N.A.: Isso é como uma ponte entre o primeiro filme dos Avengers e o 2, que ainda nem saiu e eu nem sei a história, mas é que assisti Thor 2, aí a ideia acabou se forçando dentro da minha mente. Sorry, Cora, se você vai querer minha cabeça com esse presente, mas quando vi que aceitava O.C. com Loki, eu precisava experimentar.
Não é digno seu MESMO, sei disso, mas eu precisava experimentar algo que você gosta tanto e entender isso. Espero que goste pelo menos um pouquinho.
Sem betagem, sorry!
Boa leitura!
Pain
por Fla Doomsday
para Cora Coralina
I.
O mundo começara a acabar, e lá estavam os heróis. Lá estava aquela mulher com um macacão preto colado ao corpo, lá estava o homem com a armadura de ferro, o gigante verde, o homem com o macacão azul, o homem com o arco e o homem enorme com o martelo. E então, lá estava ele, o vilão. O vilão que era louco ao sorrir pelo que fazia, eu não sabia seu nome, nem mesmo sabia o nome dos heróis, mas ele poderia ser um Deus pelo que eu sabia e pelo poder de destruição dele. O Deus da Destruição.
O jornal dizia que havia acabado, que a ameaça se fora e agora os heróis eram procurados, como se fossem vilões, como se fossem criminosos. Então, o Deus da Destruição havia sido pego, eles o haviam eliminado. Olhei pela janela e vi que ainda refaziam parte da cidade, a parte que eles haviam destruído, matando muitos. Respirei fundo e soltei o jornal, estremecendo quando o prédio todo tremeu. Eu morava há 5 quilômetros de onde eles haviam lutado, mas eu os vira passando, eu os vira correndo e destruindo tudo mais a frente. E eu o vira. Eu vira o Deus da Destruição. E agora ele habitava meus sonhos com seu sorriso maligno e seu modo perverso de ser um ser superior. Eu temia. Eu temia demais o que ele me fazia em meus sonhos. Eu temia pela Terra e temia por todos nós. Mas mais temia mesmo por mim, por voltar a cair em seus olhos verdes e por deixar que o sorriso do Deus da Destruição me levasse a ruína.
Eu ouvira rumores por entre os outros enfermeiros do hospital que eles estavam de volta, que aquelas criaturas estavam novamente por entre nós, e que agora elas estavam maiores, mais fortes, mas que eram comandadas por outro vilão. O Deus da Destruição não era o vilão que viria nos dizimar; não, era outro vilão, outro algoz. Dessa vez era outro monstro.
Me apoiei contra a base da estátua do centro, já não haviam tantas pessoas nas ruas. Já não haviam tantos pontos onde se pudesse estar seguro, apenas pontos onde ter a certeza de que poderia passar e desaparecer outra vez dentro de nossas casas. Respirei fundo, inalando o cheiro do vento, da quase noite fria que chegava. Olhei ao redor. E então vi. Vi como se fosse passando em câmera lenta, um pequeno grupo de cinco pessoas. A mulher de cabelos vermelhos, o homem de uniforme azul, um outro mais velho de óculos e rosto contrariado, o alto loiro de cabelos longos com o martelo na mão e ele.
Meu coração saltou duas vezes quase parando. O vilão, o Deus da Destruição estava ali, o Deus assombroso de meus sonhos, com seus olhos claros e sorriso maléfico estava entre os heróis. Eles mantinham certa distância dele, mas ele não parecia se importar. Ele parecia alheio, olhando ao redor, observando tudo que se movia. Seu traje era verde e dourado, os cabelos longos e o corpo esguio, como eu me lembrava.
Estremecei, e então a bolsa em meu ombro deslizou e caiu no chão de pedra. O barulho fora abafado, mas o movimento chamou a atenção de todos os presentes, e agora haviam cinco pares de olhos em mim. Peguei a bolsa rapidamente, os olhos colados nele. Não conseguia desviar, não conseguia não tremer, sentindo os pulmões protestarem por não conseguir respirar. Abriu a boca e ele deu um passo em minha direção, os olhos sérios, assim como o rosto e a postura. Vira como ele andou apenas alguns passos, e então o alto loiro o chamou, sua voz alta o suficiente para que eu escutasse:
"Loki."
Loki. Seu nome reverbou em minha mente com força, gravando como a brasa. Ele tinha interrompido a caminhada até mim, mas ainda estava com o corpo virado naquela direção, me observando. Vi o alto loiro me observar, e então começar a caminhar em minha direção. Tentei me mover, sair andando, correndo, o que fosse, mas não conseguia. Estava paralisada até que o homem estava próximo, não sorria, mas me olhava com interesse.
"Não é seguro para você aqui fora essa hora, precisa ir para sua casa."
Engoli em seco. O homem era gigante e parecia que poderia matar qualquer coisa apenas com as mãos. Olhei ao lado dele, vendo Loki a distância. Estremeci novamente e vi o loiro olhar para trás, para onde eu olhava. Quando os olhos azuis do loiro retornaram, ele parecia verdadeiramente preocupado.
"Melhor que vá agora."
Engoli em seco, prendendo a bolsa com força no corpo e começando a andar de costas, e então me virei, seguindo o caminho que saia do parque quase escuro pela hora. Loki. O nome nunca mais sairia de minha mente. Seria um nome para lembrar enquanto sonhava, um nome para lembrar enquanto gritava de dor, e chorava em meus sonhos. Um nome para lembrar quando gemesse de prazer e temesse os olhos claros e sorriso maléfico de meus sonhos. O nome do Deus da Destruição.
Eu tremia da cabeça aos pés e agradecia estar sentada no chão do banheiro. Tinha levantado correndo, me jogando de joelhos em frente ao vaso e devolvendo tudo que havia comido no almoço e na janta.
