– Está olhando o quê, idiota? – Perguntei para uma loser que me olhava incessantemente.
Ela saiu praticamente correndo pelo corredor. Patético, a imbecil é sentimental!
– Odeio esses perdedores! – Falei para Jessica, olhando uns nerds que estavam a poucos metros. Eles se encolheram! – Ridículo. Todos eles são tão sentimentais!
– Meu deus, Bella! – Jessica disse sarcástica. – Um dia eles se unem para te espancar. – Ela riu.
– Cale a boca, Jessica! – Falei fechando a porta do meu armário. – Quando eles ousarem, lhe garanto, já estarão mortos.
– Cruzes Bella!
Seguimos para nossa sala e no meio do caminho encontramos Tyler, Jacob, Emmett e Mike, encostados em seus armários.
– Hey Bella! – Disse Tyler primeiro, vindo ao meu lado e me beijando.
– Olá garotos! – Falei sendo abraçada e mordida por Jacob.
– Cadê meu beijo? – Emmett perguntou com falsa irritação. Soltei-me de Tyler e Jacob e segui até ele. O beijei, apertando o membro de Mike que gemeu.
– Bella, você vai pra festa do pijama este sábado? – Mike perguntou esperançoso. Tadinho, tinha até pena dele.
– Não sei. Talvez. Preciso verificar ainda umas coisas. – Falei dando as costas para ele. Assim que me virei vi o olhar de Jessica em mim. Ela estava com ódio de mim? – O que houve, Stanley?
Ela se recompôs e apertou mais os livros em seus braços.
– Nada Bella! – Ela respondeu muito calma. Jessica era uma péssima atriz.
– Ok, vou pra aula! – Falei seguindo para minha sala. – Tchau vagabundos! – Falei sobre o ombro.
– Tchau vadia! – Tyler disse rindo que nem um idiota. Esqueci, ele era!
– Vadia é a porca velha e gorda da tua mãe! – Respondi sarcasticamente, retomando meu caminho.
– Cale a boca! – Me virei nos calcanhares. - Não xingue minha mãe, sua idiota!
– Você me mandou fazer o quê? – Perguntei fria, arqueando a sobrancelha. – Alias, do que você me chamou?
– Fo-deu! – Mike disse separando as sílabas ao falar, e então saiu de onde estava com Jessica nos braços. Os outros os seguiram, mas ainda estavam a vista.
– Isso mesmo que você entendeu, vadia! – Ele respondeu com ar de superior.
– Você pensa que é quem, Astro da perspicaz e inteligência? – Perguntei irônica e fria. – Poupe-me de suas atuações, Tyler. Você é um filhinho de papai, drogado. Sua mãe é a vadia velha mais descarada dessa cidade, já fodeu com todos os sócios do seu pai, e olha que não são poucos! – Falei com a mãe na cintura. – E você ainda me manda calar a boca? O que você acha que é para fazer isso? Mais uma vez, poupe-me! – Ri sem animo. – Vamos lá, querido. Diga-me o que sabe fazer só, além de levar o pó ao nariz? Porque com ajude fica fácil! – Troquei o peso dos pés. - Pergunte a qualquer garota que já tenha fodido contigo. Nem uma punheta você sabe bater, otário!
– Você está me chamando de drogado e mal de cama? – Perguntou ele num sussurro envergonhado.
– Você só se prendeu a essa parte, perdedor? – Perguntei gargalhando e depois sorri presunçosa. – Creio que lhe chamei mais do que isso!
Ele deu um passo a frente e eu soube o que estava prestes a fazer. Eu já vira aquela cena antes.
– Não se atre... – Não fui rápida o suficiente. Sua palma direita já estava em minha face perfeita. Meu rosto ardeu com a força de seu golpe.
Olhei para ele inexpressívelmente. Minha voz era fria e calculista.
– Assim que a sua vida for aniquilada e você estiver no buraco, - ele gemeu inconscientemente. – eu esquecerei esse tapa, ao contrario de você, que lembrará para o resto de sua vida insignificante e desnecessária!
Virei as costas e segui para minha sala.
As pessoas olhavam para mim com olhares estupefatos, mas eu já estava acostumada. Diferente de Tyler, que recebia olhares de pura descrença e às vezes de pena.
