ILYRIA
By Dama 9
Nota: Os personagens de Saint Seya não me pertencem, apenas Ilyria é uma criação minha para essa saga.
Boa Leitura!
Inicio: 24/02
Capitulo 1: Um retorno ao passado.
I – Jack Daniells com Gelo.
Era impossível acreditar que justamente ele estava ali. A camisa preta por fora da calça social, dava um ar de garoto mais informal ao jovem cavaleiro, que de maneira surpreendente naquela noite fugia de sua natureza calma e pacifica ao estilo tibetano.
Os dois primeiros botões da camisa jaziam abertos num convite tentador a apreciação. Os misteriosos orbes verdes davam um perfeito contraste com as madeixas lavanda que lhe chegavam até a cintura, presas por um fino cordão de couro preto.
O perfume de almíscar aos poucos tomava conta do ambiente de forma devastadora, os sons dos suspiros e sussurros chegavam a seus ouvidos, mas isso não lhe importava, alias, não lhe atraia nem em um ínfimo a atenção.
-Senhor, o que deseja beber? – o bar-tender perguntou, tirando-o de suas recordações.
-Jack Daniels (1), com gelo em dose dupla; ele respondeu com uma surpreendente precisão.
Normalmente aqueles que freqüentavam a 'Toca do Baco', que ficavam como ele, apenas matando o tempo ou as horas solitárias, nunca sabiam a principio o que pedir, mas ele não, sempre soube o que quis, mas sentia-se um covarde por ter aceitado e se submetido àquilo que lhe fora ensinado a reprimir a vida toda.
Não demorou muito para que o bar-tender voltasse lhe trazendo o que pedida.
-Seu pedido, senhor; o jovem atendente falou deixando em cima do balcão um pequeno copo sobre um guardanapo de papel que rapidamente absorveu a umidade do recipiente de vidro.
-Obrigado; ele respondeu mais por obrigação, seus pensamentos estavam longe demais para ficar agindo polidamente, cansara disso.
-Mú, que surpresa vê-lo por aqui; Kanon falou se aproximando e puxando um banco para si ao lado do cavaleiro.
-Boa Noite, Kanon; Mú respondeu com a face inexpressiva, observando as pedras de gelo dançarem no fundo do copo vez ou outra afundando no wisky.
-Ta tudo bem com você, Mú? – o geminiano perguntou preocupado, vendo o estado quase depressivo do amigo.
O ariano sempre fora recluso quanto à demonstração de seus sentimentos, mas isso nunca quis dizer que não os tivesse, mas por mais serio que fosse, havia horas de descontração na presença dos amigos que o tornavam mais humano, mas agora vê-lo nesse estado era preocupante.
-Estou perfeitamente bem; Mú respondeu, sorvendo um longo gole do liquido alaranjado, não reprimindo uma careta ao sentir a bebida descer queimando pela garganta. –Melhor impossível; ele completou sem reprimir o sarcasmo, depositando novamente o copo sobre o guardanapo de papel completamente úmido.
-Ahn! Vim perguntar se você não quer se juntar a nós? – ele perguntou, tentando ver se animava o amigo, apontando para uma mesa em que Aldebaran, Aioros e Milo estavam. –Sabe, happy hour dos solteiros; ele completou com um riso nervoso.
-Happy hour? – o ariano repediu, arqueando uma sobrancelha.
-Não é o que você esta pensando; Kanon apressou-se em completar. –Não é nada de mais, apenas uma reunião dos solteiros;
-Obrigado pelo convite Kanon, mas hoje não sou uma boa companhia para ninguém, não quero estragar a noite de vocês; o ariano respondeu deixando que a mascara de indiferença caísse por alguns segundos, revelando um semblante melancólico ao sempre sereno cavaleiro de Áries.
-Quer conversar? Não sei, falar sobre isso talvez? – o geminiano arriscou.
Mú deixou que seu dedo indicador passasse pela borda do corpo causando um leve som, quase como um assovio. Levou novamente o liquido aos lábios, dessa vez sem sentir tanto o efeito do álcool.
-Só se você quiser ouvir sobre isso; ele rebateu, sem voltar-se para o cavaleiro.
