FEST 2008
Nome: E se fosse verdade...
Autora: Clau Snape
Beta-reader: Thity Deluc
Pares: Severo Snape – Hermione Granger
Censura: 18 anos
Gênero: Romance
Spoilers: Os que todo mundo já sabe.
Resumo: Continuação da fic In Memorian, simplesmente pelo fato que a fadinha bateu o pé e queria mais!
Agradecimentos: À Cris que betou em tempo recorde.
Disclaimer: Personagens, lugares e citações pertencem a J.K. Rowling, Scholastic Books, Bloomsbury Publishing, Editora Rocco ou Warner Bros. Essa estória não possui fins lucrativos.
Nota: Esta fic faz parte
do SnapeFest 2008, uma iniciativa do grupo
SnapeFest do
Yahoo!grupos
Oooo00000oooO
Cap. 1– Hogwarts
Os grandes portões de Hogwarts pareciam ainda mais imponentes do que nos anos anteriores. Talvez fosse por causa da dimensão do que a esperava.
Ela refletia sobre a história contada por sua sósia. Era doída, mas ao mesmo tempo extremamente pungente. Ela jamais imaginaria que seu antigo professor possuísse aquela grandeza de sentimentos. Parecia tão distante de tudo o que ele representava. Ela sempre o vira como um exemplo de austeridade, de disciplina, de racionalidade. Nunca pudera supor que por debaixo das pesadas vestes negras, habitava um homem tão passional.
Não conseguia ainda traduzir o que sentia por Paige. Era um misto de tristeza, piedade, e consternação. Mas ela ao menos tivera a oportunidade de vivenciar a emoção de ser desejada. Sentira na pele a proteção e a presença daquele homem tão intenso. Jamais desejaria todo o sofrimento que lhe fora imputado. A simples idéia de violência era algo que lhe causava asco e congelava seus ossos. Porém pensar na emoção de ser amada da forma que ela relatara, lhe dava uma sensação de vazio imenso. Por saber que ela jamais sentiria isso.
Rony era um bom amigo, eles tentavam se encontrar no pouco tempo que tinham. Mas ela não percebia da parte dela esse enlevo, essa entrega.
Ela queria ser de alguém, queria amar de uma forma impetuosa, mas tinha certeza de que não seria com ele que viveria isso.
Caminhou longamente pelos jardins do castelo, absorvendo os aromas daquela tarde outonal. A própria atmosfera do local piorava sua melancolia. As folhas douradas espalhadas pelo chão faziam um contraste com o grande lago de águas escuras e o castelo ao fundo.
Aproximou-se do memorial construído para abrigar os túmulos dos heróis mortos na guerra. A tumba branca de Dumbledore fora reconstruída e ele jazia em paz. Mais além, as lápides de seus eternos amigos, Tonks e Lupin, lado a lado na eternidade como foram em vida. Pensou neles e no amor ceifado tão precocemente. — Ao menos eles o vivenciaram, puderam ser felizes mesmo que por um curto espaço de tempo, e ainda coroaram seu amor com a vinda do Teddy, que era tão parecido com eles dois. As lágrimas brotaram em seus olhos com pensamentos tão sofridos e ela já não conseguia mais segurá-las, ao aproximar-se da tumba em granito verde musgo.
Homenageado com as cores de sua casa, mas de extrema simplicidade, a lápide exibia apenas seu nome e as datas de nascimento e morte, seguidas da frase que Harry escolhera.
Ao homem mais corajoso que já existiu, nossa eterna gratidão, sempre!
Ela se abaixou enquanto corria os dedos pela inscrição com o nome dele. As lágrimas agora vertiam abundantes. Era uma dor tão lancinante. Uma dor que ela nunca sonhara sentir.
Manteve-se ali por um tempo que não soube determinar. Queria tanto poder falar, mas a voz não saía. A dor em seu peito era imensa. — Por quê? — ela se perguntava. — Porque não pude viver isso? Qual o motivo dele nunca ter se aproximado de mim. Talvez as coisas pudessem ser diferentes para nós.
