A Hora da Princesa

Capítulo I

- O que ele tem? – perguntou a mulher de longa trança com leves traços grisalhos. Estava sentada, com uma expressão tensa, ao ver entrar na luxuosa sala uma mulher com cabelos curtos e acinzentados.

- Estou com tanto medo de contar a verdade, Rainha mãe. – confessou com uma profunda reverencia.

- Por favor, conte-me Isane-san. – a mulher de cabelos cinza respirou fundo.

- É uma vertigem causada pela neuroglicopenia, Rainha.

- O que?

- O cérebro dele está parando...

- Isso não pode estar acontecendo...

- Minhas condolências, Rainha mãe. –consolou, em visível desespero, a mulher de cabelos alaranjados, sentada ao lado da Rainha mãe.

- As deixarei a sós. Com licença Rainha-mãe. – cumprimentou com uma profunda reverencia. – Com sua licença Imperatriz. – reverenciou novamente virando-se para a mulher de cabelos alaranjados.

- O 49° aniversário de Kurosaki Shunsui, o sempre saudável Imperador, de repente morreu sem nenhuma causa aparente. A sua posição foi assumida pelo Príncipe Herdeiro, Kurosaki Isshin. Havia tanta tristeza na família real naquele momento, que me deixou ferida e marcada pelo resto de minha vida. – desabafava Unohana – Agora é hora de preparar o futuro da Família Real Japonesa. Falo do casamento do Príncipe Herdeiro. – Masaki arregalou os olhos. – Nós somos a respeitável Família Real e devemos obedecer às regras tradicionais. Temos que agir rápido com o casamento do Príncipe. Esse é um problema que envolve a nossa segurança na realeza. Dessa vez vamos transformar o perigo em oportunidade. Será o passo para a Família Real florescer no século XXI.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Uaul! Então você conseguiu isso no Palácio? – perguntou a menina, de cabelos negros e arrepiados, segurando o livro na mão da amiga.

- Sim! No dia em que é aberto ao público. – respondeu a de cabelos róseos.

- Uaul! Você tá falando sério Yachiru-chan?

- Sim, eles estavam dando isso de graça. Naquele dia eu vi todo mundo da alta sociedade. Você deveria ter ido Tatsuki-chan!

- Eu queria, mas meus pais não deixaram droga!- disse fazendo bico.

- Deixa eu ver! – uma mão tirou o livro com rapidez das mãos das meninas. Ela abriu o livro e arregalou os olhos. – Ele é lindo!

- Me dá isso aqui Inoue-chan! Me dá logo! – mandou Yachiru pondo-se a correr atrás da ruiva. Ela a alcançou e as duas começaram a lutar puxando o livro. – Para Inoue-chan... Você vai rasgar o livro! – e elas continuavam no puxa e puxa. – Ahhhh! – exclamou a menina de cabelos róseos - VOCÊ RASGOU! - concluiu ao constatar uma foto de um lindo rapaz de cabelos alaranjados na mão da ruiva a sua frente.

- Opss... Eu acho que... Rasgou mesmo né?! – perguntou com inocência.

- Inoue Orihime... Ponha-se a correr... AGORA! – exclamou indo com tudo pra cima da ruiva.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Ei Ei! ... PARA TUDO!

Olá leitores, eu sou a Inoue Orihime, uma estudante de designer jovem e brilhante. ^^'

Como havia sido dito antes... Príncipe? Que Príncipe? Rainha? Imperador? Como assim? Você deve estar querendo saber quem são essas pessoas da alta sociedade, não é? Então vamos para um pouco de história! No século XXI, até mesmo a Inglaterra e o Japão tem Reis que ainda são admirados!

Errr... Como se fala?!... Ah sim! Que ainda permanecem no trono! Famílias Reais ainda são admiradas pelas pessoas. E eles assumem o trono para controlar seus países.

Aqui no Japão nós temos a nossa Família Real, na qual tem um príncipe charmoso pelo qual toda garota é apaixonada. Então o que você acha? Não tá curioso não? o/

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Feições bonitas... Olhar penetrante... – começou Yachiru.

- Ele é tããão Lindo! – finalizou Tatsuki.

- Calem a boca suas aberrações de Cinderela! – exclamou a comportada mulher sentada na mesa da sala de pintura.

- Ai Matsumoto-chan... – exclamaram em uníssemos.

- Ei! Inoue-chan... Você já terminou a sua tarefa? – desviou Matsumoto.

- Hum?! Tarefa?

- Sim o seu quadro!

- Ai meu Kami! Era pra hoje? – todas as garotas entraram em desespero.

- Ai! Eu tenho que correr!

- Por que Yachiru-chan? Não quer continuar admirando o Príncipe?

- Ai Matsumoto-chan! Por que você é assim ein?! O que você tem contra a Cinderela?

- Esse tipo de gente desses livrinhos ai... Deveriam cortar a garganta de vocês!

- Cortar?!

- Sim! Cortar! Eles não têm utilidade nenhuma e desperdiçam o dinheiro público. Resumindo... Eles são apenas coisas para as pessoas olharem. – concluiu voltando ao seu quadro.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Três carros negros entraram pelos portões do Instituto Karakura. As pessoas olhavam os carros passando e arregalavam os olhos, pondo-se a correr em histeria atrás dos mesmos. Os carros pararam em seqüência e 8 homens, de ternos negros, saíram em uníssemos dos carros, colocando-se ao lado do segundo carro negro da fila. A porta se abriu, saindo em seguida um uniformizado rapaz de berrantes cabelos laranja arrepiados. Sua expressão carrancuda não se alterou ao avistar a multidão de adolescentes histéricos, uniformizados, sendo contidos pelos seus seguranças. Ele se pôs a andar sendo seguido por 2 homens de negro, pois o resto continha a multidão. Ele parou com impaciência ao sentir a presença.

- Eu disse... Que não era para ser feito isso na escola.

- Príncipe Herdeiro... Pode haver pessoas perigosas entre os estudantes daqui. – o Príncipe apenas levantou uma das mãos em sinal de silêncio.

- Você pode ficar de guarda fora dos portões da escola.

- Príncipe Herdeiro... A Imperatriz nos deu ordem de proteger Vossa Majestade na escola e até mesmo dentro do palácio. – insistia com uma leve reverencia, pois era assim que todos os seguranças e empregados deveriam se dirigir a Realeza. – Nós também... – o ruivo olhou para trás e encarou o homem. – Sim, Príncipe Herdeiro. – concluiu dando uma profunda reverencia.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

"Artes, música, dança, teatro e cinema. São todas as coisas que também podem ser aprendidas aqui no Instituto Karakura. Mas NÃÃO! Eu odeio a matéria de desenho. Eu gosto de tudo... mas pintar tela não é comigo!"

- Continue desenhando Orihime-chan... Você parou de repente...

- Ah Tatsuki-chan! É que eu tava pensando...

- Hum... Olha só Inoue-chan. – chamou Matsumoto apontando para fora da janela da sala de artes. – O Príncipe está passeando e vendo como lá fora é um tumulto, sem um pingo de tranqüilidade. – concluiu virando-se e voltando a se entreter com o seu desenho. Orihime continuou a olhar os 4 garotos parados no pátio, até que um deles se virou e olhou para cima.

