All about love.

AMOR-TE
AMORTE
A MORTE

Era só sangue.
Sangue seco.
Sangue novo.
Sangue puro que foi sujado.
Sangue dela em minhas mãos.

-x-

Ela costumava dizer que te amava, mas você nunca a amou não foi? Amor nunca foi tão importante para você, você só gostava dela, sentia-se bem do lado dela, somente isso...
Ela que elevava o amor às alturas mais altas, falava de você todo o tempo, ela te amava. Amava tanto que se entregou no seu lugar.
Ela veio até mim, mesmo sabendo de todos os perigos, mesmo correndo todos os riscos, mesmo sabendo que iria morrer.
Você tentou salva-la não foi? Mas falhou, novamente. Sua primeira falha foi deixá-la me procurar, afeiçoar-se a mim, foi deixá-la me amar.
No começo eu era só um amigo, que ouvia os lamentos e as juras de amor que ela tinha fazia por você, no começo eu era somente Tom Riddle, ou para ela somente Tom, somente a única pessoa que a ouviria.
Ela te amava, ela me amava também. Eu fiz ela me amar, manipulei-a, tentei-a, só para tê-la em minhas mãos, para ela ser minha marionete, meu brinquedo, minha pequena menina feita de cacos de vidro.
Ela dizia que era errado me amar, que deveria amar somente uma pessoa. E que essa pessoa deveria ser você, mas no fundo, ela sempre soube que o amor que sentia por mim não iria ter fim, nunca. Pois eu era tudo que ela queria, amigo, homem e cúmplice. Ginevra foi minha de todas as formas.
Eu sempre dizia a ela que o amor era inútil, que era um sentimento fraco, estúpido, que só servia para os fracos, como ela. Mas mesmo assim ela dizia que amava, pois somente o amor salvaria a alma dela, mas o que ela não sabia era que o amor era o seu pior inimigo.
Foi por amar demais que ela poupou a sua vida dando a dela. Dando a mim o próprio sangue. Todo o amor dela se resumiu em morte. Eu fiz todo o amor dela esvair-se pelas veias e artérias do corpo.

-x-

O primeiro corte, seu nome escapa pelos lábios fracos dela.
O segundo corte, meu nome escapa pelos lábios fracos dela.
O terceiro corte... Silêncio... Ela já não pode falar.

-x-

VOCÊ NUNCA A AMOU.
EU NUNCA A AMEI.
ELA NUNCA FOI AMADA.
NEM SERÁ MAIS.
NUNCA MAIS.
ELA ESTÁ MORTA
E A CULPA É SUA.
TODA SUA.
ELA ENTREGOU-SE A MIM, POIS TE AMAVA.
POIS TE AMAVA.