Um Dia Com Você

By Aiyamoto Becky – Reky Chan

Para todos! Tenham um Feliz Natal e um Ótimo Ano Novo!

Ao acordar, não pensei que aquele dia acabaria tornando-se tão especial para mim. Todos os dias, sem exceção, eram idênticos ao dia anterior. Era tudo tão tedioso que eu não via mais motivos para seguir em frente e levantar-me na manhã seguinte...

Ou seja: minha vida é sem emoção. Nada. Simplesmente nada. Nenhum aumento, alguma notícia que possa me deixar feliz ou até mesmo saber que amanhã é feriado.

Odeio minha vida. Acho bom começar a fazer uma lista do que eu odeio... Pode apostar, pequena é que não será.

1º: Odeio minha vida, como já mencionei;

2º: Odeio meu trabalho – acho que não mencionei que sou editora;

3º: Odeio meu salário;

4º: Odeio quem não me entende quando digo que não sei falar japonês fluentemente – isso porque há uma escritora que é totalmente japonesa e não pára de escrever falas inteiras em japonês, no meio de uma montanha de parágrafos em inglês!

5º: Odeio coisas complexas, pois exigem mais parte de minha imaginação e de meu nada complexo cérebro de mulher de vinte-e-cinco anos;

6º: Odeio quem escreve meu nome direito. Não dá pára perceber que é Kagome e, não Agome?! E é Higurashi e, não RiguraChi!

7º: Mas, à cima de tudo... Eu ODEIO o Natal.

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Para variar um pouco meu histórico diário – modo irônico NA ATIVA! – eu acordei atrasada. Para variar, como eu disse... Realmente: eu mereço, não?

Peguei meu celular – que, para variar, é um modelo tããããão novo quanto Shakespeare! – e disquei o número de Sango, minha ajudante e melhor "colega", por assim dizer. Sou totalmente desprovida de ralações além da tênue palavra colega.

- Pois não? Scott Sango falando.

- Sango! A Kirai já chegou?

- Kagome! Está atrasada! Não tem senso de disciplina, não? Estou te esperando a mais de quarenta e cinco minutos! Não, Kirai Kaede ainda não chegou. Está chegando da viagem para Paris, parece que daqui a meia hora estará aqui.

- Ótimo! Ainda tenho tempo...!

- Acho bom ter tempo mesmo, Kagome. Hoje é um dia muito importante, ouviu? Não ouse se atrasar ainda mais!

E desligou. Foi isso. Desligou bem na cara de quem? Da anta aqui. Da anta da chefa dela! Da anta que a ajudou em momentos de pura pressão! Eu! Quem mais, para variar? Realmente, eu mereço isso, não?

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Dali a vinte minutos eu já estava parada de frente para a porta de meu humilde apartamento. Bote humilde nisso! O problema de estar parada de frente para a porta, enquanto lá fora está a minha superior, chegando de Paris? Simples: a porta está trancada. Eu estou sem a chave – ou melhor, eu não acho a chave. A PORCARIA da chave que deveria estar na minha humilde bolsa, perto do meu humilde sofá, que está perto de minha mais humilde ainda televisão!

'Tá... Eu esculachei agora, não? Fazer o quê? É a vida e por ela somos amaldiçoados...

- Onde foi que ela parou? Quando eu a vi pela última vez? Lembro-me que ontem cheguei tão bêbada de sono que eu... eu... Essa não! No banheiro!

Corri apartamento adentro, indo direto ao meu humilde banheiro – 'tá. Agora encheu esse papo de "humilde". Fazer o quê? – procurei em tudo. E adivinha? Não achei. Sentei-me na tampa da privada e abaixei a cabeça. Mas que vontade de chorar danada... Peguei um papel e enxuguei meus olhos, jogando-o no lixo.

Foi aí que eu vi uma coisa reluzir lá dentro. Aproximei minha cabeça do lixo e lá estava ela! Meu emprego maldito e medíocre está salvo! Não acredito!

Levantei-me já com a chave nas mãos e fui direto para a porta. Finalmente, pude sair daquele aperto do qual eu, infelizmente, chamo de lar.

