Saint Seiya não me pertence. Pertence ao Kurumada e por aí vai.

Essa é minha nova fanfiction longa. Vou postar uma vez ao mês (pretendo cumprir o prazo!). Contém yaoi óbvio e descarado (vocês vão entender o porquê no capítulo 1), apesar do triângulo amoroso principal ser hétero. Os casais yaois são: MiloXCamus (enfim, certo? xDD), IkkiXShakaXMu (triângulo amoroso o/) e KanonXShura (amo! Nonsense, mas enfim...)

O Prólogo é meio curto (é um prólogo, afinal), mas os próximos capítulos vão ser maiores! Aproveitem!

Xxx XXX xxX

O vento soprava e queimava, o sol escaldava. Garganta seca, boca rachada, poeira nos olhos. Fome. Ao fundo, ouvia-se o som de uma diligência vindo, bem longe. Parecia uma miragem. Foi ficando mais nítido, cada vez mais, naquela paisagem melancólica, seca, acidentada. Mas não era. Real.

- Ô, pá. – O homem, de cabelos escuros, feições fortes, parou os cavalos quando viu as duas figuras moribundas no chão – Quem é você? Precisa de ajuda?

- Sim, padre. Minha mulher está grávida, estamos há dias sem comer. – O padre observou bem o homem que jazia ali. Alto, corpo bem definido, de cabelos tão sujos que poderiam um dia ter sido loiros. Mas aqueles olhos verdes se destacavam no rosto mesmo em meio a tanta poeira. – Pode nos ajudar?

- Como ela está?

- Apenas dormindo. – O homem desconhecido desviou o rosto e olhou ternamente para a mulher em seu colo – Roubaram nossos cavalos há três dias, nos perdemos e não sabemos onde fica a próxima cidade.

- Coloque-a aí atrás. Venha aqui na frente comigo, os levarei até a próxima cidade.

Estavam já há duas horas andando, a largo passo, e nem a moça grávida dava sinais de acordar, nem a cidade dava sinais de aparecer. A cara sombria do padre talvez tenha assustado o rapaz, já que estavam em silêncio até agora.

- Você não me disse qual é sua graça. – O padre puxou assunto, temeroso sobre quem porventura estaria carregando consigo.

- Nem você a sua, padre. – Viu o padre rir com escárnio, gostosamente, e sentiu que deveria responder a pergunta feita – É Aiolia. O nome da minha mulher é Marin.

- Aiolia. Não é um nome comum por essas bandas.

- Não sou daqui, vim da Grécia. – Aiolia olhou para Marin, que dormia lá atrás, para então olhar para o céu que se punha – Sinto falta de lá.

- Você deve ter passado bons bocados para vir parar aqui neste inferno. – O padre olhou para o caminho ao pé de uma alta montanha nevada, apontando com o indicador – Está vendo aquela montanha ali? – Viu o aceno de afirmação do companheiro e continuou – Lá em cima tem uma cidade. Fui designado a ir lá e montar uma capela, para evangelização. Deus sabe que aquele lugar precisa. Não falta muito para chegarmos.

- A propósito, padre, não me disse seu nome.

- Você não me perguntou. – riu novamente com gosto – Meu nome é algo que não deve ser dito, rapaz. Mas me chamam de Máscara da Morte. Padre Máscara da Morte.

Aiolia fez um olhar de medo, não reconhecido pelo padre, que olhava a frente. Deus sabia que um padre tinha que fazer muito para receber essa alcunha.

- Imagino o que deve ter feito para receber esse apelido.

- Não imagine – Máscara agora tinha visto a expressão do outro, e como sempre acontecia, se divertia com isso – Faço questão de te contar. Na verdade, nem é algo tão impressionante assim. Acontece que, da paróquia de onde venho, muitas pessoas eram assassinadas, então toda vez que me viam celebrar alguma missa significava que alguém tinha morrido.

- Interessante. – A história talvez não tenha apaziguado o medo que Aiolia agora sentia, pois sua expressão não se suavizara. – Não é algo que envolva você matando alguém?

- Todos no mundo já cometeram pecados, filho. – estalou os lábios e olhou diretamente para os olhos verdes do companheiro – Os meus são um pouco mais curiosos.

Subiram a montanha, em silêncio. O vento uivava frio, dessa vez. O cenário começava a mudar, se tornando branco como a neve. O grego de vez em quando olhava para trás para ver como Marin estava, mantendo os olhos abertos com relação ao padre ao seu lado.

Quando a lua já estava alta, já devidamente agasalhados contra o frio, foi avistada uma pequena vila, em meio à neve e casas abandonadas. Tratava-se basicamente de duas ruas que, juntas, formavam uma cruz. Logo na entrada avistaram o hotel. Chegando na recepção, a viram vazia. Aiolia tratou de pegar Marin no colo e colocá-la em um sofá ali perto, enquanto Máscara da Morte batia freneticamente na campainha.

Alguns minutos se passaram até um homem alto, de longos cabelos loiros, feições másculas, entrar na recepção.

- Desculpe a demora, não é comum vir visitantes, eu estava no bar ali em frente, não os vi entrando. – Foi para trás do balcão e se apresentou – Meu nome é Saga.

- Sou Aiolia, prazer – deram as mãos – Gostaria de um quarto de casal para mim e minha esposa. – Quando Aiolia disse isso, Saga curiosamente procurou Marin pela sala, ao avistá-la deu um sorrisinho de lado.

- Tinha tempo que uma dessas não aparecia por aqui. – Voltou sua atenção para os chaveiros na gaveta e entregou um ao rapaz – Primeira porta à sua esquerda, no terceiro andar.

Aiolia então subiu com Marin nos braços. Quando tinha certeza que já estava lá, Saga emendou assunto. – Se ele soubesse como funciona essa cidade não teria trago a moça para cá.

- Ele estava perdido no deserto com ela – Máscara da Morte acendeu um cigarro, tragou e continuou – Não tinha escolha.

- E você, padre, o que vai querer?

- Por hoje, um quarto. Mas quero saber onde posso ter uma boa refeição. Nem eu e nem o garoto comemos durante a noite toda, e a mulher não deu sinais de acordar durante a viagem, não deve acordar agora.

- O único lugar aqui é o bar ali em frente. – Saga jogou uma chave a para Máscara da Morte – O vilarejo é pequeno, então não temos muitas opções.

- Eu bem sei. – Disse enquanto atravessava a rua em direção ao bar – Caso contrário não teria sido mandado aqui, não é verdade?

Xxx XXX xxX

TchãnTchãn!

Espero que tenham gostado! Preciso saber como ficou, então me digam, ok?

Beijos mil, até a próxima!