Fic yaoi, não gosta, não leia. Roda em torno dos gêmeos Hitachiin.
Mas se gosta, leia e deixe uma review! :D
Bem, boa leitura.
x - Mudança de local/POV.
"Pensamento"
Doces Memórias
- Então pode ir mesmo? Que bom! Não se esqueça, domingo as 15hrs em frente ao parque de diversões!
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- Ei, Hikaru! Ande logo. Vamos nos atrasar!
- Tá, tá. Calma Kaoru, eles não vão fugir.
- Nunca se sabe né?! Então ande rápido!
- Ok. Já estou pronto, vamos?
Os irmãos Hitachiin estavam prontos para sair, de acordo com Kaoru, o "Clube de Anfitriões" iria se encontrar no parque de diversões para "terem um dia divertido e aprofundarem os laços de amizade", palavras bem do estilo do fundador do clube, Tamaki. Quando ambos já estavam dentro do carro que iria os levar, o mais novo deles solta uma exclamação:
- Ah! Esqueci de algo, Hikaru. Vá à frente que logo os alcanço! – disse saindo do carro, batendo a porta do mesmo.
- Kao – havia sido cortado pelo bater da porta, começando a resmungar. "Se iria esquecer algo, por que diabos me apressou?!" - estes eram os pensamentos do irmão mais velho, não entendendo a atitude do irmão, mas sem mesmo ter tempo para retrucar o motorista havia começado a dirigir, então resolveu confiar no irmão e ir na frente.
Apesar de saber que o irmão iria depois estava com um mau pressentimento naquele dia. Por que seria? Era um aperto no peito que não sabia explicar, como se algo ruim fosse acontecer... Balançou a cabeça levemente, afastando aqueles pensamentos, logo estaria se divertindo junto dos amigos e companheiros de clube.
Kaoru, por sua vez, havia mentindo. Logo que o carro onde o irmão mais velho estava se distanciou, o seguiu usando outro carro, já que tinham vários.
O parque que haviam combinado de ir já estava ficando maior aos olhos cor âmbar do ruivo que havia ido à frente, olhando o tamanho dos brinquedos mais altos, como a montanha-russa e a roda-gigante. O carro havia parado, então desceu rapidamente com o carro indo embora, não sem antes chamar a atenção das pessoas presentes perto da entrada, gerando comentários como "Será que estão gravando um filme?" ou "Yakuza?¹", mas o garoto Hitachiin nem ouvia-os, olhando em volta para ver se achava os amigos, encontrando apenas um deles. Haruhi, a garota que trabalhava como anfitrião por ter quebrado um vaso caro, então se vestia de garoto para pagar a dívida, pois ao contrário dos outros estudantes da escola, ela era pobre. Uma estudante especial.
Kaoru, por sua vez, havia pedido para o motorista parar mais atrás, pois iria chamar atenção. Algo que não adiantou muito, visto que as pessoas que circulavam por lá ficaram observando, rendendo os mesmos comentários. Estava com óculos escuros, na intenção de não ser reconhecido, mas quem convivesse com ele perceberia quem era: um dos gêmeos Hitachiin. Essa seria a definição das pessoas, já que poucas conseguiam diferenciar ele de se irmão mais velho, que estava se encontrando com uma dessas pessoas: Haruhi.
Hikaru se aproximou da garota de curtos cabelos castanhos, coçando a cabeça, estranhando que os outros não estivessem por perto, chamando a menina.
- Ei, Haruhi!
- Ah, Hikaru. Achei que não viria! – a garota se mostrava serena, sem estranhar que ninguém mais estivesse por lá.
- Mas onde estão os outros?
- Outros? Mas não foi você quem pediu para eu vir por que queria me falar algo?
A menina mostrava-se confusa com a pergunta, até que percebeu: Kaoru que havia armado aquilo, talvez por causa do que falara outro dia. Hikaru balançou a cabeça negativamente, dando um sorriso amarelo.
- Não é nada. Quer mesmo ir? – apesar de estar sorrindo para a acompanhante, estava tendo pensamentos maléficos de como se vingar do irmão que havia armado para ele.