E adivinha só, mais uma vez?

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Quando cheguei lá embaixo, eu estava tão distraída que saí de dentro do prédio sem perceber que estavam caindo pequenos flocos brancos em cima de mim. Só percebi quando minha roupa começou a umedecer. Isso quando eu já estava há um quarteirão de distância...

- Maldição! Hoje não é o meu dia de sorte.- finalmente sussurrei, concluindo o que já estava bem claro para mim.

Peguei meu celular, só para conferir que horas eram. Oito e vinte-e-nove. Logo depois, mudou para oito-e-meia. Suspirei exausta. Pois é... Estou acabada. Neste exato instante, Kirai Kaede estava chegando ao imenso prédio da Editora Kirai&Kirai.

Estou ferrada, pensei. Nunca chegarei sem um carro. Pois bem, Kagome. Acho melhor voltar.

Como eu estava parada no meio da calçada, era de se esperar que as pessoas pensassem que eu estava esperando alguém. Foi nesse momento que eu ouvi uma buzina. Um táxi – minha salvação, para resumir meus pensamentos naquele instante.

- Ei, moça! Precisa de carona?

Antes mesmo de o taxista concluir a frase, eu já estava dentro do carro.

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Dei rapidamente o dinheiro para o homem e saí as pressas de dentro do táxi. Eu ainda tinha uma chance. Ainda havia uma oportunidade...! Eu ainda podia...

TASH!

Ótimo! Eu poderia se este SER não esbarrasse em mim! Ouviu, SER? Ah! Não tem língua, SER? Que pena, SER! Olha a minha cara de pena!

- Ai! Quem foi o TRASTE que só quer atrapalhar mais ainda a minha ATRAPALHADA VIDA?- gritei, pouco me importando com minha reputação.

- Eu... Desculpe-me, senhorita! Realmente, eu não tive a intenção...!

- Tudo bem.- praguejei.- Você não tem culpa. Fui eu que entrei correndo, pouco me importando com você. É que... eu estou MUITO atrasada, sabe? Ai... A Kirai vai me matar e a Sango vai matar-me mais ainda...

Comecei a recolhei alguns papéis que haviam caído, quando esbarrei com ele. O chão estava tão limpo que até pude ver o reflexo dele. Cabelos cumpridos e castanhos – familiares - , olhos azuis e com um brilho super lindo – muito mais familiar – um sorriso digno de um deus grego – MAIS familiar ainda – e muito, mas muito mais alto do que eu – ESTRANHAMENTE familiar. Estava usando um pequeno óculos, que eu nunca havia visto antes. Foi aí que meu queixo caiu.

- Inu... INUYASHA?!

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Acho que irei decepciona-los por lhes dizer que saí correndo dali. Sei que é um pouco estranho, mas quando eu ouvi o relógio soar que já eram nove horas, meu instinto foi esse. Corri até a sala de reuniões e me desculpei pelo grande atraso.

Era óbvio que Sango estava rubra de raiva e tinha uma expressão de que, após a reunião, ela iria prontamente até mim e não se responsabilizaria por seus atos. Kaede, porém, estava extremante calma e com uma xícara de chá nas mãos.

- Você me disse que estava saindo!- resmungou Sango, do outro lado da mesa.

- Desculpe-me!- sussurrei de volta.- Essa era a minha intenção, se eu não tivesse perdido a minha chave! Eu sinto muito, de verdade!

Depois disso, não dissemos mais nada. Eu e Sango ficamos paralisadas, apenas esperando que Kaede falasse-nos algo. Pelo menos, o motivo daquela reunião tão repentina. Ela, porém, estava mais interessada em seu chá de camomila.

- Senhorita Higurasi. Senhorita Scott. Creio que devo dizer-lhes que estou imensamente feliz por fazer esta reunião com vocês.- disse, nos surpreendendo.- Acho que conhecem a senhorita Handsome Rin, que – segundo boatos – escreverá seu primeiro livro. Ela escolheu nossa editora para publica-lo e este trabalho foi escrito com muito carinho.- ela pousou um bloco de papéis na mesa de vidro. Estavam intitulados como " O Mistério do Natal".- Quero que também o edite e revise com o dobro de cuidado.

