Nome da fic: LEMBRAR E NÃO MAIS ESQUECER

Autor: Viviane Valar

Pares: Severus/Harry

Censura: R, NC-17, tensão, sexo, angst, violência.

Gênero: Drama, Romance, Tema Adulto.

Spoilers: Todos os livros. HP1 ao 5.

Avisos ou Alertas: Essa é uma continuação da Fic: "Lembrar para Esquecer". Pode até não se confundir muito que não ler a anterior, mas sempre ajuda.

Resumo: No passado, Snape sofreu um acidente mágico e perdeu a memória, e apenas confiava em Harry. Por conta disso, foi com ele para os Dursley nas férias. Nesse tempo se descobriram apaixonados. Mas na volta, Snape se lembra de tudo. Menos do tempo com Harry. O que vai acontecer agora? O que harry poderia fazer para mudar isso?

Agradecimentos: à Rowling, claro! Pelos persons. E á galera que pediu pela continuação da fic. A gente que escreve, só o faz porque tem que leia. E quem goste. E isso nos faz ir adiante. Valeu turminha!

Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.

LEMBRAR E NÃO MAIS ESQUECER

Capítulo 1 – De Volta ao Começo

Harry acordou pela manhã se sentindo estranhamente disposto. O sétimo ano tinha iniciado. Snape tinha perdido a memória por um breve período de dois meses. Mas esse tempo foi suficiente para mudar sua vida completamente. Enquanto o professor passava as férias com ele nos Dursley, pudera descobrir seus sentimentos com relação ao professor e vice-versa. E a carta em suas mãos confirmava que esse sentimento era amor verdadeiro.

Só que como sempre, harry fora privado de mais essa felicidade. Sem pais, sem padrinho, sem amor. Pois Snape recobrara a memória, porém, ironicamente, se esquecera do período de amnésia. Tudo que se passara na Rua dos Alfeneiros, fora apagado. E os dois retornaram á posição inicial. Inimigos. Distantes.

Mas Harry, contra todas as perspectivas, acordou feliz. Era amado por Severus. E só precisava fazer com que o outro se lembrasse disso. Sabia que não seria fácil. E que o atual Snape, não se parecia muito com o recém descoberto Severus. Mas ele estava á! E faria qualquer coisa para tê-lo de volta.

Precisava apenas conseguir ficar o mais próximo possível nas aulas. Nas detenções. Sorriu divertido com o pensamento. Essa disposição e essa nova postura agressiva o excitava. E lhe dava coragem para fazer coisas que jamais julgara capaz. Como conquistar alguém! E tratou de apressar Ron para o café. De ótimo humor.

Snape acordou cansado. Não dormira bem. Sabia que tinha tido sonhos confusos e que havia acontecido algo de muito bom o muito mau. Mas não se lembrava. Como sempre.

Bufou e se levantou. Não era homem de ficar pensando em sonhos. Não tinha tempo para essas idiotices. Apenas gostaria de acordar menos exausto.

Lembrou-se de sua chegada e do que acontecera no trem. Do que Potter falara. Do beijo que quase recebeu do fedelho. Um calor no baixo ventre o assustou. Afastou aquele pensamento rapidamente. Era um total absurdo. Falaria com Dumbledore sobre essa "janela" de sua memória. Deveria haver uma explicação plausível. Lavou-se, vestiu suas roupas pretas, a capa e foi ao Salão Principal. O dia seria longo.

Lá notou Dumbledore preocupado. Mas o velho Diretor logo disfarçou a expressão e o cumprimentou com habitual simpatia.

-Olá, Severus. Dormiu bem?

-Bom dia, Alvo. Podemos conversar? Não terei aula no primeiro tempo.

-Certamente, Severus. Certamente. – e sorriu plácido.

Pouco tempo depois, olhou em volta antes de deixar a mesa. Viu Potter o observando discretamente. Mas notou. Não era um espião excelente, á toa. Uma certa irritação retornou.

Levantou-se e foi seguido por Dumbledore até a sala dele.

-Cavalinhos de caramelos! – ouviu a senha e entraram.

-Pois não, Severus. Em quê posso ajudá-lo? – paciente.

-Alvo, há um espaço vazio em minha mente. Minha última lembrança que faz sentido, é de uma aula com a antiga turma do sexto ano. Mas não sei como acabou. E de repente estou no Expresso para Hogwarts, em um vagão quase totalmente destruído. Onde foram os dois meses que faltam? – sério.

-Severus. Você não se lembra de nada desse tempo? – tentou com os olhos azuis penetrantes.

-Não, Alvo. Pode me dizer? – sem demonstrar qualquer abalo.

-Nossa mente tem armadilhas que não podemos controlar conscientemente, Severus. Não adiantaria que eu explicasse tudo o que ocorreu nesse período. Apenas posso conduzi-lo para que ache sozinho o caminho.

-Bobagem! - enfrentou. – Quero saber o que houve!

