N.A: Sem idéia do motivo desta fic. Ela está aqui no meu pc há anos - ou meses - mas eu nunca publiquei ela porque... não sei. Mas, só para explicar, são sete shortfics, numa ordem cronológica, todas com relação a anterior. Essa fic é mais como uma coleção de alguns momentos T/L, todos com relação ao tema "espera", ou era para ser assim. E, o título e a sinopse foram feitos de última hora, então... LOL.

1 . faz tempo que eu não publico nada. Por que será? Se eu desaprendi a publicar... desculpe. E, hum, como eu acho esse capítulo pequeno - tem uns que dão 15 páginas (.) - há um trecho há mais de um capítulo futuro... x)

2 . Reviews fazem o meu dia. Para quem odiou ou amou ou pelo menos abriu a página, obrigada de qualquer jeito.


Início.

Desde que se entendia por gente, Tiago Potter odiava esperar. Nascera duas semanas antes do que o curandeiro dissera e, por mais preguiçoso que ele próprio fosse, não suportava ter que esperar qualquer coisa. Somente ela fora exceção.

De qualquer modo, Tiago tivera que esperar por quase dois anos para poder tê-la. Ele descreveria esses anos como "longos", "exaustivos", "irritantes". Mas, após essa espera, teria, inevitavelmente que concordar que cada momento então valera a pena.

"Quem espera sempre alcança".

Ele odiava esse ditado. Entretanto, se provara verdade. Ele alcançara o que tanto almejava. O que ele não contava, é que tornasse a ter que esperar.


Capítulo I – Sem solução

O ponteiro do relógio parara – foi a conclusão que Tiago Potter chegou ao constatar que as dez horas da manhã jamais chegava. Desviou o olhar do relógio em seu pulso – fazendo uma anotação mental de jogá-lo para a Lula Gigante no Lago – e fitou, de soslaio, o relógio do garoto primeiranista ao seu lado. Nove e cinqüenta e três.

Aquele relógio também devia estar parado. Isso devia explicar tudo. O tempo parara também! Era somente ele, um único ponto no Universo que iria passar toda a eternidade esperando, por algo que jamais chegaria...

– Você está bem, Pontas? – ele ouviu uma voz muito distante, vindo de alguém ao seu lado, e piscou várias vezes até voltar a Terra. Sua reação imediata foi consultar o relógio. Cinqüenta e quatro. O tempo, enfim, parecia ter voltado ao normal. Ele se sentiu infinitamente mais aliviado.

– Eu? – sorriu forçadamente para Sirius Black. – Claro que estou, Almofadinhas. Muito calmo, sem estresse, sem pressa...

Sirius ergueu as sobrancelhas ligeiramente e trocou um olhar com Remo Lupin.

– Sério? Por alguns momentos eu imaginei que você estaria nervoso por causa do encontro com Evans hoje. É claro que eu me enganei – ele pareceu, de repente, arregalar os olhos e levantou-se, acenando para o lado da porta do Salão Principal. – Olá, Evans!

Tiago se virou rapidamente. Franziu a testa ao ver a porta vazia. As risadas de Sirius – e, para variar - de Lupin o fizeram revirar os olhos.

Muito engraçado.

– Na verdade, a sua cara foi perfeita – Pedro Pettigrew declarou, vindo se juntar a eles. – E McKinnon me disse que Evans já estava pronta.

– E por que ela não vem logo então? – Tiago perguntou, parecendo desesperado.

Mulheres – Sirius interrompeu, com sua risada latina. – Esse é o lado de ruim de estar no laço, Pontas.

– Não estou no laço – ele resmungou, irritado.

– Evans ia te esperar no Saguão de Entrada – Pedro acrescentou, de repente, parecendo se lembrar. Tiago se levantou imediatamente. Sirius tornou a rir.

– Definitivamente no laço – murmurou, meneando a cabeça com desaprovação ao ver o amigo se afastar.

– Um dia você também estará – alguém declarou, no mesmo tom. Sirius ergueu os olhos para ver que Marlene McKinnon viera se juntar a eles. Ele sorriu, satisfeito.

– Jamais. – Ela piscou.


