Capítulo I

Uma mulher andava pelas ruas de Londres sem se preocupar com nada. Os carros, as pessoas, os prédios em sua volta pareciam não existir. Estava alheia a tudo, só queria esquecer a dor que sentia.

Seu marido acabara de deixa-la por outra mulher. Quase quinze anos de extrema dedicação não significaram nada para ele. Tinha desistido de seus sonhos para cuidar dele e dos filhos, mas ele na pensou nisso quando saiu de casa para ir viver com a amante.

Lembrava-se disso e sentia seu coração apertar. Atravessava as ruas sem se importar com os carros buzinando para ela.

Sentiu seu corpo bater em algo. Sentiu uma pontada forte e logo depois tudo escureceu.

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O telefone tocava sem parar.

Será que alguém podia atender?

Virou-se para o outro lado e ignorou o som insistente do aparelho.

Desistiu de dormir quando percebeu que ninguém ia atender, por que ela morava sozinha.

Tirou o fone do gancho e falou, com raiva:

"Alô."

"Alô, Tia Gi?"- disse uma voz infantil do outro lado.

"Alex?" - disse Gina acordando finalmente.

"Sim. Tia Gi, a mamãe está aí com a senhora?"

"Não, querida, por que?"

"Bem, ontem, ela e papai discutiram. Meu pai saiu com uma mala e minha mãe saiu logo em seguida. Eu pensei que ela podia estar aí com a senhora."

"Não, mas então ela não dormiu em casa?"

"Quando eu fui ao quarto dela tudo estava igual. A cama estava arrumada."

"Certo, espere-me, em meia-hora estarei aí."

Desligou o telefone e foi tomar banho. Estava preocupada com Luna, ela não deixava os filhos sozinhos nem um minuto, muito menos durante uma noite toda. Devia ser culpa do marido imprestável da amiga, Draco Malfoy. Sabia que ele a maltratava, traindo-a com outras mulheres.Luna não dizia nada, dizia que era muito feliz com ele. Avisou á amiga que Malfoy não prestava, que era um imbecil, mas o amor ás vezes cega.

Vestiu-se rápido e em meia-hora estacionava seu carro em frente a casa de Luna. Tocou a campainha e viu Alex, Andy e Mandy saírem da casa. As três crianças foram até o portão e Alex, a mais velha dos três, disse:

"Tia, nós não temos chave."

"Queridos, Luna deixou vocês trancados?"

"Sim,tia."

"Vocês têm certeza que ela não foi fazer compras?"

"Temos, a carteira dela está em cima da penteadeira."

Algo de muito ruim tinha acontecido com Luna, mas Gina não queria aceitar.

"Bem, eu vou pedir a alguém que arrombe a fechadura para eu entrar, está bem?"

Os meninos concordarem e em poucos minutos, um senhor, vizinho de Luna estava arrombando a porta. Quando Gina entrou percebeu que as crianças não tinham se alimentado ainda e foi direto para a cozinha preparar o café.

Quando entrou no cômodo viu que a amiga tinha deixado as panelas do jantar em cima do fogão. Isso não era um hábito de Luna, por isso cada vez mais, a hipótese do pior ter acontecido se confirmava.Depois que as crianças se alimentaram, Gina os deixou na escola.

Tinha que achar Draco. Pensava em onde ele estaria, quando a porta da casa se abriu e por ela passou o homem:

"Ginevra, o que faz aqui?"

"Eu vim acudir seus filhos. Você sabia que eles estavam abandonados?"

"Abandonados? E Luna? Onde está aquela demente?"

"Malfoy, cuidado com o que você fala. Luna está sumida desde ontem a noite. E ao que me parece, ele sumiu por causa de você."

"De mim?"

"Sim, você, que a deixou por causa de alguma sirigaita..."

"O quê? Ela te contou?"

"Viu? Nem precisou eu fazer força para descobrir o que houve. Agora o mínimo que você deve fazer é ir procurar a sua mulher."

"E você quer que eu procure onde?"

"Não sei, Malfoy, que seja no inferno, mas só volte aqui quando souber notícias da Luna."

Ele saiu sem dizer nada e Gina ficou esperando que ele voltasse com alguma resposta. Nem mesmo sabia se ele tinha ido atrás da mulher, apenas tinha a pequena esperança que ele estava fazendo isso.

Depois de já ter desistido de esperar o marido da amiga, ele chegou. A expressão no rosto de Draco, a assustou.

"Então?"

"Ginevra, primeiro, você tem que sentar."

"Por que? O que houve?"

"Eu fiz o que você disse e procurei Luna por todos os lugares. Em hospitais, nas ruas, até que fui ao necrotério e..."

"E o quê?"

"Luna está morta. Ela foi atropelada ontem à noite."

Não pôde ver mais nada, pois segundos depois, desmaiou.

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Viu o caixão ser coberto por areia e depois por flores.

Não acreditava que sua melhor amiga, sua quase irmã tinha morrido. E por causa de Draco.

Voltou para a casa de Luna, mas não pretendia morar lá. Se ainda permanecia na casa era por causa das crianças que precisavam da ajuda dela. Mas no dia seguinte voltaria para seu apartamento. Draco teria que cuidar dos filhos sozinho. Eles eram responsabilidade dele e não dela.

De noite, depois de ter colocado as crianças para dormir, o homem a chamou para conversar. E o assunto ela já imaginava qual era.

"Ginevra, eu queria agradecer o que você está fazendo."

"Eu não faço isso por você, mas por minha amiga e pelas crianças que não têm culpa de terem um pai tão irresponsável."

"Isso não é verdade."

"Não? Entã onde você estava ontem quando Luna morreu?"

"Bem, eu e Luna decidimos nos separar."

"Decidiram ou você decidiu sozinho?"

"Gina...eu..."

"Olha, Malfoy, se você pensa que eu vou ficar aqui cuidando das crianças, está muito enganado."

"Mas por quê?"

"Por que eles são SEUS filhos e não MEUS, por isso pode ir desistindo da idéia de se casar com essa pobre imbecil que você está enganando."

"Gina..."

"Eu não quero saber... você vai ter que cuidar sozinho dos seus filhos e nem pense em trazer essa mulher para cá."

"Ginevra, eu ainda sou o dono dessa casa."

"Agora sim é dono, não é? Mas na hora de acabar com a vida da minha amiga você não pensou nisso."

Draco apenas se calou e Gina subiu para o quarto de hóspedes.

Ela ia acabar com a vida dele, assim como ele tinha feito com Luna.

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Nota da Autora: Olá! Mais uma fic e antes que me chamem de plagiadora (sei la como escreve), eu na sou, essa idéia não eh minha, mas tb não sei de onde eu tirei, eh de algm e eu vou pegar emprestado a base. SOH A Base, LERAM BEM?

Quem quiser, comenta...

Beijos!

Manu Black