• Inveja •
[Foi a inveja que sentira ao ter a certeza de que Saya nunca seria odiada senão por ela.] Daquela inveja viera o ódio e do ódio viera aquela mania de acumular sentimentos ruins até enlouquecer e gritar e gritar e gritar! Porque cantar já não bastava e todas as lembranças pareciam assombrá-la e sussurrar-lhe maldições ao pé do ouvido.
[Foi o ciúme ao ver que já não era de Saya, mas que agora seu único dono era o passado.] Daquela inveja vieram os risos implicantes que eram apenas para sua irmã, sua querida e maldita e sortuda irmã, que era, até então, a culpada por todo um destino tortuoso e cheio de ódio, de pragas, de lágrimas, de mortes. E aquele amor que um dia sentira - amor este todo distorcido e jogado ao vento - viera a amargura, a loucura, a separação.
[Foi a raiva de saber que Saya nunca ficaria sozinha, ao contrário dela.] Daquela inveja insana e perigosa vieram brigas que se arrastaram por anos e vieram lágrimas que talvez nunca tivessem caído não fosse a vontade de confessar que odiava, que sentia, que invejava, que desejava, que, por todo o amor de um Deus dos humanos, que ela amava.
[Foi a vontade de ter uma família, nem que fosse uma família cheia de ressentimentos e feita apenas de irmãs.] Daquela inveja vieram as lamentações para um espelho quebrado, para bonecos com os quais não brincava, para crias das quais já não gostava. Viera a lamentação para si mesma, porque com aquela maldita inveja de Saya e toda a sua vida feliz, viera a certeza de que nada daquilo um dia seria dela.
[Foi o ódio por tudo e por todos que a afastou cada vez mais de uma sanidade que tivera apenas ao lado de uma irmã que não a queria.] Daquela inveja viera um desejo de destruir uma vida que não era sua. Daquela inveja, nasceram crianças que talvez não tivessem o destino terrível e odioso da mãe. Daquela inveja nasceu também o desejo de matar mais do que humanos, matar e torturar e odiar mais do que o normal, sua queria irmã Saya.
[Foi o amor por seu reflexo no espelho que a mostrou o quanto se odiava por ser igual a irmã.] Daquela inveja viera o desespero por destruir uma irmã que não apenas a negara como conseguira tudo o que ela sonhara em ter. Nasceu, então, a tristeza em saber que o que um dia amara era agora algo do qual sentia tanta inveja, mas tanta, tanta inveja que seu amor por Saya tornara-se mais nojo do que qualquer outra coisa.
[Foi o desespero que fez nascer a inveja.] Daquela inveja, viera sua morte.
Nota da Autora:
Finalmente uma fanfic de Blood Plus, meninos e meninas - e da minha Diva querida, ser mais lindo, insano e absoluto daquele anime, falo logo! Bom, o que eu queria mesmo era escrever uma Diva e Saya, no sentido mais yuri da expressão, mas só deu para vomitar uma centrada rapidinha e bizarrinha e óbviazinha, mas eu tentei e, sei lá, nem achei que foi meu pior trabalho. De uma forma ou de outra da para pegar aquela revolta toda da Diva e transformar em inveja – ou em amor não retribuído e... eu tentei aproveitar da melhor maneira possível, mas me falta talento o suficiente para isso. Caramba, acho que essa foi minha maior N/A!
[,beijos]
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[euseisermá,viu?cuidado.]
