RESUMO: Pós episódio 5x01 Eles realmente precisavam de ajuda e a ajuda veio, mas de uma garota de 13 anos que foi praticamente "criada" pela CIA. Desde muito pequena ela viveu em uma base subterrânea, mas se rebelou contra a CIA e estava sozinha, até conhecer as Industrias Carmichael. Ela não conhece seus pais. Será que nós conhecemos?

CAPÍTULO 1

A SEDEM

Eles estão trabalhando sozinhos agora. Espiões autônomos. A CIA não se importou. A CIA os demitiu. E agora a CIA congelou sua conta bancaria. As missões não estão dando muito certo (praticamente por causa do novo Intersect) e, portanto não rendendo lá muita coisa. Mas agora com essa nova missão...

- É a nossa chance de mostrar quem somos, que somos bons espiões – Casey diz. Estão discutindo o que devem fazer. Um cliente havia contado sobre a nova organização que estava agindo em vários países a SEDEM. Ele havia traído a organização e precisava de segurança, coisa que o governo com certeza não lhe daria, ele queria destruir a SEDEM, acabar com ela por isso recorreu as Indústrias Carmichael.

- Mas o problema é: como lutar contra uma organização sem ter recursos? – pergunta Chuck.

- Bem, já temos armas e todos os utensílios necessários e Trouble nos pagará muito bem pela sua segurança.

- Certo... Mas e a CIA? Ela também está lutando contra a SEDEM. Decker não nos deixará ir muito longe. – Morgan pôs na mesa o problema que todos tinham na cabeça, mas ninguém teve a coragem de falar.

- Bem, temos que tentar não é mesmo? – Chuck fala com certa duvida.

Todos na base o encaram em uníssono.

- Trouble disse que a SEDEM está agindo em vários países, e a CIA só está agindo contra ela nos EUA. E se fossemos para outro país, combater a organização de baixo.

- Trouble nos deu uma lista de países em que a uma sede da SEDEM. – Sarah levanta-se e pega um papel com vários nomes de países escritos a mão enquanto Trouble ditava – Bem temos os seguintes países. Estados Unidos, não. – ela risca o nome do papel. Ela olha o próximo país do papel, Praga e risca-o sem dizer nada – Costa Gravas.

- Não! – exclama Casey.

E assim depois de muitos países (alguém sempre um tinha algo contra o país citado, lembranças de missões ruins) até que...

- Brasil? – Sarah fala o último país da lista, já esperando quem ia ter algo contra o país. Ninguém fala nada. Casey quebra o silêncio.

- Eu conheço alguém lá...

- Ai meu Deus é o último país da lista.

- Não, não. Ela pode nos ajudar e nos podemos ajudá-la.

- Como assim?

- Bem, ela também se rebelou contra a CIA a pouco tempo. Ela conseguiu sair, a CIA sabe com quem não deve se meter. Mas... ela está com alguns problemas, por que... ela só tem... bem vocês verão. O caso é que nós podemos ajudá-la e ela pode nos ajudar. E eu aposto como ela já está indo atrás da SEDEM por lá.

Todos se olham quietos. Mas um silêncio que todos sabem que é de concordância. Agora é a vez de Chuck quebrar o silêncio.

- Quem é ela? Como ela é?

- Poucos na CIA sabem de sua existência. Eu mesmo descobri por acaso, eu não deveria saber. Ela é uma lenda. É Nicolle Otto.

CAPÍTULO 2

A NOVA PARCEIRA

- Bem parece que Nicolle já nos arranjou um trabalho – informa Casey. Eles estão no avião a caminho do Brasil – Em uma festa há um homem... muito bem informado. Temos que pega-lo e tirar dele a informação: Quem é seu chefe. Ela não disse mais nada.

- E ela? – pergunta Chuck – Estará lá?

- Acho que não.

- Mas...

- Ela deixou o endereço de sua casa. Vamos encontrá-la lá.

Neste momento a aeromoça avisa.

- Estamos chegando. Por favor, apertem os cintos.

-A festa é daqui a meia hora. Temos que nos trocar no banheiro. – Eles já haviam desembarcado e estavam atravessando o aeroporto. Chuck, Casey e Morgan vão para o banheiro masculino enquanto Sarah se dirige sozinha para o feminino. Depois de algum tempo eles vão para a festa.

A festa é num grande salão, música alta, muita gente. Chuck grita para ser ouvido:

- Como saberemos quem é o cara que queremos?

- Nicolle mandou uma foto – Casey pega o celular e mostra a foto de um homem narigudo, cabelo preto bem-aparado e barba mal-feita.

- Certo. Eu e Sarah vamos por ali e Casey e Morgan por lá.

Eles se dividem e após alguns minutos Chuck avista o homem em um canto isolado do salão.

- Sarah! Ele esta lá! Avise Casey.

- Não o perca de vista. - ela se vira, mas logo volta e completa – E nem faça nada sozinho.

-OK.

