Oi, pessoal! Como prometido, começamos, hj, uma novíssima fic! Bom, não escrevi tão recenemente assim, já faz uns dois meses q terminei, mas enfim... Foi a última que terminei e não escrevi mais nada de Saint Seiya desde então xD Essa será p/ Dohko-sama!
Finalmente consegui fazer uma fic curtinha... Q deixou parcendo q levou mó era pras coisas acontecerem, sim, mas sem ficar enrolando demais. Achei q enrolei mto na fic do Shaka... Será q enrolei? Bom... O importante é q queria escrever algo menor depois daqueles intermináveis onze capítulos, e consegui! Então... Aproveitem, pq tem só cinco capítulos essa aqui!
Então... Vamos a ela! Espero q gostem. Boa leitura e Comentem, onegai! ^-^v
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Casamento Arranjado
Capítulo I – O Início de Tudo:
A família Liang e a família Suei eram amigas há gerações, estavam ligadas por fortes laços e sempre unidas quando tinham de combater. Todo o exército imperial conhecia sua aliança. Então eles decidiram unir suas famílias, tornando-as uma só. Por isso o pai dela e o pai dele resolveram casar seus filhos. A menina acabara de nascer, o menino tinha oito anos, e quando soube que tinha uma noiva prometida, recém-nascida e que ele ainda nem conhecia, o garoto não estranhou, esse era o costume e ele até ficou feliz.
- Espero que ela seja bonita e prendada quando crescer! – disse animado.
- Com certeza será. – respondeu o pai – Pois a mãe dela o é.
Um ano depois, um grande alvoroço se espalhou pelo país, guerreiros muito poderosos em armaduras negras invadiam as vilas e destruíam tudo pelo caminho. Liang e Suei lutaram juntos novamente, mas os inimigos eram poderosos demais. O menino segurava a espada do pai ferido, tentando proteger sua mãe e a mãe de sua noiva, que tinha a bebê no colo, mas nada que fazia poderia sequer tocá-los. O menino estava quase morto aos pés do guerreiro maligno, a mãe chorava e pedia pela vida do filho, enquanto os pais tentavam se erguer para lutar. Foi neste momento que um dos agressores, tentando arrancar o bebê dos braços da outra mulher, teve a cabeça decepada num só golpe que deixou seu sangue jorrar sobre as pessoas.
O homem que apareceu era alto e vestia uma armadura imponente e prateada, tinha cabelos longos, lisos e grisalhos, e duas pintas sobre os olhos sérios. Parecia em plena forma, apesar do físico já muito envelhecido.
- Quem é você desgraçado? – bradou um dos inimigos.
- Hakurei de altar, Cavaleiro de prata de Athena. Vim mandá-los de volta para o inferno, espectros. – respondeu calmamente.
E, quando atacado, acabou com todos num único e poderoso lampejo de energia. Ninguém podia imaginar que pudesse existir tamanho poder. O estranho ajudou-os a se erguer, levou-os para casa e tratou suas feridas, jamais poderiam encontrar como agradecê-lo. Na hora de sua partida, o garoto correu até ele.
- Senhor Hakurei! – o homem olhou para ele – Por favor, me leve para esse lugar que chama de Santuário!
- Por que quer isso, menino?
- Quero ser forte como o senhor, para poder vencer qualquer dificuldade e para poder proteger minha família e as pessoas que amo!
Hakurei olhou para os dois casais, que estavam surpresos. A mãe chorava de preocupação, mas o pai sorriu e disse:
- Se esse é o desejo de meu filho, então será uma honra para a nossa família.
Foi assim que o pequeno garoto se despediu dos pais e partiu para se tornar um Cavaleiro poderoso, não sem prometer voltar para desposar sua prometida.
- Não devia fazer tais promessas... – disse Hakurei, já longe dali.
- Por quê? Eu desonraria minha família se não voltasse.
- Um Cavaleiro de Athena nunca pode prometer por sua própria vida.
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Mais nove anos se passaram, a garotinha estava diante da mãe, que lhe penteava os cabelos.
- Mamãe, quando conhecerei meu noivo?
- Ora, Shing, uma das virtudes da boa esposa é a paciência. Basta saber que o conhecerá quando se casarem.
- Por que ele foi embora?
- Para se tornar um grande e poderoso guerreiro e poder protegê-la.
- Então, se eu precisar, ele virá me salvar?
- Sim. Os Suei são muito honrados e sempre cumprem sua palavra.
- Qual o nome dele?
- Dohko...
