Lar

Por um segundo, e por um segundo apenas, as mãos calejadas e os braços cansados viram-se tão dispostos como nunca antes. Sétimo, oitavo, nono, décimo sentido... aquilo que ele sentia agora, a nada se comparava que já teria sentido antes. E o sorriso de Shunrei era tão ameno. Lentamente ela lhe estendeu aquele embrulho de esperança, que ele aceitou, cego, e agora emudecido por um sentimento que nem conhecia até então. Todas as batalhas de outrora perdiam o sentido perto das que estariam por vir. Porque agora Shiryu não lutaria apenas pela humanidade e sua deusa. Não. Ele haveria de se erguer quantas vezes fossem necessárias para acolher novamente aquele corpo frágil que estava em seus braços, dormindo um sono tão doce. Shiryu o guiaria pelos bons caminhos, e Shunrei estaria lá também para auxiliá-los. Aquele lugar desolado agora haveria de se chamar de lar – porque sempre fora um lar, só não era chamado assim. Sob a dúvida ao escolher um bom nome, Shunrei sugeriu "Ryuho". E Shiryu consentiu de bom grado. Talvez não houvesse nome mais adequado*.

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*Segundo minhas pesquisas superficiais "ryuho" pode significar pico (monte) do dragão, ou auge do dragão.

Claro, todo mundo muito bolado com essa coisa de SS Omega, mas a ideia de dar uma continuaidade à série original (mesmo que ela ainda não tenha terminado) é muito válida. Eles só não precisavam mexer na estética original, nem em certos conceitos com os quais já estávamos acostumados. E Syun sem cosmo foi a pior bosta que podiam ter feito. Agora, o fato do Ryuho ser filho do Shiryu e da Shunrei foi muito legal.