Confidence
Por: TaXXTi
Para: Thata Martins
Sinopse: Quando se está entre vampiros e lobisomens não há segurança e não se sabe em quem confiar. Qualquer escolha está ligada a duras consequências, mas escolhas devem ser feitas. Fic de niver para Thata Martins
Shipper: Damon/Alaric – Dalaric
Avisos: Fanfic slash, ou seja, homem pegando homem. Se não gosta, não leia. Não aceito reclamações posteriores quanto a isso.
A parte em itálico foi retirada do episódio apenas para ilustrar o momento e o tempo. Tag para 03x07 e 03x08. Contém spoilers!
PRESENTE DE ANIVERSÁRIO PARA A THATA MARTINS
HAPPY BDAY!
- Está aqui.
- Já era hora. – Damon reclamou com sua ironia característica, enquanto permanecia sentado nos degraus do corredor escuro das ruínas Lockwood, balançando um tipo de lampião.
- Não tinha ninguém mais para chamar? – Alaric fazia mais essa pergunta para si mesmo do que para o vampiro.
- Não. Na verdade, não. – Respondeu calmamente. Aguardou o loiro passar e encarou-o. - Porque preciso de um não-vampiro para entrar aí e tirando a Elena, só confio em você. – Finalizou levantando-se.
- Não demonstra muito bem. – Havia ressentimento na voz do professor.
- Se Mason Lockwood superou o fato de que o matei... Pode dar um tempo, Ric?
- Não deveria precisar. Eu era seu amigo, Damon. Não deveria ter feito isso. – Recriminava-se por usar o verbo no passado, mas estava ali, como se ainda fossem amigos.
- Bem. Às vezes... – Damon aproximava-se com cautela. - Eu faço coisas que não preciso fazer. – Concluiu com convicção.
- Vai reciclar a desculpa idiota que deu a Mason Lockwood? – Alaric perguntou incrédulo, rindo da situação e observando as atitudes do vampiro, sem graça aparentemente.
- Sim, bem... – Damon parecia escolher as palavras. - Não foi sério com ele. – Deu seu melhor sorriso. Um sorriso de um lado só, que não poderia ser mais característico dele.
Alaric está incrédulo, mas não havia como resistir aquele sorriso. Muito menos, dava para ter certeza se ele era sincero. De um modo estranho, parecia tão sarcástico a ponto de lhe dar pouco crédito, mas ao mesmo tempo, algo nele lhe parecia transparente. Damon era uma figura singular, que agia por instinto e tinha no sarcasmo a sua maior qualidade, assim como o seu maior defeito.
O professor avançou para o interior da ruína, rindo de toda a ironia da situação. Estava onde nenhum vampiro poderia estar, para ajudar um vampiro, que tentara mata-lo. Deveria estar com sérios problemas mentais. Problemas que começaram desde que essas criaturas entraram em sua vida, ou saíram dela, por assim dizer.
-0-0-0-0-0- Dalaric -0-0-0-0-0-
- Então... - Damon se aproximou da bancada onde as fotos e livros estavam esparramados, espalmando as mãos sobre a mesa. - Agora que a Elena foi falar com a "líder-de-torcida-do-mal-patricinha-popular-original", o que nós vamos fazer?
- O que vamos fazer? - Alaric encarou o vampiro, pensando no que responder. - Eu vou continuar estudando os desenhos da caverna. E você? Eu espero, sinceramente, que saia por aí e me deixe em paz para trabalhar.
- Wow! Mas que agressividade, Ric! - Damon respondeu colocando-se em uma falsa posição defensiva. - Pensei que já tivéssemos superado isso... - Seu tom era quase inocente, que poderia ter enganado o professor de história, se não o conhecesse.
- Superado o fato de você ter tentando me matar? Eu acho que ainda não. - O loiro desdenhou, olhando atentamente para as figuras.
- Vamos lá, Ric! Você também se esquece das inúmeras vezes que eu salvei a sua pele mortal?
- Não me deixe esquecer de enviar uma carta ao Papa pedindo a sua beatificação... - Replicou enquanto olhava atentamente uma das fotos em sua mão.
Damon riu. O professor estava realmente magoado, tanto que estava até falando como ele. Era como provar seu próprio veneno.
- Você deveria relaxar, Ric... – falou massageando os ombros do loiro. – Tudo isso está te deixando muito tenso. – As últimas palavras foram ditas muito próximas do ouvido do professor, fazendo-o sentir a respiração do outro.
Alaric o empurrou. – Tudo isso, não! Você está me deixando muito tenso! Não sei se posso confiar em você. Nem mesmo sei se errei em algum momento confiando em você.
Apesar das palavras duras, Damon parecia não se abalar, com aquele sorriso irritante no rosto.
- Esse é o seu problema! – Ric continuou, apontando para o peito de Damon. – Eu nem mesmo sei o que estou fazendo aqui... – Era quase como um questionamento, que tentava responder enquanto passava a mão pelos cabelos nervosamente.
- Eu lhe digo que você está aqui para ajudar. Lembra-se? Essa sua origem germânica deve estar relacionada com o grave problema de memória. Toda essa falta de lembranças... – Damon usava mais um pouco de seu sarcasmo.
- Ah, sim! Você tem razão... Eu estou aqui para ajudar. Ajudar Stefan a se recuperar e assim, ajudar Elena.
- Oh, claro! Ajudar a pobre e desprotegida Elena. Sabe... – Damon falou se afastando, caminhando até o pequeno bar e se servindo de uma dose de uísque. – Eu deveria começar a escrever "As crônicas de Elena contra o mundo"!
- O que está dizendo, Damon? Você também está esse tempo todo tentando proteger a Elena.
- É... Talvez eu tenha mudado de ideia... – Damon bebeu todo o líquido de uma só vez.
- É disto que eu estou falando! Você é instável! – Alaric falou mais alto.
- Quer saber? – Damon se aproximou, ficando a centímetros de distancia do loiro em um piscar de olhos. – Eu acho que sou o mais estável em toda essa história! Quer saber por que, Ric? Porque eu faço o que acho que devo fazer. Eu sei o que quero e assumo os riscos que isso pode me trazer. Eu sei o que eu quero! E você, Ric? Sabe o que quer? Tem coragem de encarar as consequências?
Primeira parte do presentinho da Thata Martins. Só porque eu sou má!
Gostaram da primeira parte?
Beijos =***
