N/A:
Bem, no meu período de férias de Luz e Sombra, eu comecei uma fic nova, meio, vamos dizer assim, viajada da minha parte. Eu lembro de uma vez ter lido uma fic de arquivo-x em que isso acontecia, então resolvi me inspirar nela para escrever essa. Eu nem ia publicar até ela estar totalmente pronta, mas eu quero muito saber o que vocês acham, e também para que todos vejam que eu num fiquei todos esses meses sem fazer nada, sabe... -N/A2:
Logicamente é uma Fic H/H ( mas eu ainda, um dia na minha vida, vou escrever uma D/G isso é uma promessa), e eu quero agradecer todo mundo que leu ela antes. Eu num consigo me recordar quem foi (foram muitas pessoas) mas em especial a Tia Gala (lógico né Gala? hehehee Magina q eu vou esquecer da Beta q mais aguenta minhas merdas), a Den Chan (que tb fez a capa da fic pra mim:D), a Drica (Sabrina Potter) e a Tonks(de Nove Meses para Amar), e a Billie (grande Billie que está corrigindo a parte da gramática. hauhauahauha). Mas se vc leu e eu num mencionei você, me desculpe sou grata da mesma forma.- Espero do fundo do meu coração que vocês gostem, pq essa fic me deu um certo "trabalho".Título:
Um Espelho Sem MemóriaAutora:
Ligia Maria ArakiDisclaimer:
Nao sao meus, e blá blá blá.... Aquela palhaçada de sempre...e-mail:
ligiaarakiyahoo.com.brSinopse:
O que aconteceria se o impossivel ocorresse? O que aconteceria se a Mione repetisse o NOM de DCAT? E pior, se ela tentasse consertar isso, e acabasse pior do que estava?Capítulo 1-Quando a notícia chega
Hermione não podia acreditar no papel que estava em suas mãos. Esperara ansiosamente por ele, e agora, que havia chegado, apenas não poderia acreditar.
Finalmente se levantou da cama e passou a andar pelo quarto, de um lado para o outro com a mão na testa num ato de completo desespero. O que faria agora? Tinha vontade de quebrar alguma coisa. Estava com muita raiva, afinal de contas, pra que era ela a melhor aluna de sua turma? Para que havia lido tantos livros? Para que havia lido inúmeros livros sobre Defesa contra arte das trevas? Bom, agora ela sabia a resposta... para repetir o N.O.M de DCAT.
OK, sejamos sinceros. Na verdade, verdadeira, Mione não sabia muito bem o que "queria ser quando crescesse", mas tinha uma vaga noção. Essa vaga noção estava entre ser Auror ou Medi-Bruxa. Auror, porque queria ação. Queria o status que a profissão dava. Se escolhesse Medi-Bruxa, não tinha muita certeza em que área atuaria, mas sabia que teria algo a ver com pesquisas, lógico. Talvez algo a ver com a mente, no campo psicológico... Talvez.
A questão é que Hermione queria ter tido a opção de escolha. Não queria escolher agora, achava muito cedo para isso. Adoraria poder escolher quando estivesse preparada, agora, porém, era um pouco tarde para isso.
Logicamente não repetiu por que quis. Ninguém repete porque quer. Ela sabia a matéria, afinal, que matéria não sabia? Mione era a melhor aluna da sua turma, a que mais prestava atenção nas aulas e quem mais conseguia pontos parar a sua casa. Então, afinal, o quê saiu errado? Relembrando o dia do teste, ela soube...
"Era quinta-feira, dia do exame de Defesa Contra Arte das Trevas. Mione acordou de manhã, com o mesmo nervosismo com o qual acordava desde que os N.O.M.s haviam começado. Não quis esperar Rony e Harry para o café, apenas desceu antes que a maioria dos quinto-anistas da grifinória acordassem, na esperança de que enquanto tomasse o café, pudesse reler suas anotações do terceiro ano, o único que tivera aulas e professor descentes de DCAT.
E assim ela fez. Nem ao menos percebeu quando Rony sentou-se ao seu lado, e Harry a sua frente.
- Sabe, -Rony começa, fazendo com que, assim, Hermione note sua presença.- Não adianta querer estudar alguma coisa agora. Se você sabe, você sabe, se não sabe...