Chuck chega atrás do homem e pega sua arma tranquilizante discretamente, mas não o suficiente, pois nesse mesmo instante o homem vira, vê o movimento e puxa uma arma de verdade, colocando-a nas costas de Chuck.

- Quem é você?

- Eu... não... – começa Chuck, mas é interrompido por alguém atrás do homem.

- Largue a arma – Casey também colocou uma arma nas costas do homem – Qual é seu nome? – ele continua quando o homem abaixa a arma e a entrega a Chuck

- Meu nome é Paul Sarchez. – ele responde secamente.

-Acompanhe-me, por favor.

Eles atravessam o salão, com Casey apertando discretamente a arma nas costas de Sarchez, até chegarem a uma pequena sala perto da porta de entrada, onde amarram Paul em uma cadeira.

- O que eu disse sobre não fazer nada sozinho? – Sarah olha Chuck irritada.

- Eu não fiz!

- Para quem você trabalha? – Casey pergunta para Sarchez, interrompendo a discussão

Ele não responde.

Neste momento, eles ouvem barulhos na porta.

- Morgan você trancou a porta?- Sarah sussurra.

- Ãhhh.

Ele vai até a porta para trancá-la com a chave que ficou na fechadura, mas antes que ele chegue lá a porta se abre.

Entra uma garota de no máximo 15 anos, loira, vestido branco curto, uma grande bolsa numa das mãos e um copo na outra. Ela olha para todos os lados, vê Paul amarrado e olha para a equipe das Indústrias Carmichael assustada.

- Desculpe. – Ela finalmente consegue falar numa voz frágil. Ela dá meia-volta, mas antes que vá embora Sarchez fala:

- Não precisa fazer isso. Eu sei quem é você.

A garota da meia-volta novamente olha Sarchez nos olhos e dá um sorriso irônico. Caminha até o outro lado da sala, larga o copo numa pequena mesa e volta prostrando-se em frente a Paul. A garota larga a bolsa no chão e sem ligar para os outros na sala, fala para Sarchez:

- Qual de seus "seguidores" lhe contou quem sou? Ah, claro o único que eu tive a bondade de deixar escapar, Trouble. E ele foi correndo contar pro chefinho, que na verdade nada mais é do que um pau-mandado.

Sarchez não gostou da definição.

- Eu tive de arrancar isso dele.

- Defendendo-o depois de demiti-lo e tentar matá-lo?

-Ele é um fraco. Como todos os outros. Eu não sou como eles. Não vou lhe dar o que você quer.

-Eles não eram fracos, só não eram fortes o suficiente. - Ela aproxima a cabeça da de Paul e completa mais baixo- Ninguém é.

-Pois hoje você descobrira que a vida não é sempre como você acha que é. Há aqueles que resistem.

- Não nas minhas mãos.

Ela se abaixa abre a bolsa e tira um objeto comprido, grosso e muito pontiagudo com uma haste de plástico na outra ponta. Ela se debruça sobre Sarchez e encosta o objeto em seu rosto.

- Quem é seu chefe?

- Pensa que isso vai funcionar?

- Não – ela responde franca – Mas não custa tentar – ela retira o objeto do rosto de Sarchez e rapidamente, sem dar tempo para ele piscar enfia-o na sua mão sobre o braço da cadeira.

- Quem é seu chefe? - não há mais nada de frágil em sua voz.

Ela retira o objeto da mão direita de Paul enfiando-o na esquerda logo em seguida. Ela se senta no braço da cadeira, sobre o braço de Sarchez e pega um alicate e pote com vários alfinetes com bolinhas coloridas nas pontas.

-É bom não gritar. – Ela arranca cada uma das unhas de Paul e, enfiando os alfinetes em seus dedos, desenha florzinhas coloridas onde elas estavam, enquanto conversa tranquilamente com ele.

- Eu não sei se você percebeu, mas Kaio Trouble saiu daqui com uma linda tatuagem de alfinetes em seu braço, a maior que eu já fiz – ela passa para a outra mão – Mas os alfinetes dele estavam todos enferrujados – ela balança a cabeça como que se desaprovando – esses nem deu tempo de enferrujá-los. Agora... deixando esse papo furado pra lá – ela o olha nos olhos – Quem é seu líder?

Chuck, Sarah, Morgan e Casey olham em silêncio sem saber como agir.

- Eu... não sou... fraco.

- Não é questão de ser fraco. É ser inteligente. Você sabe que vai morrer aqui. Sabe quem eu sou. É só escolher. Ter uma morte rápida e indolor. Ou sofrer até a morte. Ninguém da SEDEM vai ir atrás de você para matá-lo, você já estará morto. Então por quê? Por que morrer sofrendo?

- Se desistir serei fraco e...

- É ser intelige...

- E não vou seguir os conselhos de uma garotinha!

A garota, que já não era mais tão garotinha assim, não ficou nada feliz com o adjetivo. Puxou o objeto pontiagudo e enfiou no olho de Sarchez. Que deu um grito horrendo. Quando ela avançou para o outro olho, ele gritou:

- Edgar Humplein!

