It's Not A Fashion Statement
Capítulo Um
Por: Gustavo.Strawberry
Disclaimer: Os personagens e elementos de Gohou Drug pertencem à CLAMP. Essa fanfic não possui fins lucrativos – infelizmente. Possui conteúdo yaoi, ou seja, dois rapazes se abraçando, beijando e fazendo "coisinhas", que arrepiariam sua bisavó se ela lesse. XD
Resumo: Um misterioso serviço é deixado para Kazahaya. Uma simples caça ao tesouro. Mas será tão simples assim?!
Kazahaya despertara mais uma vez mal-humorado. O estado de espírito dele era tão visível quanto os dois ovos torrados, na frigideira.
- Até quando vou ter que suportar isso? – perguntou Rikuou, empurrando os ovos ao notar sua aparência nada convidativa. – Eu já não te disse que essa história de baú do tesouro não existe?!
- Feh! Coma sua comida e cuide da sua vida, idiota!
Os orbes verde-escuros fitaram os dourados por alguns instantes, até que, servindo-se de uma torrada – a única coisa preparada por Rikuou naquela manhã, e conseqüentemente, a única sem uma crosta negra em cima -, Rikuou voltou a ler seu jornal.
O carro estava abarrotado de malas, e Saiga já tinha ocupado o assento do passageiro, onde cochilava tranquilamente, usando o porta-luvas como apoio para os pés.
Com um breve aperto de mão em Rikuou, e um abraço maternal em Kazahaya, Kakei se despediu dos dois rapazes. Porém, a meio caminho de entrar no carro, ele parou de supetão, e levou o dedo indicador direito ao ar, exclamando, em seguida:
- Puxa! Como eu poderia me esquecer de um detalhe tão importante! – e debruçou-se sobre o capô do carro, acenando para que Kazahaya se aproximasse. – Kudou-kun, eu não queria te sobrecarregar, nem nada, mas tenho um pequeno serviço pelo tempo que estiver fora. O que acha?
Recordando-se mentalmente do conselho de Rikuou, em não aceitar qualquer oferta de Kakei antes de saber do que se tratava realmente, Kazahaya questionou:
- E o que seria esse serviço?
Kakei lançou um olhar curioso a Rikuou, que observava o carro com interesse, indagando o porquê da desconfiança repentina de Kazahaya, que sempre aceitara tudo de bom grado e, imediatamente.
- Ora, Kudou-kun, será uma divertida e simples caça ao tesouro!
Os orbes dourados brilharam eufóricos.
- Caça ao tesouro?! Eu topo, Kakei-san!
Desapontado, Rikuou bateu com a mão na testa e voltou para dentro da farmácia. Já não tinha como aquela presa escapar, tinha caído direitinho na conversa esperta da raposa.
- Será uma coisa bem simples mesmo, Kudou-kun. No meu escritório, dentro da gaveta onde eu guardo os recibos dos produtos, você vai encontrar a foto de uma caixa de madeira.
Os olhos de Kazahaya ainda brilhavam, cheios de expectativa, mas Kakei tinha sido conclusivo no que dissera, e já adentrava no veículo, quando o jovem de cabelos castanhos, despertando finalmente para a realidade, perguntou:
- E como vou fazer para achar o tesouro?!
Kakei sorriu e ligou o carro, antes de responder:
- O resto eu deixo por sua conta, Kudou-kun. Afinal, vocês têm duas semanas para concluir o serviço.
E acenando freneticamente, os dois homens dispararam, deixando Kazahaya ainda esperando uma dica mais precisa.
- Ei, Kazahaya! – chamou o moreno de dentro da Green Drugstore. – Vá conferir o estoque!
- Seu cretino! Quem você pensa que é pra me chamar assim?! Não te dei intimidade! E outra, não fique me dando ordens, você não passa de um urso gordo! – berrava Kazahaya, enquanto entrava na farmácia, batendo os pés.
- Pensei que nessas duas semanas poderíamos nos aproximar! – insinuou o moreno, de detrás do balcão, sacudindo a caixinha de pastilhas para gripe, e fitando Kazahaya misteriosamente.
- Ah! Seu idiota! Não me olhe desse jeito!
Quando entrou no depósito escuro e cheio de caixas de papelão empilhadas, Kazahaya, com a prancheta nas mãos, se deparou com uma "brilhante" idéia:
- Kakei-san não disse que precisaríamos caçar o tesouro juntos! – murmurou ele com uma expressão de médico que acabara de criar seu monstro de estimação. – Eu vou achar o tesouro antes! E provarei que sou melhor que o cretino do Rikuou!