- Eu sei. Só estou verificando algumas coisas.-Respondeu sem nem se dar o trabalho de olhá-lo e continuando a ler suas anotações.
- Bom, realmente se a Mione não souber algo, aí eu acho que é uma coisa que todos nós deveríamos nos preocupar.- Harry diz servindo-se de algumas torradas.
Depois do café, ficaram aguardando no Salão de Entrada como todos os outros dias. Hermione ainda lendo suas anotações, e Rony e Harry ocupados com seu próprio nervosismo. Assim que a porta do salão se abriu, eles foram chamados turma por turma, igualzinho os dias anteriores. Professora Umbridge estava esperando por eles, sentada na mesa dos professores, e olhando para todos.
-Muito bem, acho que todos vocês devem saber as regras, não é mesmo? O que se pode, e o que não se pode fazer, então podem começar.- E ao terminar, ela virou a ampulheta que estava em cima da mesa.
Hermione virou a folha de prova, um pouco mais confiante agora. Esse era um terreno que ela conhecia e se dava muito bem, a escrita.
E assim foi todo o tempo da prova, sua pena corria rapidamente pela folha de questões, escrevendo tudo que podia lembrar sobre cada um dos assuntos perguntados, se esquecendo de tudo a sua volta. Só parou quando o exame terminou. Pegou, então, as suas coisas, e caminhou para a porta, ainda olhando e revisando o que havia escrito na prova. Não se atreveu a comentar uma só linha sobre o teste, já que Rony não fora muito "gentil" ao repreendê-la depois da prova de Feitiços.
Não se preocupou em saber onde os amigos estavam, mesmo porque quando chegou a porta, Anna Abbott a parou para tirar dúvida em uma questão, e Hermione ficou muito feliz por ter com quem comentar a prova.
Durante o almoço, Hermione não tirou os olhos das suas anotações, causando resmungos indignados de Rony, que não agüentava mais ver aquilo, sem ficar nervoso.
Logo após o almoço, quando se dirigiram para a Câmara onde aguardavam serem chamados, que tudo aconteceu.
Rony não agüentava mais ver Hermione, dia após dia, enfiar o rosto naquelas anotações e só sair quando os exames acabavam, no final do dia. A verdade era que isso o deixava além de muito nervoso, inseguro, como se tudo que havia estudado não fosse o suficiente.
- Você realmente acha que isso que você está fazendo a ajuda em alguma coisa?-Rony soltou a frase com a voz carregada de raiva. Mione nem se deu ao trabalho de responder, fingindo não ouvir. - Afinal, por que você estuda tanto? Outro dia mesmo disse que Auror não parecia ser uma boa profissão.
- Eu não disse que Auror não era uma boa profissão. Eu apenas disse que não era a única profissão.- Hermione finalmente resolveu responder.
- Então você quer ser Auror?
- Não sei. Talvez, quem sabe...?-respondeu, voltando sua atenção às anotações.
- Você não se daria bem como Auror. - Rony comentou casualmente.
- Ah! E você daria? - Hermione começou a se irritar com a conversa.
- Bom, mais que você com certeza. Além disso, você está mais para bibliotecária, do que para Auror. Para ser um, não basta só ler Mione, tem que saber agir.
- Está querendo dizer que eu não sou boa quando sai do livro para a prática?- Hermione pergunta, abaixando as anotações, com uma cara bem indignada.
- Não. Mas acho que deve saber muito bem que não se pode ser boa em tudo. Afinal, você não é melhor que o Harry em Defesa Contra Artes das Trevas. Se fosse, seria a professora na Armada de Dumbledore, e não ele. Então por mais que leia essas anotações milhares de vezes, ainda assim, não vai adiantar nada.
Hermione abriu a boca para retrucar e só não o fez porque Harry falou antes.
-Será que vocês dois têm que discutir até antes de um exame? Pelo amor de Deus, parem com isso.-Terminando se levantou e se sentou longe deles."
