Eu não
criei nenhum dos personagens, só o Lenny, muito menos a história.
Bem que eu queria ser criativa, mas... E não peguem muito pesado, é
minha primeira
fanfic. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Suzananah espere."
O familiar calor da Califórnia não era nada comparado ao corar de minhas bochechas em resposta a essa voz - a qual eu sempre reagiria, apesar de meus inúteis esforços em me manter impassível.
Olhei resignada para minhas sapatilhas – aliás, a melhor idéia que já tive: sapatos lindos, na moda e confortáveis. Sabia que olhar para cima seria meu pior erro, mas se eu estava sendo sincera comigo mesma, o que eu mais queria naquele momento era olhar em seus olhos escuros e sentir meus ossos virarem gelatina.
Mas é claro que isso só pioraria minha situação, então respondi com um suspiro, os olhos ainda no chão:
"O que você quer Jesse?"
Ele obviamente percebeu minha reação, porque quando levantei os olhos ele recuava, com um sorriso triste de desculpas.
"Só achei que... bom, não importa. Até mais."
Voltei a fitar o chão, e os cinco segundos que levei para encontrar uma resposta coerente foram o bastante para perdê-lo de vista, então atravessei os portões da universidade em direção à minha casa, confusa com meus pensamentos, ainda mais confusa com meus sentimentos.
Ao chegar em casa, não consegui botar os pés no primeiro degrau das escadas e minha mãe já chamava por mim, exultante.
"Suzie, querida! Você não vai acreditar quem acabou de ligar!"
"Quem ligou?" Perguntei num tom de puro desinteresse enquanto pegava uma maçã.
"Lenny, é claro! Ele quer que você ligue de volta para decidir a que horas vocês vão jantar. Por falar nisso, estou indo agora mesmo à casa dos Compton para fazer os ajustes finais da festa e o dia da sua última prova de vestido."
Ela falou isso enquanto corria pela cozinha e apanhava chaves e casaco, para logo depois voar porta afora.
Conheço Lenny Compton desde que nasci. Nossas famílias se conhecem há décadas, por isso é mais do que natural que nossa relação evoluísse. Mas isso nunca impediu minha mãe de agir como se ganhasse na loteria cada vez que eu dizia que sairia com ele. E a reação dela só aumentou quando disse que ele me pediu em casamento.
Da cozinha pude ouvir a porta da frente bater, para ser encontrada com um Dunga muito suado. Ele abriu a geladeira, pegou uma caixa de suco de laranja, roubou minha agora meia maçã e subiu as escadas bebendo o suco da caixa, sem ao menos se dar ao trabalho de me cumprimentar.
Mas o mais estranho foi que nesse meio tempo eu mal percebi sua presença ou suas ações, enquanto minha mente se perdia, tentando lembrar como e quando eu decidi ter uma vida com Lenny, ou porque meus olhos se enchiam de lágrimas, minha garganta apertava e meu peito se comprimia ao perceber que o futuro que eu tanto queria, com quem eu queria, estava cada vez mais fora de alcance.
Eu sei como é chato, mas comentem please? É uma ótima forma de recauchutar minha auto-estima.
