I Am What I Am

As pessoas vêem o que elas querem ver, e comigo, isso sempre foi especialmente verdade.

Porque Harry via uma menina tímida, enquanto meus irmãos me viam como faladeira. Minha mãe me via como uma princesa, enquanto meu pai me via como levada. Tom me viu como inocente, e os outros me olharam como culpada.

As pessoas me viam como forte porque elas queriam que eu fosse forte, e me viam como engraçada porque elas queriam rir de algo no meio da guerra.

Alguns me viam como fraca, frágil, pois isso era o que queriam ver, precisavam ver.

Eu nunca fui nada em absoluto, e sempre fui todas essas coisas. Eu sempre fui um misturado confuso de sentimentos, características e ações, sem uma linha lógica, sem uma definição. Eu nunca fui fechada, completa, inteira - nunca me interessou ter uma opinião formada sobre tudo, a menos quando alguém precisava. Eu sabia pensar por mim, mas preferia seguir e não ser notada.

Eu poderia ser todas as coisas, ou nenhuma das coisas, pois a escolha no final era apenas minha. E se me viam de uma forma, ou de outra, isso era problema deles. Eu aprendi a não me importar ainda bem cedo, porque descobri que eles nunca realmente saberiam - ou entenderiam - que eu podia ser tantas coisas contraditórias ao mesmo tempo.

Porque eu era tímida, e era faladeira, e engraçada e cruel, e culpada e inocente, e forte e frágil - todas essas coisas e nenhuma dessas coisas.

Eu era, e isso é tudo que eu poderia dizer.