-Me conte tudo, não se preocupe, tudo que falar morrerá aqui; o geminiano falou sério, acomodando-se melhor no banco, mandando o barman lhe trazer uma bebida. Tinha curiosidade para saber o que o fizera mudar daquele jeito.
-Esse inferno começou cerca de dezessete anos atrás; ele começou como se lembrasse de tudo com perfeição, como se estivesse vivendo tudo novamente por mais que lhe fosse doloroso, não podia mais guardar aquilo só para si.
II – Aspirantes.
As folhas secas das árvores já indicavam que logo o inverno chegaria em Jamiel, naquela altura o vento acoitava-lhe a face da maneira impiedosa, causando leves cortes, mas nem por isso ele iria desistir, precisava conquistar a sagrada armadura de Áries e honrar o mestre que o acolheu e que cuidara de si durante tanto tempo.
Mú já contava com treze anos, dos quais passara treinando entre o Tibet e a China. Jamiel era um lugar pacifico, cheio de montanhas e arvores, o jovem aprendiz vivia praticamente num vale. Não muito distante dali, ainda existia um vilarejo, aonde vez ou outra ia para matar o tempo de folga fornecido pelo mestre, mas eram raras às vezes, desde que aceitara a idéia de ser um sagrado cavaleiro procurava manter sua atenção voltada cem por cento ao treinamento.
Ainda precoce, dominava seu cosmo sabendo dosa-lo, porem não a ponto de atingir o sétimo sentido e conquistar a armadura... Ainda. Uma pedra esmigalhou-se entre seus dedos.
-Estou melhorando; ele murmurou, observando com os expressivos orbes verdes, os grãos de areia distribuídos na palma de sua mão serem levados pelo vento.
-Mú; a voz de Shion soou como um eco em sua mente.
-Mestre, já voltou? -o garoto respondeu em pensamento, mas sem esconder sua animação.
-Já, volte para casa preciso falar com você; a voz do mestre soou como uma ordem, sem esperar mais explicações o garoto começou a elevar seu cosmo a ponto de usar a sua telecinese e desaparecer.
-o-o-o-o-
A pequena construção de estilo indiano nunca mudava seus aspectos, não importava quantas vezes olhasse para ela, toda vez que retornasse.
Shion observava o local com ar pensativo, a criança a seu lado não emitia som algum, apenas esperando a ordem daquele que dali pra frente seria seu mestre.
-Cheguei mestre; Mú falou, surgindo da entrada da casa e caminhando até chegar até ele. –Uhn? – ele murmurou confuso, vendo ao lado do mestre uma garota um pouco mais baixa do que ele, longos cabelos castanhos e ondulados, mas o que lhe chamou mais a atenção foi a mascara que ela usava.
-Mú, esta é Ilyria, ela esta treinando para se tornar uma amazona e vai completar o treinamento em Jamiel com você; Shion explicou, como se lendo os pensamentos do pupilo.
-Muito prazer, espero que possamos nos dar bem; ele falou em tom amável, fazendo uma respeitosa reverência.
Ilyria nada respondeu, permanecendo impassível. Era impossível ao jovem aspirante saber o que se passava por trás daquela mascara inexpressiva. Mú voltou-se com um olhar confuso para o mestre que lhe acenou de maneira imperceptível para que ficasse quieto, fazendo-o entender perfeitamente que conversariam sobre isso depois.
-Venham, vamos entrar; Shion falou com um aceno, mandando os aprendizes lhe seguirem. –Mú mostre a Ilyria aonde ela vai ficar, depois venha falar comigo; ele completou, voltando-se para o pupilo.
Mú apenas assentiu, num gesto cavalheiro pegou a pequena mala que a jovem tinha nas mãos, ignorando o gesto de protesto dela. Começou a subir as escadas para o segundo andar.
Aquele silêncio o estava incomodando, quando vira o mestre acompanhado, ficara feliz ao saber que teria alguém para conversar que não fosse Shion, mas não entendia o porque do silencio.
Abriu uma porta no final do corredor, entrando e deixando a mala sobre a cama. Ele estava saindo do quarto quando percebeu que a jovem não entrara.
