Nota da Autora: Fanfic não betada, portanto perdoe-me por quaisquer possíveis erros. Frase final inspirada na música What Sarah Said, da banda Death Cab For Cutie.
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A Question For Granger
Penso que meu instinto de obsessão e ódio para com Hermione Granger deve-se ao fato de que eu necessite ter domínio sobre tudo, e quando não consigo esse controle, não posso deixar de me sentir ameaçado por ela. Então, ajo de forma negativa e passo a odiá-la. Eu gostaria que ela pudesse ver o potencial que existe entre nós, apesar de tudo. É como se as coisas estivessem bem claras, mas estivéssemos impedidos de ver a verdade, como se fingíssemos ser cegos.
Essa divisão de papéis entre inimigo e amante me enlouquece aos poucos, apresentando-me a sociedade como o primeiro e para Granger, como o segundo. Eu tento odiá-la, e até mesmo escrevo sobre isso, e às vezes até mesmo o sinto, e sabendo que tudo isso é recíproco, alimenta ainda mais a minha insanidade.
Nós estamos na página errada do livro errado, com olhares e intensidades erradas, mas gostamos de arriscar mesmo assim. Sentimos estranhas euforias e estranhas depressões, mas mesmo assim continuamos aqui. Eu quero testá-la até o limite, até que ela implore de joelhos para que tudo acabe ou até que ela passe a aprender a gostar. Em ambos os casos seria algo doentio, mas o que nesse mundo não é de fato confuso?
Nesse exato momento, eu só almejo uma perspectiva espelhada, em que a atração que sentimos um pelo outro sempre seja maior que o desejo de destruir, ou o fim não justificará os meios, a menos que a definição de amar seja assistir alguém morrer.
Então, Granger, eu te pergunto: Quem vai te assistir morrer?
