Então, antes de começar, deixe-me explicar...
Essa fic será composta de três partes totalmente independentes. As únicas ligações entre elas são: 1- baseadas na mesma música – cada capítulo fica com uma estrofe de Caçada, do Chico Buarque; 2- as três cenas acontecem na mesma noite, por volta das duas da madrugada.
Não sei se posso considerá-la como uma NC-17... Mas o conteúdo é definitivamente adulto. Logo, quem não gostar do gênero ou for mto novinha, é melhor não ler.
O primeiro capítulo conta a noite de Severo Snape e uma Personagem Original; o segundo de Nymphadora Tonks e Remo Lupin; e, por fim, o terceiro será com Lúcio Malfoy e Bellatrix Lestrange.
No mais, sejam boazinhas: eu nunca escrevi uma Soft Porn antes!
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CAÇADA
Gabrielle Briant
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PRESA: A LOIRA
Não
conheço seu nome ou paradeiro
Adivinho seu rastro e
cheiro
Vou armado de dentes e coragem
Vou morder sua carne
selvagem
Varo a noite sem cochilar, aflito
Amanheço
imitando o seu grito
Me aproximo rondando a sua toca
E ao me
ver você me provoca
Você canta a sua agonia louca
Água
me borbulha na boca
Minha presa rugindo sua raça
Pernas
se debatendo e o seu fervor
Hoje é o dia da graça
Hoje
é o dia da caça e do caçador
O relógio em sua sala finalmente marcou dez horas.
Ele teve de se conter para não suspirar de alívio. Levantou-se do seu gabinete e lentamente se aproximou da mesinha onde dois alunos grifinórios removiam o sumo de visgos do diabo.
Com uma voz aborrecida, disse:
- Podem ir aos seus dormitórios. Espero vê-los amanhã, às oito da noite pontualmente.
Os dois garotos imediatamente se retiraram do escritório do professor de Poções.
Severo Snape, agora sozinho, se deixou suspirar enquanto guardava em frascos o que os alunos produziram naquela detenção. Nunca quis tanto se ver livre de uma dupla de pirralhos... Agora, que as suas tarefas do dia finalmente acabaram, ele poderia sair para encontrá-la.
Uma curva maliciosa delineou-se no canto dos seus lábios.
Ele a encontrara pela primeira vez no Três Vassouras. Eram três e meia da manhã quando ela adentrou o bar. Era impossível não prestar atenção nela: cabelos muito loiros e longos, grandes olhos azuis e um corpo curvilíneo que ela fazia questão de evidenciar em roupas sóbrias, porém reveladoras.
Ela sentou-se numa mesa próxima à dele e pediu vinho. Depois da terceira taça, veio sorridente falar com ele. Snape não sabia muito bem como uma coisa levou à outra, mas num instante ela sentava-se à mesa dele e dizia que era uma ex-aluna e, no instante seguinte, os dois estavam num beco escuro de Hogsmeade numa inesquecível sessão de sexo casual.
A partir de então, os dois vinham mantendo um caso. Nunca marcavam nada; sempre que ele queria, saía pelas ruas de Hogsmeade no meio da madrugada, na esperança de encontrá-la. Às vezes dava certo, às vezes não.
Ele suspirou mais uma vez.
Aquela noite estava muito quente, e ele precisava encontrá-la. Snape sequer sabia o nome daquela mulher misteriosa, mas precisava ter o seu corpo naquela noite.
Sem pensar duas vezes, ele trocou as vestes de professor por um casaco negro e deixou o castelo, em direção à Hogsmeade.
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As ruas de Hogsmeade ainda estavam cheias e iluminadas quando ele chegou. Logo se encaminhou para o Três Vassouras e foi atendido por Madame Rosmerta.
- O de sempre, professor?
Ele assentiu ligeiramente. Rosmerta rapidamente chegou com uma garrafa de uísque de fogo e um copo.
- Sem gelo, certo?
- Exato. Pode deixar a garrafa aqui, obrigado.
Rosmerta sabia que ele não queria ser incomodado, por isso logo o deixou com o seu uísque e foi atender os demais clientes. Aos poucos o salão foi esvaziando, até que só sobrou ele.
Rosmerta foi até ele.
- Professor, está muito tarde. Geralmente fechamos à uma hora da manhã nos dias de semana, como o senhor sabe... – ela disse, desculpando-se.
- Tudo bem. – Ele se levantou. – Você pode colocar isso na minha conta?
- Claro professor. Boa noite.
Já era tarde, então, ele pensou, a sua misteriosa amante poderia aparecer nas ruas desertas a qualquer momento. Com esperança, ele começou a vagar pela madrugada quente... Mas ela não parecia estar em lugar algum.
Por uma hora inteira ele perambulou por Hogsmeade...
Até que, quase como uma miragem, Snape viu o andar elegante de sua amante cortar a as ruas vazias. Um longo casaco de peles escondia o seu belo corpo, de modo que eram visíveis apenas o seu rosto e os pés, calçados com um scarpin preto.