-Aqui é seu quarto aquele é o meu se precisar de algo; ele falou apontando a porta em frente.
Mú já saia sem esperar resposta, mas parou ao ouvir uma melodiosa voz chegar a seus ouvidos.
-Obrigada; Ilyria respondeu, entrando no quarto e fechando a porta em seguida.
Mú balançou a cabeça para os lados, não entendia mesmo o que aquilo significava. Era tudo muito confuso, mas a pergunta que mais martelava em sua mente era o fato dela usar uma mascara, já vira algumas meninas no vilarejo ali próximo andando normalmente, mas porque Ilyria usava uma mascara? Ignorando tais duvidas, ele seguiu para o primeiro andar onde o mestre lhe esperava sentando no pequeno sofá da sala.
-Estou aqui mestre; Mú falou, anunciando sua presença. –Queria falar comigo?
-Sim Mú, sente-se; Shion indicou uma poltrona.
-Obrigado; o pupilo falou de maneira respeitosa.
-Mú o que tenho pra te falar é sobre Ilyria; o mestre começou com cautela.
-O que tem ela, mestre? –ele perguntou curioso.
-Você deve ter reparado que Ilyria usa uma mascara, não é? – Shion perguntou recebendo um aceno afirmativo. –Ilyria é aspirante a amazona de Linces (2), isso quer dizer, que como você, ela também esta aqui para conquistar uma armadura; ele explicou.
-Entendo, mas porque ela usa uma mascara? – o cavaleiro perguntou curioso.
-É um dogma Mú, um dia você vai entender melhor o que isso quer dizer; Shion falou, dando por encerrado aquele assunto.
-Mestre, posso fazer uma pergunta? – ele pediu.
-O que é? – o mestre perguntou curioso.
-Ela é como eu? –o aspirante perguntou tímido.
-Como? –Shion perguntou intrigado.
-Alguém sem uma família, que foi escolhido pela deusa Athena para ser um dos sagrados guardiões? – ele perguntou.
-Sim Mú; Shion falou paciente. –Ilyria também perdeu os pais muito cedo, ela vivia no Tibet, a vila que ela vivia foi atacada por mercenários e os pais morreram, ela foi à única sobrevivente. Um dos cavaleiros que reside lá me avisou que ela desde cedo desenvolveu certas habilidades, como a telecinese e por isso pediu que eu completasse o treinamento dela; Shion explicou.
-Entendo, mestre. Creio que ela não vai lhe decepcionar; o aprendiz falou empolgado, depositando toda sua inocência e confiança na nova amiga, por mais estranho que isso fosse.
-Eu sei Mú e nem você, por isso agora vá descansar que amanhã você terá de treinar; o mestre falou dando por encerrada a conversa. –E espero poder contar com você para treinar Ilyria; Shion completou.
-Pode contar comigo, mestre; ele falou com um sorriso infantil batendo continência. Shion apenas balançou a cabeça com um meio sorriso, indicando com a mão o caminho para o pupilo ir dormir.
Mú apenas assentiu e caminhou até seu quarto. Shion permaneceu ainda um tempo ali sozinho, caminhou para fora da casa observando o céu estrelado.
- "Não vai demorar mais do que quatro anos, espero que eles já estejam prontos até lá"; ele pensou, vendo um pequeno cometa cruzar as constelações em volta da ursa maior.
III – Meditação.
Um ano depois...
O futuro cavaleiro de Áries jazia sentado em cima de uma pedra meditando. Olhos fechados, costas eretas e as mãos pousadas com leveza sobre cada joelho. A respiração calma misturava-se com os sons emitidos pela natureza, o farfalhar das folhas, o vento passando por entre a copas das arvores, tudo em perfeita harmonia, porém o barulho de algo no meio do bosque assustou alguns pássaros, tirando-lhe por conseqüência a concentração. Algo fora lançado diretamente em sua direção. Ainda impassível ele apenas ergueu uma mão impedindo que uma pedra lhe atingisse.
-É impossível te pegar desprevenido, não Mú? – a voz doce e divertida de Ilyria fez a face impassível do aspirante se modificar, dando lugar a um doce sorriso, mesmo que ela não pudesse ver, estando às costas dele.
