Capitulo 1: Aquele que ama
Amor, amor é estranho
Muitas pessoas acham que o amor é um jogo
Uma vez que você entra, não quer mais sair
Depois que você amou, não tem mais jeito
(How Do You Call Your Lover Boy? – Mickey and Sylvia)
O primeiro de setembro de todo ano era sempre agitado na plataforma 9 ¾ , crianças correndo por todos os cantos, abraços de despedidas, de reencontros. Nada era tão comum quanto ver uma cena como esta na plataforma. Exceto para Sirius.
Atos públicos de afeto não eram comuns em sua família – ou melhor, em sua antiga família. Ele chegava na estação e entrava no Expresso, como era mandado fazer. A postura reta e o olhar para frente, como um verdadeiro Lorde, alguém de berço. Aquele era o segundo ano em que Sirius podia perceber a agitação que acontecia ao redor do trem. Assim com participar dela.
"Eu vou te escrever todos os dias" disse a mulher de cabelos loiros platinados.
"Você não precisa" Sirius não queria parecer um incômodo para ninguém. Aquela doce mulher já estava o recebendo de braços abertos. Pedir qualquer coisa dela, nem que fosse uma carta só, seria demais.
"Eu sei que não. Eu quero." Ela soltou um sorriso simpático.
"Tudo bem" Sirius disse tentando retribuir o sorriso. "Vou te escrever também"
Ela o abraçou e disse tão baixinho que quase não era possível ouvir. Vou sentir sua falta.
Logo após a mulher soltar Sirius, James abraçou-a também e lhe deu um beijo na bochecha. "Tchau, mãe. Prometo que vou tentar escrever."
"TIA DI!" Uma loira, mais jovem, chegou correndo e atrapalhou o momento em família.
"MARLENE! Onde está seu pai, criança?"
"Ele ficou preso no trabalho então tive que trazer as meninas sozinha." Marlene falou como se não fosse um problema. "Jamie!" Ela terminou enquanto abraçava o garoto de óculos.
"McKinnon"
"Black"
Por algum motivo qualquer, Marlene McKinnon e Sirius Black nunca foram grandes amigos. Claro, eles se conheciam desde os 11 anos, moravam na mesma casa em Hogwarts, jogavam no mesmo time de Quadribol e possuíam o mesmo melhor amigo, mas sempre mantiveram-se distantes.
De certa forma, Sirius a invejava. A garota era bonita, tinha um bom status sanguíneo e, assim como ele, não tinha uma mãe – só que pelos motivos diferentes. Até onde Sirius sabia, Marlene morava com o pai e as três irmãs mais novas. Eles eram uma família unida e o pai de Marlene sempre foi um grande amigo dos Potters, fazendo com que James crescesse com as quatro meninas e se tornando meio que um irmão mais velho. Eles eram uma família unida, e Sirius era um intruso.
"Eu assumo que você esteja tão animada para essa temporada de Quadribol quanto os meninos, Lena" Diane falou.
"Hum... acho que não tanto quanto, mas com certeza estou. É o nosso último ano, tia Di. A taça é nossa!"
Eles começaram um longo assunto sobre as responsabilidades desse ano – visto que os três iriam prestar seus N.I.E.M.s e os três precisariam estar em forma para a temporada quando James olhou por cima do ombro da mãe e saiu para falar com uma garota.
"Eu esqueci de ensinar aquele ali boas maneiras? "
Marlene riu. "James esqueceria o próprio nome se lhe perguntassem enquanto ele a avista."
Do outro lado da plataforma, James Potter alcançava a garota vestida em roupas trouxa.
"Lily!" Sirius não podia ver, mas sabia que James estava com um de seus sorrisos estúpidos.
"Oi, James! Você teve um bom verão?" Ela era tão branca que parecia aumentar mais a intensidade da cor de seus cabelos ruivos escuros.
