O moreno estava com a cabeça cheia á dias, estava com as coisas e palavras travadas na garganta, pronto para dizer tudo para o loiro, que estava num bar qualquer, provavelmente enchendo a cara, ou tendo uma noite com alguma vadia, qualquer.

Sam estava suportando aquilo, durante semanas, e sentia algo de que precisava acertar as contas com o irmão, até porque, Sam sentia algo mais que amor de irmão, pelo loiro, ele sentia algo forte, um sentimento ardente, como o fogo. Teclava sem muita paciência, procurando algo, interessante, em sites paranormais, para se distrair um pouco, porque, fazia tempo que criaturas sobrenaturais não apareciam para atormentá-los. Os sites passavam apenas de relance nos olhos do moreno, ele não estava nada interessado naquilo agora, estava com a cabeça em outro lugar. Provavelmente, Dean chegaria tarde, e mesmo que Sam esperasse por ele, não daria para conversar com ele, talvez ele estivesse "alegre" demais, e não entenderia nada, e muito menos levaria a sério. Então desligou o seu computador portátil, e o deixou sobre a mesa. Jogou-se na cama de solteiro, ao lado da cama do irmão, e virou-se ficando deitando de lado, enquanto observava a luz da lua entrar pela janela do quarto. Não estava com sono, e não tirava o loiro da cabeça.

O relógio do quarto acabará de bater três horas, e Sam ainda estava com os olhos em alerta, esperando pelo irmão mais velho. Não demorou, e o moreno ouviu certa movimentação na porta, fechou os olhos, fingindo estar dormindo, enquanto mantinha os ouvidos atentos no que o outro faria, a seguir. O loiro apenas entrou no quarto, jogando as chaves sobre uma mesa qualquer, e deitou-se preguiçosamente na cama, suspirando cansado. Sam suspirou, levantou-se da cama, indo em direção ao banheiro, encostou a porta e acendeu a luz. Olhou-se no espelho, sua expressão, seu rosto estava horrível, uma expressão cansada e acabada tomava conta do rosto do moreno. Meneou a cabeça negativamente, logo abrindo a torneira e lavando seu rosto. Deixou as gotas escorrerem pelo seu rosto, enquanto se olhava no espelho. Suspirou em frente ao espelho, e voltou a apagar as luzes, enquanto saia do banheiro. Encostou-se na porta do mesmo, e observou por algum tempo, o loiro. Começava a se lembrar dos momentos felizes ao lado do irmão, das brincadeiras, palhaçadas, tudo de melhor que haviam passado juntos, e não pode deixar de chorar, porque tudo isso, que tinham passado, era como irmãos. Será que a relação deles, continuaria igual? Depois que Sam falasse o que ele sentia por Dean? Levou uma das mãos ao rosto, enxugando delicadamente as lágrimas, com as costas das mãos. Pegou sua jaqueta sobre a cadeira, e saiu do hotel, não estava com sonho, e muito menos, que conseguiria dormir, pois não tirava os pensamentos da cabeça.

Saiu devagar do quarto, sem fazer barulho, desceu as escadas do hotel, as primeiras movimentações começavam no andar de baixo, o dono do hotel, parecia ter acordado agora, e estava sentado atrás do balcão, com uma grande xicara de café preto. Sam passou por ele e sorriu amigavelmente, antes de empurrar a porta do hall de entrada do hotel para sair, o moreno parou e virou-se para o homem velho de cabelos grisalhos.

– Aonde eu posso comprar algo pro café da manhã? – Perguntou baixo, olhando o outro. O senhor de idade, apenas sorriu e indicou com o dedo indicador uma cafeteria em frente ao hotel.

– Se aquela ali, servir. – Disse com um tom brincalhão, ele parecia ser sério, mas quando falava era em um tom engraçado. Sam sorriu em resposta.

– Obrigado. – Então caminhou na direção da porta abrindo-a. Atravessou a rua, e sorriu para a loira que varia a cafeteira sem muita vontade ao vê-lo ali.

– Bom dia! – O moreno a cumprimentou, enquanto abria a porta da cafeteira, sob o olhar severo da loira. Sam caminhou até o balcão, onde uma senhora idosa colocava uns doces no mostruário. Pela surpresa do Winchester mais novo, ela ergueu os olhos enrugados, o olhando.

– O que vai querer meu jovem? – Perguntou a senhora de cabelos grisalhos, olhos ligeiramente caídos, e uma vozinha fina, quase que irritante. O moreno fitou os doces que ela havia acabado de colocar ali, e fez um olhar pensativo, olhando para a idosa.

– Acho que vou querer dois desses... – Pediu baixo, apontando para os doces.

– E também duas xícaras de café, pra levar. Obrigado. – Falou rapidamente, enquanto via a senhora pegar as coisas. Embrulhou as coisas num saco de cor parda, e lhe entregou juntamente com as duas xicaras com café quente. Sam pegou as coisas nas mãos, um pouco desajeitado, e sorriu agradecido. Saiu da cafeteira com dificuldade, voltando a caminhar na direção do hotel. Subiu as escadas do hotel rapidamente, cuidado com as coisas, para não esparramar nada, entrou no quarto, devagar, não querendo acordar o loiro, que dormia profundamente. Colocou as coisas sobre a mesa, onde no dia anterior estava com seu computador portátil, e sentou-se na cadeira ao lado, olhando o loiro dormir. Observou o corpo dele quase nu, apenas com a cueca boxer tampando a sua parte baixa, passando os olhos devagar por cada músculo do braço do mais velho, fitando suas costas largas e másculas. Meneou a cabeça querendo se livrar desses pensamentos, e então inclinou-se pra frente, apoiando sua cabeça nos braços.

– Dean? Dean... Dean... – Chamou.

Não demorou e o loiro abriu os olhos, com um olhar sonolento, e sentou-se na cama, bocejando.

– Sam? Que horas são? – Perguntou, abrindo a boca como um leão, que rugia ao espantar seu inimigo. Sam sorriu.

– São exatas, cinco horas e trinta minutos. – Respondeu, abrindo ao papel pardo que cobria os doces.

– Seu desgraçado! – Falou o loiro em tom brincalhão, bocejando novamente.

– Te chamei, porque trouxe café, e se não beber agora, vai ficar frio. E também por que.. – Engoliu em seco, e olhou dentro dos olhos verdes do loiro.

– Quero conversar com você. – Falou em tom envergonhado. Dean moveu-se na cama, se aproximando da mesa improvisada, para tomarem o café..

– Conversar comigo? Sobre o que? Demônios? Criaturas? – Perguntou brincalhão, pegando um dos doces, e o colocando inteiramente na boca.

– Er... Não é sobre esse tipo de coisa.. Que eu quero conversar.. É sobre a gente.. Sobre nós, Dean.. – Respondeu ao loiro, dando entonação ao nós.

Fanfiction de quatro capitulos, desculpem pelo capítulo pequeno, mas sei lá. Estava em dúvida de postava ou não. Não curti muito.

Se deixarem reviews posto os outros ainda hoje.