- Oh Kami-sama! Por que ele está... Ele está olhando pra gente? Ele está olhando sim... Olhem! – empolgou-se Orihime.

- Verdade? – exclamou Yachiru. – Eu tenho que ver isso! Minha nossa! – se apavorou ao constatar que quem olhava para cima era o Príncipe. – Acho que vou passar mal...

- Príncipe! Eu não tenho namorado! – começou Tatsuki.

- Você o caramba! Sou eu! EEEEI! PRÍNCIPE ENCANTADO!

- Mas por que esses caras vêm para nossa escola ao invés de irem para a escola da Família Real? – reprimiu Matsumoto, a qual continuava com seu desenho sem se importar. - Minha nossa! Todos os nascidos em berço de ouro estão reunidos lá! – concluiu ao dar novamente uma espiadinha na janela. – Sabe quem são eles Inoue-chan? – Orihime fez sinal de negativo com a cabeça. - Olhe aquele de cabelos prateados. É o Hitsugaya Toushirou, filho de um dono de empresas de telecomunicações. E aquele moreninho de óculos. – continuou apontando. – É o Ishida Uryuu, filho de um grande empresário dono de redes de hospitais. E aquele ruivinho de cabelo comprido ali... É o Abarai Renji, filho de um grande empresário do meio alimentício. Nota-se que o grupo é perfeito já que o Príncipe Herdeiro Encantado do Japão está incluído. Um grupo atraente não acha?! E eu os detesto! Arg! No momento em que eles aparecem a atmosfera acadêmica desaparece! - Orihime olhava ligeiramente corada e ajeitava os cabelos, dando um leve sorriso.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- PRÍNCIPE ENCANTADO! EU ESTOU BEM AQUI!

- Mas o que é todo aquele alvoroço no segundo andar? – perguntou Hitsugaya curioso. – Ei! Aquela não é a Kuchiki Rukia? – concluiu ao olhar a janela ao lado da sala de artes. - Uaul! Ela está cada vez melhor! – continuou ao vê-la em seu traje de balé.

- Agora que eu percebi o porquê de você tanto olhar para o segundo andar Ichigo! – caçoou Ishida.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ela passava com um balde de tinta pelo corredor dos armários e avistou o espelho na parede do mesmo. Parou e resolveu dar uma olhadinha para ver se estava 'tudo certo'. "Ai ai Inoue Orihime, você precisa ajeitar esse cabelo!" Concluiu e se pôs a andar, porém sem parar de olhar para o espelho. Até que sentiu um grande baque com algo a sua frente e derrubou um pouco da tinta.

- Desculpe-me... – ela arregalou os olhos. – Pri-Princípe... E-Eu limparei para você! –ela puxou o avental que usava e se agachou, ao constatar que o pouquinho de tinta que derrubara tinha ido diretamente ao tênis branco do Príncipe Herdeiro. Esticou o pano e começou a passar no tênis. – Ai ai! Está tão molhado!

- Pare! – mandou, mas ela continuou sua incansável tentativa de limpar. – Eu disse para você PARAR! – gritou ao constatar o ritmo frenético da menina. Ele pegou um sapato de verniz preto em seu armário e descalçou o tênis colocando os sapatos negros no chão e calçando-os. – Jogue isto fora! – mandou, chutando o tênis branco, e se pôs a andar para fora do corredor. Ela abriu a boca em surpresa, ainda agachada.

- Mas o que esse garoto tem ein? Só porque ele é um príncipe. Mas que IDIOTA!

- Acho que você fez alguma coisa errada... – concluiu Matsumoto ao aparecer no corredor, logo após de ver a retirada do Príncipe.

- Sendo a única filha na minha família, controlei minha raiva! – filosofou levantando e juntando as mãos em sinal de prece. - Aquele Kurosaki Ichigo teve sorte hoje... Eu estava controlada! – ela virou levemente assustada ao ver duas figuras vindo correndo pelo corredor e se jogando ao chão para pegar o par de tênis do Príncipe.

- Eu peguei primeiro Tatsuki-chan! Eu vou colocar isso online!

- Larga isso Yachiru-chan! Eu que vou colocar! - as ruivas apenas reviraram os olhos. Mas no decorrer da briga elas deixaram o par de tênis cair e Orihime foi rápida pegando-os e saindo pelo corredor, cabisbaixa.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

"Os prédios B e C são os lugares onde as pessoas, que fazem teatro e dança, estudam. Os estudantes de artes estão no prédio A onde o ambiente e o clima são completamente diferentes. Pois como o Príncipe estuda teatro, o número de estudantes cresceu neste prédio." – Orihime raciocinava andando pelos corredores do prédio B. Ela trajava suas calças de ginástica por de baixo da saia, pois esquecera de tirar da educação física e também, era bem mais confortável andar com as calças de ginástica por baixo da saia. "Uaul! O que é aquilo?" – perguntou-se ao constatar um tipo de alarme, para passar cartões autorizados, na porta de uma das salas. Ela passou levemente a mão pela frente do alarme.

- Hum... Que egoísta. – resmungou ao constatar que a porta não abria.

- Deveríamos nos casar? – a ruiva arregalou os olhos ao ouvir uma voz vinda de dentro da sala. Ela levantou um pouco a cabeça para olhar o vidro da porta e arregalou ainda mais os olhos.

- Prí-Príncipe?! E... E quem é aquela?

- O que você disse? – perguntou a morena de cabelos curtos ao lado do Príncipe.

- Você não me ouviu Rukia? – ele deu um sorriso sem graça. – Estou te pedindo em casamento... -Orihime escancarou a boca e olhou para os lados. "Que babado forte Kami-sama!... Hum... a outra porta da sala está aberta... será que eu consigo ouvir melhor de lá?!"

- Olhe Ichigo eu... Me desculpe, mas nós ainda somos estudantes do Ensino Médio. Mas o que você quer dizer com casamento? Você está brincando não é? – o ruivo olhava para o chão todo o tempo.

"O Príncipe está pedindo aquela garota em casamento? OH MY GOD! Isso definitivamente é uma bomba! Um príncipe sonhando em se casar com uma garota de sua escola..."

- É uma tradição da Família Real... Todos se casam muito cedo. E no meu caso... – ele passou a mão entre os cabelos. – Já que sou um príncipe, devo me casar com uma mulher que meus pais escolherem. A menos que eu diga a eles que já tenho uma mulher com quem quero me casar. E já que somos bons amigos, seria melhor que nos casássemos do que eu me casar com uma mulher desconhecida.

- Ai Ichigo... Eu não quero arruinar nossa amizade com esse tipo de coisa. E claro que há a grande responsabilidade e o modo tolo de vida. Como você sabe, meu sonho é me tornar uma bailarina mundialmente famosa. Eu estou indo muito bem e não quero desistir agora. E se eu for me tornar uma princesa, eu terei que desistir disso tudo não é? – a morena encarava o rapaz a sua frente.

