Então, gente. Essa é a minha mais nova fic e é um pouco diferente do que eu costumo fazer.
É uma comédia romântica, com algumas tiradinhas mais engraçadas e envolve mais de um casal na mesma fic.
É meio novo pra mim, porque não sou muito adepta a fazer fics de humor e envolvendo muitos casais, além do que são casais dos quais eu não costumo falar muito. Porém, é uma idéia que já estava borbulhando na minha cabeça há algum tempinho e resolveu sair. hehehe XD
Espero que vcs gostem.
Esse primeiro cap é D/G com um POV da Gina.
Só para maiores esclarecimentos. A fic não vai ser só D/G ok? Vão ser quatro casais e tal. Apenas coincidiu do primeiro cap ser D/G q é o q eu mais to acostumada a fazer por isso a inspiração veio antes. ehueheiuheiu XD
ENJOY! XD
Capítulo um.
Oito vassouras no ar. Uou. Isso realmente não se vê todo dia, certo? Certíssimo. Só que essa é a coisa MARAVILHOSA chamada VERÃO. Eu simplesmente adoro o verão. É a melhor coisa de existe no universo. Além de ser a época em que não há aulas em Hogwarts e bom, a gente aproveita, né?
Oito vassouras no ar. Sem bagagens, é claro. Elas já foram pelo pó de flu, porque não sei quem seria o louco de levar as malas junto com a vassoura. Sim, eu sou fresca. Não, eu não ligo.
Eu não sei como isso aconteceu, mas aconteceu. E cá estou eu indo passar uma incrível semana em uma incrível casa na frente de um incrível lago perto de um incrível povoado com incríveis pessoas (nem todas, mas isso eu conto depois). Uma palavra: incrível.
Harry e Oliver estão dando piruetas no ar. Sim, eles são felizes. Não, não há ninguém olhando. E é só por isso que eu continuo há meio metro de distância deles, senão já tinha saído rapidinho. Não sou eu que vou querer pagar mico.
Hermione está gritando com Ron, só para variar um pouquinho. Ela quer explicar algo como o porquê do mar ter a mesma cor do céu, e se essa é a idéia que ela tem de uma conversa séria com Ron, ela só pode ter ficado louca. Para meu irmão, isso soa como um pedido de casamento e ele consegue ficar ainda mais vermelho do que todos os membros da minha família juntos.
Luna está do meu lado, mas não está falando comigo. Ela está com as pernas para o lado da vassoura. Minha amiga pode ser o ser mais estranho do planeta, mas com certeza ela também é o mais gracioso. Os cabelos loiros dela ficam balançando contra o vento, totalmente lisos e sedosos e ela tem um sorriso calmo no rosto. Ela parece uma daquelas garotas que vimos nos tais comerciais das televisões (um artefato trouxa que vimos em uma das férias de verão da casa da Mione) e com certeza é uma imagem de dar inveja.
Pansy está conversando com... Bom, Pansy está conversando com...
Lembra quando eu disse que minhas férias incríveis seriam passados com pessoas incríveis, mas nem todas eram tão incríveis assim? Pois é. Cá estamos. Chegamos ao meu tão temível problema.
Na verdade, eu não gostaria de comentar sobre isso. Mas, não há outro jeito. Eu preciso colocar isso pra fora.
A primeira vez que meus pais deixam eu sair de férias sozinha. SOZINHA. Sim, repito: SO-ZI-NHA! Acontece um desses acontecimentos. Sim, porque pra acontecer não necessariamente tem que ser um acontecimento. Ou tem? Não interessa. Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. E sim, estou parecendo uma criança com menos de cinco anos. E não, eu não me importa.
Aconteceu um acontecimento e ponto final.
Seria a semana mais perfeita da minha vida. Seria mesmo. Mas, é claro que felicidade que felicidade de pobre dura pouco. E por isso...Ei, espera. Até mesmo esse ditado me faz lembrar do acontecimento fatídico.
Extramente fatídico. Não tem matemática que explique o quão fatídico é esse acontecimento. Não mesmo.
Dou uma pirueta no ar, fazendo Mione levar um susto. Eu adora assustá-la. Mas, cá entre nós, não é tão difícil assustá-la.
Todo o meu stress simplesmente desapareceu agora (não pra sempre, é claro. Mas, momentaneamente). Uma palavra: incrível. Chegamos na tal casa que alugamos e eu tenho que dizer, é simplesmente...Não, não tenho palavras. Uau. Sim, essa é a única palavra.
Pouso minha vassoura no chão e me aproximo da casa. Ela é bonita. Não tem como dizer o contrário. É bonita mesmo.
