Naruto não me pertence...

E a história também não...

Quatro e quarenta e cinco… ― Atra sada, Hinata Hyuuga saiu rápido do elevador e se lançou apressada pelo saguão do hotel rumo à saída.

— Saindo cedo… Que bom! — comentou a recepcionista, ao vê-la.

Aguardando para tomar o elevador, Sasuke Uchiha im pressionou-se com a morena alta de cabelos negro-azulados que sequer o vira. Franziu o cenho, recordando que a última coisa de que pre cisava era um relacionamento, uma complicação em sua vida. No entanto…

Desde que convencera o avô a retirar-se do controle da rede de hotéis da família, vira-se alvo de uma campanha ferrenha para desposar uma prima em segundo grau. Além de unir dois ramos dos Uchiha, o enlace tornaria ainda mais vultosa a fortuna da família, com a integração da com panhia de navegação herdada pela prima.

Felizmente, o velho avô deixava-se levar pelas emoções mais do que gostava de admitir. Afinal, permitira que sua filha, mãe de Sasuke, se casasse com um britânico.

Sendo assim, as tentativas desajeitadas do velho de pro mover uma união entre o neto e a bela Kurenai só causariam divertimento, não fosse por um detalhe… Kurenai mostra va-se mais ansiosa com a perspectiva do casamento do que o patriarca dos Uchiha. Ela já deixara suas intenções, seus desejos, bem claros. Sete anos mais velha, com duas filhas de sua primeira união com um grego milionário, era bem possível que fosse a autora da idéia de desposar o primo mais novo, em primeiro lugar.

O elevador parou e Sasuke saltou na cobertura do edi fício em Hilford, no interior da Inglaterra. Não era hora de pensar em assuntos pessoais. Podiam esperar. Estava a ca minho da ilha particular dos Uchiha no mar Egeu, onde a família toda se reuniria em poucos dias para usufruir um período de férias reunida, mas antes o avô queria um re latório detalhado com propostas de mudanças para adequar a rede de hotéis britânica que haviam acabado de adquirir.

Embora Sasuke fosse o presidente da companhia, o avô ainda opinava nas decisões maiores. A recente aquisição fora vantajosa… a rede de hotéis britânica estava envelhe cida e decadente, mas tinha ótimas localizações.

Embora não fosse esperado no escritório senão no dia seguinte, Sasuke optara por chegar naquela tarde e, sem querer, descobrira um jeito de aumentar a lucratividade, em se comprovando que todos os colaboradores tinham o hábito de "encerrar mais cedo" o expediente, como a moça com que deparara junto às portas do elevador…

Saindo cedo! Hinata bufava de indignação ao tomar um táxi. Como se fosse o caso! Chegara às sete e meia da manhã, como fizera durante o mês todo, e não saíra para almoçar, sabendo que a cadeia de Hotéis Demétrios, que comprara a pequena rede britânica em que trabalhava como conta dora, era exigente na questão de corte de gastos. No dia seguinte, conheceriam o novo presidente, e Hinata estreme cia só em pensar. Ouvira dizer que Sasuke Uchiha era implacável.

O velho, avô de Sasuke, comanda o navio com rédea curta, mas diziam que o neto era ainda mais severo Ambos assinavam em baixo da máxima: "o cliente sempre tem ra zão, mesmo quando está errado", e ai do funcionário que contrariasse. Aparentemente, tal política explicava o sucesso. dos Hotéis Demétrios… e sua lucratividade.

O táxi parou diante do restaurante italiano, Hinata pagou ao motorista e saltou.

― Oh, Hinata… aí está você! ― exclamou uma das ami gas que já a aguardavam à mesa. ― Pensamos que não conseguiria.

― Desculpem-me. ― Após cumprimentar todas, Hinata ocupou o lugar que lhe reservaram. ― O pessoal do escritório está em pânico ― explicou. ― O novo presidente da empresa chega amanhã. ― Desgostosa, franziu o nariz requintado e estreitou os olhos, reparando que Tenten não ouvia de fato. ― O que foi?

― Eu contava a Anko o quanto estou preocupada… ― respondeu Tenten, referindo-se à prima mais velha.

― Preocupada? ― Hinata franziu o cenho, afastou os cabelos do rosto e pegou um pãozinho. Estava faminta! ― Com o quê?

― Com Lee.

― Lee? ― Hinata deixou o pãozinho no prato e fitou os olhos castanhos da amiga. ― Pensei que iam anunciar o noivado.

― Sim, íamos… vamos… Pelo menos, Lee quer…

― Tenten acha que ele está envolvido com outra ― in formou a prima Anko, impaciente. ― Que ele a está traindo!

