Yooo!! \o/
Ano... mais uma fic maluca que surgiu enquanto eu estava no banho ((u.ú)). É Universo Alternativo, e nesse caso Ed e Winry não se conhecessm, e nem mesmo Ed e Al sabem que são irmãos, espero que os agrade, para isso existem as reviews: críticas, sugestões,ameaças de morte ((O.O)). Bom, era só isso, até a próxima atualização!
((duh)) - comentários inúteis
- duh - fala normal
- duh - flashback
- duh - pensamentos
No que você acredita?
Capítulo 1
Era uma noite fria de outubro.Um homem alto e corpulento, de feições finas, olhos amendoados, cor âmbar, e cabelo loiro preso em um simples rabo de cavalo preso a um laço negro. Trajava roupas elegantes, e encontrava-se olhando impacientemente para a paisagem fora da carruagem. A densa neblina cobria a grande maioria das árvores, e ao longe notava-se os raios que "cortavam" as nuvens, tudo indicava que seria uma tempestuosa noite.
Aos poucos seus pés tomaram movimento, suas mãos, trêmulas, começaram a transpirar, e um calafrio lhe percorreu a espinha. A viagem parecia não ter fim, e a angústia do homem crescia a cada momento que lembrava das palavras daquela mulher...
A casa escondia-se entre a floresta, muito próxima àquela estrada abandonada. As folhas secas do outono misturavam-se o barro, nem mesmo o vento soprava no local, somente os corvos pairavam nos galhos das árvores. Um lugar sem nenhuma condição de habitação digna. A moradia de madeira, repleta de frestas, janelas quebradas iluminadas por uma única chama refletida do interior dessa.
Aproximou-se, dando fortes batidas na porta. Pouco tempo depois uma mulher de estatura mediana e corpo delgado, cabelos negros que encontravam seus ombros, e possuidora de olhos cor violeta muito enigmáticos. Usava suas típicas roupas negras com leves detalhes em vermelho sangue (já que raramente recebia visitas), e a quantidade de penduricalhos indicava claramente qual era sua profissão.
Analisou afigura masculina, parada a sua frente, por alguns instantes antes de pronunciar-se.
- De todas as criaturas que hoje pisam na Terra, o senhor é a última que eu imaginava ver aqui. -
- Sabes que estou em uma situação delicada e preciso das tuas visões. – disse ele sem tempo a perder.
- Queres me dizer que passei a te ser útil? Monsieur, Conde de Dorset. -
- Vamos, Dante! Estou apressado, não me venha com estes teus jogos. – falou irritado.
- Mil perdões, meu caro senhor. Passe. Verei em que posso lhe servir. – aceitou, depositando um tom de ironia em sua fala.
Olhou mais uma vez para a vidraça, se queria seguir adiante com aquilo, tinha que fazer o que a vidente lhe dissera, mesmo que isso ferisse a fundo sua querida esposa.
- Sente-se, monsieur. Irei preparar as cartas. – foi o que disse antes de sumir da vista do homem, deixando-o sozinho naquele local medonho.
Sabia muito bem da fama de "bruxa" que Dante carregava, a sala pouco iluminada repleta de artefatos "estranhos" lhe confirmava está idéia duvidava até de sua idade real, uma bruxa que escapou dos tribunais de Inquisição, era bem provável...Contudo, nesses casos era a pessoa em que mais confiava, pois sabia que as suas previsões jamais haviam falhado, pelo menos quando se tratava dele, Conde de Dorset.
Sentou-se na estreita cadeira, aguardando o retorno da mulher, que não tardou mais que cinco minutos, sentando-se a sua frente, com um ar de extrema concentração. Embaralhou as cartas e em seguida pediu que o loiro as dividisse em dois montes.
- Muito bem, comecemos. – lançou um último olhar interrogativo a ele antes de começar – Está certo disso? – perguntou. ((isso não lembra o Silvio Santos?xD))
- Sempre tenho certeza de meus atos, vamos logo com isso. – respondeu frio.
- Pois bem.. – virou a primeira carta ((gomen ne, mas eu sei muito pouco sobre esse tipo de coisa ')) – Haverá uma grande mudança em sua vida, nascimento. – O homem congelou perante esse comentário. – Hm... espadas... – fez uma careta.