O braço passado pela cintura dela, Tiago tinha um sorriso muito satisfeito na face. Jamais achara a vila de Hogsmeade tão perfeita.

– Aonde você quer ir primeiro? – perguntou, sentindo que estava sendo muito gentil com a pergunta. Passara anos imaginando como seria sair com Lily Evans, contudo agora isso parecia ser algo além de sua capacidade. Ele simplesmente não sabia o que fazer.

Ela meneou a cabeça. Tiago se sentiu maravilhado ao ver como ela parecia indiferente aos olhares que alguns transeuntes lhe lançavam – e ele sabia muito bem sobre o que comentavam. O fato de que Lily Evans começara a sair com Tiago Potter era o tópico mais recente nas conversas em Hogwarts, e talvez continuasse pelos próximos séculos. Ele imaginou se ela se importava com o que diziam – não fora uma quintanista que garantira que eles só assumiam o namoro porque ela engravidara? Insano.

– O tempo está bom – ela disse, vagamente, sua mão acariciando a dele de leve. – Podíamos ir a algumas lojas e depois ao Três Vassouras... Você gosta de ir a Zonko's, não?

Tiago assentiu, encarando-lhe, ainda que o olhar dela estivesse fixo à frente. Imaginara que ela iria preferir um local romântico – e lançou um breve olhar a Madame Puddifoot's do outro lado da rua. Ou talvez ele devesse convidá-la para fazer algo.

– Você... Hum... – ele divagou brevemente se convidar Severo Snape, por exemplo, não seria mais fácil do que com ela, embora tal idéia o enojasse -, talvez nós poderíamos...

Lily parou para encará-lo, curiosa, tornando-o mais nervoso.

– Você sabe, Madame Puddifoot's... Talvez você gostaria...

Ela pestanejou. Tiago se calou, definitivamente sem saber o que falar.

– Você já foi lá? – ela perguntou, num tom calmo.

Ele desviou o olhar ligeiramente antes de respondê-la. Talvez ela estivesse pressionando-o para saber com quantas ele já havia saído antes dela. Algumas perguntavam isso às vezes – e se tornavam, invariavelmente, irritadas. Ninguém gostava de pensar em si mesmo como "a próxima".

– Já – respondeu, tornando a fitá-la. Os olhos dela estavam fixos nos seus; as íris verdes permaneciam imperturbáveis.

– Você gosta de ir lá? – Lily acrescentou, com um tom mais inquisitorial na voz agora. Tiago lançou um breve olhar a "lá", à casa de chá. O tom rosa-bebê e os corações que caíam magicamente, como neve, do telhado fizeram seu estômago revirar, ainda que imaginar o que ele e Lily poderiam estar fazendo lá fosse um passatempo ótimo.

– Não – acabou dizendo, por fim. Evitou o olhar dela. Talvez Lily estivesse decepcionada. Talvez ela fosse mandá-lo embora agora, porque ele não estava cumprindo o roteiro.

– Ótimo – ela disse, com perfeita satisfação. Ele piscou, sentindo que Lily também não cumpria o roteiro de quem iria dispensar o companheiro. – Porque eu também odeio aquela casa – Lily sorriu. – Não parece um lugar que brotou dos "contos-de-fada"? É rosa demais; é romântico demais; é irritante demais.

Ele concordou fervorosamente.

– E há todos aqueles casais perfeitos do seu lado – disse, franzindo a testa. Lily riu.

– E você acha que não há nada mais idiota no mundo do que imitar aqueles casais – acrescentou. Ambos olharam com desdém para a casa de chá. – Bom, vamos a Zonko's?

– Claro – mas ele não estava mais tão animado. Acabara de lhe passar pela cabeça a idéia de Lily com outra pessoa em Madame Puddifoot's. Isso definitivamente não era algo que ele apreciara.

– Hum, Tiago...? – ela tentou, ao encará-lo perdido em pensamentos, com o rosto mais sério, mesmo enquanto contemplava alguns produtos da Zonko's – faça seus amigos – e inimigos – criarem orelhas de elefante com uma simples mordida!

– Olhe este aqui – ele comentou vagamente, agora pegando o que parecia ser pergaminhos novos. – Você escreve neles normalmente e então eles mudam as letras de lugar. Seria interessante ver o Remo escrevendo duas vezes aquelas redações gigantes dele...