A menina sorria, com o rosto corado, ela tinha lindos olhos cor de mel e cabelos sedosos e negros como o ônix.
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Mas, naquele ano, os espectros voltaram a atacar, como daquela vez. Shing não se lembrava, mas as histórias de sua mãe eram suficientes para apavorá-la. Não tardou para que seu pai e o pai de seu noivo caíssem em combate, e logo depois suas esposas foram brutalmente assassinadas. Seu irmão saíra para tentar combater, tinha apenas quinze anos, mas não ficaria parado, mas ele também estava caído no campo de batalha. Dentro da casa, o espectro horrível se aproximava dela com um sorriso macabro no rosto. A menina, sentada no chão, se arrastava para trás, para o cantinho do cômodo, cheia de pavor, com lágrimas escorrendo pelo rosto.
- Não tenha medo, gracinha... Só vamos brincar...
- Fique longe de mim! Meu noivo virá me salvar, daí você vai ver só! Ele é um Cavaleiro muito poderoso! É Dohko de Libra! Meu irmão me contou!
- Ora é mesmo...? Dohko...? Não sabia que ele também era pedófilo. Hahaha! Ele não virá. Está muito ocupado no castelo de Lorde Hades.
- Mentira! Ele prometeu que ia me proteger! Os Suei sempre cumprem sua palavra!
- Criança tonta! Ele está cuidando de algo muito mais importante que uma garotinha boba como você. Agora fique quietinha para eu poder experimentá-la...
- Não! – e o espectro saltou sobre ela – DOHKO!
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Ele voltou de uma batalha terrível para sua terra natal. De todos os seus companheiros, dezenas e mais dezenas de guerreiros, apenas ele e seu melhor amigo sobreviveram. A dor em seu coração não podia ser maior. Pelo menos ele pensava que não...
Foi quando viu os corpos dos guerreiros chineses, mortos em combate, entre eles, seu pai e seu futuro sogro. Caído de joelhos diante do pai, tirou o capacete e abraçou o corpo inerte com lágrimas escorrendo por suas faces. Quando chegou à sua antiga casa, já sabia o que o esperava, mas isso não era suficiente para impedir que rompesse em mais lágrimas, jamais imaginara que pudesse ver sua mãe daquela forma, estraçalhada por garras demoníacas. Então, correu para o que, um dia, fora a casa de sua jovem noiva. O irmão estava lá, ajoelhado no chão, encarando atônito e hipnotizado de horror, o pequeno corpo, com os punhos tão cerrados que poderia cortar as palmas das mãos com as próprias unhas.
- Shang...? – chamou Dohko, tirando-o do transe.
O garoto despertou, olhando de súbito para ele, depois voltou a encarar o corpo.
- Dohko... Eles... Eram muitos. E tão fortes. Não tivemos chances. Me desacordaram. Pensei que estava morto. Acho que eles também. Quando acordei, todos estavam mortos e não havia nem sinal deles. Vim correndo procurar Shing. O que fizeram com minha irmãzinha, Dohko...?
Ele se aproximou, e ao olhá-la sentiu-se zonzo, tudo, inclusive o chão, repentinamente sumiu. Tapou a boca e tentou controlar o choro e o cosmo que almejava explodir, devastando centenas de metros ao seu redor. Ela estava ainda com os olhos abertos, o medo e a dor estampados neles, dentes e punhos cerrados com uma força inexistentes numa criança de dez anos. Sangue escorria por sua boca e pelas pernas. O Cavaleiro se afastou para não ver mais aquela atrocidade.
- Eu... Não vim em tempo...
- Não foi sua culpa. Estava lutando no castelo de Hades, eu sei de tudo isso. Se viesse, Hades venceria e todos morreriam de qualquer jeito. Não teve escolha.
- Como sabe?
- Consultei os monges quando os espectros estavam se aproximando. Eles disseram.
- Mas isso... Fazer isso... Com uma criança ainda por cima... Uma criança, maldição!
Ele se virou e saiu, não aguentava mais ficar ali. Só voltou quando mais calmo, para fechar os olhos dela e enterrar os mortos, junto com Shang. Athena lhe ensinara o Mesopheta Menos, ele teria de guardar o selo de Hades por mais de duzentos anos. Teria de ver todos os seus conhecidos, os poucos que restaram, morrerem. Mas esta era sua missão, e ele a aceitaria, na esperança de que, através dela, pudesse ter o perdão de sua pequena noiva, tão cruelmente assassinada.
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Continua...