Cerca de dez anos mais velha do que Tenten e Hinata e com um casamento desfeito no currículo, Anko tendia a avaliar os homens com reserva.

― Oh, não pode ser, Tenten! ― protestou Hinata. ― Você mesma me disse o quanto Lee a ama.

― Bem, era o que eu pensava ― concordou Tenten. ― Principalmente depois que ele disse que queria se casar. Mas… ele fica recebendo uns telefonemas. Quando sou eu quem atende, a pessoa desliga. Foram três vezes nesta se mana, já questionei, mas Lee diz que devia ser engano.

― Bem, talvez seja. ― Hinata tentou confortar a amiga, mas Tenten meneou a cabeça.

― Não, não é. ― Lee não sai de perto do telefone. Na noite passada, falava ao celular quando cheguei, e encerrou a conversa abruptamente.

― Mas você perguntou o que estava acontecendo?

― Perguntei. Ele disse que tenho muita imaginação.

― Uma artimanha masculina clássica ― opinou Anko, convencida. ― Meu "ex" fez de tudo para me convencer de que eu estava ficando paranóica, e no que foi que deu? Ele se mudou para a casa da secretária!

― Só gostaria que Lee fosse honesto comigo ― chora mingou Tenten. ― Se ele tem outra pessoa… Não posso acreditar que esteja fazendo isso… Tinha certeza de que ele me amava…

― Ele a ama ― afirmou Hinata para. Ainda não conhecia Lee, mas, pelo que Tenten lhe contara, pareciam perfeitos um para o outro.

― Bem, há um modo de descobrir ― anunciou Anko. ― Li um artigo sobre isso. Se você desconfia da fidelidade do companheiro, contrate uma agência especializada, e eles mandarão uma garota seduzi-lo. Assim, vai saber.

― Oh, não… não posso fazer isso! ― protestou Tenten.

― Mas precisa ― insistiu Anko. ― É o único modo de descobrir se pode ou não confiar em Lee. Eu gostaria de ter feito algo assim antes de me casar. Você tem de fazer! É a única forma de ter certeza. Lee está se esfor çando para fechar as contas desde que abriu o próprio ne gócio, Tenten, e você tem o dinheiro que herdou da sua tia-avó…

Hinata suspirou, desolada. Sabia que Tenten acabaria do minada pela prima mais vivida. Não tinha nada contra Anko, até gostava dela, mas sabia que ela podia ser tenaz quando metia algo na cabeça. Talvez a obstinação fora um dos motivos do fracasso de seu casamento. Por ora, apesar de compadecida ante a infelicidade de Tenten, uma outra sensação se impunha: a fome. Abriu o menu.

― Bem, parece uma idéia sensata - Tenten já cedia à persuasão da prima. ― Mas duvido de que haja uma agencia dessas em Hilford.

— E quem precisa de agência? — questionou Anko.

— Basta pedir um favor a uma amiga bonita, que Lee não conheça, e que possa tentar seduzi-lo. Se ele cair na armadilha…

— Uma amiga bonita? Quer dizer… como Hinata?

As duas analisaram Hinata, que sucumbira à fome e de vorava um pãozinho.

— Exatamente — aprovou Anko. — Hinata seria perfeita.

— O quê? — Hinata quase engasgou. — Não podem estar falando a sério! — protestou. — Oh, não, de jeito nenhum…

— Resistiu, mesmo vendo a determinação no olhar de Anko e a súplica no de Tenten. — De jeito nenhum.

— Ten, isso é loucura, deve perceber isso! — argumentou, tentando apelar ao bom senso e à consciência da amiga: — Como pode fazer isso com Lee? Você o ama!

— Como ela pode se arriscar a um compromisso sem saber se pode confiar nele? — ponderou Anko, crítica.

— Bem, está decidido. Agora, só precisamos definir onde Hinata vai deparar "acidentalmente" com Lee, para colo carmos nosso plano em ação.

— Bem, esta noite ele está livre — informou Tenten. — Ontem, ele disse que queria ir a um bar de executivos recém-inaugurado. Um amigo dele conhece o proprietário.

— Não posso fazer isso! — protestava Hinata. — É… é… é imoral — opinou. Fitou Tenten e meneou a cabeça. — Ten, desculpe-me, mas…

— Pensei que quisesse ajudar Tenten, Hinata, que qui sesse proteger sua felicidade. Principalmente após tudo o que ela fez por você… — instigou Anko, severa.

Hinata mordiscou o lábio inferior com seus belos dentes alvos. Anko tinha razão. Devia um grande favor a Tenten.