- Sim, sim. Claro.- respondeu Sango, por nós duas.

- Ótimo. Saibam que eu poderia ter entregado este trabalho para qualquer otário que trabalhe aqui. Mas saibam que vocês duas não são otárias. Vocês podem revisar este trabalho, pois são dignas. Vocês devem editar este trabalho, pois tem esta missão. E porque eu confio em vocês duas, senhoritas. Por favor, lhes peço para que não me desapontem.

E saiu. A tão temida reunião nos provou não ser tão temível assim.

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Eu estava sentada em meu escritório quando a porta de repente abriu-se. Levantei meu olhar e sorri ao ver a figura que ali estava parada.

- Sabia que, mais cedo ou mais tarde, você viria. Entre e sente-se, por favor.

- Não sei se devo, senhorita Higurashi... Eu estou no meio de meu período aqui...

- Você deve, sim, Inuyasha. Faça-me o favor, sim? Deixe de bancar este menino bonzinho que você não é. E pare de me chamar de senhorita Higurashi. Chame-me como sempre me chamou: Kagome.

- Se assim o diz, Kagome. Quero saber o por que de estar aqui. É digna de muito mais, que eu sei. Estudei com você desde os oito anos. Este trabalho é tão medíocre quanto você dizer que não ama comer macarrão.

Sorri.

- Não como macarrão faz anos. Uns dois, pelo menos. O salário só serve para pagar as contas e fazer coisas pessoais. E você, Inuyasha? O que faz aqui?

- Hãã... Eu? Bem... Eu estou fazendo meio-período aqui, só de manhã. Durante à tarde eu trabalho na empresa de meu pai. Só estou aqui por causa do Sesshoumaru. Maldita aposta...- resmungou.

- Continua o mesmo de sempre, posso ver. Sempre se envolvendo com apostas...

- E o que me diz de você? Só pensa no trabalho...

Levantei-me com um sorriso de escárnio. Fui até um pequeno armarinho e de lá retirei duas taças e uma garrafa de champanhe. Servi as duas taças e entreguei uma a Inuyasha. Depois, eu tomei um gole do liquido e, por fim, decidi falar-lhe.

- Não acredito mais no sucesso profissional. Nada do que me ronda me satisfaz. Nada o que faço me traz alegria ou prazer de viver minha vida medíocre e hipócrita. Tenho uma hipótese sobre o que me move: o ódio de tudo a minha volta.

Então, bebi o resto do champanhe que continha na taça e comecei a aperta-la, até que estourou na minha mão. Sangue começou a jorrar por todos os lados. Inuyasha foi até a minha suíte e pegou papel higiênico, tentando estancar o sangue.

- Sem dúvidas, você está extremamente estranha, Kagome. Quando tínhamos doze anos você era tão... feliz. O sorriso não saia de seu rosto... Acho que foi por isso que me apaixonei por você, naquela época. Agora, está tão irreconhecível. Até estranhei.

- Não me importo com sua opinião, Inuyasha.- dei de ombros, pegando o papel.- Quero que tudo e todos se ferrem e fingirei que nada á comigo. Danem-se!

Inuyasha ficou mudo, mas logo sorriu.

- Você me lembra de mim mesmo, quando eu tinha doze anos. Se não fosse por você, Kagome, com seu sorriso e seu rosto cheio de vitalidade, eu estaria daquele modo até hoje. Quem sabe... quem sabe está na minha hora de te auxiliar, não?

Olhei-o, assustada. Tudo o que ele dissera era a mais pura realidade. E isso me fazia ter raiva, muita raiva. Tanto rancor, que eu seria capaz de chorar bem ali, bem na frente de Inuyasha. Sei que ele já me viu chorar diversas vezes – principalmente por ele - , mas eu estava mudada agora. Eu sou uma mulher, não uma adolescente.

Apesar de tudo o que estava passando em minha cabeça, uma lágrima caiu de meus olhos. Esta lágrima só serviu para puxar outras lágrimas consigo e começar um choro incontrolável.