"Um pouco parado, na verdade. Nós não conseguimos ingressos para ver os Harpies em Gales e o Profeta disse que foi o jogo do século"
Lily fez uma cara triste, mas simpática a dor do amigo. "Bom, meu verão foi incrível e graças a você, na verdade! Obrigada por me emprestar sua discografia dos Hipogrifados"
James mexeu no cabelo. "Eu sabia que você ia gostar" e mais um de seus sorrisos estúpidos apareceu "Sabe, a turnê deles vai passar por Hogsmeade esse ano..."
"Quem é ela?" Diane Potter quis saber, atrapalhando os pensamentos do jovem Black.
"Lily Evans. É a monitora-chefe junto com James. Ela também é grifina." Marlene disse prontamente.
"James tem uma coisa por ela" Sirius completou, meio que blasé.
"Bom, eu acho que ela tem uma coisa pelo James" A senhora Potter não parecia estar com ciúmes pelo filho mais velho, apenas fazendo uma observação.
"Parece? Huh, não tinha percebido."
Sirius podia não perceber, mas toda vez que Lily falava com James seu rosto abria um sorriso. Ela estava sempre com os braços cruzados, menos quando James vinha falar com ela. Ela parecia mais calma e mais feliz quando estava com James. Embora Sirius não percebesse isso, Marlene podia.
"É melhor nós pararmos de olhar a conversa dos outros. Se quisesse fazer isso, estaria tomando chá com Felicity Longbottom." Foi o último comentário de Diane Potter com um sorriso no rosto.
O apito foi tocado, marcando as 11:00 e mandando os últimos passageiros para dentro do trem.
Diane abraçou Sirius e depois Marlene, reclamando por não ter visto as outras meninas McKinnon e saiu da plataforma enquanto via James ter uma calorosa conversa com Lily Evans. Filhos crescem, ela pensou.
Embora James já estivesse querendo 'sair do ninho' ela não tinha certeza se queria que o mesmo acontecesse logo com Sirius e Marlene.
Dentro do compartimento, James folheava seu Quadribol pelos Séculos entediado.
"Eu vi que você estava conversando com Evans na plataforma" Sirius comentou.
James parou apenas por um segundo de folhear o livro, e em seguida voltou a repetir o movimento. "É, ela estava lá" Ele levou a mão direita aos cabelos.
"Ela teve um bom verão?"
James parou de folhear o livro novamente. "Você realmente quer saber?"
"Não"
"Então por que você pergunta?"
"... por educação?" Sirius não estava conseguindo pensar em boas desculpas no momento, ele estava apenas curioso.
James o fitou. Ambos os garotos tinham nascido na classe alta dos bruxos, ambos sabiam a maneira como se comportar e ambos sabiam que Sirius não gostava de conversas fiadas.
"Ah, James, sei lá. Vocês pareciam estar discutindo algo interessante e eu quis saber"
"Quem estava tendo uma conversa interessante?" Remus entrou no compartimento. As vestes do garoto pareciam amassadas, assim como seus cabelos curtos e castanhos. A Lua Cheia estava chegando e era visível no rosto do garoto.
"James e Lily"
"Ah" Remus soltou um de seus sorrisos como se soubesse de um segredo.
James começou a ficar irritado e mexeu no cabelo. "Olá, Aluado. Você viu Peter por ai?" Ele quis mudar de assunto.
"Não. Na verdade eu cheguei agora. Vi a sua mãe saindo da plataforma. Ela disse que você precisa aprender boas maneiras ou ela vai te obrigar a tomar chá com as senhoras da sociedade."
James grunhiu.
"A senhora Potter parece sempre tão gentil. O que você fez pra ela ter que te ameaçar?"
"James deixou a mãe falando sozinha e foi conversar com Lily Evans."
"Ah, a conversa interessante." Remus sorriu de novo.
"A conversa interessante, de fato" Sirius completou.
"Você pode nos dizer pelo menos o assunto da conversa?"
"Um show dos Hipogrifados em Hogmeade"
Mais uma vez, a porta do compartimento de abriu.
"RABICHO!" James nunca pareceu tão feliz em ver o amigo quanto agora.
"Oi, pessoal. O que está havendo?" Peter entrou no vagão e deu de cara com seus três melhores amigos cada um com uma expressão facial diferente. Remus tentava esconder um sorriso por meio do livro A vida de Merlin, Sirius esbanja os dentes como se nunca estivesse tão feliz e James estava tão vermelho quanto um tomate.