-Tudo o que posso dizer, - após um pequeno sorriso. – é que esteve na rua dos Alfeneiros. Com Harry Potter e os Dursley. Não sei o que aconteceu lá. Mas essa aula de que se recorda, nela aconteceu um acidente mágico, que provocou sua amnésia. E algo aconteceu na viagem de volta, que o fez voltar. É tudo o que posso dizer! – encarando firme.

Para Snape ficou claro que Dumbledore sabia mais. Porém, o velho teimoso não diria mais nada mesmo.

-Quer dizer, que terei que obter as informações do moleque? – desprezo.

Dumbledore apenas sorriu. Juntou as mãos diante do rosto, com as pontas dos dedos juntas. E acenou afirmativamente.

Snape bufou e saiu ventando. Furioso. Ainda tinha a carta de Lúcius no bolso.

"Para você se lembrar quem é!"

Precisava descobrir do que se tratava. E se Alvo não ajudaria o único que o faria era o próprio Potter. Maldito. E teria sua primeira aula com a turma do sétimo ano no fim do dia. Perfeito para o fazer ficar além do tempo. E confrontá-lo.

Harry contava os segundo para a última aula. Estava desatento e muito quieto.

-Harry! Não vai anotar o que a McGonagall está escrevendo no quadro? – Mione o chamou.

-Hã?

-Harry, acorda! - Ron cochichou.

-A Mione anota. Depois eu copio! – a tornou a mergulhar no mundo das nuvens.

Chegara enfim a aula. Harry estava ansioso e pela primeira vez foi um dos primeiros a chegar. Mione o olhava atenta. Mas não dissera nada. O que fez Harry quase agradecer em voz alta.

Então de modo dramático habitual, O professor de Poções chegou. Com a velha expressão de desagrado estampada no rosto.

Harry sentiu um certo carinha pelo homem carrancudo, pois já o vira sorrir e olhar com ternura. Não segurou um discreto sorriso sincero. Que durou pouco tempo, pois sentiu uma dor nas costelas, lancinante. Mione lhe dera uma cotovelada e olhava feio. Esfregou a região dolorida e começou a prestar atenção á aula.

Snape viu tudo acontecer e isso só o fez ficar mais irritado. Mas logo logo, Harry Potter teria que se explicar. Havia escolhido uma poção relativamente difícil para a turma.

-Separem-se em duplas. Para fazer essa poção. Potter, fique aqui, com Draco. – disse com certa maldade.

Draco com olhar predador, aguardou que harry chegasse.

-E aí, cicatriz! Como foi de férias? – cínico.

-Melhor que a sua, com certeza! – enfrentou.

-Parece que não é mais o queridinho do Professe. Como se sente, voltando á sua insignificância? – provocou.

-Melhor que alguns, que nunca deixaram de ser insignificantes! – não cedeu.

Malfoy ficou rubro de raiva. Mas não teve resposta desta vez.

Harry se sentia mais forte e mais disposto. E estava incrivelmente satisfeito com o arranjo. Com Malfoy do lado, tudo poderia dar errado. Era detenção certa! O plano estava saindo melhor que o esperado.

Não demorou muito para mais uma idéia surgir. Dentro dos ingredientes, estavam duas substancias que separadas pareciam só ervas. Mas que maceradas juntas, poderiam causar uma explosão. Deliberadamente, sem que Malfoy visse, trocou os ingredientes para que as ervas ficassem juntas. Enquanto o loiro macerava. Á primeira fagulha, Malfoy se assustou. Mas não houve tempo para impedir, e a cuba usada para o preparo das poções, antes de irem para o caldeirão, explodiu. Jogando o loiro aterrorizado para trás.

-POTTER!!! OQUE VOCÊ FEZ????

-Eu... eu... não sei! Foi um acidente! – fingiu medo.

-Ele tentou me matar!!! Potter tentou me matar!!! Ele deu as ervas para que eu macerasse e morresse!!! – esgoelava o loiro.

-Não! Foi um acidente! – tentou se defender.

-Draco, vá á Enfermaria, fale com Pomfrey e veja se está tudo bem! E você, seu vermezinho! Detenção!!! Após o jantar vai voltar á sala para cumpri-la! HOJE! – ameaçador.

Harry ainda fingiu tremer e se desculpar. Mas no fundo se congratulava pelo plano brilhante. Estaria em poucas horas, sozinho com Severus. "Snape". – corrigiu em pensamento.

"Mas vou achá-lo, Severus! Sei que vou!"

A aula terminou tensa. E o jantar não aliviou muito a situação.

-Harry, como foi fazer aquilo? Sabe que aquela mistura explode mesmo! Os gêmeos usam nos fogos de artifícios deles! – Ron insistia.

-Já disse, Ron! Foi um acidente! Eu achei que tivesse pego outra erva! – não desmentiu.

-Mione! Você está ouvindo isso?

Mas ela não respondeu. Apenas olhou fixamente para Harry. Com expressão de que quer decifrar um mistério.

-Vamos esquecer isso, está bem? Pelo menos ele não descontou pontos da Grifinória. Posso sobre viver á uma detenção com o morcegão! – desconversou terminando o jantar.

Enrolou um pouco e partiu em direção ás masmorras. O coração disparado. A boca seca. A esperança.

OF: CONTINUA