Ela franziu a testa ligeiramente. Se as redações de Lupin eram grandes do ponto de vista de Tiago, as dela eram quilométricas, então.

– E isso aqui seria excelente para o Ranhoso... Digo, Snape – mas recolocou o produto no lugar quando ela ergueu as sobrancelhas. Confrontar Severo Snape na frente dela era algo que ele não era tolo de fazer. Na frente dela. Sirius costumava declarar que Lily não se importaria com o que ela não visse. Ou soubesse.

Lily encarou-o, seu olhar mudando para preocupação.

– Porque está distante? – perguntou, quando eles saíram da loja. Tiago parecia de repente se interessar pelos produtos que comprara, porque passou alguns segundos revirando a sacola antes de respondê-la.

– Por nada – mentiu, deliberadamente, sem encará-la.

– Você não ficou irritado só porque eu disse que já fui àquela casa de chá, não é?

Ele soltou um resmungo baixo. Ciumento – disse uma voz dentro de sua mente, enquanto ele se perguntava como ela poderia saber disso. Lily encarava-o de modo complacente.

– Porque eu sei que já foi lá, e o que deve ter feito, e se você está comigo agora, eu imagino que é porque elas fazem parte do passado.

Tiago passou a mão livre pelo cabelo, sem reparar no olhar subitamente mortal dela diante do gesto.

– Prewett faz parte do passado? – ele perguntou, num tom baixo. Lily desviou o olhar; o sorriso na sua face parecia-lhe totalmente inconveniente, mas ela não conseguia segurá-lo.

– Então você está mesmo com ciúmes? – perguntou, fazendo-o soltar outro resmungo. Acabara de reparar no sorriso dela. Mas Lily lançou-lhe um olhar calmo e ele sentiu todos os pensamentos se dissiparem quando ela colocou seus braços em torno do pescoço dele, de modo casual, e beijou-lhe os lábios de leve. – Bom, não tem sentido nenhum, já que nós somos apenas amigos agora. Não deu certo, você sabe. – E revirou os olhos, esperando que ele falasse. Tiago pestanejou.

– Mas você ainda escreve para ele, não?

– Escrevo. Assim como escrevo para Remo nas férias – Lily respondeu simplesmente.

– Mas você não foi namorada do Remo – Tiago objetou, em tom racional, fazendo-a franzir a testa, agora menos paciente. De qualquer modo, ela tornou a encará-lo nos olhos – as íris verdes brilhavam singelamente, calmas – e a beijá-lo. Qualquer sentimento negativo foi esquecido para Tiago – ele rapidamente voltou a manter uma mão na cintura dela e puxou-a mais para perto, aprofundando o beijo. Nenhum deles pareceu se importar se eles estavam na calçada em frente a Zonko's ou se alguém estava lhes olhando.

Ambos passaram longos momentos apenas se olhando após enfim se separarem.

– Por que não deu certo entre vocês? – ele perguntou, de súbito, sua voz mais baixa.

Ela sorriu vagamente, piscando; parecera despertar de um longo sonho. Passou a mão levemente pelos cabelos ruivos e começou a se virar.

– Porque eu finalmente admiti que ele não poderia me dar o que eu procurava.

– E você já achou?

Lily sorriu novamente, agora mais para si mesma.

.

E meneando a cabeça, começou a subir a rua. Tiago a fitou profundamente antes de seguí-la.

– Ótimo – ela murmurou, quando ele tornou a passar o braço pela sua cintura. – Perfeito.


Ela girava uma flor miúda entre os dedos, observando-a, enquanto ele acariciava-lhe os cabelos acajus.

– Você acha que já está tarde? – Lily perguntou, sua voz com um tom preocupado, sem, no entanto, fazer o menor gesto para levantar. Eles haviam passado os últimos cinqüenta minutos, pelo menos, assim: Sentados na grama, à sombra daquela faia em frente ao Lago, as mãos dadas, e ocasionalmente se beijando. Afinal, Hogsmeade se provara cheia de gente. Tiago dizia que aquilo dava falta de privacidade.

