N/A: Como indicado no resumo, esta fic consiste em pequenas side-storys sobre o mundo de Samsâra. Situações que tinha planeado na minha cabeça mas não foram descritas na história principal. Não esperem capítulos muito grandes, já que a ideia é mesmo fazer pequenos capítulos com uma cena só.
Boa leitura
SAMSÂRA - KAIROS
(Omen)
O androceu da sexta casa encontrava-se mergulhado na penumbra, vazio de qualquer movimentação. A escuridão emergia pelos corredores desertos, contemplando um Santuário de Atena parcialmente adormecido. O dia que tinha passado tinha trazido mais novidades entre a elite dourada, o que deixara a todos exaustos com alguns preparativos.
Mas no seio da casa de Virgem ainda se conseguia ouvir um ténue gemido tormentoso que deambulava pelos corredores silenciosos.
"Ah…aaaah…humm…"
Os dois corpos quentes e vibrantes travavam um reconhecimento mútuo, saciando o apetite sexual que despertavam.
Sahîr sentiu-se mergulhar no corpo em chamas lentamente à medida que este ditava a cadência do primeiro encaixe. O parceiro encontrava-se visivelmente num delírio contraditório entre prazer e dificuldade naquela primeira investida; as unhas cravando-se violentamente no seu ombro. A respiração ofegante e entrecortada, deixou que o homem se apoiasse no seu corpo quando o sentiu totalmente preenchido.
O virginiano humedeceu os lábios e semicerrou os olhos languidamente, afastando a franja morena que colava à testa do companheiro – respire pausadamente…
Um riso contido saiu dos lábios do parceiro, num misto de diversão e cinismo, para logo soltar um esgar de desconforto pelo incomodo que esse simples acto lhe proporcionava - … já treinando para o seu futuro pupilo? – perguntou numa voz sibilada, aproximando os lábios do seu ouvido – não me venha com essas ladainhas de mestre, Sahîr… não é justamente você que me vai ensinar como sexo funciona.
Um forte arrepio subir pela espinha do indiano quando sentiu os dentes afiados mordiscarem-lhe a hélix da orelha, a língua morna enlaçando-se luxuriosamente no adorno que a deixava tão sensível. Estava definitivamente em mãos experientes naquela arte, e sobretudo que nunca dava o braço a torcer... ainda menos com ele próprio.
Apoiado no joelho flexionado de Sahîr, o moreno remexeu lentamente os quadris, em comedidas curtas e lentas, arremessando-se à medida que as barreiras do seu corpo eram vencidas. Sentiu os dedos do indiano percorrerem as suas costas numa caricia sensual, acabando o seu caminho à altura dos rins pressionando a pele com cuidado. Mantinha o ritmo num cadenciar lento e lânguido, sentindo-se preenchido pelo membro abrasador e pulsante, deliciando-se com os gemidos contidos que escapavam da boca do amante. Distribuiu beijos e sucções sugestivas pelo pescoço fino, deixando escapar alguns gemidos roucos sussurrados ao seu ouvido. Mordeu o ombro num ápice de luxuria, a pele de canela cedendo sob os seus caninos, mas logo sentindo um movimento de quadris mais forte que o atingiu em cheio.
Voltou a entreabrir os olhos que tinha fechado instintivamente devido ao incómodo do acto, encarando o indiano. Os olhos cor de âmbar incendiaram-se de pura luxúria. Nesse momento Chiaro percebeu, com uma deliciosa sensação triunfante, que tinha conseguido vergar o todo-poderoso cavaleiro de Virgem.