O mais novo dos gêmeos observava de longe o casal, esperando que o garoto não estragasse tudo, já que tivera o trabalho de mentir duplamente: para a colega de classe e o irmão. Para ela dizendo que Hikaru queria ir ao parque de diversões no fim de semana, mas ele mesmo já tinha um compromisso juntamente com os outros do clube e para ele dizendo que todos do clube iriam, tendo até de usar uma frase do senhor Tamaki: "... aprofundar os laços de amizade".Coisa que fizera Hikaru acreditar.
Hikaru e Haruhi já estavam dentro do parque, escolhendo onde iriam ir primeiro, acabando por ser a montanha russa. A fila estava consideravelmente grande, devido ser domingo e as pessoas aproveitarem para descansar, casais, crianças, grupos de amigos... Parecia que todos haviam resolvido ir lá! Ficaram uma boa meia hora, até conseguirem entrar no carrinho e tinham tido sorte: foram os primeiros da fila, então escolheram livremente onde sentar e foi exatamente no da frente.
- Está mesmo tudo bem sentar aqui Haruhi?
- Claro. Não vai dizer-me que está com medo Hikaru.
Ela estava fazendo aquilo. Aquela expressão fofa, com aquele sorriso. Se Tamaki estivesse ali provavelmente reclamaria de ela estar fazendo aquela expressão para ele, que se virou para frente com um sorriso divertido. Inesperamente, apesar de ter enfrentado uma longa fila, havia começado a se divertir e graças à menina que tanto apreciava a companhia.
- Não estou com medo! Isso aqui não é na – no momento foi cortado pelo carrinho, que começava a subir lentamente, para ao chegar ao topo descer com uma rapidez incrível, fazendo o menino gritar – daaaaaaaaaaaaa!
Haruhi soltou um riso do grito de Hikaru, que havia levantado os braços como várias pessoas. Parecia até que nunca havia ido nesses brinquedos, algo que poderia ser verdade, sendo que como Haruhi pensava, ele era um dos "ricos malditos" - não tão malditos assim – que ela descobrira ao entrar para o clube de anfitriões.
O garoto que era idêntico ao que estava na roda gigante observava tudo, de longe, com um binóculo para ver de perto o eu acontecia. As pessoas o estranhavam ali, algumas por ele estar escondido atrás de uma lata de lixo e outras por já terem visto o irmão, ficando confusas ao ver o (teoricamente) mesmo garoto novamente. Kaoru olhava a cena, pensando consigo mesmo que era a garota quem divertia o irmão e não ao contrário – como havia acontecido em Karuizawa. Só torcia para que, dessa vez, Hikaru não estragasse tudo.
Os dois já haviam saído do brinquedo, se dirigindo para outros como a casa mal assombrada que não havia conseguido assustar nenhum dos dois, fazendo apenas o garoto rir, a casa dos espelhos onde eles se viram de vários jeitos estranhos entre vários outros, também comeram algumas coisas como algodão-doce e pipoca. Passado um bom tempo de divertimento, faltava um último brinquedo: a roda-gigante. Ainda faltava um bom tempo para anoitecer, logo foram até a fila do brinquedo.
Kaoru observava de longe, como fizera o dia todo. Já estava pensando em ir embora, mas não poderia perder esta. Correu até o alto de uma torre perto, para ver os dois "pombinhos" na roda-gigante, já que eles já haviam entrado em uma cabine e o brinquedo começara a se mover lentamente.
- Aqui é bonito, né?
- Sim, é. – respondeu simplesmente o garoto, olhando para a garota.
Ela parecia se divertir observando as luzes da cidade, até que o garoto percebera que o olhar dela foi fixado em um ponto: a torre de Tóquio, que estava pouco mais ao longe. Ela estava lá, alta e imponente, se levantando aos céus da cidade. Hikaru em um ato inesperado fizera uma pergunta, que nem mesmo ele acreditara ser capaz de fazer, egoísta como era.
- Você gostaria de ir lá?
- Anh...? – Haruhi se surpreendera, não esperando a pergunta. – Bem, sim...