"Ela até que parece ser uma garota legal. Eu faria a mesma coisa. Quer dizer... Quem gostaria de casar com aquele Príncipe IDIOTA?!" – conclui Orihime, sem desgrudar os olhos e ouvidos da conversa. O Príncipe respirou fundo e abaixou a cabeça olhando um pouco para o lado. "Ai... Que olhar triste... Coitadinho..." – um barulho agudo entoou pelo corredor. Orihime arregalou os olhos ao sentir que o barulho vinha do seu bolso. As duas pessoas dentro da sala viraram-se instantaneamente para a porta.

- Quem está ai?! – o ruivo perguntou assustado. Orihime tentava a todo custo desligar o celular, ao ouvir a voz ela se pôs a correr, o Príncipe ouviu os passos e correu até a porta. – PARE AI! - ela parou de costas para ele a alguns metros da porta. – Quem é você? – ela começou a assobiar. – O que você ouviu? – ela parou de assobiar e continuou de costas, o desespero já tomava conta de seu corpo. Ele bateu na porta impacientemente. – Ei você! VIRE-SE! Você estava escutando nossa conversa? O que você ouviu? – ele deu um passo a frente e ela seguiu seu movimento, ele deu o segundo passo e ela também, ele deu o terceiro e ela se pôs a correr. – EI CALÇA DE GINÁSTICA! VOLTE AQUI!

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Agora ela anda até ignorando minhas ligações! – exclamou desligando o celular.

- Acalme-se Yoruichi, ela deve estar em aula...

- Desde quando você se importa com seus filhos Urahara? – ele olhou debochadamente para a mulher. – Você se importa tanto que comprou isso para casa não foi? Deixe eu ver! – disse pegando um papel em cima da mesinha de centro. – Notificação de Crédito Negativo, relatório de Penalidade. Que números são esses? Ah sim! Conta detalhada do seu cartão de crédito! – ele arrancou o papel das mãos da mulher. – Eu tenho que colocar comida na mesa desde que você trouxe perigo para nossa casa emprestando dinheiro para aquele seu amigo! – ele continuou lendo a conta sem se importar com o falatório. Ela respirou fundo. – Vamos nos divorciar! Eu não posso mais viver assim. Vamos nos separar oficialmente desta vez! – ele levantou a cabeça.

- Você não se cansa de dizer isso não é? – ele voltou a olhar para a conta. – E se confiscarem a casa? – perguntou pensativo. – Esta já é a segunda vez que mandam a notificação... E os telefonemas também são sérios... – a campainha soou pela casa. Eles se entreolharam em preocupação.

- Eu atendo... – disse Urahara. Ele se encaminhou até a porta de entrada e tirou o interfone do gancho. – Quem é?

- Bom dia! Somos do Palácio.

- O que? Do Palácio?

- Você pediu macarrão de novo Urahara?! – ele colou o interfone no gancho novamente. Encaminhou-se até a porta, abriu e andou pelo jardim até o portão.

- Vocês ein... Acho que se confundiram de novo. Vocês devem ter... – e escancarou o portão calando-se em seguida ao avistar dois elegantes homens, um de terno de cinza e outro de terno bege com caras muito simpáticas. – Si-sim?

- O senhor é Inoue Urahara?

- Si-sim sou eu. O que desejam?

- Nós queríamos conversar em particular com o senhor. Somos do Palácio de Kokyo. Urahara prendeu a respiração por alguns segundos.

- Queiram entrar, por favor... – ele os guiou para dentro da casa e indicou o sofá cinza da sala. Eles se acomodaram amigavelmente. Yoruichi arregalou os olhos ao entrar na sala e ver dois homens elegantes em seu sofá. – Esses são os encarregados do Palácio de Kokyo, querida.

- Ayasegawa Yumichika, prazer em conhecê-los. – apresentou-se o homem de cabelo channel.

- Shuuhei Hisagi, prazer em conhecê-los. – cumprimentou o moreno de cabelos curtos.

- Palácio de Kokyo? – ela olhou com cumplicidade para Urahara e abriu um largo sorriso.

- Sim, meu amor. Queira preparar um chá para os dois.

- Claro, meu bem. – e ela se encaminhou rápido para a cozinha.

- Bom... Não queria incomodar, mas teria como eu ver uma foto de sua filha Inoue Orihime e de seu falecido pai Inoue Ukitake?

- Cla-Claro... – ele levantou rapidamente quase tombando com a mesinha do telefone e pegou dois porta retratos em cima da arca de mogno. – Aqui estão... Esse é o meu falecido pai... – disse entregando um dos porta retratos. – E essa... Minha linda filha... – concluiu entregando o segundo porta retratos. Os dois homens de terno agitaram a cabeça em confirmação e entregaram de volta os porta retratos. Yoruichi chegou com os chás, serviu educadamente e sentou-se ao lado do marido.

- Estamos na casa da família certa... – concluiu Shuuhei abrindo a maleta de metal que estava em seu colo. Retirou uma caixa de mogno lapidada com as iniciais Y&K e abriu-a, expondo assim um anel dourado e um pingente de encaixe em forma de circunferência.

- Estes são os símbolos da promessa feita pelo falecido Rei Kurosaki Yamamoto Shigekuni e o seu falecido pai Inoue Ukitake. – Urahara e Yoruichi arregalaram os olhos e pegaram juntos a caixinha.

- Então era verdade Urahara...

- E eu achando que era piada do meu pai... – os dois lembraram-se da presença dos encarregados do Palácio e sorriram largamente. Eles retribuíram.

- A Família Real está esperando pelo anel de noivado. Vocês o têm guardado em segurança não é? – perguntou Yumichika.

- Cla-Claro que temos! – confirmou Yoruichi.

- Em um lugar muito seguro! – sustentou Urahara. Yoruichi olhou lentamente para o marido e cochichou "Onde está?!" Urahara arregalou os olhos em resposta e virou-se para os homens a sua frente dando uma nervosa gargalhada.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ele andava pensativo pelo corredor, com a mochila pendurada em apenas um ombro.

"- O matrimonio será de acordo com a antiga lei." – a voz de sua avó, a Rainha mãe, ia e vinha em sua mente. "- O Rei escolheu uma noiva para seu neto antes de falecer. E você Príncipe, só precisará se preparar para a cerimônia." – os oito homens de negro voltaram a segui-lo quando ele passou pelo portão principal, pois uma multidão de adolescentes histéricas e escandalosas já se formava novamente em sua volta. Ele entrou no carro.

- Oh! Eu acho que vou desmaiar. – gemeu Yachiru pondo a mão no coração logo após que a multidão se desfez.

- Será que um dia o Príncipe vai se casar? – lamentou Tatsuki.

- Aha! Vocês querem que eu conte com quem? – empolgou-se Orihime.

- CASAR? Quem é essa garota? Me fala logo que eu mato ela! – gritou Yachiru.

- Isso mesmo Yachiru-chan! Você sabe quem é ela? – perguntou Tatsuki histericamente.