- Sabia que eu te odeio, Inuyasha? Sabia que eu odeio tudo? EU ODEIO VOCÊ!

Mas ele sorriu. Ele sorriu para mim. Ele me abraçou, mesmo tendo lhe dito que eu o odiava. Isso me era tão familiar...

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- Sabia que eu te odeio, Kagome? Sabia que eu odeio tudo? EU ODEIO VOCÊ!

- Calminha, Inuyasha...- sussurrei, fazendo um pequeno carinho em seus cabelos.- O ódio não é tudo no mundo... Talvez haja alguém que o ame, ou alguém que você ame. Mas não diga que odeia tudo, pois é mentira. Mentira, ouviu? Pode até me odiar, mas eu não te odeio. Quero ser sua amiga, Inuyasha. Será que me aceita?

Então, com seus olhos fartos de lágrimas, ele olhou-me de modo significativo. E eu o abracei. E comecei a chorar junto dele. Finalmente, havíamos nos tornado amigos.

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- Eu me lembro daquele dia...- sussurramos, juntos.

- Em todo caso- disse Inuyasha.- eu quero te convidar para passar o Natal comigo, Kagome. Um reencontro assim não ocorre sempre.

Sorri, limpando as lágrimas e jogando o papel fora. Inuyasha havia me ajudado a ver o que eu mesma dissera para ele, há alguns anos atrás. Aquelas palavras, que haviam sido ditas com muito carinho, agora serviam de lição para mim também.

- Mas e a tradição de família?- perguntei, assustada.

A família de Inuyasha era muito tradicional. Todos os anos, sem falta, eles comemoravam a ceia com todos os membros unidos. Inuyasha não podia, simplesmente falar " Hoje eu não irei porque vou me encontrar com Kagome. É, Kagome. Aquela menina que era minha amiga. Sim, sim. Ela odeia tudo, sim. Mas, com minha esplendida ajuda eu consegui faze-la se curar". Não era tão fácil assim.

- Dane-se a tradição.- eu abri a boca, espantada.- Meus pais estão nos Estados Unidos e Sesshoumaru foi para a Austrália.- ah, bom. Entendi.

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Cinco dias depois, era Véspera de Natal.

Havia marcado um horário no cabeleireiro e feito as unhas. Comprei um vestido negro que ia até os joelhos, de uma alça só. Os cabelos, antes até a cintura e com pontas duplas – até triplas! – estavam até o meio das costas e com mais brilho. Estavam mais lisos e com as pontas cacheadas.

Quando o relógio bateu oito horas da noite, a campainha soou. Era Inuyasha, para variar.

Estava esperando que fossemos até um lugar simples, mas eu estava enganada. Fomos para o Shinkon no Kakera, o restaurante/boate mais conhecido de Londres.

Eu estava ferrada. Havia prometido que pagaria a conta, mas o Shinkon é um lugar muito conhecido por seus altos preços e por ser freqüentado, normalmente, por pessoas da alta sociedade londrina.

- Eu te odeio, Inuyasha.

Ele riu e pousou a mão em minha cintura, me puxando mais para perto de sim.

- Não ligue, Kagome. Deixe que eu pago, se, é claro, você dançar comigo.- e piscou um olho.

- Você sabe muito bem que eu não danço!- disse, um pouco encabulada.

- Não, não sei. Parece-me que dançou muitíssimo bem no baile de formatura da oitava série e do terceiro colegial. Então, não tente me enganar, Kagome. Eu te conheço bem demais. Especialmente, é claro, por eu ter sido seu par nas duas ocasiões.

- Você é muito estraga prazeres, Inuyasha...- fiz beicinho, só para provocar.

- Você é mais ainda.

E seguimos até a mesa que estava reservada em nossos nomes. Logo em seguida um garçom veio nos servir e ficamos conversando. Ao fundo, havia um pequeno palco onde uma mulher cantava uma doce música.

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Eram umas dez e meia quando eu e Inuyasha descemos para o subsolo, onde havia uma imensa discoteca. Ao chegarmos do lado de fora, já dava para ouvir o som da alta música penetrando nossos ouvidos, que começaram a doer.

