Naruto e seus personagens não me pertencem, se não notaram, não estou enriquecendo, também não me responsabilizaria jamais por personagens como Danzou e Orochimaru, minha mente jamais faria vilães tão feios!

Fic Yaoi, by Li Morgan (lê-se: LEMON)! Não, curte, não leia!

É KakaNaru, e me reservo ao direito de usar minha liberdade não remunerada para fazer dessa fic o que eu quiser, se você concorda com meu conceito, ou simplesmente gostaria de aproveitar alguns minutos em uma mente perturbada, enjoy!

Linha do Tempo

Prefácio

Olhou Konoha de sua sala, a sala do Hokage. A vila dormia em paz, uma paz que se estendia pelos portões e iam aos limites de Fogo e de lá ao mundo. Não uma falsa paz, não uma pequena aliança, não um tratado, mas paz. Tinha realizado suas promessas, tinha realizado seus sonhos, mas tinha com quem partilhar.

Uchiha Sasuke estava na vila, enterrado nela, tivera que matá-lo, não havia mais salvação para Sasuke, não havia mais Sasuke dentro do Uchiha enlouquecido de ódio e dor. Era Sasuke ou o resto de seus amigos, era Sasuke ou Konohamaru, a escolha fora obvia. Por cortesia, enterrara Sakura ao lado do Uchiha, já que ela o amara por todos os dias de sua tola vida e jamais deixara de responsabilizá-lo pela fuga de Sasuke e por sua morte.

Não sentira a morte de Sakura, estranhamente, não sentira absolutamente nada com a notícia da morte de sua antiga companheira de time, mas ficara desolado com a notícia da morte de Aburame Shino, na mesma missão.

E ele chorara por todos eles, por Kiba e Chouji, que forma os primeiros, logo no início do governo de Danzou. Ino e Hinata, que morreram no mesmo mês. Lee, que morrera protegendo Tenten e Neji, e os dois, que morreram logo depois de seu colega e amigo.

Chorara por Gai, mesmo que soubesse que o jounin estava morto, sem qualquer juventude ou fogo desde que haviam matado seus amados alunos. Sofrera por Iruka, por Izumo e Kotatsu. Ibiki, Anko, Konohamaru, Shizune e tantos outros. Fora aos funerais de todos eles e então perdera Shikamaru, e na guerra pelo governo, quando Tsunade finalmente acordara, perdera sua oba-chan e matara Danzou.

Quando Madara finalmente viera, perdera seu amante e único amor, seu Kakashi, mas vencera e começara os planos de paz. Tendo somente Sai ao seu lado, e até mesmo ele lhe fora tirado antes que matasse o Raikage e firmasse a paz com o irmão dele, o jinchuuriki no Hachibi, Kira.

Konan havia seguido seus companheiros amados, perdera a vida defendendo Ame e levando consigo Zetsu e Kisame. Quando a paz que Nagato e o ero-sennin lhe legaram estava pronta, quando os povos podiam finalmente parar de temer, Uzumaki Naruto só tinha um amigo: Sabaku no Gaara.

Até mesmo Kankuro e Temari tinham morrido naquele processo, tantos sacrifícios, tantas perdas, tantas mortes.

O povo simples podia gozar a paz, os shinobis também, mas Naruto não podia. Jamais tivera paz, e jamais a teria a menos que tivesse suas pessoas preciosas para aproveitar aquilo com ele. E nem mesmo a morte poderia lhe trazer conforto, com o fim da simbiose e com as partes fragmentadas dos poderes legados a ele, a morte não era uma opção viável. Naruto jamais invejou tanto a frágil condição humana, que uma kunai em seus pulsos poderia virar a delicada balança da vida para a morte.

Foi em meio às idéias de morte que se tornou mestre de selos, e foi entorno as idéias de se matar que encontrou os primeiros relatos e um plano insano e temerário começou a se formar. Excitado com essa possibilidade, ele escondeu seus planos de todos, solidificando e tirando de suas costas os encargos daquela paz, tornando-a tão sólida que sua vida ou morte, presença ou ausência não iria afetá-la em nada. Não tinha quem o lamentasse ali e se desse certo, ninguém teria absolutamente nada a lamentar.

Quando o plano se tornou claro, quando poderia fazer os selos com perfeição até dormindo, ele começou o outro extenuante processo, recuperando toda a informação que podia, cavoucando de todas as fontes que podia, criando intricados dossiês repletos de todas as informações possíveis, criando uma linha cronológica, uma linha do tempo.

Só haveria uma oportunidade, e Kyuubi lhe dissera que seu limite era vinte anos, não poderia perder mais muito tempo e teria menos de seis meses até o momento em que duas existências suas estivessem na mesma linha de espaço e tempo.

Foi então que informou Gaara sobre seus planos, recebendo do ruivo todo o incentivo que precisava, eram iguais, Gaara também deveria querer ter os seus de volta, mas Naruto era a única pessoa com chakra pessoal e ainda o praticamente ilimitado de uma bijuu a dispor, e desesperado demais para tentar essa loucura.

Quando tudo estava pronto, ele fez uma mochila simples, com saco de dormir, muitas armas, os dossiês, um kimono longo, uma yukata curta, toalha, e os pergaminhos com selos de sangue para aqueles que tinha que agradecer, assim como um pergaminho contendo todas as suas mais amadas possessões, o boneco que sua mãe fizera para ele, uma foto do time sete, uma dele com Iruka, uma dele com seus amigos, quando ainda eram os Doze Novatos, um desenho de Sai, onde os dois estavam abraçados. O colar de Tsunade estava em seu pescoço, onde sempre estaria, em sua vida ou morte, era o último herdeiro daquele legado de vida e morte.

Vestido com a roupa Anbu que o fizera aprender a sujar as mãos com sangue, com a máscara que ele recebera e que o fizera um alvo visível e ainda mais letal, ele fez os selos necessários. Em busca de redenção, em busca da paz, fora de sua Linha do Tempo.