Provavelmente estavam falando de Lily Evans.
Remus respirou fundo e fechou o livro que lia. "James estava prestes a nos contar algo interessante sobre os Hipogrifados"
"Não estava não"
"Quer dizer que você não pode nos contar?" Sirius arqueou a sobrancelha.
"Não. Quero dizer, eu posso! É só que não é interessante..."
"Quer dizer que só é interessante pra Lily Evans?"
James ficou mais vermelho – se é que isso era possível. "O quê? Não, seus idiotas!" Os marotos começaram a gargalhar enquanto James fechou a cara. "É melhor essa viagem acabar logo antes que eu acabe com um de vocês"
"Ah, mas você não poderia! Imagine o que a doce Lily faria se descobrisse que você anda azarando as pessoas de nov.." Peter não terminou a frase. As risadas tinham acabado e seus amigos o olharam como se ele tivesse dito algo errado – e tinha.
"Erm.. Me desculpe, James. Eu não devia.."
"Tudo bem" James disse enquanto passava as mãos pelos cabelos. O monitor-chefe não era uma pessoa que guardava rancores, muito menos de um de seus melhores amigos. James sabia que Peter não fez por mal.
Nas férias do quinto para o sexto ano, James percebeu que estava errado nas travessuras que andava cometendo. Ele percebeu que não era o herói grifino que sempre achou ser e por isso, engoliu seu orgulho e pediu perdão a Severus e Lily pelo vexame que causou. A garota aceitou com certa desconfiança, mas seu amigo sonserino não chegou nem a escutar o que o capitão de quadribol tinha a dizer.
James fez de tudo para conquistar a confiança da ruiva e isso incluiu fingir não ter nenhum sentimento especial por ela. Desde que viraram amigos James não sabe como dizer a Lily que ele gosta dela sem parecer um imbecil. Isso ele não queria ser nunca mais.
Um silêncio incomum tinha se instalado no compartimento dos marotos.
"Então é a isso que chegamos, não é? Tirar onda da minha amizade com Lily?" James balançou a cabeça em uma falsa desaprovação.
"Você muito se engana, meu caro Pontas." Disse Sirius com um olhar desafiador. "Eu tenho uma pequena surpresa para iniciarmos o ano?"
Os garotos sorriram maliciosamente e Sirius explicou o que andava pensando para sua próxima brincadeira.
Lily bateu na porta de um compartimento. "Falta meia hora para chegarmos na estação, é melhor irem se trocar." Ela disse em sua melhor voz de Monitora para os primeiranistas e seguiu em direção à próxima cabine quando viu que alguém puxava a sua saia.
"Com licença, mas eu não tenho uniforme" disse um pequeno menino de olhos puxados.
"Isso não é possível, seus pais deveriam ter comprado seu material escolar nas férias de verão"
"Com efeito, eles fizeram" O garoto falava como um adulto.
"Então como pode você não ter uniforme se, com efeito, seus pais compraram? Por acaso você esqueceu em casa?" A monitora-chefe se abaixou para ficar na altura do pequeno a sua frente.
"Não, eu trouxe comigo, mas eles não me pertencem mais"
"Você tem que ser mais claro comigo..."
"Quon, meu nome é Zhu Quon"
"Ok, Quon, agora me diga: onde está seu uniforme?"
"Com os garotos mais velhos"
Lily estava perdendo a paciência, não com o pequeno garoto a sua frente, mas com a ansiedade que se acumulava em seu corpo. "Que garotos" Ela foi tão grossa que não pareceu uma pergunta.
"Os garotos da plataforma. Eles me informaram que o uniforme de Hogwarts pertencia àqueles que mereciam estar ali e eu não era um deles"
A ruiva respirou fundo. Eles não haviam nem chegado no castelo e os problemas de supremacia já estavam acontecendo. Ela sabia que não ia ser fácil, ela sabia disso quando aceitou este cargo. O que ela não sabia é se teria a paciência e diplomacia suficientes para isso.
