A Resposta
Nunca fora uma pergunta simples – como você escolhe? O Doutor odiava a própria ideia de ter que escolher (o que era uma parte normal de poder viajar no tempo). E a voz alquebrada, triste, sem esperanças do velho invadia suas orelhas como as ondas daquele céu indomável, quebrando dentro dele como um tsunami, destruindo todas as barreiras que tivera tanto trabalho em manter.
Ele mesmo era um homem velho, mesmo que fosse sempre um homem novo. Ele vivera demais, vira demais. Ele tinha visto tudo na vida, na morte e em todas as variáveis entre ambos. Ele estava, como Kazran, sempre no meio do caminho da sombra, com medo de cair nela.
O último dia com a pessoa que você ama, ele continuava a perguntar. Como você escolhe?
Não era uma pergunta simples para ninguém, mas era ainda pior para O Doutor, pois ele estivera nessa posição vezes demais antes, e ainda não conseguia encontrar uma resposta.
Ele tinha seus próprios fantasmas.