-Deveria tentar, isso é relaxante sabia? – ele respondeu, voltando-se para ela. Encontrando a jovem encostada em uma arvore o fitando com a face inexpressiva da mascara.
-Não obrigada, é muito chato; a jovem respondeu se aproximando, os cabelos castanhos a cada dia ficam mais ondulados e longos, mostrando o crescimento da jovem que chegava a adolescência.
-Ilyria; Mú falou em tom de aviso. –Deveria estar treinando, o mestre vai ficar bravo; ele completou, abrindo os orbes e voltando-se para ela que estava parada a sua frente agora.
-Não se preocupe, mestre Shion teve que ir ao Santuário às pressas, só volta daqui a dois dias; Ilyria explicou, calmamente. – Isso quer dizer, folga pra gente das torturas; ela completou com a voz divertida, esfregando as mãos umas nas outras.
-O mestre viajou, que estranho, ele anda fazendo isso demais ultimamente; o aspirante murmurou, pensativo.
-Eu não sei você, mas eu preciso de uma folga; ela falou colocando as mãos atrás da cabeça, espreguiçando-se.
Mú observou com atenção a mascara inexpressiva, sabia que a jovem sorria por trás da mascara, já conseguia identificar quando ela sorria ou até mesmo chorava no começo difícil do treinamento pelo tom de voz, mas a curiosidade para saber o que estava por baixo da mascara lhe deixava intrigado. Sabia que o mestre não iria lhe explicar mais nada além do que já falara, Shion dizia que eles não tinham idade para ficar decorando as regras chatas do santuário e que havia tempo suficiente para isso depois.
-Realmente três dias de folga; ele murmurou desviando o olhar, numa tentativa de afastar o pensamento que nublava sua mente.
-O que foi Mú? – Ilyria perguntou, denotando preocupação em seu tom de voz, estranhando a atitude dele.
-Não, só me lembrei de uma coisa; o jovem comentou, dando um espaço na pedra para que ela pudesse se sentar a seu lado.
-E o que é? –ela perguntou curiosa.
-Porque você usa essa mascara? Eu sei, o mestre Shion disse que você é uma futura amazona, mas eu simplesmente não entendo; ele falou demonstrando cansaço quanto ao assunto, andara pensando demais nisso nos últimos tempos e não chegava a um consenso.
-Bem, mestre Shion disse que todas as amazonas devem usar a mascara e nunca mostrarem o rosto para ninguém, mas se isso acontecer, elas devem matar essa pessoa; Ilyria respondeu pensativa. –Mas ele nunca disse exatamente porque não pode ver o rosto de uma amazona; ela murmurou, como se perguntando a si mesmo.
-Uhn! Entendo, uma vez o mestre disse, que isso era como um dogma e que um dia eu iria entender o porque disso, acho que é algo com as leis de Athena e algumas regras do santuário que separam amazonas dos cavaleiros; ele completou.
-É só isso? –Ilyria perguntou.
-É; Mú respondeu dando de ombros. – Vamos logo dar uma volta na vila e voltar, porque eu ainda tenho que treinar alguns exercícios que o mestre passou; ele falou meio impaciente.
-Que chato! Você só pensa em treinar; ela reclamou, tirando um riso abafado dele.
-Na verdade não, mas minha missão é me tornar um cavaleiro e não me importo de correr riscos para isso; ele respondeu ficando sério.
Conversando animadamente os dois encaminharam-se para a vila, o lugar não era muito longe, porém em vez de se transportarem usando telecinese preferiram caminhar, além do mais, nem todas as pessoas do vilarejo estavam acostumadas com as crianças treinando entre as montanhas aparecendo sem mais nem menos como se fosse do nada no meio da praça.
IV – Conversa entre amigos.
Rozan...
-O que lhe trás aqui meu amigo? – o mestre ancião de Libra perguntou ao notar o amigo surgir do nada em sua casa, entre o pequeno bosque que ligava a modesta moradia do cavaleiro com a Chuva de Estrelas (3).
-Preciso lhe falar; Shion se aproximou, sentando ao lado do amigo que observava com um olhar sereno a queda das águas da grande cachoeira de Rozan.