- Como? – pergunta a garota com o objeto a um centímetro do olho de Sarchez.

- Edgar Humplein. – Ele responde devagar.

Ela olha nos seus olhos (ou no seu olho) e avança com o objeto perfurando seu outro olho. Então rapidamente pega uma arma em sua bolsa e lhe dá um tiro, bem em seu coração.

-E se ele estivesse mentindo? – Casey pergunta, depois de um silêncio perturbador, mas não parecendo nem um pouco surpreso.

- Eu sei quando uma presa minha está mentindo. – ela sorri para Casey. Finalmente um sorriso verdadeiro – Você sabe muito bem disso.

- Bem, esses são Chuck, - ele aponta para Chuck, retribuindo o sorriso – sua esposa Sarah e Morgan, o Intersect. E essa é...

- Deixe que eu me apresente Casey. Meu nome é... – ela olha bem para cada rosto, sempre disposta a deixar uma marca – Nicolle Otto.

CAPÍTULO 3

QUEM É ELA? QUEM ELES SERÃO?

- O que vocês estão esperando? – Nicolle estava ansiosa, não gostava de esperar e eles estavam parados feito espantalhos que encontraram os olhos de um grande basilisco sob reflectores e viraram pedra. Idiotas, estavam tão espantados, só pelo seu jeito agressivo, como se nunca tivessem trabalhado com espiões de verdade, como se não trabalhassem com Casey, como se nunca tivessem passado por uma tortura, bom, talvez o baixinho nunca tivesse passado mesmo, mas agora com o Intersect em sua cabeça ele não teria tanta sorte. Casey havia lhe contado tudo sobre a equipe, o Intersect, Decker e como haviam se tornado espiões autônomos.

Eles saíram da pequena sala seguindo Nicolle, que anotava afobada em seu celular o nome do "líder de Paul Sarchez", e seguiram direto para a saída. Chuck olhava para todas aquelas pessoas e se perguntava como ninguém ouvira os gritos agonizantes de Sarchez quando Nicolle perfurara seu olho, mas ele não se preocupou muito com isso o que mais lhe incomodou foi como uma garota desta idade foi parar na CIA. E também havia este cachorro que estava seguindo eles desde a saída, era um pastor alemão enorme e Chuck tinha certeza de que ele podia engolir todos os cinco em uma bocada.

Chegando a um carro preto Nicolle pediu para Casey dirigir e sentou no banco do carona, enquanto Morgan, Sarah e Chuck entraram atrás. Chuck fechou a porta.

- Abra a porta. – ordenou Nicolle sem nem olhar para trás.

-Mas por quê? Não há...

Nicolle olhou Chuck pelo retrovisor fazendo-o calar-se e repetiu ríspida:

- Abra a porta!

Chuck abriu e o enorme pastor alemão entrou pulando em seu colo. Nicolle olhou pelo retrovisor novamente e sorriu.

- Oi, Megg.

Eles viajaram por cerca de 20 minutos e chegaram a uma grande casa branca. Nicolle saiu do carro, seguida pelos outros.

- Herança de minha mãe.

Eles entraram na casa e Nicolle mostrou onde ficavam seus quartos e todos os aposentos da casa, incluindo a base que era usada quando ela ainda trabalhava para CIA.

- Alguma pergunta? – ficou óbvio pelo seu tom de voz que ela perguntou só por perguntar, mas Chuck tomou coragem e falou o que o perturbava:

- Sim. Só uma... Como uma garota de uns 15 anos entrou para a CIA?

- Tenho 13. E não é da sua conta – ela se irritara com a pergunta, porque essa era sempre a primeira pergunta que lhe faziam? Não era problema deles, era dela, problema somente dela. Ela deu meia-volta e foi para seu quarto seguida por Megg.

-Se você não quer morrer eu o aconselho a nunca mais lhe perguntar isso. – disse Casey.

-Mas você sabe, não?

- Olhe tudo o que sei é que ela esta na CIA desde que nasceu – Casey falava rápido e baixo – ela foi treinada desde pequena, ela foi criada pela CIA, em segredo, para ser uma arma, seu elemento surpresa, quem desconfiaria de uma criança? Mas ela cresceu e não quis mais ser mandada. Rebelou-se. E como viveu isso a vida toda ela sabia demais e usou isso para sair da CIA. E pelo mesmo motivo é óbvio que a CIA foi atrás dela, mas ela que se ela sumisse, ela tinha quem entregasse tudo o que ela sabia. É igualmente óbvio que a CIA continua atrás dela tentando descobrir quem é essa pessoa, mas o que ela mais precisa agora é de alguém para ser seu responsável para poder enganar as autoridades locais. Esse é o nosso novo disfarce, eu e Chuck seremos irmãos de Nicolle. Sarah e Morgan – ele dá de ombros – serão o que são. A esposa e o amigo idiota de Chuck.