Smile
E ela pode ver nos olhos dele, um sorriso amedrontado, um sorriso proibido, enquanto o terror o dominava. Ela pode ver nos corações dele, as batidas aceleradas. Ela pode ver em suas mãos, o tremor, em seus pés a pressa. Se o tempo pudesse correr mais rápido pela força de vontade dele, teria corrido. E em todos os lugares, as duas palavras, brilhando, um fio condutor o levando de volta para ela.
E ele tinha medo, ela não saberia dizer do que, mas era evidente que toda a realidade parecia estar em perigo... Mas nada disso importava para ela.
Porque ele tinha um brilho que nunca tivera depois dos primeiros 30 segundos que ele a vira, distraído com a surpresa. Ela o olhou, preocupada, pois ele vivia sofrendo pelas coisas ruins, e parecia estar tão habituado que esquecera do que era realmente importante.
"Mas Doutor... Mesmo com tudo isso, e eu sei que é ruim, mas... A Rose voltou. Isso não é bom?"
E ela tinha visto supernovas e constelações em formação, ela tinha visto o passado e o futuro, o presente e o ausente, raças alienígenas, perdas e ganhos, mas nada - nem a profundidade da dor dele - poderia se aproximar da intensidade da alegria, do prazer, do eterno delírio de felicidade que se derramava por seus olhos castanhos conforme ele sorria para ela.
"É."
E ela soube que passaria sua vida inteira sem ver nada mais belo do que os dois juntos.