Muitas pessoas não tinha a mínima noção do que eu era capaz de fazer, mas outras tinham uma breve idéia do que eu poderia quando era tirada do meu estado de espírito. E sabiam elas que a possibilidade de um dia Tyler ser feliz e esquecer o que quer que tenha ocorrido com ele era bem pouca.
Bufei.
Estado de espírito? Será que alguém acreditava mesmo nessa mentira? Eu nem sentimentos possuía. Nunca liguei para nada nem ninguém. O meu único estado de espírito era o nada. E eu me sentia bem em sentir nada. Na verdade, eu não sentia nada!
Eu não me importava com nada. Estava pronta para pisar e maltratar quem tivesse ou não em meu caminho. Nem os meus pais se safavam de minha crueldade.
Eu sabia o que as pessoas pensavam. "Nossa, ela deve ser traumatizada pra ser desse jeito!", "Ela deve sofrer tanto em casa!". Sim, era isso que eles pensavam, mas nunca passaram na cabeça deles: ela nada senti!
Idiotas, pensei comigo mesma. eles jamais serão capazes de imaginar o que eu sou, do que sou capaz!
Ri comigo mesmo e entrei na sala. O professor impediu-me.
– Sabe que está quinze minutos atrasada, não Srta. Swan? – Ele perguntou petulante.
– Sim. Eu sei, querido! – Falei irônica. Ele não gostou.
– Infelizmente a Srta. terá de ir para a diretoria! – Disse o professor me olhando sério.
– Não, obrigada! – Respondi sarcasticamente. – Estou muito bem aqui!
– Bella Swan, eu... – O interrompi.
– Isabella. – Corrigi fria.
– Sim Isabella Swan. Para sala da diretoria. Agora! – Ele aumentou a voz e diminui a minha, tornando-a um sussurro pesado de desprezo.
– Já lhe disse que estou bem aqui, Sr. Varner!
Ele desistiu e eu segui para mesa onde Rosalie Hale estava.
– Bella! – Ela exclamou!
– Saia, agora! – Falei rispidamente.
– Está falando comigo, Isabella Swan? – Rosalie perguntou arqueando as sobrancelhas.
– É claro que não! – Respondi sorrindo docemente e apontei para garota ao seu lado. – Estou falando com ela.
– Bella?! – Lauren exclamou incrédula.
– Vamos Lauren, saia! – Disse estressada. Ela permaneceu na mesma posição. – Ande logo, meu bem, tempo é beleza!
Ela saiu cambaleando e balançando a cabeça.
– A boa e Bella má de sempre! – Rosalie exclamou apertando sua mão na minha. – Estava com saudades de suas patadas.
– Hey Rose! – Falei retribuindo o aperto. – Qual o escândalo da vez?
– Eu tive outra overdose em Paris. – Ela falou sorrindo gloriosa. Não me surpreendia, isso era tão... Rosalie. – E as novida... ? Menina! – Ela gritou de repente e todos na sala a olharam, ela fingiu não notar. – Você não vai acreditar em quem eu conheci.
Ela espera mesmo que eu tente adivinhar?
– Se você não me falar eu nunca irei saber, Rosalie! – Falei ríspida.
– A mesma Bella de sempre! – Murmurou para si mesma. – Enfim, eu conheci Alice Cullen. Acredita?
Suspirei.
– Ela é tão doce e perversa. – Rose falou deslumbrada. – A pessoa mais venenosa depois de você. Ela se encaixa perfeitamente em nosso triangulo.
– Será ótimo para Tanya Denali saber que foi substituída. – Falei sorrindo vitoriosa.
– Bella, Bella! – Rose falou sorrindo de forma rica e continuou com seus minuciosos detalhes da Cullen.
A aula já havia terminado, e Rosalie continuava com as incríveis histórias de Paris. Bufei.
– Estou ansiosa para conhecer o irmão dela. – Rose falou depois de um tempo calada, já estávamos na porta ro refeitório. – Me disseram que ele é lindo!
– Ele é, realmente. – Falei, dando de ombros. Emmett era muito bem afeiçoado, mas não era exatamente o meu tipo.
– Ok, conte-me como ele é e... – Ela parou de repente e sorriu sacana. – Esqueça. Eu quero aquele moreno alto e forte ali. – Ela apontou para mesa no meio do refeitório.
Sorri em resposta.
– Ele é o Emmett, Rose! – Falei andando até minha mesa.