Nenhuma outra palavra foi dita entre os dois. Mione nunca fazia isso, mas talvez fosse a pressão e o modo como Rony havia dito aquelas palavras que a fizeram parar para pensar nelas. Realmente ela nunca fora melhor que Harry em Defesa Contra Arte das Trevas, e nem ela sabia dizer o porquê. Mas isso não significava que ela não poderia, também, ser boa nisso. E bem, ela era boa, na prática, em muitas outras matérias como Transfiguração e Feitiços. Mas Transfiguração e Feitiços, não eram Defesa Contra as Artes das Trevas, e nisso, realmente ela não era tão boa na prática quanto na teoria. Tudo bem que isso não significava que ela não poderia ser uma boa Auror, porém, de repente ela ficou insegura, muito insegura.
E foi aí, que tudo deu errado. Quando chamaram seu nome, ela já não estava mais segura que sabia tudo que sabia, e que poderia se dar muito bem nesse exame. E quando o examinador pediu um contra feitiço de nível médio, ela se atrapalhou e acabou executando outro. E o pior, nem havia sido uma execução perfeita, para ao menos compensar o erro! Hermione morreu de raiva e vergonha, quando passou por Umbridge na porta, podia jurar que tinha visto um sorriso de satisfação pelo erro em seus lábios.
Sua situação não melhorou durante o jantar. Harry resolveu contar o que havia acontecido no exame dele, e ela só se sentiu pior. Não teve coragem de contar aos amigos como havia sido seu exame. Tudo que se lembrava era de ter ido dormir desejando que um milagre acontecesse, e hoje viu que ele não havia acontecido.
Saiu de seus devaneios ao escutar barulhos no andar de baixo. Seu pai havia chegado.
Quando Hermione voltava pra casa nas férias de verão ou no feriado de Natal, seus pais se revezavam no consultório. Cada dia um chegava mais cedo a fim de poder passar mais tempo com a filha. E hoje era o dia do Pai de Mione, Richard Granger.
-Hey! Onde está minha coelhinha?- entrou perguntando pela filha.
Coelhinha era o apelido de infância que o Sr. Granger havia colocado em Mione. Tudo porque uma vez ela se vestiu de coelhinha e odiou a fantasia. Então, a partir daí, só a chamava assim.
No andar de cima, Hermione limpou algumas poucas lágrimas que haviam caído, por conta dos resultados dos N.O.M.s. Não iria contar aos pais que a carta já tinha chego pelo simples fato de que iria arrumar uma forma de modificar aquele resultado. Como ela ainda não sabia, mas que não iria repetir em uma matéria pelo que Rony disse e porque estava insegura, ah!... Isso ela não ia mesmo.
[hr]
Depois que Richard chegou, Hermione desceu e tentou fazer com que tudo parecesse normal. Porém não teve sucesso, seu pai ficou perguntando, praticamente de cinco em cinco minutos, o que havia acontecido para que estivesse com aquela cara. Não que estivesse com uma expressão péssima, mas seu silêncio dizia muita coisa, afinal, quando ficava com o pai, ela fazia tudo, menos ficar calada. Geralmente, quando eles faziam o jantar, quase sempre tentavam "pratos novos". Isso seria uma invenção deles mesmos ou, as vezes, uma junção de pratos já conhecidos. Era a diversão deles, principalmente quando faziam bastante bagunça na cozinha, aí sim era perfeito.
Mas não hoje. Hoje Mione queria cozinhar algo simples e rápido para poder ficar o maior tempo possível trancada no quarto pensando em um jeito de voltar e consertar o "pequeno acidente de percurso".
Quando Hermione pegou batatas e colocou no fogo, pronta para fazer um purê, que era rápido e simples, ouviu seu pai perguntar:
-Batatas? O que você vai aprontar?
-Nada... vou fazer apenas um purê.-Hermione tentou parecer animada, ou ao menos normal, mas não conseguiu.
-Purê? Purê com o quê?-Richard perguntou estranhando a resposta.
-Com nada. Apenas Purê.
-Ok, Hermione, agora me diga, o que está acontecendo?- Sr. Granger diz largando uma colher de pau que estava segurando em cima do balcão e mirando a filha preocupado.
-Não está acontecendo nada papai... eu apenas pensei em fazer um purê normal.
-Você saiu de casa hoje? Foi visitar alguma antiga colega?- Richard perguntou levantando uma sobrancelha.