Imediatamente sentindo um sorriso malicioso apossar-se dos seus lábios, Snape escondeu-se na escuridão de um beco, esperando apenas para surpreender a sua presa. A excitação começava a tomar conta do seu corpo enquanto ouvia os passos lentos da mulher, cada vez mais perto.
Finalmente ela passou em frente à ruela, voltando ao seu campo de visão. Por estar envolto pela escuridão, ela não o vira.
Deu um passo e, com a sua voz aveludada e perigosa, disse:
- Se eu fosse um bandido... – A mulher imediatamente se virou com a varinha em punho. Mas a sua expressão se suavizou assim que viu a identidade daquele que a abordara. –... você estaria em sérios apuros agora.
Guardando a varinha em seu casaco, ela cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha. Um sorriso ameaçava brincar em seus lábios vermelhos.
- Ora, ora, ora... Se não é o professor Snape! Se os boatos forem reais, professor, o senhor é, sim, um homem mal... Afinal, era comumente dito em meus tempos de Hogwarts que o senhor era um Comensal da Morte.
- Apenas boatos de adolescentes que não têm mais o que fazer.
Os dois passaram um tempo em silêncio, apenas se olhando. Era quase claro que um esperava que o outro tomasse a iniciativa... Eles se examinavam com os olhos. O intenso e lascivo brilho que saía tanto dos olhos azuis quanto dos negros evidenciava que ambos tinham a mesma idéia em mente.
Foi ela quem quebrou o silêncio com a sua voz rouca:
- E se você fosse o bandido, professor? O que faria comigo agora, pobre mulher indefesa?
Snape molhou os lábios e, lentamente, segurou a mão da mulher, trazendo-a consigo para a privacidade daquela ruela. Encostou-a na parede. Acariciou o seu rosto, passeando carinhosamente o polegar pelos lábios carnudos, e desceu para o pescoço dela. Ela sorriu.
Debochada, disse:
- Tão carinhoso?
- Eu preciso deixar de ser um cavalheiro para ser um bandido?
E, com isso, ele desceu os seus lábios sedentos para o pescoço dela, arrancando-lhe suspiros enquanto o beijava e mordiscava. Lentamente, o casaco de pele foi despido.
- A primeira coisa que eu faria seria roubar-lhe isso.
Jogou o aparentemente caro casaco no chão e examinou-a. Ela trajava um vestido vermelho que lhe descia até a altura do joelho. Um decote avantajado valorizava os seus não tão grandes seios. Ela estava tão linda que Snape se sentiu o seu corpo reagir à simples antecipação do que faria com ela.
- E então?
- Então eu lhe levaria para um beco escuro, como esse. E o resto você sabe muito bem.
Os olhos azuis brilharam ainda mais. Lentamente, ela aproximou os seus lábios da orelha dele. Mordiscou-a e, com uma voz sussurrada, disse:
- E por que você não me mostra?
Snape sorriu.
- Muito bem...
Ele segurou com as duas mãos os braços da loira. Com força, empurrou-a contra a parede. Por um momento arrependeu-se achando que talvez passara dos limites. Mas os lábios carnudos partidos em excitação lhe mostraram que não; o que ela queria era exatamente realizar com ele aquela fantasia.
Lábios aos quais ele não poderia resistir nem se quisesse. Quase num impulso, tomou-os com os seus, fazendo-a suspirar com a surpresa. Logo as línguas ávidas se acariciavam furiosamente e as mãos não mais conheciam o pudor.
Os beijos de Snape começaram a descer. Concentrou-se no pescoço dela, passou para o colo e finalmente perdia-se entre seus seios. A mão afagava o seio com paixão por sobre o tecido do vestido até que, louco para tocá-la mais profundamente, afastou o decote e o expôs.
A boca dele imediatamente o tomou e começou a sugá-lo, mordê-lo. A acariciá-lo de forma tal que arrancou gemidos roucos da mulher... Enquanto a outra mão passeava devagar, elevando o tecido vermelho e revelando a coxa alva... seus dedos longos sempre subindo, até encontrar o elástico da calcinha.
Ele se ajoelhou no chão. A sua outra mão também encontrou o tecido da calcinha e, lentamente, começou a tirá-la.
Com uma voz rouca, ele disse:
- Nós não vamos mais precisar disso
Mordendo os lábios, ela sorriu. Fechou os olhos, apenas sentindo-o despir aquela peça íntima de forma tão... erótica.
Lentamente, Snape se levantou. Olhou mais uma vez naqueles profundos olhos azuis e a beijou, apertando em sua mão a calcinha cor-de-rosa.
Seus lábios suavemente deixaram os lábios daquela mulher e deslizaram numa carícia tenra pelo rosto dela, até que alcançasse a sua orelha. Abraçou-a mais fortemente quando sussurrou:
- Vire-se.