"Certo, agora eu quero que você me escute bem direitinho, ok? Quon, você merece estar aqui. Você é tão mágico quanto qualquer um nesse treme você precisa estar aqui para que aprenda a controlar a magia e não ser controlado por ela. Com relação ao seu uniforme, eu quero que você volte para o seu compartimento e espere que eu volte com ele, entendido?"
O garotinho apenas balançou a cabeça em sinal de afirmação.
"Ótimo, então me espera lá" Ela disse com um sorriso simpático enquanto via o menino correr desajeitadamente.
"Ai" Lily disse quando esbarrou em um garoto alto, derrubando metade dos feijões salteados do da caixinha que ele segurava.
"Perdão" James disse.
"Tudo bem, só olha pra onde você anda." Ela disse enquanto massageava seu braço e passava rápido entre o estreito corredor.
"Nossa, Lily. Precisa ser tão educada assim?" Ele disse enquanto colocava um maço de feijões de todos os sabores na cara e fazia uma careta.
A monitora-chefe olhou para trás e viu que James estava apenas sendo sarcástico, mas ela não queria ser grossa com ele. A verdade é que Lily estava com raiva e geralmente descontava em quem aparecesse na sua frente, imagina quem esbarrasse nela! Mas com James era diferente. Ele estava tentando mudar e talvez estivesse até conseguindo (ou pelo menos isso era o que Lily queria acreditar).
"Sinto muito... Eu... er, um primeiranista teve suas roupas roubadas por garotos mais velhos porque ele 'não merecia estar aqui'" Ela falou a última parte com nojo.
"Oh."
"É. E agora eu estou tentando achar os robes dele antes que cheguemos ao destino final"
James passou a mão pelo cabelo. "Ok, vou te ajudar!"
Ela deu uma pequena risada. Isso era tão típico de James, se meter nos assuntos alheios. "Obrigada, James. Mas eu tenho isso sobre controle. É melhor você voltar a colocar todos os sabores possíveis dentro da boca." Ela deu palminhas no ombro do amigo.
"Eu sou tão monitor-chefe quanto você" Ele disse olhando profundamente através das lentes de seus óculos nos dela. Ele tinha um olhar sério, mas foi rapidamente quebrado por um sorriso arrematador. "Eu fico com os vagões do fundo e você fiscaliza os da frente. Pode ser?"
Ela engoliu a seco. "Certo."
"Vejo você em meia hora" E mais uma vez ele passou por ela esbarrando em seu braço. Deixando Lily sozinha no vagão.
"Às vezes eu me pergunto se ele pode ser um pouco menos o herói que ele acha que acha precisa ser" Lily virou-se para ver quem estava falando.
"Eu não sei o que você está dizendo... Você escutou toda a nossa conversa?" Lily perguntou a Snape.
"Huh, ele acha que é melhor do que todo mundo" O garoto falou, ignorando a pergunta da ruiva.
Lily ia defender James, mas ela não teve a oportunidade.
"Eu não acho que sou, eu sei. Como vai, Lírio" Sirius disse dando um beijo na testa da garota e repousou a mão no ombro dela, fazendo Snape se contorcer um pouco sutilmente.
"Quer dizer que você está andando com a gangue toda agora? O inútil, o desonrado, o herói, e o.."
"É MELHOR VOCÊ VOLTAR PRO SEUS AMIGOS, SNAPE." Ela falou um pouco alto demais. "Ouvi dizer que o monitor-chefe está tento uma adorável conversa com eles agora"
O jovem sonserino saiu bufando. Lily sabia que Snape nunca aceitaria James como seu superior.
Quando Sirius percebeu que o garoto tinha ido embora, ele se virou para Lily. "O James foi fazer nos compartimentos dos sonserinos?"
A garota respirou fundo. Ela não queria mais falar sobre aquilo, só encontrar os malditos robes e voltar para o seu compartimento. "Foram tirados os robes de um primeiranista e James se ofereceu para procurar em meu lugar"
"Bom pra ele" Sirius disse sorrindo.