Ela sabia do que seu pai estava falando. Mione nunca fora uma menina que tivesse muitas amigas. Quando era pequena, brincava sempre com uma prima que havia se mudado para a América. As meninas da escola, nunca foram, vamos dizer assim... receptivas com ela, e Mione nunca fez muita questão da amizade delas. Quando entrou em Hogwarts, apenas sumiu do mapa, e ninguém da vizinhança fez muita questão de saber onde ela estava estudando. Não que seu bairro não tivesse vizinhas fofoqueiras, mas é que os Granger nunca deram importância para isso, alegando que tinham mais o que fazer, e as vizinhas não tinham muito para falar deles, afinal, se havia uma família discreta naquele bairro, com certeza seriam os Granger.
-Papai, o senhor sabe muito bem que eu não tenho amigas aqui no bairro. E não sei porque está tão preocupado, eu não tenho nada, só estou desanimada. Sabe de vez em quando pode acontecer...-Mione responde descascando as batatas e espremendo-as.
-Tudo bem Mione, se você não quer falar, eu espero até que esteja pronta.-Sr. Granger fala voltando a sua tarefa de fazer o jantar.
E foi assim durante todo o tempo em que eles ficaram cozinhando. Quando Meg chegou do consultório, Hermione enfrentou mais uma bateria de perguntas. Tudo começou quando a Sra. Granger sentou-se à mesa do jantar.
-Hum... purê de batatas, rosbife e salada de cenoura?- Meg ia falando o que tinha na mesa e a cada prato, sua voz se tornava mais estranha.- O que aconteceu? Nada de pratos exóticos e diferentes? Um jantar normal?
-Hermione não estava com vontade de inventar nada hoje.- Sr. Granger responde simplesmente.
-Hermione, querida, o que aconteceu?-Meg pergunta preocupada.
-Não aconteceu nada!-Hermione responde exasperada.- Será que uma vez na vida, uma vezinha só, eu não posso estar desanimada, sem vontade para inventar nada? Isso é motivo para ter alguma coisa errada?
-Não, claro que não.-Meg responde depressa.-Mas você e seu pai adoram inventar pratos novos...-E termina com a voz um tanto desapontada pela "explosão" repentina da filha.
-Desculpe mamãe. Eu apenas estou querendo ficar quietinha hoje. Não aconteceu nada, não se preocupe.-Mione termina dando um sorriso de desculpas para a mãe.
Os Granger tiveram um jantar bem silencioso àquela noite. Ao final, a Sr. Granger foi lavar os pratos e Mione se despediu dos pais, dizendo que iria dormir mais cedo, outra coisa que causou estranheza em seus pais. Quando estava em casa, Mione adorava assistir o noticiário trouxa, para se atualizar sobre o que estava acontecendo no mundo onde nasceu.
Assim que adentrou o quarto, Hermione se jogou em sua cama, dando um suspiro cansado. Se sentia péssima em esconder isso de seus pais. Não que eles fossem ficar bravos, ou desapontados, eles sabiam que Mione era uma excelente aluna, afinal era o que diziam a maioria das cartas que recebiam de Hogwarts. "Hermione é a melhor aluna", "Hermione conseguiu a maior média de seu ano, dentre todas as casas", "Hermione é monitora chefe, devido ao seu excelente desempenho..." bla bla bla. Ela sabia que eles entenderiam, e não falariam nada, muito pelo contrário, lhe dariam parabéns pelos N.O.M.s conseguidos. Mas Mione apenas não aceitava a idéia de ter repetido por um motivo tão idiota.
Ela, então, se levantou, e foi até sua prateleira de livros. Logicamente não estavam todos lá. Muitos estavam no escritório de seus pais, num armário feito exclusivamente para guardar seus livros de bruxaria, afinal, ela havia repetido mais de uma vez que seus livros não poderiam ficar onde qualquer um pudesse ver. Porém os "mais importantes" ficavam em seu quarto, porquê, bem, era preciso autorização para entrar em seu quarto.
Parou na frente de sua prateleira, pensando. Não havia como modificar aquela nota. Quer dizer, não falsificando aquele comunicado que havia recebido, pois a nota original não poderia ser alterada. Com certeza os pergaminhos tinham proteções, e para fazer algo que ninguém notasse, teria que usar uma magia muito forte, e sem a formação de Hogwarts completa, ainda mais de férias, isso seria impossível, o ministério mandaria uma chuva de cartas. Seria expulsa com certeza.