– O sol nem se pôs ainda – ele disse, e seu tom deixava claro que não tinha intenção nenhuma de sair dali. Lily soltou um pesado suspiro e deitou sua cabeça no peito dele, seus olhos pacientemente fechados.

Ele encarou-a, suas mãos formigando. Não era a primeira vez que ficava assim com uma garota, no entanto... Lily era Lily.

Tiago Potter não sabia o que fazer. O perfume dela entorpecia-lhe, e ele queria acariciar-lhe a face e brincar com seus cabelos e beijá-la - não de um jeito comum, mas de uma forma que faria ambos perderem a cabeça e se esquecerem do mundo... Mas e se Lily... talvez não fosse uma idéia certa...

– É só impressão minha, ou... – ela se sentou direito, meneando a cabeça em dúvida. Ele piscou, acordando. –... Ou você fica estranho quando está comigo?

Ele hesitou.

– Eu fico inseguro, sem saber o que fazer. Ou, melhor, tudo que eu faço parece idiota e você continua calma, continua paciente, e faz eu me sentir mais idiota ainda...

E se calou por alguns momentos, mordendo o próprio lábio.

– Você não tem ciúmes de mim? – perguntou, num murmúrio. Novamente, ela tornou a sentir aquela vontade de rir, mas se limitou a acariciar a mão dele.

– Em que sentido?

– No sentido de querer matar uma garota que já esteve comigo antes.

Lily se sentou.

– Foram muitas? Duas, três? Dez? – e sorriu.

Tiago deu de ombros, sem responder. Lily suspirou, então, fê-lo se voltar para ela.

– Eu suponho que eu esteja muito acima delas para me preocupar, Potter – disse, desviando o olhar.

Tiago piscou, surpreso.

– Estou notando uma pitada de arrogância na sua voz, Evans?

Algo que lhe pareceu um sorriso maroto, surgiu na face dela – e isso lhe lembrou irremediavelmente de Lupin. Alguém que parecia correto

– Aprendi com o melhor, Tiago.

– Então isso significa que eu sou um bom professor? – Lily riu, sem responder. A idéia do que poderia estar passando pela mente dele, naquele instante, a divertia.


– Você demorou – Tiago comentou, quando ela se reuniu a ele, à noite, no Salão Principal para o jantar. Lily revirou os olhos, servindo-se.

– Um pouquinho impaciente, não? – perguntou, à guisa de respondê-lo. – Eu demorei para tomar banho, Juliette não queria sair do banheiro, então eu acabei indo para o banheiro dos monitores. E passei dez minutos me divertindo com a torneira – ela sorriu. – Eu amo espumas.

Tiago ergueu as sobrancelhas, enquanto se servia de mais suco, um brilho claramente malicioso em seu olhar.

– Por que não me chamou para ir junto? Eu também gosto de espumas.

Ela se engasgou ligeiramente com a comida.

– Excelente idéia, Potter – respondeu, com sarcasmo, dando-lhe um tapa de leve no ombro. Ele sorriu para si mesmo ao reparar que Lily corara.

– Então nós podemos combinar de algum dia nos encontrarmos lá – Tiago acrescentou, esquivando-se dos tapas dela.

– E eu posso te afogar na banheira, e me livrar de você – Lily retrucou, parecendo estar em um humor bom, porque voltou sua atenção para o jantar.

– Você não viu Sirius ou Remo por aí? – Tiago perguntou, após alguns momentos de segundo. Lily acenou.

– Sirius está conversando com Marlene no Salão Comunal – respondeu, limpando-se com o guardanapo. – E Remo... Não sei.

– Marlene? McKinnon, você diz?

Ela acenou, a sombra de um sorriso em sua face.

– Você não soube? Parece que finalmente encontramos maior que o boato do nosso namoro. Hum, eles se beijaram, pelo que eu soube.

– E daí? Quero dizer, foi só um beijo e nada mais.

Ela concordou.

– Por isso estão falando. Alice me disse que eles ficaram se encarando e então, ela pareceu se cansar e foi embora. Insano. Me lembre de brigar com Sirius mais tarde.

– Aposto como ele ficou em estado de choque. A idéia de "estar no laço" deve tê-lo assustado – e riu de si mesmo.