- O que diabos tem espadas? Fale mulher! – exaltou-se.
- Acalme-se, monsieur. – pediu – Seu primogênito será a sua ruína, vejo uma grande desgraça que os envolve... –
- Então é isso... – disse mais para si mesmo em modo de reflexão.
- Porém... – começou – vejo riqueza e felicidade, as copas e os ouros me dizem isso. – analisou melhor as cartas – Sim.. Um segundo filho, um filho que será o orgulho de seus pais. -
- Já entendi! – disse ele levantando-se.
- Aonde vai? – perguntou assustada –
- Já ouvi o bastante, e sei o que tenho que fazer. –
- Eu ainda não acabei... As cartas podem me dizer algo mais... – tentou argumentar, mas era tarde, o senhor já abria a porta e corria em direção a sua locomotiva.
- Hohenheim!! – gritou, mas os cavalos já se preparavam para dar a volta.
Inglaterra, final do século XVIII. Tempo de grande crescimento. Milhares de soldados convocados em função da expansão territorial de Napoleão Bonaparte. Poucos tinham o privilégio de manter uma vida digna. Como a família de Van Hohenheim, Conde de Dorset, grande proprietário de terras e financiadores da industrialização. Um homem de grande influência política no país, casado com Trisha Elric, e futuro pai.
Passava das nove horas quando finalmente a carruagem adentrou nos domínios do Conde, uma grande propriedade, com uma bela mansão de 47 aposentos, grandes jardins, e muitos empregados. Assim que os cavalos pararam de se movimentar Hohenheim "saltou"para fora em direção a casa, deixando com seu mordomo o casaco, subindo em disparada as escadas de dava para seus aposentos, podia ouvir claramente os"uivos" de sua esposa.
- Meu senhor, não sabe a felicidade que nos dá ao saber que voltou sã e salvo. Vossa senhora, senhorita Trisha está para dar a luz. – informou uma de suas empregadas.
- Bom saber, tenho um pedido a lhe fazer, Maria. – disse ele desfazendo-se de suas luvas.
- Qualquer coisa, meu senhor, estou aqui para lhe servir. –
- Pois bem, quero que diga à minha mulher que nosso filho morreu logo após seu nascimento. – disse de maneira fria, fazendo com que a moça arregala-se os olhos.
- Co..como disse, senhor? –
- Isso mesmo que ouviu, dirá a senhora minha esposa que nosso primogênito morreu, esta criança trará apenas desgraça para nossas vidas. – voltou a dizer, agora mais sério.
- Mas meu senhor... estamos falando de seu filho... –
- Muito bem dito. MEU filho, e apressa-te! Chama o Marcoh, diga a ele que venha até meu escritório. –
- S-sim, senhor. – aceitou atônita. Estava para partir quando o patrão voltou a lhe chamar.
- E...Maria! Rápido! –
- Como quiser, meu senhor. –
Entrou no escritório, uma sala cheia de livros e papéis espalhados, duas poltronas, uma mesa, e uma banqueta com seu melhor whisky. Para ele, um santuário, o lugar onde podia viver em paz, longe de tudo e todos, apenas com seu trabalho, sua verdadeira paixão.
Sentou-se e aguardou a chegada de um de seus mais antigos empregados, que entrou uma pouco assustado por tal pedido do patrão.
- Mandou chamar, patrão? – perguntou tímido.
- Entra e senta, Marcoh. Tenho algo para te pedir. – ordenou o homem que agora apoiava os cotovelos sobre a mesa.
-Sim, senhor... – obedeceu.
- Já sabes que meu filho está para vir a esse mundo esta noite... –
- Sim, senhor, é uma alegria muito grande para todos nós. –interrompeu com um enorme sorriso.
-Eu disse que JÁ SABIAS! Agora ousas me interromper? –
- Perdão..monsieur... não foi minha intenção, perdoe minha total falta de respeito... – baixou a cabeça totalmente envergonhado com a maior vontade de sumir dali.