-Algo lhe preocupa? –Dohko perguntou.
-Sim, não falta muito tempo, acho que você já sentiu, não é? – Shion perguntou com o semblante preocupado.
-Já, sinto que alguns dos selos estão querendo se romper; o cavaleiro de Libra respondeu. –Mas o que tem isso?
-Não sei se Mú e Ilyria já estão prontos; ele respondeu.
-Entendo! Mas não acha que está se preocupando demais, os dois tem se esforçado muito nos treinamentos; o velho mestre falou.
-O Mú sim, mas Ilyria é um pouco rebelde; Shion falou passando a mão nervosamente pelos cabelos.
-Uhn! – o mestre murmurou.
-O que foi? –Shion perguntou meio cauteloso, temendo não querer ouvir a resposta.
-Meu amigo, você sabe das regras do santuário, não? – Dohko perguntou, embora já soubesse a reposta, queria ouvir dele.
-Sei; Shion respondeu engolindo em seco.
-Às vezes eu penso como a nossa vida é difícil, não só a nossa, mas dessas crianças; o libriano falou com ar pensativo.
-Eles não são mais crianças, já são quase cavaleiros; o ariano corrigiu.
-Perto de nós eles sempre serão crianças; Dohko falou, calmamente.
-Vendo por esse lado; ele deu de ombros.
-Mas não é sobre isso que me refiro, meu amigo pense muito bem antes de qualquer decisão que tomar, você mais do que ninguém sabe o quão incerta é a vida de um cavaleiro; o mestre ancião aconselhou.
-Não se preocupe; Shion falou serenamente, embora estivesse longe de estar calmo.
-Mas me diga, quanto tempo mais temos que esperar?
-Talvez dois anos, ou um e meio. Não consigo saber com precisão quando ela vai reencarnar; ele respondeu.
-Entendo, já escolheu seu sucessor? –Dohko perguntou curioso.
-Já, será Aioros de Sagitário; Shion respondeu. –Vou anuncia-lo como o novo Grande Mestre assim que apresentar Mú como meu sucessor; ele completou.
-Creio que Aioros será um bom mestre, ele é um jovem de grande valor e muito justo, ele me lembra nossos velhos companheiros; o cavaleiro falou como se recordasse de fatos bem antigos. –Mas o que me diz de Saga?
-Tanto ele como Aioros poderiam assumir esse papel, mas algo em Saga me preocupa; Shion falou tenso. –Não sei ao certo o que é, toda vez que consulto as estrelas a constelação de Gêmeos, ela parece esconder-se para não revelar o futuro;
-Esconder-se? – Dohko perguntou intrigado.
-Sim, consigo ver o futuro de todos os cavaleiros, menos de Aioros e Saga, mas sinto algumas variações no cosmo de Saga que me preocupam, pretendo ficar de olho nele assim que Aioros assumir o santuário, assim poderei tirar as conclusões necessárias; ele completou.
-Está certo, mas quanto tempo mais vai ficar em Rozan?
-Sinto, mas tenho que ir preciso passar no Santuário antes de voltar a Jamiel, sai as presas, só deu tempo de mandar Ilyria avisar Mú que voltaria em dois dias e parti; ele respondeu.
-Entendo, então até mais; o velho mestre falou.
-Até; Shion falou sumindo sem seguida.
- "É muito cruel o destino de um cavaleiro, eu realmente gostaria de viver até o dia em que a paz reinará nesse mundo e os deuses nos deixarão em paz, para vivermos e essas crianças possam finalmente ter uma vida calma longe de todo esse inferno que se aproxima a cada dia"; o libriano pensou.
Continua...
Nota:
(1) Jack Daniels: wisk americano.
(2) Lince ou como é mais conhecido Lyncis: uma constelação do hemisfério celestial norte. Lince é um felino, predador por natureza, muito ágil.
(3) Chuva de Estrelas: é o nome dado a queda das águas de Rozan, nos Cinco Picos Antigos da China, durante a noite a queda das águas é iluminada pela lua, causando um efeito como se vários cometas caíssem na superfície do lago, por isso o nome.