A foto de um baú de madeira ainda estava sob posse de Kazahaya, quando este desceu para trabalhar na farmácia. Rikuou lançou um olhar curioso para o rapaz de cabelos castanhos, que parecia profundamente absorto na fotografia.
- Quer ajuda?! – indagou ele, sorrateiramente, ao pé do ouvido de Kazahaya, que deixou a foto cair no chão com o susto.
- Ah! O que você pensa que é para ficar assustando os outros?!
- Só acho que talvez pudesse…
- Não! Saiba que eu já estou muito próximo de descobrir onde o tesouro está!
- Mesmo?! – questionou Rikuou apanhando a foto no chão e estendendo-a a Kazahaya. – Sua sensível habilidade não parecia estar te ajudando ontem à noite…
Kazahaya estava pronto para retorquir quando a sineta da loja tocou, e um rapaz de óculos entrou, parecendo preocupado. Era o mesmo rapaz que freqüentava a loja em busca de…
- Eu queria um eki kyabe¹, por favor!
- Esse garoto sempre vem comprar eki kyabe aqui. Será que ele bebe tanto assim?! – murmurou Kazahaya para Rikuou.
- Não sei. Mas é melhor você ir atendê-lo.
- Nada disso! Você não manda em mim, idiota! Vá atendê-lo você!
Enquanto Rikuou se encarregou de atender o rapaz, Kazahaya tinha uma dúvida em mente:
Já fazia três dias desde que Kakei e Saiga tinham viajado, mas até agora ele não conseguira avançar nem um pouco na busca pelo misterioso baú. Ao contrário do que imaginara, a foto não apresentava vestígios de nenhuma possível localização do objeto.
Entretanto, desde que iniciara sua investigação, Rikuou parecera demonstrar grande interesse pelo serviço, e constantemente, lhe oferecia ajuda. Mas Kazahaya não dava o braço a torcer. Aquele serviço era dele, e não o dividiria com ninguém.
"Ele pensa que eu não sei quais são as verdadeiras intenções dele! Quer ganhar mais dinheiro que eu, quando Kakei-san voltar de viagem! Mas ele está enganado, se acha que eu vou cair na conversa dele!"
Rikuou atendeu o jovem de cabelos negros, e assim que ele deixou a loja, voltou a olhar para Kazahaya com curiosidade.
- E então?
- Então o quê?
- Não vai querer que eu te ajude a achar esse tesouro?
- Idiota! Já disse que não preciso da sua ajuda!
E virando-se, Kazahaya foi para o estoque, buscar mais caixas de produtos para colocar nas prateleiras. Ele precisava de ajuda sim, de fato, mas não iria aceitar a ajuda de Rikuou, ao menos, não tão facilmente.
¹Eky kyabe: bebida para combater a má digestão e a ressaca.
G.S.: Yo!
Minha primeira fanfic depois de muito tempo só escrevendo drabbles! E olha o que eu escolho: Gohou Drug!
Estou muito feliz por utilizar esses personagens tão maravilhosos – e lindos, e gostosos, e apaixonantes, etc. -, na minha volta definitiva (ao menos espero) para o mundo das fanfics.
Bem,como deu pra notar, é um simples "serviço" dado para o Kazahaya e pro Rikuou pelo Kakei. Mas eu garanto uma coisa: de simples ele não tem nada! (como sempre)
Gostaram da aparição-quase-não-citada do Watanuki?! Eu não agüentei! Tive que colocar ele, pelo menos nessa ponta! :3
Bom, o clima da fanfic não vai ficar assim, no próximo capítulo um pouco do mistério será revelado, mas não vou adiantar muito, senão acaba perdendo a graça! Espero que estejam gostando!
Os capítulos serão semanais, e tentarei não fugir muito disso. (acho que com a ajuda do Timeline tudo vai caber certinho no tempo que eu previ)
Reviews são sempre bem vindas, vocês já sabem disso!
Quero agradecer a duas pessoas, que além de terem me viciado em GD, sempre me dão super dicas, em suas fanfics, ou nas conversas que temos: Dri (SweetPepper) e Kaza-chan! Obrigado!
Quanto ao título, não liguem muito. Deixei pro final, mas como sempre, não consigo ter uma boa denominação legal como "sociedade do anel", ou "pedra filosofal", então, ficou por isso mesmo. Me inspirei na música do My Chemical Romance "It's not a fashion statement, it's a deathwish", mas confesso que foi só por soar bacana! XD
Jaa!