Loki.
Eu nunca mais esqueceria esse nome, ele nunca mais sairia da minha mente.
"Anne, você é meramente e simplesmente uma humana." Ele dizia em meus sonhos, mas ainda assim conseguia sentir o toque de suas mãos em minhas coxas, separando-as com força, os gritos de dor e medo ao fundo, alguém sofrendo, alguém morrendo, explosões e respingos de algo que eu não queria ver o que era.
Loki era um Deus, ocupando meus sonhos de forma regular, exigindo minha atenção, querendo ser ele apenas em minha mente. E meu sub-consciente deixava. Deixava que ele se apoderasse de minha mente e meu corpo. Respirei fundo enquanto estremecia de novo. Meus olhos cravados nos dele, enquanto ele me deitava em minha própria cama, entrava em meu corpo com força, usava uma adaga para que eu não me movesse nem mesmo um centímetro.
Deus, ele parecia estar ali agora mesmo. Ele parecia estar dentro do quarto comigo e John. Oh Deus, Jonh. Olhei para a cama e vi meu marido dormindo, um sono pesado. Respirei fundo novamente, meus olhos observando como ele dormia tranquilamente, enquanto eu ao seu lado sonhava em ser possuída à força pelo Deus que havia destruído parte de minha cidade Natal.
Fechei as pernas com força, fechando os olhos e apertando as mãos nos cabelos. Meu Deus, eu precisava tirar esse homem de minha cabeça. Ele era um vilão, e vilões sempre morrem no final, certo? Com ele não seria diferente. Eu leria no jornal qualquer dia que ele estaria morto, e então, aquilo acabaria. Eu poderia voltar para minha vida, para minha rotina. Respirei fundo e me levantei, ignorando a terrível dor que espalhava-se por minha coxa, exatamente onde eu sabia que haveria uma mordida, roxa, avermelhada, com marcas de dente que se exibiam no sorriso maldoso que ele me dava enquanto me beijava, mordia e sugava.
Segurei a beira da pia olhando meus olhos no reflexo do espelho com apenas duas luzes da pia acessa. Estava pálida, meus cabelos caiam em ondas negras pelos meus ombros e costas e então… Oh meu Deus, ele estava ali. Meu corpo inteiro reagiu, minha respiração travou, minha mente gritou em pânico, meus olhos travaram em seu corpo magro e alto e meu desejo… Meu Deus, meu desejo gritava : Loki, Loki, Loki. Como eu poderia fazer isso? Como meu corpo poderia me trair desse jeito?
"Anne?"
Virei meu rosto para Jonh na cama e voltei ao espelho, vendo que Loki não estava ali, mas a sensação em minha coxa aumentava. Ainda sem respirar normalmente afastei o elástico do moletom de minha pele na cintura, olhando para dentro da calça. Então, pela meia luz eu vi, duas pequenas gotas escorriam de uma mordida em minha coxa esquerda na parte interna. Meu Deus, como isso acontecera?
Todo meu corpo tremia. Todo meu corpo parecia que entraria em combustão, que explodiria e sabia que não era real. Aquilo não era real em nenhum momento. Os olhos claro deles desciam e subiam por meu corpo, a pele clara e fria dele era algo que eu não podia suportar, e mesmo assim meu corpo parecia clamar pelo dele. Por Deus, Anne, não… mas então ele falava, a voz baixa, arrastada e divertida; um divertimento perverso, apenas para ele.
"Uma humana tão… diferente." E os longos dedos dele corriam minhas coxas, apertando-as, seguindo para entre minhas pernas, mas pulando aquele lugar, seguindo para minhas barriga, subindo rápido para meus seios, apertando-os com força. "Um sonho tão vívido, não acha, cara mortal?"
Estremeci. Ele me mataria. Se não fosse de desejo, seria de desespero. Olhei seus olhos verdes, a voz insana, baixa, sedenta. As mãos dele continuaram apertando meus seios, machucando-os. Cada pequena vez que ele respirava dentro do quarto, eu me sacudia de desejo, de medo, de pânico e ardendo. Meu Deus, o que eu estava fazendo? Eu era casada, eu tinha uma vida tranquila, eu era apenas mais uma na multidão, apenas mais uma… mortal. O que eu tinha que lhe fazia ir até mim?
Ele sorriu. Um sorriso cruel, um sorriso que deveria ter reservado apenas as coisas que ele destruía. Uma das mãos desceu, devagar, arrastando-se por minha pele, deixando um rastro quente, chegando onde queríamos, e seus dedos deslizaram por mim, vendo o quanto eu o queria, vendo o quanto minha mente estava perdida entre desejo e medo. E ele gostava daquilo. Enquanto seus dedos deslizavam entre minhas pernas, ele olhava-me com diversão, como se ele nunca tivesse visto algo tão interessante.
"Abra-se."
E era uma ordem que meu corpo atendeu prontamente. Minhas pernas se separaram levemente, meus lábios se abrindo devagar, meus olhos atentos ao que ele fazia. E então, sincronizado, como se sempre o fizesse, ele deslizou dois dedos dentro de mim, enquanto encaixava seu longo e fino dedo indicador em minha boca, a ponta pressionada em minha língua. Anne, não, pare! Minha mente entrou em crise. Eu me remexi na cama, balançando e aproveitando. Os dedos dele por entre minhas pernas me fizeram estremecer, eram longos, eram frios e eram experientes, ele sabia o que estava fazendo. E o dedo em minha boca, a carne macia que eu poderia morder, machucar, tinha o gosto dele. Cruel, cheio de promessas, com desejos escondidos e maldade comprovada. Deus, o que eu estava fazendo? Deus, o que eu faria? Deus da Destruição, porque?
