Título: O Piano
Personagens: Elio/Oliver
Autores: Mel Arwen
Gênero: Romance
Classificação: Conteúdo adulto
Resumo: Em NY, na presença de um piano, tudo se completa.
Comentários: Escrita a partir da maravilhosa imaginação de uma participante do grupo Call Me By Your Name.
Atenção: Os personagens não são meus e os uso para diversão.
Nota: Em uma realidade alternativa da do livro, em que Oliver e Elio são artistas.
Data: 05/04/2018
Feliz por estar ali novamente. Pegou suas chaves e escolheu uma. Colocou na fechadura, rodou e a porta se abriu. O som do piano preenchia o ambiente. Parecia que ali era o lugar certo para estar.
A claridade, que vinha das janelas, meio alaranjada pelo fim da tarde, iluminava o piano e refletia nas mãos pálidas que dedilhavam as teclas amareladas. A silhueta esguia tão conhecida: agora com os cabelos mais compridos, mas ainda brilhantes. O rosto virou na direção do recém chegado e o sorriso iluminou sua face e olhos.
Oliver estava em casa!
Ele avançou pela sala, tirou os sapatos e sentiu o piso amadeirado sob seus pés. Ele sabia que Elio não gostava do barulho que ele fazia ao andar. Oliver, então, jogou o paletó na cadeira, tirou a gravata, desabotoou o colarinho e pegou um wisky. Aproximou-se do outro e passou o dorso da mão pelo rosto e sentiu áspero. Seus olhos se encontram e o sorriso nos lábios de ambos foi inevitável.
Oliver falou da viagem e do novo filme. Revelou que ficou realmente puto com algumas exigências do Diretor ou com a desorganização da produção. "Anyway!", falou, ainda olhando Elio dedilhar o piano e sorrir de suas estórias.
Elio sentiu que ele estava querendo ouvir um pouco sobre sua vida e também falou do seu novo trabalho, do cansaço e, de repente, a música parou. Acendeu um cigarro e o cheiro inconfundível invadiu a sala. Oliver esbarrou de propósito nele e começaram a lutar... risos e mais risos...
- You're not sick of me yet?
- You know the answer, Oliver.
Não havia mais diferenças...
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Oliver disse que precisava tomar um banho e voltou enrolado na toalha. Elio ainda estava fumando e ouvindo um raper francês chamado Soprano. Oliver notou que um amontoado de jaqueta e calça tinha aparecido no chão.
Ao piano, um corpo desnudo estava encostado, já descalço, admirando a paisagem brilhante através do painel de janelas. Elio começou a dançar vagarosamente. Oliver se juntou a ele e sussurrou um "Elio" languidamente . O rapaz girou o corpo e começou a dançar sensualmente, ainda encostado a Oliver.
Quando a música acabou, Elio levou aos lábios o mesmo copo com wisky do outro. Sem deixar de encarar, após sorver o líquido, mordeu seu lábio, que logo ficou rubro: era o convite para o beijo!
Oliver o beijou rapidamente. Era um beijo urgente, cheio de saudades. E que saudade! Suas mãos trouxeram o corpo de Elio mais pra perto do seu e sentiu o calor. A toalha caiu aos seus pés milagrosamente e duas mãos tocaram seu traseiro. Ele se concentrou no cheiro do pescoço do rapaz, enquanto suas mãos invadiram os cabelos.
Trôpegos, chegaram ao sofá que estava esquecido no canto da sala. E sem se deixarem, se acomodaram. Sem conseguir coordenar seus pensamentos nem seus desejos, Oliver viajava, com os lábios, por aquele corpo que tanto desejava e sentia falta. E, após explorar cada pedacinho de Elio, chegou aos seus pés. Adorava aqueles pés: beijou demoradamente cada um deles, sob o olhar de luxúria do dono.
E depois de se explorarem mutuamente, o som que se ouvia agora era o de gemidos e de corpos se movimentando...
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Elio estava em seus braços. Seus corpos se completavam. Ele dormia calmamente. Oliver o olhou e teve a certeza que aquela era a vida que sempre desejou.
Fim
3