Sacudo meus cabelos ruivos, rebeldes, irritantes e extremamente volumosos. É, pior do que estava não podia... Não, esqueça o que eu disse. Não só poderia, como ficou pior do que já estava. Tenho certeza disso.
Apenas esse pequeno probleminha visual e já não consigo mais ficar feliz. Porque lembro da fatídica notícia. É, eu disse que meu stress havia desaparecido apenas momentaneamente.
As garotas também já pousaram. Luna e Mione vindo em minha direção. Olhando-me amigavelmente. Eu sei que elas sabem o que eu sei que elas fizeram. O que Mione fez, mais precisamente. E é óbvio que não é segredo pra ninguém, já que eu estava lá junto com Pansy e Luna. Todas nós vimos o crime.
Pansy continua lá conversando com... Ãhn...bem...
- Me diz porque nós só alugamos uma casa de novo. – pergunto, olhando-as com meu olhar super ultra mega maligno.
- Porque só podíamos pagar por uma. – responde Mione. Nossa, porque ela tem que levar as coisas tão ao pé da letra? Como se eu já não soubesse disso! Ui, que ódio.
- Me diz porque eu vou ter que dormir no mesmo quarto que ele de novo, de novo. – insisto, bufando.
- Porque fizemos um sorteio... – começa Mione, olhando-me séria e com aquele tom de quem está explicando algo extremamente fácil para alguém extremamente burro. Ui, que ódio ao quadrado!
- Mas você, mais do que eu, sabe que o sorteio foi enfeitiçado para dar o que você queria e... – digo, olhando-a maliciosa com um sorriso mais malicioso ainda.
- Gina! – exclama ela, praticamente pulando em cima de mim para não deixar eu terminar a frase.
Olha-a insolentemente. Pra ela tá tudo bem. É claro, não é ela que tem que aturar o que EU vou aturar por UMA SEMANA! E uma semana são SETE DIAS! E sete dias são CENTO E SESSENTA E OITO HORAS! E cento e sessenta e oito horas são DEZ MIL E OITENTA MINUTOS! E dez mil e oitenta minutos são SEISSENTOS E QUATRO MIL E OITOCENTOS SEGUNDOS! E...esquece, cansei de contar.
- Eu simplesmente não entendo porque tenho que dormir no mesmo quarto daquela doninha loira! – sussurro, para os garotos que estão abrindo a porta da casa e verificando se as malas chegaram certinho pela lareira da casa.
- Porque, você mais do que eu sabe... – começa ela novamente, com aquele tom. Sim, AQUELE tom. Ui, que ódio ao cubo!
- Não, não fala. – rosno, com uma vontade insana de pegá-la pelos cabelos e jogá-la no lago à nossa frente. - Eu não acredito que você e Luna sequer pensaram isso. – digo, em um tom perigosamente sussurrante.
- O quê? Ah, sim... pensamos que.. – Luna que até então estava perdida em seus pensamentos decide dar o ar da graça. E sinceramente, era melhor ela ter ficado de boca fechada. Ui, que ódio ao...como que é...ãhn... a quarta potência? Merlin, ainda bem que não existe matemática no mundo bruxo! (E sim, infelizmente, matemática foi uma das coisas que eu aprendi com Mione em uma de nossas férias de verão).
- Não, não fala. – digo, olhando-as novamente com meu tão conhecido olhar super ultra mega mortal.
E as duas ali, com aquele olhar de 'Não se faz, Gina' e isso me irrita. Me irrita MUITO!
- Querem saber? Eu vou para o meu quarto... Ou melhor, vou para o lago porque tem uma doninha loira no meu quarto! – grito, dessa vez, nem me importando se o tal 'acontecimento fatídico' está me ouvindo agora. - E tudo isso graças a vocês! – acrescento, olhando-as com ar de censura.
Sentada no deque de madeira e balançando meus pés perto da água. Sim, eu tirei as sandálias para isso. Afinal, não quero estragar minha sandália linda e maravilhosa. Escuto passos no deque e não, isso não é bom.
Porque eu realmente não mereço isso. Não mereço mesmo. Sério. Eu não sei o que eu fiz pra merecer isso.
Essa semana seriam mais do que perfeitas. Seriam, se não fosse...ele.
O pessoal está super ultra mega empolgado colocando as coisas pra dentro da casa. E eu também estaria lá, mas estou realmente MUITO mal humorada.
Sinto uma presença do meu lado. Uma presença masculina. Uma presença a qual eu não suporto. Não que eu não gosto de garotos, nada contra garotas que gostam de garotas, mas eu não jogo pra esse time. E...esqueçam. O que eu quero dizer é que não suporto essa pessoa em questão. E essa pessoa casualmente é um garoto. Mas, eu realmente gosto de garotos. GOSTO MESMO. Contando que estou esperando conhecer o amor da minha vida nessas férias.