- Ei Inoue-chan! Como você sabe disso? – perguntou Matsumoto levemente intrigada. Orihime arregalou os olhos e se pôs a andar até sua bicicleta rosa.

- É que... Bom, eu... Ouvi algo sobre isso. – e subiu na bicicleta. Ao olhar as feições de curiosidade das amigas ela se assustou. – Ah! É melhor deixar isso pra lá sabe...

- Nada disso! – pulou Tatsuki.

- Agora você vai ter que contar! – exclamou Yachiru pondo-se em frente à bicicleta. Orihime fez cara de choro.

- Eu também quero muito dizer... – ela colocou a mão no guidão e começou a pedalar sem se importar com Yachiru a sua frente.

- Ah! – ela gritou saindo da frente da ruiva. – Volta aqui Inoue-chan!

oooOOOoooOOOoooOOOooo

O carro parou no sinal e a televisão do carro ligou.

- Boa tarde, Príncipe Herdeiro. Essa é a sua agenda para hoje. – a imagem de um rapaz moreno e de feições latinas apareceu na tela. – Às 4 da tarde no Keio Plaza haverá um seminário para Vossa Majestade assistir. Assim que Vossa Majestade chegar ao Palácio terá aula de Educação Ocidental com o supervisor. Após sua aula da tarde, há instruções... – ele respirou fundo e olhou entediado para fora da janela. Viu algo e fixou o olhar. O carro voltou a andar.

- Pare o carro! – e abriu a porta. Os seguranças foram rápidos e o seguiram. – Ei! Calça de Ginástica! – ela estava parada na bicicleta olhando uma vitrine e olhou para trás. "Ai não!" – ela deu um sorriso sem graça. – Você vem comigo! Desça! – ordenou apontando para o chão. Ela obedeceu sem reclamar. Ele a pegou pela mão, deixando a bicicleta cair e virou a esquina puxando-a rua acima. Os seguranças notaram o que ele iria fazer e colocaram-se a postos bloqueando a rua. Ao chegarem até a metade ele a largou brutamente encostando-a no poste, ela olhou com medo para o ruivo e deu um sorriso amarelo.

- Pode ser uma fofoca engraçada para você, mas é sério pra mim!

- Ah! Não precisa ficar nervoso... Eu não contei nada pra ninguém. – falou baixinho.

- Isso quer dizer que você ouviu alguma coisa! – ela olhou assustada e deu de cara com o olhar penetrante e furioso do Príncipe, abaixou a cabeça em seguida. Ele deu um passo à frente. – Ouça com cuidado... Se você ficar espalhando rumores por ai, não só eu terei problemas como você também terá! – fleches foram ouvidos na subida da rua. Ichigo olhou rápido para onde vinha o barulho e se assustou, imprensando-a contra o poste e colocando o braço do lado da face da ruiva. Ela prendeu a respiração. Três homens de negro correram até onde vinham os fleches e engravataram os paparazzi que ali estavam. O Príncipe olhava o que acontecia até que de repente virou-se para a ruiva a sua frente ficando cara a cara com ela. – Eu vou sair primeiro, você sairá depois. – ela tentava não olhar para os olhos do Príncipe. – E estou te avisando! – exclamou colocando um dos dedos sobre os lábios de Orihime. – É bom você ficar bem quietinha. – ele tirou o dedo de seus lábios, se afastando, olhou o dedo com cara de nojo e esfregou na blusa da ruiva, limpando-o. Virou e se pôs a caminhar para fora da rua. Ela ficou olhando-o se afastar com seus seguranças logo atrás.

- Mas o que... Arg! QUE IDIOTA!

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Rainha mãe. A Imperatriz está chegando. – uma voz melódica veio de trás da porta e uma elegante ruiva, trajando um vestido de mangas de cetim rosa, entrou na sala de estar, parando em frente a Rainha mãe e fazendo uma reverência. Sentou-se com elegantes movimentos no sofá de seda da sala de estar.

- Como o Imperador está se sentindo?

- Bem, Rainha mãe. – disse Masaki com tristeza na voz.

- Por que está com essa expressão se diz que ele está bem?

- Pois o Imperador me pediu que lhe dissesse que ele está se sentindo bem. Mas as coisas não parecem estar boas. – Unohana fechou os olhos e respirou fundo. Ao abrir os olhos, virou-se para a dama de companhia.

- Nemu, por favor. – a mulher fez um sinal de positivo e pegou um pergaminho sobre a mesa entregando-o a Masaki. Ela abriu e passou os olhos. – Estes são uns dos aspectos importantes para a preparação do casamento do Príncipe Herdeiro. – Masaki abaixou um pouco o pergaminho e olhou entristecida para a Rainha. - O Imperador já nomeou toda a força de trabalho necessária. Você só terá que cooperar para que nada saia errado. – ela abaixou o pergaminho e olhou para o chão.

- Sim, cumprirei as suas ordens. – disse com pesar. Unohana respirou pesadamente e olhou com ternura para a nora.

- Você está sentindo que todo esse casamento está sendo forçado, não é? – Masaki levantou os olhos. – E por que tudo tem que chegar a esse ponto? Não estou certa? – ela se ajeitou um pouco no sofá.

- Eu posso entender o porquê de tudo isso, Rainha-mãe. – ela tentou contornar. Unohana respirou mais uma vez pesadamente.

- O casamento está a caminho, e não há noticias do Grimmjow e de sua mãe que foram para a Inglaterra? – perguntou olhando interrogativamente para a nora, tentando mudar de assunto. Masaki franziu um pouco o cenho ao ouvir esse nome.

- Desculpe Rainha mãe, mas acho que o Madarame Ikkaku deve ter novidades. – respondeu com leve incomodo.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ela abriu a porta do apartamento e entrou. Passou o olhar pelo mesmo e se deparou com ele deitado no sofá, vários livros espalhados pela mesa.

- O que é isso? Dormindo aqui de novo? – resmungou sentando-se no vão que tinha no sofá. Ela pegou o livro aberto em cima de seu peito. – Lendo livros até tarde de Novo, Grimmjow? – ela olhou com ternura para o rapaz de cabelos azulados e arrepiados. Ajeitou os óculos e falou dando uma leve sacudida em sua mão. – O Ichigo vai se casar. – ele abriu os olhos devagar e raciocinou sobre o que ouviu. Ao entender fez cara de interrogação e se sentou.

- Como é?

- Isso que você ouviu meu filho. O casamento é muito repentino. Eu não tenho idéia, mas deve estar havendo alguma coisa no palácio para fazê-los tomar tal decisão. Grimmjow isso é urgente. Volte para o Japão primeiro. Irei resolver alguns assuntos aqui e voltarei logo depois. – ele fez cara de interrogação e coçou os olhos. – Já faz 14 anos. É a hora de Ise Nanao entrar em ação.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Então, você decidiu?

- Decidi? O que o senhor quer dizer?

- Arrumar uma esposa.

- O que isso tem a ver com a minha decisão?

- Você não pode tirar isso? – perguntou Isshin apontando para os fones de ouvido que o Príncipe usava. Ele retirou com insatisfação e olhou um papel com escritas em nanquim sobre a mesa, curvou-se para pegar e passou os olhos pela escrita.