Isso descartava quase todas as opções, menos uma, Poções. O que ajudaria bastante no seu trabalho de pesquisa.
Foi até a parte onde estavam seus livros sobre poções, e levou todos para sua cama, começando a pesquisa. Quando estava no quinto livro, As Grandes Poções dos Últimos Séculos, achou o que procurava. Poção Pagliban.
Era uma poção muito antiga e, pelo que pode ver nos ingredientes e modo de preparo, dificílima. Hermione continuou pesquisando. Talvez achasse uma mais fácil, mas não achou.
A Poção Pagbliban era praticamente perfeita para o que Mione queria. Com ela, poderia voltar no tempo exatamente um ano. Só não sabia se ela voltaria com a memória atual, mas isso era o de menos. Se estivesse em Hogwarts, poderia pesquisar mais sobre essa poção, mas estando em casa, suas fontes não eram tantas. E ela não tinha tempo para isso, tentaria tudo que pudesse.
E foi pensando exatamente nisso que desceu as escadas, rumo a sala de TV da sua casa, na esperança de pegar seus pais acordados. Deu sorte.
-Pai, mãe, -Mione começou.- tem como vocês me levarem à Londres amanhã? No Beco Diagonal?
-Claro que sim querida, mas achei que você fosse querer comprar seu material com seus amigos, como sempre fez no final das férias.- Sra. Granger diz com uma voz suave.
-Sim mamãe, eu vou com eles, é que amanhã, eu queria...-Hermione hesitou um momento, afinal, ficou tão empolgada por ter achado uma solução para seu problema que nem pensou numa desculpa plausível para seus pais.-Amanhã eu quero comprar livros. Anda meio tedioso desde que nós voltamos da Alemanha, e eu queria comprar alguns livros, sabe.-Ela termina com um sorriso sem graça.-Se não tiver problemas eu comprar livros.
-Claro que não coelhinha.-Sr. Granger fala divertido.-Nós nos acostumamos a ter um gênio em casa sabe.- Termina piscando marotamente para ela.-Mas você terá que acordar cedo e sair junto conosco. Então terá que passar a manhã por lá, e só no almoço eu posso te trazer pra casa... Ou você pode pegar o metrô e esperar por nós no consultório.
-Não, eu passo a manhã toda lá papai, eu prefiro.-Hermione diz dando um sorriso, mas já calculando que achar todos os ingredientes da poção, seria bem cansativo. Tinha certeza que alguns deles, só encontraria na Travessa do Tranco.
-Tudo bem, esteja pronta as 7 então.-Ele diz, voltando sua atenção à televisão.
-Ok, pode deixar.-E sai da sala correndo, feliz da vida.
Quando entrou no quarto, seu coração estava bem mais leve. Seu problema estava sendo resolvido aos poucos, e agora só faltava saber onde faria a poção.
Começou a andar de um lado para o outro no quarto, pensando. Seu quarto estava fora de cogitação, faria uma sujeira muito grande, sem contar que ela não sabia se a poção era mal cheirosa. Ela tinha que achar um lugar, onde pudesse ficar tranqüila.
Sentou-se na cadeira de sua escrivaninha e olhou pela janela. Foi como se tivesse aparecido um pote cheio de ouro em sua frente. De repente mais um problema havia sido resolvido, a casa na árvore.
Richard Granger havia construído uma casa na árvore para a filha quando percebeu que as crianças do bairro eram um tanto quanto hostis com ela. E foi lá que Mione passou a maior parte da infância, brincando com a prima. Lá dormiam muitas vezes, e aquele lugar era perfeito. Aos poucos, as peças iam se encaixando e seu problema sendo resolvido.
[hr]
Mione acordou muito antes de seus pais. Havia ido dormir tarde na noite anterior, mas estava muito empolgada com o "plano" que havia armado. Estava tão feliz, que desceu e até preparou o café para os pais. Depois, eles seguiram para Londres. Os Granger moravam no subúrbio da Inglaterra, num bairro um tanto "chique", de classe média alta.
