Boa tarde, amigos lindos! Quanto tempo!
Pois é, andei sumida porque o final de curso está me consumindo, além disso canto numa banda e estamos empenhados em nossas composições, então quando tenho tempo livre dedico minha inspiração para compor letras. A propósito, nosso primeiro single está a caminho! Sigam-nos no Facebook, é só pesquisar "Opera Queen", no Instagram e Youtube "operaqueenband" (momento merchan, desculpem XD).
Então, quando finalmente encontro uma brecha para retornar ao mundo das fanfics, só consigo ter ideias para uma fanfic sobre o universo Inuyasha. Fogo, né? Eu sei... MAAAS, não quero ninguém pensando que desisti de A Minha Queda Será por Você, tenho alguns rascunhos prontos, só que a minha inspiração, no momento, está voltada a essa coisinha que estou começando a publicar agora e venho compondo em minha mente há algum tempo... Peço que tenham paciência e deem uma chance a esse pequeno enredo que ESPERO não passar dos vinte e poucos capítulos.
Vocês podem perceber que o texto está mais curto (AMÉM), pois essa trama não é CHEIA de OCs, cada um com um drama diferente, e será voltado ao ponto de vista da personagem principal, mais do que de qualquer outro personagem. Até porque, todos aqui conhecemos as tragédias dos Originais da Rumiko, certo? Então estou aqui escrevendo uma pequena versão minha.
Alguns de vocês notarão que estou usando a mesma personagem de Em Algum Lugar no Passado. Desde já, aponto que essa fanfic NADA TEM A VER com a primeira que escrevi, inclusive usei o mesmo nome e características físicas da personagem simplesmente porque gosto muito e porque pareço ter um "fetiche" em casais de etnias diferentes, principalmente misturas entre ocidentais e orientais. É tão lindo (insiram corações e flores fofas aqui)! Então, desprendam-se de Em Algum Lugar no Passado, e apeguem-se à minha Teia de Mentiras, afinal, já estava com saudades de narrar contos sobre meu amorzinho Nana-kun! Não quero falar mais nada para não estragar. Boa Leitura!
Teia de Mentiras
Capítulo 1– Estranha no Ninho
"Essa não, eles estão vindo!" — puxou a sela de couro, o cavalo de pelos alourados empinou seu corpo e aumentou a velocidade. A carroça simplória balançava-se toda como se fosse desmontar, as rodas saltavam sobre pedras e lamas, galhos finos chocavam-se às laterais e largavam folhas verdejantes pelo caminho. Ela olhava para trás, ofegante, depois para frente e para os lados, procurando um atalho diferente, uma saída, um meio de se esconder daquele grupo de homens adornados por nobres armaduras.
— Pare, mulher, é uma ordem! — o líder, montado em um pangaré negro, gritou enquanto aproximava-se o suficiente para tocar a carroça e segurar-lhe por uma das tiras de madeira que a compunha.
Em dado momento, saturada por perpassar rochas pontiagudas, uma das rodas se soltou e o transporte simplório atolou-se na terra lamacenta. A jovem misteriosa desequilibrou-se por curtos instantes, porém conseguiu não cair para dentro do compartimento coberto de seu veículo, ao invés disso, desamarrou as cordas que atavam seu esguio equino as hastes e num pulo sentou-se no lombo aveludado, apertou-lhe as costelas com os calcanhares e embrenhou-se no mato. Sua capa de seda branca e bordados dourados encardia-se conforme a terra subia em nevoeiro amarronzado.
— Vocês, investiguem o que há dentro da carroça! — o líder ordenou para uns, enquanto orientou outros: — Vocês, me ajudem a cercá-la!
A mata fechada acabava em um desfiladeiro. As patas dianteiras do cavalo cor de caramelo deslizaram e deixaram cair pó de terra metros abaixo, perdendo-se na neblina. A jovem o fez frear e recuar, e se tivesse esperado mais tempo, talvez os dois tivessem se espatifado depois de uma longa queda. Ela engoliu seco, virou-se para trás e viu uma parede de homens encarando-a, todos com suas espadas empunhadas, apontando-lhe os fios que reluziam o sol alaranjado do crepúsculo.
— Mestre! — as portas arrastaram-se, por trás dela, dois homens traziam uma mulher pelos braços. Assim que entraram no nobre salão, atiraram-na de joelhos sobre o piso lustroso e arrancaram-lhe o capuz à força. O homem magro arregalou os pequenos olhos ao vislumbrar a aparência da criatura.