Tá, to exagerando também. Mas, qual o problema de sonhar, certo? O único problema é dar de cara no chão e encontrar um idiota sentado do seu lado.
Merlin, essas coisas só acontecem comigo!
Ele me olha. Eu sei. Sinto seu olhar sobre mim. E devo dizer, é irritante.
- Ótimo. - rosno, olhando-o frente a frente, mesmo estando lado a lado com ele. - Vim para o lago em busca de privacidade e tenho que dividir o espaço com uma mente maligna.
E é sempre assim, eu não consigo controlar as palavras quando estou perto dele. Ele desperta o meu pior lado. Sério mesmo, eu não sei como isso acontece, mas acontece. É simplesmente...impossível. Sério mesmo.
- Só para me situar... – pergunta ele, com aquele olhar que todas as garotas (menos eu, é claro) acham terrivelmente sexy e são capazes de derreter depois de serem observadas com ele. Simplesmente patético. - A mente maligna aqui sou eu?
Ele fica se achando todo com aquela pinta de eu sou maravilhoso. Quem ele pensa que é? Ele nem é isso tudo. E agora vem pra cima de mim querendo dar uma de bonzinho depois de todo o tempo em que me ignorou. Não que eu me importe com isso, mas agora que não venha dar uma de santo. Isso me irrita profundamente.
- Nossa! Olha como ele é inteligente..! – exclamo, totalmente irônica.
Eu o odeio. Eu sei que ódio é uma palavra forte e tudo mais. Mas, eu o odeio. E eu o odeio pior maneira que há pra se odiar alguém. Eu o odeio da forma que eu preciso irritá-lo e pisar em cima dele pra me sentir melhor.
E o problema é que ele não se irrita facilmente, ele me irrita. E ele gosta de fazer isso! Ele sente prazer em ver eu ficar irritada ao tentar irritar ele! E eu me sinto uma pateta que não faz sentido nenhum.
As coisas seriam muito melhores se o nosso relacionamento fosse como 'antigamente' como quando passávamos pelos corredores de Hogwarts e ele nem notava minha presença. No máximo dizia algumas coisas más para mim e eu ou rosnava para ele ou simplesmente ignorava-o.
Mas, hoje em dia, em que ele realmente tenta falar comigo, eu simplesmente...me irrito. O que, fala sério, é completamente compreensível. Fala sério mesmo.
- Ao menos alguma coisa você sabe distinguir certo... – murmura, ele, virando-se para mim com aquele sorrisinho cínico no canto da boca. Ui, como eu odeio quando ele faz isso! E eu odeio mais ainda saber que eu odeio quando ele faz isso, porque quer dizer que eu meio que... conheço ele.
Credo. Credo. Credo. Credo.
Ódio. Ódio. Ódio. Ódio.
O ódio pulsa dentro de mim. Consumindo-me por dentro. Dominando meus pensamentos e se alastrando por entre minhas entranhas. Merlin, do que é que eu to falando? Ó.ó
- Cala a boca, seu idiota! – resmungo, dando um leve soco no braço dele. Não quero me misturar muito com esse tipinho de gente.
- Foi você que começou... – resmunga ele de volta, olhando-me com uma expressão tão...dele. Ui, que ódio!
- E você parece uma criancinha falando. – rebato, olhando-o ferozmente.
-A única criança aqui é você com essa atitude infantil de ficar brigando comigo. – diz ele, calmo e sereno. Sim, calmo. Exatamente...CALMO!
Porque ele consegue ficar calmo e eu não? Como eu odeio essa serenidade no rosto dele como se nada fosse nada. Ele não liga a mínima pras nossas brigas.
Não, não que eu queira que ele ligue para mim nem nada do tipo. Não quero mesmo. Mas, fala sério, se é pra me provocar, que provoque direito.
Droga. Isso está ficando muito louco e cansativo.
Eu sou louca e cansativa. Não sou? Sei lá.
- Eu? EU? Eu sou a criança? – esbravejo, levantando de um pulo e colocando as mãos na cintura.
E isso fez eu parecer tanto, mais TANTO com a minha mãe que eu quase me atiro na água de tanta vergonha. Mas, como ele não convive muito com a minha mãe, não deve ter percebido e eu também não ligo a mínima para o que ele pensa, porque ele não significada nada pra mim.
Ele é um verme. Um crápula, idiota, mimado e imbecil. Uma pedra no meu sapato.
- Sim, foi isso o que eu disse. – respondeu ele, colocando os cabelos loiros para trás das orelhas, como se eu fosse uma retardada. É claro que eu tinha entendido o que ele havia dito.
