Março de 2010.
Resumo: 1x06 Second Chances. Uma pequena fic sobre o jantar de Grayson e Jane.
Beta: Ninguém. Os erros são só meus.
Advertências: Spoilers do 1x06.
Segunda Chance
- Elemento químico de símbolo Er.
- Érpio?
- Não! – ela disse, rindo pela pronúncia errada – É Érbio!
- Verdade!
Eles começam a rir juntos. Depois de alguns minutos, a risada vai se dissipando levemente, os olhos encontram-se, misturando e confundindo os desejos. Os lábios aproximam-se devagar e um beijo apaixonado é trocado.
- Eu tenho que ir.
Jane acorda de seu devaneio, assustada. Sonhar que lhe contava a verdade, que usava um vestido de noiva, que cantava na frente de toda a corte... Isso tudo era aceitável, mas só porque estava dormindo. Ter ideias e alucinações enquanto acordada... Isso não era nada bom.
- Está tarde, e se chegarmos atrasados amanhã, Parker arrancará nossas cabeças.
- Certo. – ela sorri, tímida – Você está certo.
Ele pega a pulseira prateada que pertence à sua irmã e caminha firmemente até a porta. Pisando no tapete da entrada, dá um giro sob si mesmo e pousa os lábios suavemente no rosto de Jane.
- Obrigado pelo jantar. Me diverti muito.
Ela balança afirmativamente a cabeça, sua mente entorpecida por demasiado para formular uma resposta coerente. Parada à porta, Deb fica observando seu ex-noivo e eterno amor entrar em seu carro e desaparecer pela rua.
Assim que a fechou, colocou a mão no peito. Seu coração, que estivera tão calmo a noite toda, estava disparado.
Não tinha se manifestado quando ele aceitou o convite para comer com ela. Nem quando ele se sentou à mesa. Ou quando começaram a conversar sobre as mais diversas coisas, começando pelo trabalho, passando pelos hobbies e fatos passados e divertidos.
Nem ao menos quando já tinham terminado o jantar e ele retirou o prato de suas mãos, tocando-as brevemente, e levando-os para a bancada da cozinha, para lavá-los. Nem ao menos quando, entregando-lhe uma outra taça de vinho, ele sentou pertinho dela, com o livro de palavras cruzadas nas mãos.
Nem quando, perigosamente perto um do outro, eles começaram a adivinhar as charadas, rindo quando erravam algumas, ou quando se esqueciam de algo óbvio. Estava se divertindo demais para seu coração disparar por um simples toque na mão, ou um encostar de ombros.
Tudo aquilo lhe parecia tão familiar, que não havia motivos para se sentir nervosa. Ele era seu amor e tudo aquilo que viviam agora ela já vivera, de forma diferente, uma vez.
Por isso quando ele lhe disse que precisava ir embora, ela parou um momento para pensar, pois achou estranho. Antes, quando ela ainda era Deb, ele nunca precisava ir embora. Sempre ficava, mesmo quando iam dormir bravos um com o outro por causa de uma discussão boba. No meio da noite, Grayson sempre lhe abraçava, Deb sempre apertava sua mão, e eles acordavam bem.
E naquela noite, Jane dormiria sozinha, pois Grayson não era dela, e ela não tinha ninguém. Ficou acordada até tarde, pensando em como sua vida dera uma grande virada. Finalmente parecia que as coisas estavam voltando a se encaixar.
Tivera o primeiro jantar com Grayson. Era questão de tempo agora, para que o universo voltasse a fazer sentido. Faltava pouco para que eles pudessem ficar onde realmente pertenciam: nos braços um do outro.
FIM
