Título: Sirius, o Diletante
Classificação: PG-13
Personagens: Sirius/Remus
Resumo: "Remuu-us, cheguei! Tenho uma surpresaa-a!"
Disclaimer: Os personagens são fictícios e pertencem a JK, que ama um trash.
Avisos: Cena de nudismo, mas só o Remus sabe o sofrimento.
Notas:É de aniversário pro lobinho. Um dia a gente acerta a data.
Sirius, o Diletante
Você pode não saber, mas Sirius Black é um aficionado por arte. Sempre foi, embora não seja o tipo de coisa que ele espalhe por aí numa conversa de bar ou num jantar com os amigos. Não. É apenas mais uma daquelas pequenas características que só quem é realmente próximo percebe, mas que são responsáveis por torná-lo tão unicamente Sirius Black.
Remus Lupin sabia dessa pequena fixação meio escondida de Sirius por arte de qualquer tipo, portanto ele não deveria se surpreender quando Black se encantava com alguma coisa nova e exótica. Mas ainda assim, Sirius Black não seria Sirius Black se ele não superasse as expectativas de Lupin.
Quando Sirius visitou o Brasil no último carnaval, se encantou com um tipo de artesanato chamado miçanga (a.k.a. tererê). Na verdade, ele já tinha visto alguns pendurados na barba de Dumbledore em algumas ocasiões - como festas de gala - mas os brasileiros eram do tipo único.
Interessado pelos diferentes formatos e cores que dizia muito sobre aquele país tropical, abençoado por Deus e quente por natureza, ele comprou logo uma saca de tererês (alguns tinham até pequenos sininhos!), empolgado em mostrar para Remus - e Albus - sua mais nova descoberta.
Assim que chegou em casa, mal colocou a mala no chão e foi logo berrando:
"Remuu-us, cheguei! Tenho uma surpresaa-a!" - cantarolou.
Você pode não saber, mas gritos de horror eram comuns na casa de Black e Lupin. Com uma frequência assustadora, no entanto, eles eram emitidos apenas pela contraparte mais lupina da dupla. Sirius dizia que isso se devia a tendência que o amigo tinha de uivar por aí. Remus apenas o olhava de cara feia quando ele dizia isso.
Na ocasião de nossa história, Remus não se fez de rogado e foi logo soltando um assim que Sirius terminou de tirar a roupa ("AAAAAAAAAHHHHHHH!").
"Sirius! O que é isso?", gritou o lobisomem, apontando para as partes baixas do corpo do namorado.
"O quê?", - o cachorro se dignou a parecer inocentemente confuso. "Achei que você fosse gostar. Agora quando faço helicóptero faz barulho, ó", e ele fez.
"AAAAAAAHHHH! MEUS OLHOS!"
Remus estava apoplético.
-X-
Você pode não saber, mas algumas situações em nossas vidas nos deixam profundamente traumatizados para todo o sempre. Se você viveu metade dela com Sirius Black, isso é ainda mais verdadeiro.
Não é por menos que Remus evita passar próximo a igrejas ao meio dia. Essa aversão não tinha nada a ver com o fato de que ele era um lobisomem - criatura vil, das trevas e blá, blá, blá... nããããããão - mas tinha tudo a ver com o tererê de Sirius Black. u.u
Numa bela manhã de sol, não muito tempo depois, Sirius havia finalmente convencido o namorado a ir com ele tomar aquele sorvete artesanal dois quarteirões ao norte da atual casa deles. Eles estavam voltando distraídos da sorveteria, cada um com sua casquinha, discutindo algo muito revelante sobre a reprodução dos tronquilhos selvagens da Tasmânia, quando o sino da igreja deu sua primeira badalada.
Remus imediatamente arregalou os olhos, atirou sua casquinha para os céus, e saiu correndo aos berros rua abaixo.
"AAAAAAAAAHHHHHHH!"
Sirius parou e encarou a trilha de poeira que o namorado deixou pelo caminho.
"Que foi?" - perguntou para ninguém especifico antes de dar mais uma lambida em seu sorvete.
finis