- Eu sei que foi isso o que você disse. – murmurei, ainda com as mãos na cintura. - Eu não sou idiota. – acrescentei, levantando o queixo em forma de desafio.
- Então porque perguntou? – rebateu ele, levantando-se e ficando frente a frente comigo. Olhando-me bem fundo nos olhos e isso me deu medo. Muito medo.
Mordo meu lábio inferior. Eu sempre faço isso quanto fico nervosa. Porque ele sempre me deixa assim? Em estado de calamidade? Estou completamente fora de mim. Isso é terrível.
- Eu não acredito que eu estou aqui discutindo uma coisa idiota com alguém mais idiota ainda. – rosno, sustentando seu olhar, sentindo minhas faces corarem e torcendo para que ele pense que é de raiva. Mas, não é. E eu também não sei explicar do que é. Não pergunte.
- Mas, você está. – murmura ele, aproximando-se perigosamente de mim. – Não está?
Apenas faço um aceno afirmativo com a cabeça. O que ele está fazendo? O que ele está pensando?
Medo. Medo. Medo.
Odeio não ter controle sobre as coisas. Isso faz com que eu me sinta tão... vulnerável. E vulnerável é algo que eu realmente não sou. Não sou mesmo. Eu sou forte e ninguém nunca se mete comigo. Eu tenho o fogo Weasley. Eu jogo no time de quadribol. Eu não sou uma menininha. Não mesmo.
E então porque eu me comporto como uma perto dele? Pronto. Merlin, como eu sou patética! Já estou até concordando com ele, isso é ridículo.
- Sabe o que eu acho, Weasley? – perguntou ele, baixinho, segurando meu queixo com as pontas dos dedos.
Sim, segurando meu queixo com as pontas dos dedos.
Sim, eu deixei.
Sim, eu estou imóvel.
Sim, eu estou corada.
Não, eu não sei o que está acontecendo comigo.
- Eu acho que você gosta de conversar comigo. – acrescenta ele, olhando-me profundamente. Odeio olhares profundos. Odeio mesmo. – Nem que seja pra brigar.
Ok. Ok. Isso não vai ficar assim? Desde quanto eu deixo ele ficar a menos de cinco metros de distância? Desde quando eu deixo ele tocar em mim? Desde quando ele pode falar essas coisas pra mim e sair impune?
- Mas, é claro que não! – exclamo rosnando. – E tire essas mãos de cima de mim!
- Você pode tirar elas se quiser, eu não estou te impedindo. – murmura ele, com aquele sorriso maroto e malicioso. Ui, que ódio!
Arranco as mãos dele de cima de mim olhando-o furiosamente.
- Você é mesmo patético. – mas eu sei que no fundo eu é que sou a patética. Ele é apenas irritante. Ele quer me irritar e eu estou deixando. Ele está ganhando a batalha. – Eu tenho coisas melhoras a fazer do que ficar aqui discutindo essas besteiras.
- Então porque ainda está aqui? – pergunta ele, afastando-se e olhando-me nos olhos.
Ele está esperando uma resposta. E não, eu não sei o que falar. Ele me desarmou completamente e eu me sinto muito, muito pequena.
De repente o deque ficou pequeno demais pra nós dois. Ainda menor do que antes. Porque agora não é por causa do ódio e sim por falta de armas.
- Merlin, como eu odeio você. – resmungo, olhando-o com ar de desprezo.
E eu tento parecer forte, que não estou nem aí e que estou me sentindo um milhão de vezes superior a ele, mas o fato é que não é assim que eu me sinto. Não mesmo.
E ele me olha nos olhos de novo. E eu sei bem como esse olhar acinzentado é perigoso. Muito perigoso.
Viro-me de costas para ele e saio andando com passo firme. Ele que se dane. Não vou deixar uma doninha loira estragar as minhas férias dos sonhos.
Pego minha mala que está na porta da casa e entro. Luna e Mione estão na cozinha, colocando os utensílios no lugar. Me olharam com uma cara confusa e eu sei que devo estar muito vermelha. Mais, muito vermelha MEEEESMO!
- Gina, onde você está indo? – pergunta Luna, inocentemente. Mas, eu sei que na verdade ela quer me perguntar o que aconteceu, porque eu estou com essa cara etc e tal.
Rumo para meu quarto, mas não sei antes me virar para as duas e dizer:
- Eu tenho uma batalha a vencer. – e então saio mesmo. Deixando minhas amigas confusas atrás de mim.
Ódio. Ódio. Ódio.
Alguém pode me explicar porque é que meu irmão tinha que ter ficado amigo de Draco Malfoy no ano passado?