As ondas flamejantes caíram feito cortina sobre os ombros e busto, cobriam-lhe o rosto até o momento em que um dos algozes que a trouxeram ergueu sua cabeça, puxando-a pelos cabelos. Seus olhos grandes e redondos se revelaram – azuis, como um céu de verão.
— Uma youkai que circulava pelas redondezas. — outro homem, o responsável pela sua captura, entrou calmamente e retirou o "elmo esquisito" – como ela definiria – então, curvou-se respeitosamente diante do sujeito sentado sobre o tatame, segurando um pequenino copo de porcelana em mãos.
— Já disse que não sou essa coisa de que me chamam! — ela, em tom irritadiço, bateu na mão do soldado que a segurava pelos cabelos para em seguida ajeitá-los — Isso é um mal entendido, my lord. — e levantou-se, o peito subia e descia incansável.
Quando ela deu por si, os homens riam de seu sotaque, todavia ainda a encaravam com ares de suspeita.
— Toma-me por idiota? — ele bebeu calmamente o saquê, depois pousou o copo à frente — Não existem mulheres com tais características como a sua. — rolou os olhos negros pelas madeixas alaranjadas e, por fim, mirou-se nos olhos. — Tirem a capa dela, vejamos se está escondendo alguma coisa.
Imediatamente os sujeitos desamarraram o laço de fita abruptamente e arrancaram-lhe a mortalha, desvendando um vestido que combinava com os orbes – azul celeste – trançado à frente, cheio de bordados delicados nas extremidades, as mangas tecidas em veludo e seda branca.
— Insisto, my lord, sou apenas uma simples mulher que estava de passagem!
— Simples? — o samurai responsável pela sua captura riu sarcástico enquanto tocava-lhe a saia nobre, e em seguida, contornava-lhe o delicado cinto dourado com pérolas e pedras arroxeadas cravadas — Tragam os bens que ela carregava em sua carroça. — ordenou a dupla que dantes apertavam-na pelos braços.
— Tudo o que tenho consegui com meu trabalho honesto! — estapeou a mão do sujeito e afastou-se.
— É muito ousada para uma mulher comum! — o samurai deu um passo avante, os olhos em brasa colocavam-na em uma pira incendiada por si só. Enquanto isso, o senhor ali sentado divertia-se à custa dos dois.
Sem demora, os outros sujeitos retornaram trazendo vestidos finos, desenrolando-os sobre o piso como se fossem lindos tapetes. A ambição cintilou em cada traço do dono das terras. Ele dedilhava a seda, o veludo, e admirava as cores vívidas das peças. Até então, a mulher não parecia se importar tanto. Eis que um homem surgiu com um objeto dourado nos braços. Antes que o jogasse displicentemente ao chão como fizeram com o restante, ela agarrou-se à coisa e tentou tomar-lhe. Foi puxada contra a vontade e teve uma espada apontada ao pescoço.
— Oh, pelo visto isso é muito valioso para você! — o dono das terras aproximou-se do objeto e dedilhou as cordas — Diga-me, quão mágico é esse objeto curioso?
— É o meu instrumento de trabalho, um instrumento musical, nada mais. — tentou manter a calma sem perder a altivez — se quiser, posso mostrar ao senhor o que ele faz.
— Mestre, com todo o respeito, isso deve ser uma armadilha! — o homem de sua confiança apelou. Todos ali pensavam o mesmo, inclusive o senhor feudal.
— Se eu realmente fosse uma youkai, todos nessa sala já estariam mortos. — a jovem afirmou sem titubear.
— Se não é uma youkai, então, o que você é?
— Uma estrangeira. — fechou os olhos e respirou fundo, impaciente — Uma estrangeira e só.
— Mestre, eu não acredito nela. — o samurai insistiu na intuição própria — Devemos cortar-lhe a cabeça antes que ela corte as nossas, ou desgrace as suas terras.
Ela empalideceu no ato, o silêncio do sujeito mais velho parecia dizer por si só qual seria o seu destino. Viu-o fitar cada súdito, em seguida, fitar-lhe de cima a baixo e, acenar positivamente com a cabeça.
— Ajoelhe. — o samurai ordenou.