A garota que o fazia ser assim? Provavelmente, mas não pensou muito isso. Decidiu que iria a levar até a torre quando à volta do brinquedo acabasse. Observando de longe, o mais novo dos irmãos não imaginaria sobre o que eles poderiam estar conversando.
Pensou e fez. Assim que saiu da cabine da roda-gigante, Hikaru chamou um táxi e foi com Haruhi até a torre. Kaoru que não esperava essa decisão repentina de mudar de local fez o mesmo: chamou um daqueles carros e pediu para seguir o que o irmão e a amiga estavam. Surpreendeu-se um pouco ao ver que se aproximavam da torre da cidade, ficando curioso para saber o motivo de ir lá, mas se concentrava em seguir os dois que já estavam parados em frente à construção.
Haruhi olhava para cima, impressionada com o tamanho. Hikaru apenas seguiu em frente, entrando. Logo que a garota se viu sendo deixada para trás seguiu o mais velho dos irmãos.
Subiram até o topo, observando a magnífica vista com que foram privilegiados: um pôr-do-sol digno de cinema, onde o céu estava pintado num misto de laranja e vermelho, mesclados com tons de rosa e azul.
Kaoru observava de longe os dois com o pôr-do-sol ao fundo. "Agora deve estar tudo bem..." – foi o que o garoto pensara, resolvendo parar com aquele jogo de espião. Virou-se para ir embora, descendo daquele alto local e logo ganhando as ruas.
Hikaru via o espetáculo da natureza ao lado daquela garota com quem se sentia bem. Aquela que havia aberto a porta que ele e o irmão gêmeo haviam deixado trancada há tanto tempo. Mas ambos estavam em silêncio, que nem Hikaru muito menos Haruhi, quebrava.
Kaoru estava distraído, resolvera que ia andar por aí sem rumo, para espairecer. No fundo sentia ciúmes da colega, mas não conseguia odiá-la. Ela fazia bem tanto para ele quanto para o irmão e queria que acima de tudo, este fosse feliz, mesmo que ficasse para trás e fosse abandonado pela pessoa que sempre estivera com ele.
Como se lembrasse de algo, Haruhi soltou uma exclamação.
Sentia uma vontade incontrolável de chorar, com os olhos ficando marejados. Não queria agir de forma egoísta, mas não queria perder seu irmão.
- Ei, Hikaru...
Começou a acelerar o passo, querendo se afastar o mais rapidamente dali, sem perceber que o sinal para atravessar havia fechado.
- Afinal, o que você queria me falar?
Um barulho de freio foi ouvido, algo derrapando, seguido de um barulho de algo caindo de encontro ao chão.
Naquele momento, Hikaru sentiu um aperto no peito, como se estivesse para perder algo importante. E não era Haruhi – que a voz havia ficado distante, abafada.
Um barulho. Algo caindo. O sangue escarlate sujava o asfalto. Várias pessoas se aglomerando em volta da cena.
- Desculpe Haruhi, eu...!
Não terminou de falar, saíra correndo. Era como se algo o puxasse. O elevador demorava demais a chegar, fazendo o menino praguejar e descer correndo pelas escadas os mais de 300 metros que o separava do chão.
Sentia as lágrimas escorrerem quentes pela face, batendo no solo, uma dor aguda.
- Hikaru...
No mesmo momento se via uma pessoa idêntica a aquela caída no chão, abrindo espaço na multidão. Hikaru estava arfando, sentindo o coração falhar em uma batida ao ver o próprio reflexo ali, caído no chão, banhado em sangue. Então era por isto que estava com aquela sensação ruim.
- Kaoru!
A última coisa que ouvira foi alguém gritando seu nome. "Será...? Hikaru? Não, não pode ser...". Então fechou os olhos.
Já não sentia mais nada.
Tudo se apagou.
Continua...
Sempre quis acabar algo assim. e.e
A Shuuchan quase me matou quando acabou de ler esse capítulo. Mas bem, como viram, continua!
¹ - Yakuza, para alguém que talvez não saiba, é uma organização criminosa lá do Japão.
Bem, vou dedicar esse capítulo a Shuu, porque leu ele primeiro e tá me incentivando a continuar. Logo trago o segundo capítulo, provavelmente! :D Isso se vocês quiserem. u.u/
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