Eles deixaram Mione no Beco Diagonal, e ela passou a manhã atrás dos ingredientes da poção. Não foi fácil, pois teve que percorrer quase toda a Travessa do Tranco procurando dois ingredientes, cujo os quais,faziam os vendedores olharem-na com um certo medo quando ela pedia, e faziam muitas perguntas para saber a finalidade de seus "produtos". O resto da manhã ela passou na Floreios e Borrões, procurando algum livro, sobre poção, lógico. Afinal, havia ido lá para isso, não?
No almoço, Mione, inocentemente soltou a pergunta.
-Vocês se importam se eu passar o resto do dia e da noite na casa da árvore?
O Sr.Granger olhou-a de forma estranha e disse:
-Por que?
-É que eu fiquei com saudades, sabe? De quando eu e Susan ficávamos lá dias inteiros... até pensei em dormir lá... Aproveito e leio os livros que comprei..-Mione fez a cara mais inocente que conseguiu ao falar isso.
-Coelhinha, você vai fazer 16 anos. Não acha que está velha demais para "brincar" na casa da árvore? Vai levar as bonecas, para matar as saudades?- Richard diz matreiro.
-Não papai.-Mione diz virando os olhos.- Eu só queria ficar lá um pouco.
-Deixe de ser implicante Richard.-Meg ralhou com o marido.-Claro que pode meu amor, amanhã, antes de sairmos parar trabalhar, passamos lá para acordar você.- Termina com um sorriso doce.
-Tudo bem, obrigada.-E ela se levanta da mesa, dá um beijo nos pais e corre para seu quarto para preparar tudo.
Logo depois da saída de deus pais, Mione pegou todos os ingredientes que precisaria, mais os livros, e correu até a casa da árvore. Era tanta coisa, que teve que fazer duas viagens, uma vez que iria dormir por lá também.
Assim que estava tudo pronto, começou. Uma tarefa um tanto quanto cansativa, afinal a poção exigia fogo alto e baixo em determinados momentos. Em outros, até exigia resfriamento repentino, coisa que, sem magia foi feito com todos os gelos que achou no congelador. Depois fogo alto, e fogo médio, sem contar que os ingredientes tinham que ser adicionados em tempos certos, tinha que mexer a poção um determinado número de vezes no sentido horário, depois no anti-horário, e até troca de colher teve. No final da tarde, Hermione achou que estava muito mais que cansada.
Quando sua mãe chegou do consultório, ela deu Graças a Deus que não foi chamada para ajudar a fazer o jantar, apenas quando estava pronto. Ela olhou no relógio e viu que tinha exatamente 10 minutos para comer e voltar parar terminar outra etapa da poção.
Praticamente engoliu o jantar, e quando seus pais perguntaram o por quê da pressa, deu uma desculpa qualquer, dizendo que queria voltar logo pra terminar de ler o livro que havia comprado, pois era muito interessante.
Horas depois que seus pais apareceram para desejar boa noite, foi que a poção finalmente ficou pronta. Não tinha uma cara muito legal, e o cheiro era um dos piores. Lembrava o Trasgo que haviam enfrentado no primeiro ano.
Ela olhou mais uma vez aquele líquido viscoso e mal cheiroso, e hesitou em tomar a poção. E se não desse certo? Bom, era a única saída que tinha. De repente se pegou amaldiçoando Harry e Rony. Com certeza se não tivesse conhecido os dois Grifinórios, não estaria fazendo loucuras agora.
Com uma última olhada no copo, respirando fundo e fechando os olhos e tapando o nariz, ela tomou a poção toda de uma vez. Esperava sentir dores horríveis, mas nada aconteceu, nada. A única coisa era sono. De repente ficou com muito, muito sono, e se deitou no chão da casa. Em poucos minutos, havia caído num sono profundo.
Continua -
N/A3:
Então esse foi o primeiro capítulo. -Eu ia publicar o primeiro e o segundo logo de vez, mas achei melhor dar um tempo pra Billie, afinal, ela está corrigindo o capitulo 17 de Luz e Sombra, e ele saiu maior do que eu imaginei...(maior memso tem 22 páginas) Então assim que ela terminar, e tiver tempo, eu publico o cap 2 para vcs. :DN/a4
: Por favor, deixem reviews -