo bem, vamos parar de enrolação e começar a fic XD...

Antes de mais nada, obrigada a Akane Kittsune por betar o meu bebê.

Retratação: Por um infortúnio do destino, Saint Seiya não me pertence (Buá...Shun...TT) mas sim a Masami Kurumada.

Ready?Let's go!


O Orgulho

Depois de tantas batalhas travadas por nossos mágicos e pirilâmpicos Cavaleiros de Bronze, finalmente parecia que a época de paz havia chegado, não? Béeee, errado! Uma nova classe de guerreiros é descoberta e com eles vêm à tona um passado quase esquecido por Saori e o porquê diabos a 1ª armadura de Andrômeda (no anime) tinha aquele formato. Inicia-se agora a luta contra Hipólita (e esta escritora que não sabe fazer sinopse... u.ú)

Prólogo - King of Pain

"Que sejamos o apoio em tempos de guerra,

Que nosso sangue seja derramado com louvor e prazer,

Pois lutaremos por nossas senhoras, divas olímpicas.

Que morramos desgraçadas aos olhos dos homens,

Se for preciso para Elas erguerem-se.

Pelo Orgulho do Olimpo,

Pela glória de Teníssira..."

Os olhos cansados da mulher de meia idade passearam pela grande inscrição talhada em grego arcaico na parede do Grande Templo da ilha de Teníssira. Seu aspecto cansado a envelhecia alguns miseráveis anos e os cabelos pretos e cheios de vida começavam a dar espaço para alguns fios prateados, tudo por decorrência dos anos naquele pedaço de terra no meio do oceano somados aos seus anos no continente onde se ocupara por educar a criança que agora tirava seu sono e direcionava sua preocupação.

Pela primeira vez em tempos, a amazona adentrou no local (a última vez fora para consagrar a última de suas discípulas, ela lembrou com um pequeno sorriso orgulhoso), com sua característica túnica e seu porte altivo, pondo-se à frente de uma das grandes estátuas de deusas que lá perduravam por séculos e mais séculos. Ao olhar a plácida expressão de Atena no mármore, ela lembrou-se de sua vida no continente, sentindo uma leve ardência em volta de seus orbes e o começo de uma lágrima. Balançou a cabeça e mordeu a língua, como que para frear sua vontade de chorar, se ocupando de acender o incenso e ajoelhar-se aos pés da deusa, executando uma leve oração.

- Não é necessário fazer tamanho drama, Hipólita. - uma mulher de cabelos lilases interrompeu a concentração da amazona, sua voz fria e sem emoção destoante de seu rosto jovem ecoando pelas paredes do templo. - Mate a menina, transfira o espírito de Atena para outro corpo e tudo voltará ao seu devido lugar...

- Hm... Há quanto tempo não atendo mais por esse nome?... – a amazona ergueu-se e virou-se para a visitante, seu semblante triste mascarado imediatamente por um da mais profunda altivez e severidade – O nome que minha encarnação recebeu nesta era é Elpis, se não se importa, gostaria que me chamasse assim... mensageira.

A jovem estreitou os olhos.

- Mulher insolente, como...

- Sei que vem do Olimpo?- ela perguntou sem mudar o tom de voz - Seu cosmo cheio de prepotência e de poder considerável a denuncia. Mas, voltando a sua primeira pergunta, não se trata de drama, como você define, mas sim de um pedido de ajuda, para que Atena ilumine minha mente e indique-me o caminho.

O silêncio tratou de amordaçar aquela conversa, onde as duas mulheres, a Mensageira e Elpis, trocavam olhares flamejantes, onde uma tentava invadir a mente uma da outra e causar o que a figura de cada uma já inspirava aos outros: o temor e respeito. Esse pequeno duelo silencioso durou alguns minutos até a risada seca da jovem de cabelos lilases surgir, cortante.

- Atena, mostra-lhe o caminho?- ela falou, carregada de ironia – Ela está mergulhada em uma mente adolescente, se for para mostra-lhe o caminho, apenas será o da perdição! Aquela pequena cadela... AAAAAAAAAAAAH!

A mensageira não teve tempo de terminar a frase, pois foi sugada para um turbilhão de cosmo energia atirada com toda velocidade em uma das paredes, abrindo um buraco na mesma. Ela se levantou e, ainda com a visão atordoada, pôde ver uma tênue aura avermelhada em torno de Elpis, que a mirava como se ela fosse a criatura mais desprezível de todas.

- Jamais... Insulte... A menina Saori... Na minha... Frente - a amazona falou pausadamente, o traço de fúria disfarçado pelo tom baixo da voz.

- Você sente afeição pela menina, mas ela tem a cabeça demasiado imatura para suportar a alma de uma deusa tão digna... Assim fala o Olimpo. - a moça mais nova voltou a ter seu tom frio e sem emoção, ignorando solenemente o fino corte perto do olho causado pelo ataque.

Elpis ergueu uma das sobrancelhas.

- Kido é realmente deveras indigna, não é mesmo?- começou - Se oferece para morrer nas mãos Lúcifer, Poseidon e Abel em troca da vida de milhões e de seus cavaleiros! Praticamente comete suicídio para lutar contra Hades nos Infernos...

- E na primeira oportunidade, entregou a Ártemis o domínio da Terra e do Santuário para proteger um maldito namoradinho! – a outra completou. - Está cega por um desejo maternal insano, Majestade!

A amazona mordeu a língua, não havia como negar tal fato. Um único deslize de uma menina apaixonada que havia atraído toda a ira dos deuses. Não pode deixar de pensar que talvez uma injustiça estivesse sendo cometida, mas, ela não era a pessoa para julgar tal decisão celeste. Sentiu um sutil aroma salgado emanando de seu próprio corpo. Lágrimas, de novo!Estava amolecendo mais a cada dia...

- Diga-me, Mensageira do Olimpo, quem te envia?- A voz de Elpis soou firme e severa, mas por dentro, estava desmoronando.

- A deusa com o brilho cálido e dourado, Rainha... Elpis.

- Aurora?- A mensageira não se moveu. A amazona suspirou, derrotada. - Servir tal nobre divindade será o prazer de Hipólita e dos nove planetas que compõem o Orgulho.

A mensageira fez um esboço de sorriso, curvando-se.

- Informarei a minha senhora sua decisão, Elpis, encarnação da Rainha Hipólita, Senhora das...

- Não me chame de todos os títulos que cabem a minha pessoa. - Cortou a mulher mais velha, desgostosa, vendo então a mensageira levantar-se e sumir.

-

Horas já haviam se passado desde aquele encontro ocorrera, e Elpis já arquitetara parte de um plano e já dera algumas instruções às suas discípulas, sendo que depois se dirigiu até seus aposentos, onde pegou uma antiga foto que guardava com carinho. Era uma mulher de longos cabelos negros, segurando no colo uma menina muito sorridente. A rasgou e queimou no alforje que iluminava o local.

- Saori, Atena, perdão... - murmurou enquanto vestia a armadura e se encaminhava para o início da missão: Matar a Reencarnação de Atena.