Ola eu espero que gostem da fic. Gostaria que vocês comentassem pra poder saber o meu desempenho, comentem o que poderia melhorar, o que não gostaram, o que gostaram, enfim, comentem! :D hehe.
Era uma tarde, a tarde do dia 17 de dezembro de 2010, exatas 24 horas antes do seu aniversário, sua empolgação era surpreendente, aliás, a sua NÃO empolgação era surpreendente. Seu sentimento era totalmente o contrário, em seu rosto escorriam lágrimas, seu coração palpitava bruscamente, sua leve maquiagem diária já não passava de borrados manchando seu lindo rosto, sua feição era de raiva mista de angústia e sofrimento. A causa dessa dor imensa só podia ser seu namorado, ou melhor, o seu ex-namorado. Rachel não agüentava mais tanta dor provocada por um único individuo. E o motivo era sempre o mesmo: Santana! Finn insistia em sempre ficar do lado da líder de torcida, e como se isso não bastasse, ele teve a infelicidade de comentar os 'novos seios' da menina enfrente a namorada e agia com indiferença. Rachel cansou, passou a enxergar os fatos reais, e principalmente o fato de nunca ter sido valorizada da maneira que merecia.
Enxugou as lágrimas, levantou da cama, lavou o rosto e prendeu o cabelo, deu um verdadeiro 'Up' em sua aparência, não podia ficar sofrendo ali pra sempre, resolveu de vez esquecer Finn Hudson!
Ainda indisposta, resolveu permanecer no quarto e descansar o resto da tarde. Esparramada na sua cama, com um vestido branco de flores rosas. Rachel mudava de canal sem parar, tentou prestar atenção em um programa bobo qualquer de fofoca que passava no meio da tarde, mas foi inútil, seus pensamentos voavam para outro lugar, estavam bem longes por sinal. A garota que se encontrava perdida na sua imaginação, logo fora acordada de surpresa por uma mensagem em seu celular:
-"Rach, 'Evita' passando na Fox agora, corre"
Era seu amigo, seu melhor e único amigo, Kurt. Com o passar do tempo de convivência e com os gostos em comum, Rachel e Kurt foram ficando cada vez mais próximos, até se tornarem verdadeiros amigos.
Rachel tinha uma paixão inexplicável por esse filme, para ela um dos melhores musicais.
'Don't Cry For Me Argentina' era a música que estava tocando, seu coração já não batia tranquilamente, ela ficou agitada, e sua primeira reação foi dizer uma palavra que apesar de lhe trazer más recordações, ainda tinha o poder sobre o seu coração:
- Jesse – Foi instantâneo e automático, não conseguiu evitar, sua voz saiu fraca e baixa, mas seus pensamentos gritavam esse nome.
Ela sabia, aliás sempre soube, que nunca conseguiu esquecer Jesse, depois de conhecê-lo seus sentimentos mudaram, ela sempre tentou enganar o seu coração, principalmente quando aceitou voltar com Finn, mas ela apenas estava buscando um amparo, alguém pra te proteger, depois de tudo o que aconteceu entre ela e líder do 'Vocal Adrenaline', se tornou muito mais frágil e vulnerável, alvo fácil de gozações e acusações. Apesar de as vezes ser um idiota, Finn pulava na frente de qualquer um para proteger Rachel, isso é fato. E ela sentia-se segura com ele. Mas quem estava tentando enganar? Ficar com alguém por proteção não trazia felicidade, aliás, ela se encontrava muito infeliz.
Rachel tentava esquecer Jesse, mas cada tentativa só fazia esse amor aumentar. Ela permanecia com raiva dele, afinal, ele quebrou o coração, humilhou, e usou ela, mas era mais forte, incontrolável, a tempos que não o via, mas tudo em sua vida lembrava ele, até o fato de respirar, ele sempre dizia para ela:
'Rachel, enquanto eu respirar vou continuar amando você, caso pare de respirar, vou continuar amando mesmo assim.'
Era uma frase que sempre causava risos nela, mas risos carinhosos, seguidos de beijos apaixonados.
Sua férias não estavam indo como planejara, estavam um desastre em comparação ao que havia imaginado.
Na manhã seguinte, do seu aniversário, Rachel acordou, se arrumou correndo, e desceu para o café, naquela noite, ela havia refletido muito sobre tudo o que andara acontecendo, e decidiu que necessitava de uma viagem, necessitava da cidade de seus sonhos. Demonstrando animação e ansiedade ela decidiu contar aos seus pais o que havia planejado.
- Pai...e... pai, eu preciso pedir uma coisa. Eu quero viajar. Quero ir pra Nova Iorque, eu posso ficar na casa da tia Mary, ela já havia insistido algumas vezes para que eu fosse lhe visitar. E não vejo hora e ocasião melhor. Vocês sabem o drama que tenho passado com Finn, e a pressão do Glee Club, enfim, espero que vocês entendam a minha necessidade de estar no lugar onde será a minha casa no futuro, o lugar que eu mais aprecio, onde todos irão me pedir autógrafos e gritar o meu nome um dia. – Ela falava rapidamente, sem permitir interrupção e com enorme entusiasmo.
Seus pais não responderam instantaneamente, ainda estavam absorvendo toda aquela idéia. Trocaram olhares intensos, como se um pedisse socorro ao outro.
- E então? O que acham? – Essa intensa troca de olhar foi cortada por Rachel, estava tão animada, que não sabia em que estado ficaria se recebesse um não como resposta.
Leroy o pais, mais sério, autoritário e protetor de Rachel adorou a idéia. Quanto mais longe estivesse das pessoas que quebraram o coração de sua princesa, melhor. Pelo menos por um tempo. Apesar de aparentar estar apreensivo, não conseguiu conter um enorme sorriso em seu rosto ao ouvir a intenção da filha, ela queria esquecer tudo, Jesse, Finn, Puck, Glee Club, Shelby...
- Ok Rachel, hoje mesmo ligo para a tia Mary, e reservo sua passagem, lembrando mocinha que irei relevar o pedido em pleno dia do seu aniversário, não teria como dizer não.
O sorriso que foi aberto em seu rosto não poderia ser maior e mais sincero, imediatamente levantou e deu um grande beijo seu pai.
Apesar de que se sentiu um pouco frustrada a não ser contrariada com nenhuma frase melancólica do tipo 'Mas como você pode querer ficar tão longe da gente?'
'Não consigo ficar longe de você muito tempo princesa'. Mas resolveu guardar a sua frustração. Era o melhor presente de aniversário que poderia ganhar, ir para Nova Iorque, assistir inúmeras peças em cartazes da Broadway, andar pela cidade até se cansar. Não Via a hora de embarcar.
Continua...