Seis meses antes, quando trabalhavam a todo o vapor para organizar a documentação para a anexação da empresa ao Grupo Demétrios, ficara muito tempo no escritório, in clusive nos finais de semana. Na mesma época, sua avó, que a criara após o fracasso do casamento dos pais, adoecera com uma infecção virai e Tenten, que era enfermeira, dedicara todo seu tempo livre e fins de semana para cuidar da anciã.

Hinata estremeceu ao pensar no que poderia ter aconte cido com sua avó sem os cuidados de Tenten. Sim, devia um favor à amiga, um que talvez nunca conseguisse pagar. Adorava a avó, que lhe provera um lar estável e cheio de amor quando mais precisara. A mãe, que a dera à luz aos dezessete anos, era uma figura distante em sua vida, e o pai, filho daquela avó adorada, tornara-se um estranho às duas, ora vivendo na China com a segunda esposa e sua nova família.

— Sei que não aprova, Hinata, mas tenho de saber se posso confiar em Lee. — Tenten tinha os olhos marejados. — Ele significa tanto para mim. Lee é tudo o que sempre quis em um homem. Mas… ele saía com tantas garotas antes de me conhecer, antes de se mudar para cá, quando morava em Londres… Ele jura que nenhuma delas significou nada e que me ama, mas…

Hinata não tinha certeza se poderia começar a pensar em assumir um relacionamento com alguém em quem não confiasse… sem necessidade de usar nenhum método escuso para testar sua fidelidade. Mas reconhecia que era muito mais cautelosa no amor do que Tenten. Afinal, seus pais acreditavam estar apaixonados quando fugiram para se ca sar e a conceberam, mas, após dois anos, separaram-se, abandonando o fruto daquele grande amor para ser criado pela avó!

Sua avó, de quem Tenten cuidara com todo o carinho! Ao fitar o rosto transtornado de Ten, soube que não tinha opção, a não ser concordar em fazer parte do esquema louco de Anko.

— Está bem — concordou, desconsolada. — Eu faço. Dispensando os agradecimentos efusivos de Tenten, par tiu para questões práticas:

— Terá de me descrever Lee, Tenten, ou não serei capaz de reconhecê-lo.

— Oh, não terá a menor dificuldade… - afirmou Tenten, com um suspiro. — Será o homem mais bonito lá. Lee é maravilhoso, Hinata… lindo, elegante, tem cabelos pretos e a boca mais sexy… Oh, e ele vai estar, de camisa preta… para combinar com os olhos. Ele sempre usa camisa preta. Eu comprei para ele.

— A que horas ele vai estar lá? — indagou Hinata, prática, disfarçando a contrariedade. — Meu carro está na garagem e, como a casa de vovó fica longe do centro…

— Não se preocupe com isso. Eu a levarei lá — pronti ficou-se Anko, para surpresa de Hinata. A prima de Tenten não era conhecida pela generosidade!

— Sim, e Anko vai pegá-la depois, e levá-la para casa. Não vai, Anko? — insistiu Tenten, agora entusiasmada com a resolução. — Não há ponto de táxi perto do bar, e não queremos que Hinata se arrisque.

Um garçom se aproximou para anotar o pedido, mas Anko o dispensou.

— Não vamos tomar lanche nenhum. Hinata tem de ir para casa se aprontar. A que horas Lee irá ao bar, Tenten?

— Às oito e meia, mais ou menos, acho.

— Ótimo, então, você precisa chegar lá às nove, Hinata

— concluiu Anko. — Passo para pegar você em casa às oito e meia.

Duas horas depois, sozinha em casa, Hinata ouviu a cam painha e desceu a escada para atender. A avó fora passar algumas semanas com a irmã, em Bath. Nervosa, alisou a saia do conjunto preto e foi abrir a porta.

Anko estava sozinha. Haviam concordado em que se ria arriscado Tenten ir junto e ser reconhecida.

— Terá de trocar de roupa — decretou Anko, seca.

— Você parece muito profissional e inatingível com esse conjunto. Lee tem de pensar que é uma garota fácil… lembra-se? E acho que devia usar outro batom… vermelho, talvez, e mais sombra nos olhos. Ouça, se não acredita em mim, leia isto. — Quase encostou em seu nariz uma revista aberta.

Relutante, Hinata correu o olhar pela reportagem e franziu o cenho ao entender os extremos a que chegavam as agentes especializadas em testar a fidelidade dos homens.

— Não posso fazer isto — concluiu, revoltada. — E quanto à roupa…

Anko entrou na sala e fechou a porta.

— Você tem de fazer… por Tenten. Não vê o perigo que ela corre? Está enfeitiçada por esse homem. Ela o conhece há quatro meses e já fala em partilhar com ele toda a sua herança… em se casar com ele… ter filhos com ele. Sabe quanto a tia-avó deixou para ela?