Ela bocejou, fechando, afinal, o livro. Virou-se, para encarar o jogo "emocionante" de Sirius e Tiago. Por emocionante, ela se referia ao espetáculo da derrota de Sirius – que só tinha o rei, três peões e um cavalo. Como ambos pareciam estar em outro mundo e Tiago ganhava, Lily deduziu de que Sirius estava num estado pior do que o seu namorado.

Namorado. A idéia de estar namorando Tiago Potter cruzou sua mente e ela se virou para encarar o fogo. Há um ano atrás sequer cogitaria pensar nisso. Agora, no entanto... Era fato. E aquilo parecia mudar as coisas. Agora ela tinha alguém com quem se preocupar muito, alguém que ela desejava, inexplicavelmente, agradar sempre, e alguém para ela. Riu de si mesma – romântica. Sua mãe teria rido ao vê-la assim, mas ela não se importou, ao menos uma vez, de estar parecendo idiota. Alguém dissera que estar amando era estar ficando idiota e louco.

Lily cogitou se estaria ficando assim. Não se considerava louca. No entanto, aquela vontade de permanecer ao seu lado, à todo momento, não lhe pareceu algo classificado como "normal". O modo como sua pressão arterial subia ao beijá-lo também não era comum.

Insano.

Ela estava realmente com sono. Levantou-se e olhou no relógio ao pulso. Nove horas ainda – e, subitamente, corou. Não era surpresa estar com sono, mas jamais admitiria que não dormira por ter ficado nervosa com o encontro. E pensar nos dois juntos, em Hogsmeade, a fez se sentir leve. Não fora tão ruim, afinal. Eles haviam andado e conversado na maior parte do tempo, embora tivesse havido tempo para uma caminhada a uma parte mais solitária. Ela sorriu, então.

Atos sem pensar eram os primeiros passos à loucura. E ele a estava levando a tais atos.

Maldito Potter. Ele a estava deixando assim. Não que a culpa fosse totalmente dele. Lily deixara se apaixonar. Agora, tinha que arcar com as conseqüências.

Apaixonada.

Estremeceu, a essa idéia. Pensar em algo que parecia além do controle humano não era sua especialidade. Não havia razão nem probabilidades que funcionassem com a idéia de paixão. Passou a mão pela cabeça, como se quisesse afastar os pensamentos e olhou para o namorado. Namorado.

– Eu já vou me deitar – declarou, no momento em que ele dava o cheque-mate em Sirius.

– Já? – e pareceu desanimado, como se só tivesse terminado a partida para ficar com ela. – É cedo ainda.

– Sono – ela deu-lhe uma meia-resposta, tornando a bocejar. Sirius soltou um muxoxo e se voltou para o fogo, ignorando a cena a sua frente. Ele costumava revirar os olhos diante do que chamava de "Cena Muito Fofa". Lançando-lhe um breve olhar, Lily sentou-se ao braço da poltrona do namorado. – Boa noite – disse, dando-lhe um breve beijo nos lábios. Ele não pareceu se contentar com o breve toque, de modo que a puxou para perto e beijou-a de uma forma mais agradável. Lily continuou contemplando-o depois disso.

– O que foi? – ele perguntou, após alguns momentos, como se tivesse receoso de ter feito algo errado.

– Nada – ela respondeu, se afastando. Meneou a cabeça. Não havia solução. Estava idiota. E louca.

Apaixonada.


trecho:

Capítulo 2

"Ele atirou algumas pedras no lago, se distraindo, tentando se controlar. Era tudo, afinal, muito simples. O lugar lhe parecia simbolicamente romântico. Era só olha-la nos olhos e, - sem gaguejar! – dizer tudo o que tinha para dizer. Nada poderia ser mais singelo, nem com tão poucas chances de erro.

Nada.

Tiago piscou, a mão já sobre o cabelo. Ele não estava nervoso. Estava apavorado. Respirou fundo. Sua mãe costumava ter algumas técnicas boas de relaxamento – como eram mesmo? Havia algo de cruzar as pernas e respirar lentamente, mas ele tinha certeza de que tinha que falar algumas palavras – ou ele estava confundindo tudo?

Por que ela não vinha logo?


3. Prêmio para quem acertar a que se refere esse trecho assim. Bah, é fácil xD