- Que tipo de amizade é essa para eles fazerem tal promessa? – perguntou levantando o papel.

- É uma promessa entre o antigo Imperador e o único e verdadeiro amigo dele. – respondeu Masaki, sentada ao lado do marido. Ichigo deu uma leve risada.

- Você quer dizer que um Rei pode ter um amigo de verdade? – Isshin colocou a xícara, na qual bebia seu chá, com brutalidade sobre o pires.

- Príncipe, que atitude é essa que está mostrando ao Imperador? – irritou-se Masaki.

- Como você diz, o papel de um Rei é solitário e isolado. Então por isso, é necessário ter um amigo verdadeiro que te compreenda. Seu avô teve sorte de ter tido um amigo assim, por isso ele quis retribuí-lo com um presente. – explicou Isshin. Ichigo apenas riu pelo nariz.

- Então ele enviou o anel e o símbolo para o amigo dele. Junto com uma cópia dessa carta que estava em suas mãos. – continuou Masaki. Ele pegou novamente a carta que havia colocado sobre a mesa.

- Isso é engraçado: "Um compromisso de casamento entre o Príncipe Herdeiro e a neta de meu amigo, Inoue Ukitake. Assinado Kurosaki Yamamoto Shigekuni" – ele riu mais uma vez. – E você está dizendo que sou eu. Certo?

- Para ser mais preciso... Não é você. – ele olhou intrigado para o pai. – Estou dizendo que não era você. Como você sabe, o acordo foi feito quando o meu irmão Shunsui ainda era vivo, e o Príncipe a herdar o trono não era você, mas sim o Grimmjow. – Ichigo abriu levemente a boca e se remexeu na cadeira, raciocinando. – Desde a morte de meu irmão, eu me tornei o Imperador e agora essa promessa está em suas mãos. Porém, o que importa é como você se sente. Não te forçarei a fazer uma coisa que não queira. – ele olhou para o lado contrário do pai, pensativo.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ela abriu a porta distraidamente e tirou os sapatos.

- Família, cheguei... – ela parou boquiaberta ao constatar os móveis fora do lugar, sacolas e caixas jogadas por toda extensão da sala. – Mas o que aconteceu? – ela se perguntou perplexa. Ouviu algum movimento na varanda e resolveu verificar, deu uma corrida até a porta e esbarrou na mesinha cheia de cartas abertas. Derrubou algumas e voltou para pegar. Passou os olhos pelo conteúdo da que havia pegado primeiro. – Pedido de... Divórcio. – ela agarrou forte a carta e voltou a caminhar para a varanda. Avistou-a sentada e pensativa no banquinho do jardim. Caminhou decidida. – Mãe? A senhora está pensando em se divorciar? – perguntou estendendo a carta. Ela não olhou para a filha. – Ah não Inoue Yoruichi! Toda vez que a senhora pensa nisso eu fico muito mal! – ela se curvou para frente e deu um grande abraço na mãe.

- Ai Orihime! Eu estou muito cansada e seus peitos são muito grandes! Estão me sufocando! – exclamou dando um empurrãozinho na filha e se abanando.

- Mas mãe, o que é isto? Cooperação legal? – perguntou pegando novamente a carta. Yoruichi respirou fundo.

- Os agiotas estão nos ameaçando. Não se preocupe com isso. – ela olhou com ternura para a mãe e pegou em suas mãos.

- Mamãe! Quando eu for bem sucedida, eu acabarei com toda esta miséria! Só haverá dias felizes, eu prometo! Por favor, acredite na sua filha mais velha! – ela levantou um dos braços em pose de heroína. Yoruichi riu pelo nariz.

- Então me diga Princesa Orihime... Em que você será bem sucedida?

- Designer. Uma designer renomada mundialmente.

- Pare de falar bobagens!

- Ok. – ela confirmou abaixando a mão e fazendo bico. – Mãe, olhe pra mim. A senhora vai comprar a máquina de costuras não é? Ah! Vai... Pedi faz um tempão! Por favor... – Yoruichi respirou profundamente.

- Eu já estou estressada o bastante, Orihime! Não me estresse mais! – o celular no bolso de Yoruichi tocou, ela o pegou rapidamente. – Boa tarde, aqui é a Inoue Yoruichi. Em que posso ajudá-lo? – a ruiva respirou fundo ao ser ignorada e foi para dentro da casa. Ouviu um barulho vindo de dentro do quarto de seus pais e resolveu verificar. E lá estava Urahara com várias caixas, papéis e bugigangas espalhadas por toda a parte.

- Está aqui? – ele resmungava enquanto olhava uma sacola. – Não! Não está!

- PAPAI! – ele deu um pulo.

- Ah! Você me assustou! – ela deu um sorrisinho.

- Procurando alguma coisa?

- Não, procurando por um tesouro. – disse sem parar de mexer nas sacolas e caixas. – E eu realmente não consigo encontrar!

- Mas o que o senhor perdeu?

- Um anel! Seu avô o deixou para nós antes de falecer.

- Anel? – se perguntou intrigada. – Hum... Ah! Aquele anel! O senhor quer dizer... Aquele que nós colocamos ali quando nos mudamos?! – perguntou apontando para a sala.

- Onde? – perguntou esperançoso.

- Vem comigo. – chamou levando-o até a mesa da sala. Ela olhou mais concentrada para o pé da mesa. – Ali! Ali está! Não é aquele? – Urahara abaixou e olhou para o apoio do pé da mesa.

- Sim! Deve ser ele! – e pegou a mesa, levantando-a. – Ande! Pegue o anel! – ela pegou e Urahara soltou imediatamente a mesa.

- Deixe-me ver! – pediu praticamente arrancando o anel das mãos de Orihime. Ele analisou atentamente o anel e um sorriso foi se formando gradativamente em sua face. – AHÁ! É ELE! É O ANEL! NÓS ENCONTRAMOS! – gritou pulando e abraçando a filha. Ao ouvir os berros Yoruichi veio correndo para dentro da casa. – QUERIDA! É ELE! – exclamou estendendo o anel para a esposa.

- AH! NÃO ACREDITO!

- Sim! Sim! A felicidade finalmente chegou a esta casa! Viva! – comemoraram, pegando um de cada lado as mãos de Orihime e levantando. Ela participou da comemoração sem entender nada.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Esta é a foto da menina com quem irá se casar. – mostrou o Imperador, jogando a foto em cima da mesa. – Por alguma razão, se por destino ou coincidência, ela freqüenta a mesma escola que você.

- O que? Ela é da minha escola? – perguntou arregalando os olhos.

- Sim. Do departamento de artes. – Ichigo arqueou levemente a sobrancelha e pegou a foto sobre a mesa. Analisou-a atentamente e ao fixar os olhos na face da mulher ele abriu a boca em espanto.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- ISTO É TOLICE! Me dê o anel e o símbolo ou o que for... Irei devolver tudo pra eles! – Urahara foi rápido e pegou o anel em cima da mesa, escondendo-o em uma caixinha. – Que ônibus eu devo pegar para chegar até o Palácio? – perguntou cruzando os braços.