- Basta! – bradou – Ouça, vais pegar este bastardo e o levarás para bem longe daqui, se possível, mate-o, mas o leve longe, mas muito longe. -o empregado ouvia tais palavras cruéis com o maior dos espantos. – Quero esta criança bem longe de minha vida, fui claro? –
- E-e.. – gaguejou.
- Fui claro, Marcoh? – inquiriu.
- Sim...senhor, faço da sua vontade minha vontade. – respondeu por fim.
- Ótimo, depois disso, não quero o ver nunca mais, trate de ficar mais longe ainda, lhe darei uma boa quantia para sumir do mapa. –
-... Era só isso, meu senhor? –
- Era, estás liberado. –
Nessa mesma noite Trisha Elric deu a luz a um lindo menino, o qual chamou de Edward e que para ela era a cara do pai. Como combinado logo após a "nova" mamãe adormecer Maria tomou o bebe, entregando-o a Marcoh, que tratou de não deixar pistas, levando consigo o herdeiro do Conde. Como esperado, disseram a mulher, que seu filho não havia resistido, e morreu horas depois de seu nascimento. Então ela chorou, e chorou, inconformada com tal ato de "Deus", e seu marido a consolou, dizendo que aquele não era o escolhido para ser herdeiro de seu império, futuramente outro tomaria o lugar deste, e Trisha nem lembraria mais de Edward.
Passaram-se três dias desde então, e Marcoh continuava a cavalgar sem rumo, com aquela criança em seu colo, já estavam bem longe dos domínios do Conde, mas mesmo assim não conseguia desfazer-se daquele pequeno ser. Não conseguia compreender o ato do pai do menino, afasta-lo de seu próprio lar. A noite ia caindo e mais uma vez aquele menino estava com fome, onde achar leite numa hora dessas em pleno nada? Cavalgou mais um pouco e por sorte avistou uma pequena casa, habitada por sinal, já que a fumaça se via presente na chaminé. Bateu, e uma senhora de idade lhe atendeu.
- Com licença, minha senhora, será que teria um jarro de leite para um pobre viajante e seu filho recém nascido? – perguntou com total vergonha.
- A senhora olhou para o manto preso aos ombros do homem, e com um olhar piedoso o deixou entrar.
- Muito grato. – lhe sorriu.
- Como se chama, caro viajante? – perguntou humilde – E como que tu e teu filho estão andando por aí a essas horas? –
- É uma longa história, minha senhora, tudo que posso lhe dizer é que a mãe desta pobre criança veio a falecer durante o parto, uma tragédia, agora já não tenho onde viver. – mentiu, era muito mais plausível inventar algo do gênero, do que simplesmente dizer que o pai da criança a queria morta.
- Meus pêsames, já muito dessas situações. –disse ela, servindo um frasco com leite para o menino. – Ainda não disse como se chama. –
- Oh! Que grosseria a minha, sou Tim Marcoh e meu filho chama-se Edward. – sorriu prazerosamente ao ver a alegria do menino com o leite.
- Edward é um bom nome. – sorriu também – E de onde vem? –
- De longe, muito longe. – isso já parecia mais um interrogatório – Minha senhora... –
- Sou Pinako, Pinako Rockbell. –
- Dona Pinako, muito obrigado pelo leite, agradeço do fundo da minha alma, mas temos que partir. –
- Entendo... façam uma boa viagem. – desejou acompanhando-o até a porta.
- Agradecido, até mais ver. – acenou, logo após montar no cavalo.
Ela apenas retribuiu.
Quanto mais tempo passava, mais Marcoh percebia que não daria conta daquele menino, e foi em uma dessas tardes que decidiu abandona-lo à margem do rio, testando a sorte do pequeno.
- Se tu és um verdadeiro Elric,com certeza sobreviverás a isso, crescerás, e encontrarás teu pai, e tomarás satisfações. Enquanto isso, eu me despeço de ti, Edward Elric, que encontres alguém que te ames de verdade. – dito isso depositou um leve beijo na testa do menino, e o largou sobre a água, apenas observando a correnteza o levar, para talvez, um lugar melhor.
- Boa sorte... – murmurou ainda acompanhando com os olhos o pequeno cesto, para em seguida seguir seu rumo.
Continua...