- Tem certeza?- perguntei, elevando a voz.

- Sim. Vamos nos divertir, Kagome. Como a dez anos.

- Se assim desejar...- dei de ombros, novamente.

A música ficou mais alta ainda quando adentramos o abafado local. Inuyasha logo nos conduziu para o meio da pista de dança, começando a dançar e a me girar, o que me fez rir.

Agitação, corpos suados, casais se agarrando... Tudo isso só contribuía para que nós dois aproximássemos nossos corpos ainda mais. Mais perto... cada vez mais próximos...

Até que nossas bocas se encontraram.

Nem percebemos quando uma voz começou a falar ao microfone.

- Como estão todos? Curtindo? Que bom!- disse ao ouvir aplausos.- Muito bem... Que comecemos a contagem regressiva, sim?
CINCO!

QUATRO!

TRÊS!

DOIS!

UM!

Feliz Natal!

Paramos de nos beijar e colamos uma testa na outra, olhando-nos nos olhos, fixamente. Sorri e o puxei para mais um beijo apaixonado. Afinal, era o que eu mais precisava naquele momento. Eu precisava saber que alguém gostava de mim e que contava comigo. Eu precisava ser necessária para alguém.

- Eu te amo...- ele sussurrou, me fazendo lembrar de algo.

- Eu... esqueci do seu presente.- disse, encabulada.

- Não precisa.- beijou meu pescoço.- Você já é o bastante, Kagome... Minha Kagome.

Sorri com o apelido.

- Mas eu comprei o seu.- ele parou de me abraçar e buscou algo dentro de seu bolso.-Aqui está!

Ele retirou uma caixinha de lá. Essa não! Ele vai me pedir em casamento! Ele vai pedir sua mão, Kagome! Ele vai se casar com você! Ele vai... Ele vai... ME DAR UM COLAR?!

Confesso que fiquei decepcionada, mas sorri do mesmo jeito. O colar era de ouro branco e havia um pingente de coração com nossos nomes escritos. Dentro, havia um pequeno espaço para colocar duas fotos nossas. Fiquei tão emocionada que comecei a chorar.

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Cinco anos depois...

- Kagome-chan! Finalmente chegou! Ah! Você terminou de revisar " O Mistério do Natal III" ? Nós precisamos dele para semana que vem.

- Sim, Sango-chan. Terminei!

- "O Mistério do Natal", hein? Bom livro, boa história...- disse um rapaz, segurando uma taça vazia nas mãos e com um sorriso no rosto. Era Brith Miroku, o noivo de Sango.- Não sabia que você havia revisado. Parabéns, bom trabalho, Kagome.

- Obrigada.

- Mas, também...!- Inuyasha disse, aparecendo atrás de mim.- A Kagome pode tudo! Afinal, tem esse maridasso aqui do lado, não é, linda?- e beijou-me o rosto.

- Inuyasha! Assim você me deixa envergonhada!

Ao longe, um choro foi ouvido. Eu e Inuyasha logo nos levantamos e fomos correndo para um quarto da grande casa. Digamos que esta casa não era nada humilde. Havia um berço bem no centro do quarto. Aproximei-me e peguei o bebê no colo.

- Shh, Amber... Calminha. Nós te acordamos, né? Nos desculpe, por favor, minha linda...

O bebê se acalmou. Inuyasha aproximou-se e passou a mão na cabeça de Amber, logo a pegando de meu colo. Sorri e vislumbrei a cena diante de mim.

Pai e filha sorrindo. Havia coisa melhor? Sim, passar a noite de Natal com meus amigos e minha família.

Sabe... O Natal, apesar de tudo, não é tão ruim quanto eu imaginava... Pelo menos, é o que eu penso agora. Tudo graças ao Inuyasha, é claro.

Finalmente, pude descobrir o que é doce e bom na vida – ter algo que você sabe – ou melhor, que você tem certeza – que nunca te deixará na mão.
Comigo, pelo menos, é assim...

FELIZ NATAL E UM ÓTIMO ANO NOVO!

( ...Antecipadamente... )

By Reky Chan

PS: Sete folhas basta, né?