- Você não pode fazer isso futura Princesa Herdeira... – resmungou o pequeno menino de cabelos avermelhados.

- Isso mesmo Jinta! Você também não concorda esposo?

- Pra que me tratar formalmente? – perguntou intrigado. Yoruichi revirou os olhos.

- Arg! Eu vou jogar isso fora! – exclamou pegando rapidamente a caixinha que Urahara, distraidamente, havia colocado sobre a mesa. Ele levantou assustado agarrando a caixinha nas mãos da filha.

- Espera! Você não pode fazer isso! Me dê isso! – ele puxou com força a caixinha, arrancando-a das mãos de Orihime. Ela olhou enfurecida para o pai.

- Em que século estamos para eu ter um casamento tão fora de moda? Quantos anos eu tenho? Eu ainda sou uma estudante do Ensino Médio! – resmungava fazendo biquinho.

- Ei Orihime! Eu vou te comprar a máquina nova hãn?! Que tal? – subornou Yoruichi. Ela abriu o sorriso instantaneamente e o fechou logo em seguida.

- Isso não é hora de discutir este assunto... – ela sentou. – O Príncipe irá se casar com uma pessoa como eu? Isso é ridículo!

- Do que você está falando? – perguntou Urahara. – Não ouviu o telefonema do Palácio? – ele pigarreou teatralmente. – "O Príncipe Herdeiro está disposto a aceitar este compromisso."

- Eu não quero! Não faço idéia do porquê ele aceitou isso! Ele tem uma linda namorada... – todos arregalaram os olhos. – E eu o vi pedindo-a em casamento...

- O que? Quem? – perguntou Jinta confuso.

- Você está realmente falando do Príncipe Herdeiro? – desconfiou Urahara, confuso.

- Quem ele pediu em casamento? – perguntou Yoruichi, curiosa.

- Ela é do departamento de dança. Ela é filha única de uma família rica. É bonita e dança balé muito bem. – disse desanimada.

- Por que ele fez isso? – perguntou Urahara já se irritando.

- Ele deve ter enlouquecido depois de ter sido rejeitado por ela.

- Ele foi rejeitado? Quem? Quem foi rejeitado? – perguntou Jinta cada vez mais confuso.

- De qualquer maneira este compromisso está anulado! Vocês podem esquecer isso! – exclamou levantando-se decidida e caminhando para seu quarto.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ele trajava um quimono real de designer antigo e atirava com precisão o seu arco e flecha nos alvos montados por toda extensão do magnífico jardim do Palácio de Kokyo. Ao vê-lo atirar a última flecha Yasutora Sado resolveu se pronunciar.

- A Imperatriz está disposta a deixar Vossa Majestade comandar seus guarda-costas. Mas se os guarda-costas montarem guarda fora dos portões da escola, será muito complicado para eles. – ele olhou para o Príncipe e viu seu desinteresse no assunto. - Não está disposto a aceitar o compromisso, então por isso que está fazendo isso? Se for realmente assim, os dias depois do casamento serão muito difíceis. Por favor, pense duas vezes, Príncipe. – enquanto o secretário do Palácio falava, Ichigo havia pegado mais flechas e continuava seu treinamento.

- A minha mãe não tem mais ordens?

- A Imperatriz está ocupada e preocupada demais com o compromisso. Especialmente com a possibilidade de a Princesa não ser facilmente aceita pela realeza.

- Você também pensa assim?

- Não ouso fazer nenhum tipo de comentário, Príncipe.

- Você não acha engraçado? Estamos em pleno século XXI e ainda há tais regras. – ele ajeitou novamente o arco e flecha. – Mas tudo bem, mesmo que ela não se encaixe nos padrões reais, ela pode trazer algo de bom para o Palácio. – e ele atirou a flecha.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Que tipo de rumor é esse? Eles estão falando de mim?

- Que rumor?

- Algumas pessoas estão dizendo que a futura Princesa é uma estudante aqui da escola. – ele estava olhando altivamente para a porta de vidro, visualizando os estudantes jogando bola na quadra, e virou-se para ela. – Nós não prometemos de mantermos nosso relacionamento em segredo até irmos para a faculdade? – ele respirou fundo.

- Não se preocupe. Não é você Rukia. – ela arregalou os olhos em surpresa.

- Como é?

- Eu também soube recentemente.

- Então... Quem... Quem é? – perguntou um pouco nervosa.

- Aqueles que são da realeza freqüentemente se deparam com situações que não fazem o menor sentido. Está é uma delas. – ele voltou a olhar altivamente para a porta, com seu constante semblante sério. – Situações como ouvir o seu futuro marido pedir outra mulher em casamento... – ela estreitou os olhos por uns segundos em raciocínio e de repente arregalou-os novamente.

- Então é... É ela...

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Ok. Já que irei me casar algum dia, devo então me casar agora! – ela passou o dia inteiro martelando a idéia na cabeça e agora falava consigo mesma no espelho. Urahara, Yoruichi e Jinta espiavam eufóricos pela brecha da porta e comemoravam, em silêncio, o comentário de Orihime. – Não eu não posso fazer isso. Eu ainda sou jovem e tenho muito o que viver! – os três murcharam com o novo comentário. – Mas isso é uma chance única devo agarrá-la! – eles voltaram a comemorar. – Não, não e não! Controle-se Inoue Orihime! Seja sensata! – eles bufaram impacientes. – Casar? – eles abriram um sorriso. – Ou não casar? – Urahara mordeu a almofada em mãos com histeria. Ela ouviu o barulho, olhou para a porta e visualizou os três olhando pela fresta. – O que? Mas o que vocês estão fazendo aqui? – todos riram sem graça e tentaram disfarçar.

- É que... Princesa Orihime... Nós queremos saber se já terminou de se preparar para a visita à Imperatriz amanhã. – Yoruichi foi a primeira a se pronunciar.

- Eu não! Por que tenho que ir vê-la amanhã?

- Mas nós já temos um compromisso com ela, Orihime-chan. – disse Urahara.

- Não me importo. Eu não selei compromisso nenhum. Não tenho nada a ver com isso! – exclamou virando de costas. Ela respirou fundo e olhou de volta para eles. – Será que eu devo ir? – todos olharam aborrecidos para ela.

- VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COM A GENTE?! – gritaram em uníssemos.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

- Ei! Terceira mulher mais importante do Japão! Por que está brincando com essa máquina velha? – perguntou Jinta sentando na cama da irmã.

- Do que você está falando? – e largou a máquina que tentava concertar.

- Número 1: A Rainha-mãe, Kurosaki Unohana , número 2: A Imperatriz, Kurosaki Masaki e Número 3: A Princesa Herdeira, no caso... Você mesmo porca! – ela virou enfurecida e deu um chute no irmão.

- Como pode chamar sua irmã de porca?

- Se você se casar com o Príncipe eu prometo que te chamo de "minha irmã". – ela ameaçou dar um soco em Jinta.

- E você acha que eu vou me casar?! – debochou cruzando os braços.