"O que você quer dizer com isso?" A cada vez que Lily repetia a história, mais irritada ela parecia ficar.
"Nada, Lírio." Ele colocou as mãos nos ombros dela, fazendo uma massagem. "Relaxe, mais tarde teremos um banquete! E depois do banquete..."
"Sirius! Não fala alto!"
O jovem Black sorriu. "Ok, ok. 23h? Na casa do Hagrid?"
"Traga o material."
"Sim, senhora" Ele piscou o olho para a ruiva e seguiu em frente.
Quando Sirius voltou para o compartimento dos Marotos, Remus e Peter jogavam um jogo de cartas explosivas. O artilheiro jogou uma caixinha na direção do lobisomem.
"Pra dar sorte."
Remus abriu e agarrou o sapo de chocolate o mais rápido que conseguiu.
"Parece que James não precisa mais procurar por um apanhador" Peter disse.
Sirius sorriu e deu um sapo de chocolate ao outro amigo quando a porta abriu e fechou muito rápido.
"Você achou os robes?" Sirius perguntou fazendo Remus e Peter se olharem.
"Sim, mas não onde eu queria. As roupas estavam jogadas no chão com um bilhete estúpido, alguém deveria ser punido pelo ato... Ei, como você sabe que eu estava procurando por robes perdidos?" Uma voz disse.
"Isso acontece porque eu sei de tudo" Sirius disse, logo após começou seu ritual para comer o sapo de chocolate, primeiro as patas traseiras, depois os braços, a cabeça e por fim o tórax. "Tirei E no meu N.O.M.S. de Divinação."
"Ok, alguém precisa me explicar o que está acontecendo" Disse Peter assim que uma de suas cartas explodiu.
James tirou a capa da invisibilidade e explicou o que havia acontecido para os amigos.
"Snape estava envolvido"
"Como você sabe?" James disse com os dentes trincados.
Sirius esperou um pouco. O amigo estava irritado e falar a verdade agora não traria bem algum.
"Já disse, eu sei de tudo. Tirei E no meu N.O.M.S."
"A gente sabe que você passou com A, Almofadinhas" Peter falou.
"Minha tia-avó era vidente"
"Sério, cara. O que você está tentando esconder?" Remus disse.
O jovem Black bufou. Ele não conseguia guardar nada dos amigos, mesmo. Ou melhor, quase nada.
"Lily avisou a Snape que James estaria passando pelos vagões da Sonserina e ele saiu rápido"
James cruzou os braços e fechou a cara.
"Agora, você deveria escutar..."
"Não." James cortou o amigo. "Eu não me importo com quem ela anda."
E bem assim, Sirius acabou com o pouco de bom-humor que restava no amigo.
Nós aceitamos o amor que nós achamos que merecemos
(As Vantagens de Ser Invisível)
NOTA DA AUTORA: Faz tempo que não posto nada por aqui...mas existe uma explicação (eu acho). Eu namorava um cara há 5 anos e, de alguma forma que nem eu nem ele sabemos explicar, esse amor aos poucos foi perdendo a força (a chama, se você quiser ser brega) e então decidimos terminar nosso relacionamento. Foi difícil. A gente tentou muito, mas no fim, só nos queríamos como amigos. Eu fiquei muito triste depois disso, e comecei a achar que o amor não existia, que era tudo "uma mentira inventada pela sociedade capitalista para manter a máquina do consumo rodando" (#soudessas). Me envolvi com um cara que não era certo, me apaixonei platonicamente pelo seu melhor amigo (que por sinal, também não era o cara certo) e aprendi que é muito difícil ficar sozinha e ser feliz assim (mas essa parte eu ainda tô aprendendo). Daí um dia desses, estava fazendo uma limpeza no meu computador e achei vários documentos com essa história - criação dos personagens, timeline dos acontecimentos e até um rascunho do primeiro capítulo. Acho que é com essa fanfic que eu estou tentando encontrar o amor, com o meu casal favorito e com seus amigos. Então, antes que você continue lendo essa história, saiba que ela é uma trajetória, tanto dos 4 personagens principais como minha, de encontrar algo, algo que vale a pena lutar.
