Fanfic: E você nunca percebeu?
Gênero: Romance
Disclaimer: Não, NANA não é propriedade minha.
Junko, vai me dizer que você nunca notou?
Nunca, nunca, nunca. Como os meus olhos brilhavam quando eu via você. Como o meu sorriso era tão mais feliz quando você estava perto. Como eu dormia tranqüilo com você ao meu lado.
Junko, você nunca notou?
Quando eu te vi, na primeira vez. Naquela sala de aula. Foi estranho, foi bom. Junko, você não notou como os meu olhos se recusavam a deixar o seu rosto?
Eu disse a você, mais tarde, que havia gostado de você desde a primeira vez que te vi. Mas acho que você não me levou a sério.
Mas, Junko, eu espero que você entenda que eu estou falando sério. Por favor, entenda.
Junko bocejou, levantando as mãos para proteger os olhos da claridade do quarto. Ela ia começar a resmungar quando viu a figura de Kyosuke sentado de frente para a janela. Ela observou atentamente enquanto ele terminava um cigarro e puxava outro.
- Você vai acabar com câncer fumando desse jeito...- ela disse, com ares de quem está apenas constatando um fato. E ele sorriu de lado, porque não tinha o que dizer – O que foi?
Então ele virou o rosto para encara-la. Péssima idéia. Ela estava tão espontaneamente linda, jogada na cama de maneira preguiçosa com o cabelo desarrumado, cheio daqueles cachos que ele amava.
- O que foi? – ela repetiu, agora intrigada – Por que está em encarando desse jeito?
- Não. Nada.
- Odeio essa sua mania de não me dizer o que você está pensando. Que droga, Kyosuke! – ela esticou o braço, buscando um cigarro em cima do criado-mudo. Colocou-o entre os lábios e soltou um suspiro de insatisfação quando não conseguiu achar o isqueiro. Sem alternativa, pos-se de pé e foi até Kyosuke e acendeu seu cigarro com o cigarro dele.
- Fumar vai fazer você ter câncer, Junko – ele disse, com um ar sarcástico que fez o estomago dela gelar um pouco. Por que diabos ela tinha de ama-lo tanto assim?
- Cala a boca, Kyosuke Takakura. Você não sabe de nada – ela disse, entre uma tragada e outra. Tentando fazer com que o fluxo de pensamentos diminuísse. Mas que droga. Ela ficou parada, ao lado dele, contemplando a vista.
- Você é que não sabe de nada, Jun-chan...
- Jun-chan? Você nunca me chamou de Jun-chan....o que há com você hoje? E, por favor, para de dizer que "não é nada". Odeio quando você esconde tudo de mim.
- Não estou escondendo nada, Junko – ele disse, encarando ela, depois de tragar – O que eu não digo, é algo que você já deveria saber – disse, soltando a fumaça.
- Algo que eu deveria saber? – ela perguntou, um pouco confusa.
Ele sorriu, puxando o braço dela até que ela caísse sentada em seu colo. Então tomou o cigarro das mãos dela e o abandonou junto com o seu no cinzeiro. E a beijou.
Junko, você não percebeu, naquela noite enquanto falávamos sobre Nana e Shoji? Quando você disse que a Nana trocaria o Shoji por um homem maduro, rico e tolerante. E ate mesmo você ficaria com um homem assim.
Junko, você não percebe como eu me esforço para ser maduro e tolerante? E como eu trabalho duro parar ter grana. Droga, Junko, você não percebe nada.
Você diz que eu sou muito sossegado, mas eu não sou. Só tento parecer sossegado para que você veja que minha maturidade e tolerância fazem de mim um homem compreensivo. Para que isso mostrasse como eu te amo. Junko, era só pra isso. Junko, você não sabia?
Ela afastou-se dos lábios dele com as sobrancelhas erguidas – Você está estranhamente muito romântico hoje, Kyosuke.
- Sempre fui romântico – sorriu, puxando-a mais uma vez. E mais uma vez ela se deixou levar pelos braços dele, pelo gosto dele, pelo cheiro dele.
E se deixou envolver pelos toques e caricias dele e pelas palavras desconexas que ele falava enquanto faziam amor.
E então, mais uma vez estavam sob as cobertas, exaustos e satisfeitos. Com os corpos suados repousando lado a lado. E mais uma vez a cabeça dele estava sobre o ombro dela, de onde ele podia sentir o perfume da pele dela. As mãos dele envolviam firmemente a cintura dela, de modo que ela não poderia se afastar. De modo que ele pudesse fazer com que ela não fosse embora nunca.
- Eu te amo, Junko Saotome – ele disse em voz baixa, com a certeza de que ela já estava dormindo.
A resposta veio um minuto depois, quando o estomago dela descongelou e o coração voltou a bater em ritmo normal.
- Eu amo você também....
Você nunca percebeu que eu sempre percebi as suas intenções. Nunca percebeu que eu sempre li nas entrelinhas. Kyosuke, você é como um livro aberto pra mim. Você nunca entendeu muito bem as minhas atitudes em relação à nos dois. Você nunca entendeu muita coisa sobre nós dois, Kyosuke.
Como naquela noite, quando falávamos sobre os barulhentos da Nana e do Shoji. Como quando eu disse que até mesmo eu ficaria com um homem rico, tolerante e...mais o que mesmo? Ah, sim. Maduro.
Você não entendeu o que eu quis dizer, mas eu explico. Só estava tentando fazer você falar que não me deixaria fugir com outro homem. Kyosuke, só estava tentando fazer você falar.
Como quando você não pode entender porque eu odiei aquela dissimulada da Kawamura. Foi porque você insistiu em dizer que ate mesmo você a achou bonita. Menina miserável.
Kyosuke, você nunca reparou como eu fiquei perdidamente apaixonada por você assim que o vi. Você nunca percebeu as minhas intenções porque estava ocupado demais tentando me fazer perceber as suas. E eu acho que é isso que em faz amar você, ainda que não tenha muita lógica.
E voce nunca percebeu?
N/A: Olá! Minha primeira fic de NANA e logo com meu casal favorito que nao aparece tanto. Junko e Kyosuke. Amo esses dois. Nao sei o que falar da fic, achei que ela ficou bonita e quero saber se alguem gostou. Mandem reviews por favor!!!!
Um beijo a todos,
Lika Nightmare.