- Ah vamos... Apenas se case. Já estou cansado de dormir naquele cubículo que chamam de quarto. Se você se casar, todo esse quarto será só meu! – disse sonhador, contemplando o quarto.

- Jinta dá um tempo. Pode tirando essa idéia da sua cabeça.

- Odeio você!

- Igualmente!

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Na manhã do dia seguinte...

- Você está tão linda, meu amor. – concluiu Yoruichi ao finalizar as tranças no cabelo da filha, Orihime trajava uma blusa de lã rosa e uma saia rodada branca. Ela olhou entristecida para as tranças e virou-se para a família.

- Já disse que não vou me casar. Por que vocês estão fazendo tudo isso? – todos desviaram o olhar, cabisbaixos. Ela respirou fundo. – Eu sei que a empresa que o papai trabalhava faliu e por causa disso ele está desempregado há um ano. E que a mamãe trabalha duro pra me dar um bom estudo. Eu sei que vocês dois trabalham duro para criar a gente, mas...

- Mas...? – eles olharam esperançosos.

- Vocês ficarão felizes me vendendo assim? – eles se entreolharam. Urahara respirou fundo e pegou o anel das mãos de Jinta.

- Ok! Vamos fingir que isso nunca aconteceu. – e tacou o anel porta a fora. Jinta arregalou os olhos e saiu correndo atrás do anel.

- Está louco Urahara? – perguntou Yoruichi.

- Dinheiro é tudo?

- É tudo sim! – concluiu Yoruichi. – Você ainda é jovem Orihime e não entende o que é importante para uma mulher... A coisa mais importante para um mulher é o casamento. Eu não quero que você tenha uma vida como a minha, com tanto sofrimento. Tudo isso é para o seu bem. Nós não estamos te vendendo. – desabafou. – Mas tudo bem... É a sua vida e você toma a sua decisão. Esqueça isso! Esqueça e... – ela deu um empurrãozinho em Urahara e ele assentiu. Virou-se e pegou um embrulho do lado do armário e entregou para Orihime tirando o papel de presente. Ela se espantou.

- Uaul! Uma máquina de costuras!

- Sim. A versão mais atual. – disse Urahara, cabisbaixo. Ela olhou empolgada, mas logo adquiriu uma expressão triste.

- Pra que isso? É caro demais. – Jinta entrou correndo na sala com o anel em mãos.

- Encontrei!

- Quem mandou você pegar isso de volta? Me dê isso! Vou jogar fora! – mandou Urahara. Ele escondeu rapidamente o anel no bolso.

- Não pode, eu já mostrei pros meus amigos!

- O que? – perguntou Yoruichi espantada.

- E eu? Vocês compraram uma máquina de costuras pra ela... Então eu quero um Mp4! – Urahara olhou raivosamente para o filho e indicou Orihime com a cabeça. Jinta fingiu não ver.

Um som melódico soou pela casa dos Inoue. Yoruichi respirou fundo.

- Deve ser alguém do Palácio.

- Eu vou ver. – anunciou Urahara. Ele se encaminhou diretamente para o portão. Ao abri-lo deu de cara com enormes homens mal encarados de terno.

- Já tem o dinheiro? – o mais baixinho se pronunciou.

- Di-dinheiro? Que dinheiro? – perguntou Urahara exasperado.

- Não se faça de desentendido. Seu amigo disse que você teria o dinheiro pra me pagar! É Inoue Urahara não é?

- E-Eu acho que sim...

- Então me dê o dinheiro! O prazo já acabou e você como fiador deve me pagar!

- Mas eu não tenho dinheiro algum! – disse desesperado.

- Ah tem sim! Procurem! – mandou dirigindo a última palavra para os homens atrás de si. Eles empurraram Urahara e entraram na casa. Yoruichi levantou assustada ao ver três homens de terno entrar com imponência na sua sala. Urahara entrou rapidamente, correndo para perto da esposa e dos filhos protegendo-os com o seu corpo.

- Não se preocupe. – pronunciou-se o homem baixinho. – Não vamos fazer nada com sua mulher nem com seus filhos. Queremos apenas as coisas de valor. – disse analisando a casa. – Vejamos... Aquela televisão, aquele rádio, a estante, o sofá... Vamos, vamos! Quero etiquetas em tudo! – disse dirigindo-se aos homens, que já etiquetavam todos os objetos de valor da casa.

- Meu amor... Me desculpe. Isso tudo é culpa minha, confiei nos amigos errados... Propondo para que eu fosse fiador e...

- Chega! O que adianta chorar pelo leite derramado agora? Você já fez a besteira! – disse indo até o homem baixinho. – Por favor, não faça isso! Nós iremos devolver o dinheiro pouco a pouco. Por favor! Eu prometo! – ele virou a cara e se dirigiu até a nova máquina de costuras de Orihime e colocou uma etiqueta.

- Mamãe! – gritou Orihime desesperada.

- Ah isso não! – gritou Yoruichi correndo até a máquina e arrancando a etiqueta.

- Ora mulher! – gritou o homem grandalhão de terno, empurrando Yoruichi. Urahara foi rápido e o empurrou também. Ele ameaçou dar um soco em Urahara, mas se conteve.

- Em primeiro lugar, se tivesse pagado as suas contas, não estariam passando por isso!

- Ah tá bom! – irritou-se Yoruichi. – Os juros são cinco vezes a quantia total. Como vocês querem que a gente pague? Seu bando de gângsteres!

- Você é corajosa mesmo, ein? Não quer viver mais, certo?! – gritou o outro homem colocando o dedo na cara de Yoruichi.

- O que pensa que está falando na frente das crianças?! – irritou-se Urahara pondo-se entre Yoruichi e o homem.

- E isso tudo está acontecendo por sua culpa! – debochou o baixinho.

- Isso é a pura verdade! – disse o grandalhão colando uma etiqueta na testa de Urahara. Urahara respirou fundo.

- Seu FILHO DA MÃE! - gritou dando um empurrão no grandalhão.

- Isso mesmo amor! – comemorou Yoruichi empurrando o baixinho. O grandalhão se enfezou e tentou dar um soco em Urahara, mas o mesmo desviou. Jinta se assustou pulando nas costas do grandalhão e começou a dar socos na cabeça dele.

- Isso mesmo filho! SEGURA ELE! – comemorou Urahara dando um soco na barriga do grandalhão. Ele tentava a todo custo tirar Jinta das suas costas e começou a rodar por toda a sala, batendo nos móveis. Yoruichi foi derrubada em cima do baixinho, Orihime tentou ajudar a mãe e o baixinho enfezado puxou seus cabelos. Yoruichi não deixou por menos e bateu na cabeça do baixinho, o outro homem de terno, vendo o ocorrido, agarrou Orihime pelas costas girando-a no ar. Urahara viu e empurrou o homem pela porta até o jardim.

Objetos, toalhas, móveis tudo estava sendo usado na briga. Urahara já estava rolando no chão do jardim com o grandalhão. Os outros homens já haviam se acalmado um pouco e tentavam afastar Yoruichi e Orihime que batiam neles com panelas. Jinta agora tentava a todo custo conter o pai. Urahara só se conteve quando Orihime foi empurrada e caiu de costas no chão.