Ela sabia que aquela ordem significava que logo o teria completamente dentro dela, saciando o seu desejo e pondo fim àquela maravilhosa tortura. Com um sorriso satisfeito, virou-se, apoiando os braços na parede fria.
Mas acabar aquela tortura não estava nos planos de Snape. Antes disso, ela teria que revelar algo que há muito ele queria saber.
Controlando os seus impulsos, ele continuou com os seus movimentos lentos, deslizando as mãos pelas pernas dela e subindo o vestido vermelho, até que as nádegas macias estavam finalmente à mostra. Ele não resistiu e, com força comedida, deu-lhes uma tapa.
Ela deu um leve gemido surpreso, que logo foi acompanhado de um sorriso lascivo quando Snape puxou-lhe os cabelos e aproximou o seu rosto do dele. A sua voz saiu perigosa e extremamente sedutora.
- Agora seja uma boa menina e me diga o seu nome.
- Está nos arquivos de Hogwarts, professor. Por que você não procura?
Ele deu um meio-sorriso. Abaixou-se novamente, desta vez para beijar as nádegas, ainda rosadas pelo tapa. A loira mordeu o lábio e prendeu um suspiro de antecipação enquanto ele beijava cada vez mais embaixo... Ela pensou que ele aprofundaria as carícias, mas...
- Seu nome? – Ele impôs como condição para continuar os carinhos.
Ela bufou decepcionada, mas não cedeu.
- Pesquise...
Snape se levantou. Voltou a puxar o cabelo dela e sussurrou:
- Eu só vou perguntar mais uma vez...
E, com isso, as mãos experientes desceram para a intimidade dela. Carícias gentis a faziam ofegar e sussurrar palavras desconexas, incentivando-o a continuar. A expressão no rosto dela o excitava mais e Snape sabia bem que não agüentaria torturá-la por muito tempo...
Mais ousado deslizou um dedo para dentro dela, fazendo-a gemer.
- Diga-me o seu nome! – Ele exigiu.
Ela estava tão molhada, tão pronta... Mais uma vez, pensou que não resistiria e acabaria tomando-a, perdendo, assim, mais uma vez a oportunidade de saber o nome daquela mulher.
Ela esquivou o corpo e deu um alto gemido de prazer. Parecia estar muito perto do ápice... provavelmente louca para tê-lo logo dentro de si. Uma fina lágrima pôde ser vista deixando os olhos dela.
Boa notícia: ela não resistiria por muito tempo.
- Eu... – Ela balbuciou, ofegante. – É Charlie! Por favor...
Charlie...
Sem esperar por mais nenhum convite, Snape encerrou a carícia, abriu rapidamente a sua calça e...
Finalmente, os dois corpos se juntaram e começaram aquele ritmo que tão bem tinham juntos. Os gritos contidos poderiam ser facilmente ouvidos por qualquer um que passasse por aquela rua... Mas eles não se importavam. Parecia que só existiam os dois no mundo inteiro.
Os movimentos logo ficaram mais intensos. O corpo de Charlie começava a se contorcer e ela inegavelmente dava início ao seu clímax. A satisfação de dar prazer conduziu-o ao seu próprio orgasmo.
E, enfim, os amantes ofegantes se abraçavam, descansando juntos.
Passou-se um tempo até que Snape se separasse dela e começasse a ajeitar as suas roupas. Charlie fez o mesmo, fazendo o vestido deslizar por suas pernas e vestindo o casaco de peles.
Com um sorriso satisfeito nos lábios e os grandes olhos azuis brilhando em contentamento, ela disse:
- Eu vou querer isso de volta.
Era para a calcinha cor-de-rosa que Snape ainda tinha em mãos que ela apontava. Os lábios de Snape rapidamente se curvaram num infame sorriso enquanto, em resposta, guardava a calcinha em seu bolso. Ignorando o que ela acabara de dizer, perguntou:
- Charlie, então? Charlotte?
- Exato.
- Então, Charlotte, eu acredito que não vá lhe devolver esta peça íntima hoje.
Charlie sorriu, abraçando-se a ele e tentando, sem sucesso, deslizar as mãos para dentro do bolso onde se encontrava a calcinha.
- Nunca pensei que o senhor fosse um fetichista, professor.
- Não? Depois de tantos encontros, minha querida, você já devia ter imaginado.
- Ok, então...
Com um rápido beijo nos lábios, ela se despediu. Mas, antes que saísse totalmente pelas ruas de Hogsmeade, ela se virou.
- Ah! Daqui há duas noites, por volta das duas da manhã, eu estarei vagando pelas ruas, sem calcinha. Seria uma boa oportunidade para você me devolver esta que está me tomando.
Ele quase sorriu: era a primeira vez que a loira de fato marcava de se encontrar com ele.
- Muito bem. Será uma boa oportunidade para descobrir o seu sobrenome.
Charlie ainda o olhou com os seus olhos azuis brilhando de desejo antes de desaparatar e o deixar sozinho... porém muito satisfeito.
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Reviews, por favor.
Bjus para a Shey, que betou esse cap!
