Ele se move rápido e silenciosamente. Observa seu alvo. Retira a flecha da aljava e a encaixa no arco. Posiciona-se. E atira. Uma, duas, três flechas. Três diferentes alvos. E ele não erra. Ele nunca erra. Mas dessa vez gostaria de errar.

Move-se novamente em outra direção. Visão excelente, mira excepcional. Mais dois guardas ao chão.

Ninguém é capaz de detê-lo. Exceto ela. E ele reza para que ela apareça e acabe com isso. Ao mesmo tempo em que reza para que ela não apareça. Porque aquele não é ele. Não. Aquele é a marionete de Loki. Apenas uma peça de seu elaborado jogo. Um intruso no próprio corpo. E ele tenta acordar desse pesadelo real. Sim, porque ele está ciente de tudo que está fazendo. Mesmo que essa não seja sua vontade. E ele quer, ele precisa, colocar um fim nessa situação. Antes que machuque mais pessoas inocentes. Antes que faça mal a ela.

Mais uma flecha, mais um alvo abatido. Maldito Deus da Trapaça.

Ele continua seu caminho. Então ouve passos atrás de si. E sabe que é ela. Droga. Rapidamente prepara outra flecha e torce para errar. Ele tem que errar. Porque é ela. E machucá-la é a única coisa que o apavora. E ele erra. Ele erra porque ela é rápida e desvia do ataque. Porque ela o conhece. Conhece suas habilidades. E ele sente alivio. Mas dura pouco. Logo ele a está atacando novamente. Não. Não ele. Porque ele daria sua vida para protegê-la. Loki. Ele era o culpado. Apenas ele. E ele pagará por isso.

Ela se defende e revida o ataque. E acerta sua cabeça contra a barra de proteção. E tudo a sua volta fica fora de foco. E ele olha para ela. Mesmo que a única coisa que consiga ver seja um borrão.

- Natasha?

Ela havia conseguido. Essa pequena batalha contra Loki estava ganha. E o Gavião Arqueiro estava de volta.

Então ela desfere-lhe mais um soco e ele é engolido pela escuridão.