- Orihime! – gritou assustado, indo ajudar Yoruichi a levantar a ruiva. – Tome cuidado com esse bando de ladrões cruéis!

- Ladrões? Você tá querendo apanhar mais é? – irritou-se o grandalhão de terno.

- Deixe-os... Não vale a pena! – acalmou o baixinho. – Mas estou avisando... É melhor vocês pagarem o que devem, ou eu não vou levar apenas móveis e objetos... – avisou olhando atentamente para Orihime e Jinta. Um som melódico ecoou pela casa, todos olharam instantaneamente para o portão que se abriu. Dois homens de terno entraram sorrateiramente e olharam intrigados para cena, Urahara com o nariz sangrando, Jinta com a blusa rasgada, Orihime e Yoruichi com os cabelos para o alto. Yumichika e Hisagi iam se pronunciar, mas Orihime foi mais rápida.

- Me dê o anel. – pediu estendendo a mão para Jinta. Ele a olhou intrigado, mas assentiu tirando do bolso o anel e colocando-o em sua mão estendida. Ela fechou a mão com força, olhou rapidamente para seus pais e virou, pondo-se a andar.

- Orihime! Volte aqui. Seu cabelo está uma bagunça! Você não pode ir com o cabelo assim! Orihime! Orihime! – gritava Yoruichi. Ela cumprimentou os dois homens com uma leve reverência e eles lhe indicaram a limusine.

oooOOOoooOOOoooOOOooo

Ela estava encostada tristemente no encosto da limusine e já avistava os grandes muros do Palácio de Kokyo. Olhou levemente para baixo e visualizou suas tranças completamente desmanchadas, arregalou os olhos e entrou em desespero, começando a ajeitar seus cabelos. Minutos depois a limusine parou na entrada do Palácio.

Todo o Palácio de Kokyo fora construído com a devida tradição japonesa. Por dentro suas portas eram do estilo tradicional chamado fusuma (divisórias de correr, feitas de papel muito espesso emoldurado em madeira, decoradas, em sua maioria, com pinturas). Toda a extensão das paredes e pisos era revestida da tradicional madeira minuciosamente polida e brilhante. Artefatos tradicionais, como espadas, imagens, quadros, eram expostos por toda extensão do Palácio, sempre prezando a tradicional cultura oriental.

Orihime parou encantada ao visualizar, em uma das salas, um pequeno grupo de músicos tocando uma bela canção para os convidados que ali se encontravam. Yumichika sorriu agradavelmente e indicou com um aceno para que Orihime continuasse andando. Eles pararam quando chegaram a uma enorme sala de estar, com uma linda e enorme mesa de mogno com várias cadeiras acolchoadas com camurça verde.

- Por favor, sente-se. – ele puxou uma das cadeiras para que ela sentasse. A ruiva sorriu timidamente e sentou-se.

- Obrigada.

- A senhorita poderá aguardar aqui, a Imperatriz já está a caminho. Enquanto isso farei um resumo breve de algumas regras e da etiqueta do Palácio. – começou Hisagi. – Primeiramente não olhe muito para os olhos da Imperatriz e não a interrompa enquanto estiver falando. Ah! E não se esqueça... Quando se dirigir a ela, você deve chamá-la de Imperatriz. Bom... Por enquanto acho que é só isso. A Imperatriz chegará logo.

- Sim. – eles fizeram leves reverências e se retiraram da sala.

Orihime analisou toda a extensão da sala, pois mais objetos tradicionais e clássicos eram encontrados lá. Ela analisou um tipo de porta jóia sobre a mesa e abriu para ver o que tinha dentro, mas fechou rapidamente ao ver duas mulheres, uma trajando um kimono florido e a outra um branco, entrarem na sala. Elas reverenciaram em cumprimento e a de kimono branco pousou uma bela bandeja com um bule, uma xícara de porcelana florida e um pote com tampa sobre a mesa, a de kimono florido pegou elegantemente o bule e serviu a xícara de um aromatizante chá rosado. Ela retirou a xícara e o pote da bandeja e repouso-os em frente à Orihime abrindo o pote, o qual continha variados docinhos.

- Por favor, beba senhorita. – pediu em uma leve reverência, a de branco seguiu seus movimentos e se retiraram da sala. Orihime olhou o chá com desconfiança e pegou dando um gole. Apreciou o gosto e repousou a xícara novamente. Olhando novamente pela sala e se levantou. Andou por toda extensão, olhando encantada todos os objetos e móveis. Ela avistou um tipo de estatua no chão e resolveu abaixar para visualizar melhor, porém ao abaixar ela esbarrou com as costas em um pedestal com um lindo vaso, derrubando-o, ela teve um reflexo rápido e se jogou ao chão impedindo o impacto.

- Ai Kami-sama! Eu vou ficar bem aqui sentadinha, sem mexer em mais nada... – resmungou exasperada colocando o vaso no lugar. Sentou-se novamente, suas mãos tremiam com o susto. Ela pegou a xícara e resolveu tomar mais um gole, mas ao repousar a xícara no pires suas mãos tremeram mais intensamente e derrubou a xícara em seu colo.

- Ai não! Minha saia branca! – exclamou desesperada, tentando limpar o chá rosado de sua saia.

- A Imperatriz chegou! – anunciou uma voz melódica vinda de fora da sala. Orihime levantou a cabeça assustada e arregalou os olhos sem saber o que fazer.

To be continued...

Coment's da Autora

Mais uma Fic postada aqui no site… Apesar de estar devendo um pouco a minha outra Fic... Eu não pude de deixar de por essa ideia em prática :D ... Ainda mais que eu vi poucas Fics sobre esse casal, ai eu pensei "Ahhhhhhh, eu tenho que escrever sobre eles *-*" , pois são uns dos meus casais preferidos no mundo anime o/

E sobre a história, como na minha outra Fanfic, essa também é uma história baseada em uma já existente e com autor, é lógico, que NÃO SOU EU. Eu só tenho o trabalho de transcrever pro papel, mais nada (apesar de ser bastante complicado passar as emoções e os atos dos personagens oO ... mas eu gosto disso! hehehe). Então... Essa história não é minha é da SoHee Park! Eu só faço as modificações necessárias para os personagens e o mundo que eles vivem. Como, por exemplo, os personagens de Bleach são do Japão e na história original os personagens são da Coreia! Então vários detalhes têm que ser modificados :/

Então a única coisa que eu prezo aqui é passar essa história gostosa que é Goong Princess Hours para vocês com os personagens que eu amo que são os de Bleach!

Espero que vocês curtam esta história como eu curti! E se tiverem a oportunidade, assistam Goong Princess Hours, um Drama Coreano muito bom, um clássico no país! Se tiverem interesse é só deixar um review que eu dou as orientações pro download! Ou então pesquisem no Google que é fácil, fácil de achar! :p

Então é isso pessoal... Comentem para eu saber a opinião de vocês! o/ Beijooos ;*