— Não, vocês estão cometendo um grande erro! — Ela persistiu e persistiu, tentou lutar quando os homens agarraram-lhe os braços novamente, sacudiu as pernas até ser forçada a pôr-se de joelhos. Sentiu dor ao ter o cabelo puxado novamente, e não se cansou — Sou apenas uma estrangeira!
— Desista, não há ninguém por você. — o samurai decretou.
— Eu acredito nela. — Uma voz inédita, de alguém que não estava lá até o momento soou. A silhueta se mostrou por trás de uma grande porta às costas do mestre do castelo.
Assim, ele surgiu diante dos olhos de todos – sereno e em trajes claros – com o caminhar leve de uma pluma, olhos castanhos e misericordiosos, vastos cabelos negros que escorregavam pelas costas até atingir a cintura.
— Jovem mestre! — os súditos foram pegos de surpresa.
— Qual é o seu nome, senhorita? — suave, perguntou à prisioneira, ajoelhado também, de modo que os olhos de ambos mantinham-se nivelados, contrastando ocidente com oriente.
— Annabelle Rose... — sussurrou aliviada por aquela presença repentina.
— Hitomi, ela pode ser perigosa — o mais velho alertou.
— Pai, não se preocupe, sei o que estou fazendo. — e ergueu a mão à criatura que considerava indefesa. Ela cativou-lhe a maciez e quentura, levantaram-se juntos graciosamente, olhos cerúleos recaíam sobre os de avelã. Não havia mais uma lâmina fria a cutucar a pele rósea e delicada. — Mostre o que sabe fazer. — disse em tom de pedido. Ela acatou.
— Preciso de um banco. — pediu, e o jovem mestre fez com que ela fosse atendida.
Então, Annabelle ergueu seu instrumento, embora fosse pesado, e, sentada sobre o banco, começou a dedilhar as cordas. Filho sentou-se ao lado do pai e, quietos, observaram cada movimento. Uma criada serviu-lhes saquê enquanto eles se deleitavam a ouvir uma melodia diferente e angelical. E, se já eram deslumbrante apenas os sons das cordas, quando a forasteira abriu os lábios e libertou a voz, cantando palavras em idioma desconhecido, todos se sentiram completamente enredados, principalmente o belo rapaz que a olhava incansavelmente, a ponto de ela notar, abrir os olhos e encará-lo enquanto executava o seu trabalho.
— Agora compreendo como conseguiu fazer essa pequena fortuna. — o mais velho da sala comentou — E, quem sabe, não pode ajudar a aumentar a minha? — mostrou os dentes em um sorriso nada agradável.
— My lord, agora que sabe que não sou uma ameaça, pensei que me deixaria ir... — o corpo inteiro tencionou e ela sentiu um arrepio percorrer a espinha.
— Pai... — o rapaz tentou interceder.
— Arranjem um aposento qualquer para ela, agora essa mulher trabalha para mim.
— O quê? Não! — Já estava cansada de ser arrastada pelos braços — Não podem fazer isso comigo! — e os apelos foram todos em vão. Quando deu por si, já estava jogada em um cômodo pequenino e sem móveis, somente com um duro tatame onde ela poderia se deitar. Bateu à porta, tentou abri-la, estava trancada por fora. Foi à janela, protegida por barras de madeira, tentou arrancar uma, mas não era forte o suficiente. Andou em círculos pelo cubículo, pensando em alguma maneira de escapar. Sentia-se estúpida por acreditar que as coisas melhorariam depois de ser salva pelo belo filho do senhor do castelo. — Isso não vai ficar assim! — prometeu a si mesma e puxou um pingente em formato de lua, escondido até então em seu decote. Uma luz ebúrnea e sutil o envolveu, assim que ela percebeu, balançou a cabeça como se reprimisse a si mesma e escondeu a peça novamente — Tem que haver outro jeito...
Continua...
É, gente, eu espero que com esse pequeno prólogo vocês já tenham começado a entender a proposta... é tudo o que posso dizer até então.
Gostaram, não gostaram, sugerem alguma coisa? Por favor, aceito comentários!
Prometo fazer o possível para postar logo o próximo capítulo, já tenho algumas coisas prontas...
Kissuuuuus e até a próxima!
PS: Quando eu tiver algum tempo, arranjo uma imagem melhor para representar a fanfic. Que fique claro que eu não possuo direito algum sobre a imagem aqui postada, ela serve apenas para representar a fanfic, todos os criador que infelizmente não sei quem é, encontrei a fanart no Pinterest e achei bonita! S2
