OF COURSE IT DOES!
"Preciso mesmo dizer?", ele perguntou.
E deveria ter agradecido a todas as coisas existentes e inexistentes pelo autocontrole das pessoas que estavam em volta, pois as reações poderiam ter destruido o momento completamente.
Rose sentiu seu coração se partir em milhões de pedaços, sabendo que ele nunca contaria, nunca confessaria, independente do quanto precisava ouvir. Dolorida e incrédula, ela virou-se para o outro Doutor.
E Jackie precisou de toda sua força de vontade para não andar até ele e sacudí-lo até que ele desmontasse. Para alguém que dizia ter 900 anos, ele era incrivelmente insensível. Se ele precisava dizer! A única resposta que ela daria para aquilo era uma mão na cara dele, forte o suficiente para marcar por uns bons dias. O idiota! O que ele achava que estava fazendo?
Donna colocou as mãos nos bolsos, rolando os olhos, pois ele claramente estava ficando velho e burro. Ela sabia perfeitamente bem o que ele estava querendo fazer, mas aquilo já era estupidez. A única resposta correta era sim, e algumas meras horas atrás ela teria segurado-o pelos ombros e sacudido-o para ver se os parafusos voltavam pra seus lugares. Obviamente ele não estava pensando o suficiente, ou tinha esquecido que ela era uma mulher e humana, e que se ele tivesse falado, ela teria aceitado o outro da mesma forma, mais leve em saber que não havia sido enganada. Rose faria qualquer coisa que ele quisesse, mas não, ele precisava achar que conseguia resolver tudo com meias respostas e tolices honrosas, e Donna lhe daria um safanão assim que chegassem de novo na TARDIS, porque era isso que ele estava precisando.
Mas o Doutor, o outro Doutor, apenas respirou fundo e inclinou-se na direção de Rose, sussurando em seu ouvindo.
"Eu te amo. Sempre amei."
E ela o segurou e o beijou, e ele correspondeu com toda a vontade acumulada em vidas inteiras, abraçando-a de perto e tendo-a, sabendo que seria para sempre - porque precisava ser dito, e ele dissera.