Hinata fez que não. Sabia o quanto Tenten ficara surpresa e chocada ao saber que era a única beneficiária no testa mento da tia, mas educadamente não perguntara qual a quantia envolvida.

Anko não teve o mesmo escrúpulo.

— Tenten herdou três milhões de dólares! — Esperou Hinata se recuperar e prosseguiu na argumentação: — Agora você entende por que é tão importante protegê-la? Tentei alertá-la inúmeras vezes quanto a Lee não ser o que apa renta, mas ela não me ouve. Agora, felizmente, ela começa a desconfiar do pilantra. Hinata, você tem de fazer tudo a seu alcance para provar o quanto ele é indigno. Imagine como ela vai ficar, se ele não apenas despedaçar seu coração, mas ainda lhe roubar todo o dinheiro. Ela vai ficar sem nada!

Hinata sabia o que era passar dificuldade. A avó dispunha só de uma pequena aposentadoria, e ela, desde adolescente, sempre se esforçara para contribuir para a manutenção da casa.

A idéia de perder a independência financeira e o senso de segurança que o salário lhe dava era incômoda e assus tadora. As revelações de Anko só lhe deram coragem, como insuflaram um ímpeto no sentido de proteger a amiga Tenten de um possível aproveitador.

Tenten, a querida e crente Tenten, que ainda trabalhava como enfermeira, apesar da herança, merecia encontrar um homem, um companheiro, realmente digno.E se esse Lee não era… Bem, nesse caso, seria melhor a amiga descobrir logo, antes que fosse tarde demais.

— Talvez, se tirar a jaqueta — analisou Anko. — Você deve ter algum tipo de bustiê sexy para usar… ou até…

— Bustiê, sim — concordou Hinata. — Sexy… não! Reprimiu um suspiro. Era inútil tentar explicar a uma

mulher como Anko que a natureza, ao ser generosa com sua figura, dava-lhe também um problema adicional. Já sabia, por experiência, que não precisava de roupas sexy para chamar atenção dos homens. E, na maioria dos casos, eles não ficavam com vontade só de olhar!

— Você deve ter uma blusinha de malha fina… que po deria usar… bem desabotoada… — insistia Anko.

— Uma blusinha? Sim, tenho uma blusinha — concordou Hinata. Comprara uma quando, por economia, desligaram os aquecedores no escritório. Mas usá-la desabotoada…

— E batom vermelho — insistiu Anko. — E mais sombra nos olhos. E terá de deixar claro para ele que o acha bonito… — Deu de ombros quando Hinata estreitou o olhar. — É por Tenten.

Eram quase nove horas quando partiram para o bar em Hilford, depois que Anko aplicou em Hinata uma maquiagem muito mais carregada do que ela normalmente usava.

Inquieta, Hinata recusara-se a ver no espelho. Tanto ba tom! Sentia os lábios grudentos e mal continha o impulso de remover aquele excesso. Quanto à blusinha desabotoada que usava por baixo da jaqueta… bem, assim que entrasse no bar e estivesse longe das vistas de Anko, abotoaria os três últimos botões. De fato, não revelava mais do que a fenda entre os seios, mas já excedia em muito o que Hinata normalmente permitia.

— Chegamos! — anunciou Anko, estacionando diante do estabelecimento. — Passo às onze… isso deve lhe dar tempo suficiente. Lembre-se… fazemos isso por Tenten.

Nós? Mas Hinata não pôde dizer nada, expulsa do auto móvel. Anko se afastou dirigindo.

Logo, um homem que vinha da direção oposta parou para lhe lançar um olhar de admiração. Automaticamente, Hinata endireitou os ombros e entrou no bar.

Anko dera uma longa lista de instruções, e Hinata abominara a maioria dos itens, sentindo a coragem se esvair. Não sabia fazer caras e bocas, flertando de forma sedutora, como Anko descrevera. Mas, se não fizesse isso, a pobre Tenten acabaria com o coração despedaçado e sem herança!

Respirando fundo, empurrou a porta do bar de executivos.

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Olá! A algum tempo venho pensando em adaptar ( Bem amador, mesmo) algumas histórias para este mundo maravilhoso que está ficando esquecido.

Eu estava pensando, eu venho case todos os dias da semana, na esperança de ter alguma história nova ou um capitulo de alguma das fics que acompanhos, acho que não sou a única, então resolvi aparecer por aqui com algumas histórias.

Lucy-Moon me apresentou um mundo novo, o dos pequenos romances, por ela fui em busca deles e simplesmente me apaixonei.

Por este motivo, venho agora agraciar eles lindo com uma historia de nossa amada Penny Jordan, que é a autora original.

Espero que gostem, sejam bem vindos e bem vindas!