Nome: MORTE
Autor: Doomsday
Tipo: Ficlet
Gênero: Romance/Drama
Classificação: M
Personagens/Casais: Harry/Pansy

Item: Vestido Branco

N.A.: Sim, eu tenho problemas, sim, eu sei. Fic feita para o I Challenge de Crimes do MM, mestrado pela Miih. Adorei e adorei escrever isso, sério. Apesar de achar que vou zerar no item, esse plot me perseguiu até que eu escrevesse, e se vocês lerem a primeira letra de cada parágrafo, tem uma mensagem. ;D

E a Colombina betou, amei o comentário. Valeu! *-*

Bom, se gosta, aproveite.

Se não gosta, boa sorte e clique em Voltar ou X.

Se vai se arriscar, valeu!

Não ganho nada com essa fanfic e por escrever com essas personagens. Nenhum deles me pertence, pois se me pertencessem tudo seria muito diferente.

Boa Leitura.


MORTE

por Doomsday

"Em quantos dias você consegue me matar?"

"Oito dias."

"Porque oito?"

"Eu gosto desse número."

Morte. Ela prometera por entre beijos, por entre sussurros. Eu pedi e ela apenas enganou-me. Parkinson conseguia ser a pior espécie de ser humano que anda nessa Terra, mas, ao menos, era minha. Olhei-a enquanto ela me confirmava que me mataria. EU já não queria viver, eu queria apenas deixar de existir, e queria que fosse pelas mãos dela; pelas mãos da mulher que há dois anos consegue afundar-me mais e mais em minha própria miséria. Ela não escolheu lado, nem meu, nem de Voldemort; ela escolheu o lado dela. E quando venci, ela continuou sem escolher lados.

Os olhos castanhos com cabelos pretos estão em minha vida há dois anos; dois anos que acabam hoje. Oito dias que ela prometera me matar e hoje cobrei. Ela sorriu, achando graça que a tivesse cobrando sobre isso. Eu apenas continuo a esperar; Pansy tem que ser minha morte. Não o lado que me odeia, não o lado que me ama; ela. Eu a beijo, odiando o gosto de cigarro preso nos lábios pintados de vermelho. Ela puxa algo do decote do vestido branco, algo que brilha com a luz da sala.

Rápida, sem pensar duas vezes. Pansy crava seja o que for em meu peito, sentando-se em meu colo, olhando-me bem dentro dos olhos. Sem remorso, sem dor, sem sentir-se o pior ser humano. Pansy não sente nada. Ouço-a dizer algo, mas ela crava outra vez a lâmina em mim, dessa vez, em meu pescoço, olhando novamente em meus olhos; e conforme minha cabeça pende, vejo o vestido branco - imaculado - banhar-se de vermelho.

"Tudo por você, Harry." A voz dela diz baixo em meu ouvido o que sempre quis escutar, e fecho meus dedos no tecido branco, no vestido branco que mancha-se de vermelho-sangue. Meu sangue. Ela retira a lâmina, limpa no vestido maculado, meus olhos pesam, mas ela continua no mesmo lugar, dessa vez cravando a lâmina bem onde deveria existir meu coração. E se ele existisse, seria dela. Desse ser sem humanidade, sem opções a fazer; o vestido branco afasta-se. Falta de ar, de sangue, de Pansy Parkinson. Ela cumprira o que me prometera, e com apenas oito dias pois era um número que gostava. Ela não liga, balançando o vestido branco à minha frente, como se dançasse.

"Eu te amo." Ela diz, beija-me na boca, fria, quase morta. E o ar falta, o sangue seca, a morte chega, e Pansy se vai. Mata-me, dança e continua a ser ela mesma. Minha morte, seu crime, a frase que eu nunca pude dizer, a frase que ela sempre quis, e precisou, escutar. A morte. O fim.

Fim